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50 questões de Processo Civil

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APS 05
1- A norma é entendida como gênero, dentro do qual regras e princípios são espécies. 
As regras determinam condutas dos indivíduos e os princípios, por sua vez, 
correspondem a verdadeiras premissas, normas basilares, pontos de partida que 
influenciam toda ciência, inclusive a formação das próprias regras. 
a) Princípio da autonomia do processo de execução 
A autonomia da execução caracteriza-se por possuir finalidade e regras próprias e 
dessa forma, a execução consiste em processo autônomo frente aos demais. 
Atualmente, a execução pode ser precedida ou não de outro processo. Fundada em 
título executivo judicial, ela pressupõe processo cível, penal ou, até mesmo, arbitral. 
Em caso de execução de sentença proferida em processo civil, criou-se a fase de 
cumprimento de sentença que, somada à fase de conhecimento, forma um único 
processo. De outro lado, há situações em que particulares elaboram documentos 
representativos de um crédito, os quais gozam de eficácia executiva e neste caso, 
prescindem de um processo anterior, bastando que o exequente promova um 
processo de execução autônomo, a fim de satisfazer seu título extrajudicial. Assim, 
apesar de não haver mais necessidade de instauração de um novo processo de 
execução, os atos realizados na fase de cognição (reconhecimento do crédito) são 
diversos dos realizados na fase de concretização do direito reconhecido. 
b) Princípio da responsabilidade patrimonial ou da realidade 
A responsabilidade recai sobre os bens do devedor. A partir da Lex poetelia papiria, a 
responsabilidade pessoal passou a ser patrimonial, permanecendo a anterior apenas 
em caso de dívidas decorrentes da obrigação de pagar alimentos e do inadimplemento 
do depositário. Na execução, o direito não mais é discutível e o devedor responderá 
por suas dívidas, fazendo uso de seus bens presentes e futuros, adquiridos até o início 
e no decorrer da execução, respectivamente. 
c)Princípio do Título 
A execução deve embasar-se em um título de obrigação certa, líquida e exigível. É o 
que dispõem o artigo 586 do CPC. A reforma atinente ao Código de Processo Civil, no 
entanto, estabeleceu, conforme 1º do art. 475-L, que será inexigível o título judicial 
fundado em uma lei ou ato normativo inconstitucional, bem como em interpretação ou 
aplicação de lei ou ato normativo incompatíveis com a Constituição Federal, ambas 
hipóteses submetidas ao entendimento do Supremo Tribunal Federal. Os títulos 
executivos podem ser judiciais e extrajudiciais. 
d) Princípio da menor onerosidade causada ao devedor 
Para que haja a satisfação do direito do exequente, caso o devedor não cumpra o 
dever que lhe é imposto, haverá constrição judicial de seu patrimônio, de acordo com 
o artigo 620 do CPC. Ocorre que o devedor não pode ser reduzido a situação de 
míngua, sendo que o magistrado deverá fazer com que a redução do patrimônio recaia 
sobre bens de menor necessidade para o devedor, causando-lhe menos prejuízo. Em 
conformidade a este princípio pode ser citado o respeito a dignidade da pessoa 
humana, visto que, a execução não pode levar o devedor e sua família a uma situação 
de carência de condições pra sua sobrevivência, simplesmente a míngua. Por isso, é 
que o artigo 649 do CPC. preconiza a impenhorabilidade de determinados bens do 
executado, como a casa em que moram, por exemplo, é impenhorável.
e) Princípio do contraditório 
Apesar de consagrado no inciso LV, do artigo 5º, da Constituição Federal, o 
contraditório na execução será mais limitado, não se discute mais a existência da 
relação jurídica e não há contestação do pedido executório, podendo exercer o direito 
de defesa no tocante ao valor do débito, cobrança, forma de pagamento, dentre 
outros. 
f) Princípio da disponibilidade da Execução 
Dois institutos de direito processual guardam correlação com o princípio da 
disponibilidade, os quais são a desistência e a renúncia. No processo de 
conhecimento, provocam a sua extinção, sendo que a desistência possibilita ao autor 
propor novamente a demanda, o que não se observa na renúncia, a qual ocorre uma 
única vez e extingue o processo com resolução do mérito, conforme demonstra o 
artigo 269, inc. IV. As partes, durante a cognição, encontram-se em posição de 
igualdade, mas o autor poderá desistir em qualquer momento, necessitando apenas 
do consentimento do réu, quando esta se der após a citação. Já na execução, o direito 
do credor se sobrepõe ao do devedor e nunca se exigirá anuência deste para que se 
opere a desistência, mas havendo embargos, estes subsistem quando versarem sobre 
questões de mérito, porque constituem ação autônoma. Os embargos que tratam de 
questões processuais, como a falta de pressupostos processuais ou das condições da 
ação, atacam a estrutura da execução e não seu conteúdo e perderão seu objeto com 
a extinção desta. O mesmo não ocorrerá se versarem sobre a matéria de mérito, até 
porque é interessante ao embargante provar que o direito constante do título não 
merece razão, visto que o exequente pode vir a propor novamente a execução. 
2- O nosso código processual vigente em seus arts. 566 a 568 tratam da legitimidade 
ad causam ativa e passiva no processo de execução. Como a tutela executiva só pode 
ser promovida pelo credor ou pelas pessoas legitimas, por outro lado só pode figurar 
como executado o devedor ou quem tenha responsabilidade executiva.
a) Legitimidade ativa: A legitimidade ativa pode ser ordinária, extraordinária ou 
sucessiva. De maneira genérica o art. 6° do Código Processual Civil, estabelece a 
legitimação ordinária para qualquer ação nos seguintes termos: “Ninguém poderá 
pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizados por lei”. No que 
tange a execução, há previsão no art. 566, I, do Código Processual Civil, sendo o qual 
a legitimidade ativa é do credor a quem a lei confere o título executivo. Já a 
extraordinária encontra-se prevista no texto normativo no art. 566, II, do Código 
Processual Civil, onde o legislador dá excepcionalmente autorização para alguém 
pleitear, em nome próprio, direito alheio. Um exemplo quando o Ministério Público 
promove ação civil ex delito. E, a legitimação ativa sucessiva, derivada ou 
superveniente consiste na possibilidade de outras pessoas, que não o credor, 
promover a execução ou nela prosseguirem, em face de sucessão causa mortis ou 
inter vivos. O art. 567, do Código de Processo Civil, traz as hipóteses de legitimação 
sucessiva: “Podem também promover a execução, ou nela prosseguir: I – o espólio, os 
herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for 
transmitido o direito resultante do título executivo; II – o cessionário, quando o direito 
resultante do título executivo lhe foi transferido por ato entre vivos; III – o subrogado, 
nos casos de subrogação legal ou convencional”.
b)Legitimidade passiva: Apenas podem figurar no polo passivo da execução o devedor 
que tenha adquirido responsabilidade executiva. O art. 568, do Código de Processo 
Civil, trata dos sujeitos que poderão figurar no polo passivo: “são sujeitos passivos na 
execução: I – o devedor, reconhecido como tal no título executivo; II – o espólio, os 
herdeiros ou os sucessores do devedor; III – o novo devedor, que assumiu, com o 
consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; IV – o fiador 
judicial; V – o responsável tributário, assim definido na legislação própria”.
3- Podem ser executados aqueles dispostos no artigo 568, sendo eles: I - O devedor, 
na hipótese mais comum, sendo que, aquele que se obrigou e não cumpriu, é quem 
figurará no polo passivo da demanda, é ele, o legitimado passivo ordinário. II – 
Espólio, herdeiro e sucessores, assimcomo é possível a transmissão de um crédito, 
podendo os herdeiros e sucessores promover a execução, também serão 
responsáveis pelo pagamento quando forem herdeiros e sucessores de uma pessoa 
devedora. III – Assunção de dívida, podendo o crédito ser cedido, assim também, 
pode ocorrer com o débito, com a diferença que para ceder o crédito o credor não 
precisa de anuência do devedor, apenas a sua ciência para que não haja confusão no 
momento do pagamento. Com a cessão de débito é necessária a anuência do credor, 
uma vez que um devedor solvente poderia ceder o débito para alguém que não tenha 
qualquer liquidez e patrimônio. Então, para que a cessão do débito seja válida, 
necessária a anuência do credor, e sendo aceita haverá um novo devedor e este será 
legitimado ordinário derivado. IV – Fiador Judicial, é a pessoa que assume 
judicialmente a responsabilidade pelo pagamento da dívida (arts. 475-Q, §2º; 690 e 
826 do CPC), não se confundindo com a fiança do direito material, sendo que no caso 
de fiança contratual, o fiador é considerado devedor e por isso incluído no inc. I deste 
artigo. V – Responsável tributário, trata-se de matéria de ordem tributária, com regras 
e legislação próprias, por este motivo deve ser consultado o Código Tributário 
Nacional sempre que envolver matéria referente a tributo, como disposto nos arts 128 
a 138 CNT.
4- O inadimplemento é a falta de cumprimento de um contrato ou de qualquer de suas 
condições; falta de pagamento de uma obrigação acordada; descumprimento; 
inadimplência. De acordo com o artigo 748 e 750 do Código de Processo Civil, a 
insolvência pode ser real, ou presumida. A incapacidade financeira do devedor, pessoa 
física ou jurídica, de pagar suas dívidas em razão da ausência de recursos financeiros ou 
patrimoniais, se caracteriza inadimplência. 
5- O significado é “não há execução sem titulo”. Pode-se dizer que o processo de execução 
tinha por fundamento o título executivo previsto na lei ( numerus clausus) por possuir 
conforme a doutrina diz: abstração ou eficácia abstrata. Temos como título, o título 
executivo que é a base fundamental do processo executivo, sem título não existe 
execução daí o brocardo nulla executio sine titulo que é princípio consagrado.
6- É a fonte da execução, nasce de uma necessidade pratica, qual seja a de criar uma norma 
de conduta, cuja instituição importa substituir uma atitude, ou comportamento, de 
pessoa de direito público ou privado, a ela emprestando uma valoração absoluta capaz 
de impedir qualquer resistência do devedor ao direito do credor de executar o credito.
7 - Títulos executivos judiciais são aqueles provenientes de processo, que têm como objetivo 
garantir o poder coercitivo da sentença. Conforme o artigo 475-N do CPC consideram-se títulos 
executivos judiciais: “a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de 
obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; a sentença penal condenatória 
transitada em julgado; a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que 
inclua matéria não posta em juízo; a sentença arbitral; o acordo extrajudicial, de qualquer 
natureza, homologado judicialmente; a sentença estrangeira homologada pelo Superior 
Tribunal de Justiça; o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao 
inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal”. 
8 - Títulos executivos extrajudiciais são documentos capazes de embasar uma execução. Estão 
definidos no artigo 585 do CPC: “a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque; a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de 
transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados 
dos transatores; os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como 
os de seguro de vida; o crédito decorrente de foro e laudêmio; o crédito, documentalmente 
comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como 
taxas e despesas de condomínio; o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, 
ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão 
judicial; a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da 
lei; todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva”.
9 - De acordo com o artigo 587 do CPC, a execução é definitiva quando fundada em título 
extrajudicial e provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos 
embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo, desde que observados os 
requisitos do parágrafo 1º do artigo 739-A do CPC.
10- Fraude à Execução consiste na alienação de bens pelo devedor na pendência de um processo capaz de reduzi-lo à 
insolvência, sem a reserva em seu patrimônio de bens suficientes a garantir o débito objeto da cobrança, essa 
fraude tem como pressupostos imprescindíveis à sua existência: a pendência de uma demanda judicial, a 
insolvência do devedor e a má-fé do terceiro. 
A fraude contra credores é um instrumento do direito material pela sua previsão expressa do art. 158 ao 165, do 
Código Civil de 2002, cujo caminho é o de proteger, defender e preservar os direitos e interesses creditícios. Para 
seu reconhecimento, entretanto, é necessário o ingresso de uma Ação Pauliana (Ação intentada por credores na 
busca de anular negócio jurídico feito por devedor insolvente que se desfaz de seus bens que seriam utilizados 
para pagar dívida). A fraude contra credores tem, o propósito de prejudicar terceiros, particularizando-se em 
relação aos credores. Mas não se exige o animus nocendi, bastando que a pessoa tenha a consciência de que, 
praticando o ato, está prejudicando seus credores. É, em suma, a diminuição do patrimônio (Caio Mário). O ato 
fraudulento é suscetível de revogação pela ação pauliana.
11- O julgamento da fraude de execução em caso de coisa ainda não penhorada ou sem registro da penhora, ao que se 
pensa, somente poderá se dar através de processo de próprio e que no caso será um processo de conhecimento 
declaratório incidental, inexiste lei traçando o procedimento próprio ou indicando procedimento especial para o 
caso de fraude de execução, o que se tem a seguir é o procedimento comum ordinário (art. 271 do CPC). Extra-
processualmente a fraude à execução tem conseqüência criminal e está previsto no art. 179 do Código Penal, 
desde que existente a queixa.
12- Conforme os artigos 14 a 18 do Código de Processo Civil são litigante de má-fé” aquele que (I) deduzir pretensão 
ou defesa contra texto de lei ou fato incontroverso; (II) alterar a verdade dos fatos; (III) usar do processo para 
conseguir objetivo ilegal; (IV) opuser resistência injustificada ao andamento do processo; (V) proceder de modo 
temerário em qualquer incidente ou ato processual; (VI) provocar incidentes manifestamente infundados ou (VII) 
interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Estas infrações encerram conceitos abertos como 
“resistência injustificada”, “modo temerário” e “incidentes manifestamente infundados”, abarcando, portanto, 
praticamente todos os atos abusivos que uma parte possa praticar. Por estarem inseridas no livro referente ao 
processo de conhecimento, mas, se nessa primeira fase do processo o legislador já procurou reprimir condutas 
abusivas das partes, com muito mais razão elas teriam que ser rechaçadas em sede de cumprimento da sentença, 
onde, como visto, se alcança o sentimentode pacificação social através da efetividade processual. As sanções 
referentes ao descumprimento do dever de boa-fé processual praticado nesta fase são aplicadas de acordo com os 
ditames da litigância de má-fé, e assim foi feito pelo nosso CPC, que destinou os arts. 599 a 601 a coibir a má-fé 
processual quando praticada nesse estágio. Os atos praticados em desacordo com os ditames de lealdade 
processual passam, então, a ser denominados “atentatórios à dignidade da justiça” nesta fase de execução. Os atos 
atentatórios à dignidade da justiça são, portanto, atos omissivos ou comissivos, praticados na fase de cumprimento 
da sentença que, violando o dever de boa-fé e lealdade processual, tenham a intenção de desviar o bom curso do 
processo, obstando ou dificultando a efetividade do provimento jurisdicional exarado na fase de conhecimento.
13- Define-se penhora como um instituto jurídico próprio da fase inicial da expropriação (retirar o objeto do 
patrimônio do devedor para satisfazer a obrigação, com posterior alienação do bem para conversão em dinheiro) de 
bens no processo de execução, trata-se de ato executivo processual que visa a individualização do bem sobre o qual 
recairá a satisfação do crédito, obtida com a conversão em dinheiro. É um ato processual de grande importância 
devido ao complexo de efeitos processuais e materiais que derivam do ato em si. O CPC em seu artigo 659 diz que “a 
penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e 
honorários advocatícios”.
Os efeitos ocorrem no momento da apreensão de acordo com artigo 664 CPC. A eficácia da penhora no 
plano material produz efeitos além do processo, sendo necessário preparar o desenvolvimento e a ultimação da 
técnica expropriativa, em geral culminada pela transferência forçada do bem a terceiro: Ineficácia relativa aos atos 
de disposição que a partir da penhora, o executado, que não perde o domínio do bem e, em geral, não perde a posse 
imediata do bem, não pode mais dispor dele eficazmente; Reorganização da posse que com a penhora o depositário 
judicial é possuidor imediato, enquanto o Estado o possuidor mediato; Perda do direito de fruição na qual a penhora 
impõe limites ao uso e gozo da coisa penhorada, a regra é a de que os frutos compreendem a restrição, exceto se 
houver disposição em contrário.
 Já os feitos processuais são: Individualização de bens no patrimônio do executado que com a apreensão de 
bens no patrimônio do devedor há a criação de um vínculo desses bens à satisfação de certo crédito, ficando estes 
presos à demanda executória e, caso não haja penhora anterior ou outro acontecimento, serão destinados ao escopo 
expropriativo; Direito de preferência que com a penhora, o credor adquire o direito de preferência sobre os bens 
penhorados; Desencadeamento da técnica expropriativa que caso o bem penhorado não seja dinheiro, o credor tem o 
direito de transformar a penhora em moeda corrente; Extensão da penhora.
14- Define-se impenhorabilidade como característica dos bens que, por determinação testamentária, legal ou por ato 
voluntário, não podem ser objeto de penhora. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a 
construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso 
profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de 
transporte, obras de arte e adornos suntuosos. É um benefício para certos bens, porque não podem ser atingidos 
pela penhora e ficam a salvo de qualquer apreensão, em execução judicial. 
Portanto, são impenhoráveis todos aqueles bens imunes, da responsabilidade patrimonial executória, 
tornando-se impedida a expropriação de determinado bem.
15- São absolutamente impenhoráveis: artigo 649 CPC
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado 
valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; (Redação dada pela 
Lei nº 11.382, de 2006).
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; (Redação dada 
pela Lei nº 11.382, de 2006).
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e 
montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os 
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo; 
(Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis 
ao exercício de qualquer profissão; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
VI - o seguro de vida; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; (Redação dada pela Lei 
nº 11.382, de 2006).
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; (Redação dada pela Lei 
nº 11.382, de 2006).
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança. (Redação dada 
pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a aquisição do próprio bem. (Incluído 
pela Lei nº 11.382, de 2006).
§ 2º O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação 
alimentícia. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).”
 São bens relativamente penhoráveis: os bens relativamente impenhoráveis só poderão ser apreendidos se o 
executado não dispuser de outros suficientes para assegurar o crédito do exequendo.
 “Art. 650: Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se 
destinados à satisfação de prestação alimentícia.
16-  A execução será suspensa caso os embargos à execução opostos tenham efeito suspensivo, nos 
termos do art. 739-A do CPC; nas hipóteses do art. 265 do CPC –I morte ou perda da capacidade 
processual de uma das partes, do representante legal ou do procurador de uma delas; II pela 
convenção entre as partes; e, III caso de oposição de exceção de incompetência, suspeição ou 
impedimento do juiz; quando o devedor não tiver bens para pagamento da dívida. De acordo com o art. 
40 da Lei 6830/80 a execução será suspensa enquanto não se localizar o devedor ou não forem 
encontrados bens passíveis de penhora, de tal forma que não correrá prazo para configuração da 
prescrição intercorrente. Durante a suspensão do processo não se praticará qualquer ato, a menos que 
se trate de medida urgente e que sem ela estará prejudicada a demanda executiva. 
17- Assim como todo processo, também o de execução deve morrer quando a providencia jurisdicional 
é alcançada, isto é, quando o provimento satisfatório tem lugar. Mas, ao lado da solução jurisdicional, 
existe ainda a auto composição, bilateral ou unilateral, que identicamente conduz o processo ao seu 
encerramento, dado alcance pelas próprias partes de uma solução de mérito. 
De acordo com o art. 794, CPC, extingue-se a execução quando;
I - o devedor satisfaz a obrigação; 
II - o devedor obtém, por transação ou por qualquer outro meio, a remissão total da dívida; 
III - o credor renunciar ao crédito. 
Art. 795 a extinção só produz efeito quando declarada por sentença.18- EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE COISA CERTA
O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, ou seja, de entregar algo definido como infungível 
(coisa que não pode ser substituída por outra, mesmo que da mesma espécie; ex. Uma caneta de 
prata com gravação feita pelo avô), constante de título executivo extrajudicial, será citado para, dentro 
de 10 (dez) dias, satisfazer a obrigação, ou, apresentar embargos. O juiz, ao despachar a inicial, 
poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a 
alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo.
O devedor poderá depositar a coisa, em vez de entregá-la, quando quiser opor embargos, dessa 
forma, o exequente não poderá levantá-la antes do julgamento dos embargos. Contudo, se o 
executado entregar a coisa, lavrar-se-á o respectivo termo e dar-se-á por finda a execução, salvo se 
esta tiver de prosseguir para o pagamento de frutos ou ressarcimento de prejuízos. 
EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE COISA INCERTA
Quando a execução recair sobre coisa incerta, qual seja determinada pelo gênero e quantidade, o 
devedor será citado para entregá-la individualizada, se Lhe couber a escolha; mas se essa couber ao 
credor, este a indicará na petição inicial.
Qualquer das partes poderá, em 48 (quarenta e oito) horas, impugnar a escolha feita pela outra, e o 
juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.
EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo 
que o juiz lhe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo. Se, no prazo fixado, o 
devedor não satisfizer a obrigação, é lícito ao credor, nos próprios autos do processo, requerer que ela 
seja executada à custa do devedor, ou haver perdas e danos; caso em que ela se converte em 
indenização. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para 
cobrança de quantia certa. 
EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER 
Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor 
requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor 
requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos. 
Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos. 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE 
A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, salvo as restrições previstas 
em lei, a fim de satisfazer o direito do credor. É a mais comum na judicialidade.
19- A petição inicial executiva possui os requisitos gerais, de todos os 
processos, previstos no art. 282 do CPC, bem como os específicos, previstos 
no art. 614 e 615 do CPC. Além de indicar a competência, legitimidade, causa 
de pedir, pedido, valor da causa, provas, e requerimento de citação nos termos 
do art. 614 do CPC, cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação 
do devedor e instruir a petição inicial: I – com o titulo executivo extrajudicial; II – 
com o demonstrativo do debito autorizado ate a data da propositura da ação, 
quando se tratar de execução por quantia certa; III – com a prova de que se 
verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572). Além disso, nos termos do 
art. 615 do CPC, cumpre ainda ao credor: I – indicar a espécie de execução 
que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada; II – requerer a 
intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, 
quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese 
ou usufruto; III – pleitear medidas acautelatórias urgentes; IV – provar que 
adimpliu a contraprestação, que lhe corresponde, ou que lhe assegura o 
cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação 
senão mediante a contraprestação do credor.
20- No processo de execução de obrigação de fazer ou não fazer, a citação 
possui a finalidade de permitir o cumprimento da obrigação no prazo fixado 
pelo juiz, sob pena de sofrer atos executórios. Na obrigação de pagar, a citação 
possui o objetivo de possibilitar o pagamento da divida no prazo de 3 (três) 
dias, sob pena de penhora.
21- A averbação da certidão comprobatória do ajuizamento da execução 
junto ao registro de imóveis, veículos e outros bens, visa a caracterização da 
fraude à execução, se o devedor, no curso do processo iniciado, 
posteriormente, alienar seus bens, destruindo juridicamente seu patrimônio, 
com o objetivo de reduzir-se a insolvência (art. 615-A, 593, II e 141, V, do 
CPC).
22- Citado o devedor pode tomar três atitudes: segundo o artigo 622 do CPC: pode entregar a 
coisa, neste caso, a execução é extinta, exceto se o título estabelecer o pagamento de frutos, 
ressarcimento de prejuízos, multas por atraso que a execução transmuda-se em execução por 
quantia certa. O devedor poderá opor embargos no prazo de 15 dias, contados da juntada do 
mandado de citação aos autos, independente do depósito da coisa. Caso queira efeito 
suspensivo aos seus embargos, depositará a coisa em litígio. Pode ainda permanecer inerte, ai 
caberá ao juiz tomar as providencias para que a obrigação adquira seja integralmente 
cumprida.
23- Art. 652.  O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da 
dívida. § 1o  Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de 
justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo 
auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado. Então, cumprindo o 
pagamento no prazo de três dias, após a citação, não sofrerá pena de penhora do bem. 
24- A  Lei 11.382/2006, inovou, contudo, com a possibilidade de parcelamento do débito pelo 
executado, conforme redação do art. 745-A, do CPC, caput. Trata-se de faculdade processual, 
visando estimular o cumprimento voluntário da obrigação, sem que o devedor lance mão dos 
embargos que atrasam sobremaneira o andamento do processo. O executado tem que ter sido 
citado para que possa utilizar-se da possibilidade de parcelamento do débito, que no prazo de 
quinze dias poderá escolher entre embargar a execução (embargos de execução) ou requerer 
o parcelamento do débito. O executado terá que cumprir com o parcelamento requerido e o 
não pagamento implicará no vencimento antecipado das demais parcelas, incidência de multa 
de 10% (dez por cento) sobre o débito remanescente, bem como o imediato início dos atos 
executivos, a teor do art. 745-A, § 2º, do CPC.
25- A penhora se aperfeiçoa com a apreensão e depósito do bem (art. 664, CPC).
Art. 664. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens, 
lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.
26- Art. 665. O auto de penhora conterá: (do CPC)
I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita;
II - os nomes do credor e do devedor;
III - a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos;
IV - a nomeação do depositário dos bens.
27- Art. 666. Os bens penhorados serão preferencialmente depositados: 
I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um banco, de que o Estado-
Membro da União possua mais de metade do capital social integralizado; ou, em falta 
de tais estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em qualquer 
estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro, as pedras e os 
metais preciosos, bem como os papéis de crédito; 
II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos; 
III - em mãos de depositário particular, os demais bens. 
§ 1o Com a expressa anuência do exeqüenteou nos casos de difícil remoção, os 
bens poderão ser depositados em poder do executado.
28- O procedimento da penhora é realizado em regra pelo oficial de justiça. Quando não 
há indicação voluntária de bens penhoráveis por parte do executado, é preciso, em regra, 
proceder à apreensão pelo oficial de justiça a quem compete, não dispondo a lei de outro 
modo, realizar, mediante determinação do juiz, os atos executivos”. 
Assim, não cumprida espontaneamente a obrigação pelo devedor e não indicados bens à 
penhora no prazo de três dias (artigo 652, CPC), o oficial de justiça terá impulso a partir 
de iniciativa do credor e mediante autorização judicial consubstanciada no mandado de 
penhora e avaliação. O oficial de justiça coloca em prática o que o credor requer, desde 
que autorizado pelo juiz. Assim, a penhora dos bens do executado é precedida pela 
indicação dos mesmos por parte do exequente (assim art.652, § 2º e 475-J, § 3º, CPC). 
O requerimento do credor se dará nos autos, e mediante apresentação de documento 
comprovando a localização do bem penhorável.), a partir do qual o oficial de justiça 
buscará tais bens.
 A escolha por regra vem do credor. Porem no novo CPC, art. 652, § 3º, o executado 
terá o dever de colaborar com a satisfação do crédito, devendo apresentar bens 
penhoraveis para o credor
Além da penhora por oficial de justiça, existe a penhora por termo nos autos que 
também é uma forma de efetivação da constrição. O termo de penhora, este redigido 
pelo escrivão quando da apresentação de escritura de imóvel trazido por qualquer uma 
das partes aos autos (artigo 657, CPC) independentemente de onde se localize o bem 
(artigo 659, § 5º, CPC).
29- A realização de nova avaliação dos bens penhoraveis só ocorrerá em casos 
excepcionais. Conforme art. 683 do CPC é admitida nova avaliação se: I-uma das partes 
relatar fundamentadamente que houve erro na avaliaçao ou dolo do devedor, isso pode 
ocorrer por exemplo se houver manipulaçao no valor do bem.II- Se verificada após à 
avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem, já que o valor do bem 
pode ser atualizado; ou III-se houver dúvida fundada sobre o valor atribuido ao bem, 
tendo em vista que o bem pode ter sido substituido.
Contudo o devedor poderá impugnar tal estimativa, e o magistrado decidirá sobre a 
matéria. A decisão que determina nova avaliação pode ser atacada por agravo.
30- A expropriação é a modalidade de desapropriação forçada por lei.Também é 
configurada pelo ato praticado pelo juiz  a fim de transferir bem do devedor a outra 
pessoa, a fim de satisfazer o direito do credor, independente de sua anuência. 
A adjudicação consiste no direito do credor de adquirir o bem levado à hasta pública 
(leilão ou praça) quando não houvesse licitantes (art. 714 do antigo CPC). O valor 
oferecido para a adjudicação não pode ser inferior ao da avaliação. A adjudicação pode 
ser requerida de imediato pelo credor. Ela é uma forma direta de garantir a satisfação do 
credor.
No que se refere a arrematação judicial ela pode ser entendida como leilão ou praça. 
Arrematação é o meio pelo qual bens imóveis são vendidos, em leilão de praça pública, 
por quem ofertar o maior preço. A arrematação judicial é a que se promove em hasta 
pública determinada pelo juiz.
31- A praça nada mais é do que o local em outras palavras é o espaço físico em 
que comparecem os interessados em arrematar determinados bens, sendo 
que o vencedor será aquele que oferecer o maior lance. Nesse sentido o 
Codigo de Processo civil aparou a definição de praça dispondo o artigo 686, 
denominando como “praça” a hasta pública de bem imóvel, ao contrario do que 
diz o artigo 686, IV do CPC que denomina “leilão” a hasta pública de bem 
móvel. Faz se aqui necessário a definição de hasta publica é um ato da 
Justiça, pelo qual são alienados em outras palavras é vendido bens do 
devedor para que, com o dinheiro apurado, possam ser pagos o credor e as 
custas e despesas do processo de execução. Por fim é se suma importância 
mencionar que O atual Código de Processo Civil prevê que, no caso de bens 
imóveis, será realizada a praça (art.697 do CPC), e, sendo outra a natureza 
dos bens penhorados, o leilão (art.704 do CPC), com as ressalvas do art.700 
do Código de Processo Civil.
32- O código de processo civil dispõe em seu artigo 670, caput, que: "O juiz 
autorizará a alienação antecipada dos bens penhorados quando: I - sujeitos a 
deterioração ou depreciação; II - houver manifesta vantagem".
33- De acordo com o art 693 do CPC, decorridas 24 horas da realização da hasta 
pública, será lavrado o auto de arrematação, portanto considera-se encerrada a 
arrematação após a assinatura desse auto. Contudo se faz necessário salientar 
que "a transferência de domínio, em nosso sistema jurídico opera pela tradição, 
além do auto é necessária a entrega das coisas móveis, quando a arrematação 
versar sobre tais bens, ou a transcrição no Registro Imobiliário quando se tratar 
de bens móveis.
34- O pagamento do credor se efetiva confome os dispositivos mencionados abaixo;
Art. 708. O pagamento ao credor far-se-á:
I - pela entrega do dinheiro; 
 A entrega em dinheiro não é realizada mediante a entrega dos valores diretamente do devedor 
ao credor, sendo tais atos intermediados, portanto, por um depósito em Juízo que poderá, 
inclusive, ser realizado pelo leiloeiro se se tratar de arrematação.
 II - pela adjudicação dos bens penhorados; 
Adjudicar advém do latim adjudicacione, que significa escolha, decisão judicial. Representa o 
ato pelo qual o juiz autoriza o exeqüente a ter a propriedade de determinado bem .
III - pelo usufruto de bem imóvel ou de empresa. 
Usufruto é o direito real de desfrutar de um bem na totalidade de suas relações, 
temporariamente, pois tem como limite máximo o tempo de vida do usufrutuário, sem lhe alterar 
a substância, entretanto.
Por definição, pode recair sobre coisa móvel, imóvel, patrimônio ou direito.
O art. 708 estabelece que o pagamento ao credor far-se-á através da entrega do dinheiro, 
adjudicação dos bens penhorados ou usufruto de bem imóvel ou imóvel (incisos I, II e III).
Há quem sustente ser a arrematação uma das formas de pagamento ao credor2. Entretanto, 
entendemos ser a arrematação o momento que antecede a entrega em dinheiro.
Art. 709. O juiz autorizará que o credor levante, até a satisfação integral de seu crédito, o dinheiro depositado 
para segurar o juízo ou o produto dos bens alienados quando:
Somente após a expedição de alvará autorizando o levantamento dos valores depositados em juízo, pelo juiz, é 
que se finalizará a entrega do dinheiro ao credor.
O credor, após o recebimento da quantia firmará termo de quitação. Este termo é obrigação do escrivão ou do 
chefe de secretaria. O levantamento dos valores não obsta o prosseguimento da execução, quando o valor 
alcançado não cobrir a dívida. 
Quando a execução for movida por credor individual deve ser observado se não há, relativamente ao crédito, 
algum privilégio ou preferência, instituído anteriormente à penhora, tais como hipoteca crédito trabalhista caso em 
que a entrega do dinheiro ao credor pode ficar vinculada a estes elementos.
Quando concorrem vários credores e não existir ordem legal de preferência, receberá os valores primeiramente 
aquele que tomou a dianteira no processo de execução, procedendo à penhora do bem. Existindo ordem legal de 
preferência, o que a detiver receberá em primeiro lugar, mesmo que tenha sido o último a realizar a penhora.
Parte da doutrina sustenta que,o art. 962 do CC, a regra da anterioridade da penhora não seria aplicável se 
houvesse concorrência de credores da mesma classe de privilégio de direito material. Entretanto, pode-seafirmar 
que tal posicionamento não está totalmente correto, já que entre os credores privilegiados gerais e os credores 
com preferências de outras ordens deve ser aplicável o critério da prioridade da penhora, prevalecendo a divisão 
do arrecadado (par conditio creditorum) somente entre os credores privilegiados especiais.
Art. 710. Estando o credor pago do principal, juros, custas e honorários, a importância que sobejar será 
restituída ao devedor. 
Os valores a que o credor tem direito, referem-se ao principal, juros, custas e honorários advocatícios, devendo 
os valores que excederem a esta quantia, serem devolvidos ao devedor.
Tais valores poderão ser oriundos de penhora realizada diretamente sobre a pecúnia, primeira elencada na 
ordem de preferência da penhora, conforme art. 655, I do CPC ou mesmo fruto de arrematação.
Art. 711. Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue consoante a ordem das 
respectivas prelações; não havendo título legal à preferência, receberá em primeiro lugar o credor que promoveu 
a execução, cabendo aos demais concorrentes direito sobre a importância restante, observada a anterioridade 
de cada penhora. 
Note-se que, não obstante há quem sustente que a ordem de recebimento dependa da data do registro da 
penhora, hoje, é pacífico nos Tribunais que é a penhora, e não o seu registro, que determinará a ordem de 
pagamento. 
Para facilitar o modo de tramitação, todos os processos que tiverem sua execução voltada para o mesmo bem 
serão, por força de economia processual, apensados. Assim, pode-se dizer que há preferências da ordem de 
penhora e preferências independentes da penhora, caso tratar-se ou não de privilégios legalmente instituídos.  
Art. 712. Os credores formularão as suas pretensões, requerendo as provas que irão produzir em audiência; 
mas a disputa entre eles versará unicamente sobre o direito de preferência e a anterioridade da penhora. 
 
Cada credor elaborará sua pretensão e indicará as provas que pretendem produzir para justificar sua prioridade 
na percepção do crédito. Ressalte-se que, nos termos da lei, a discussão deve restringir-se unicamente a 
respeito do direito de preferência e da anterioridade da penhora, a fim de ser verificado no caso qual dos 
credores receberá em primeiro lugar a satisfação do débito.
Art. 713.  Findo o debate, o juiz decidirá. 
Encerrada a questão o juiz proferirá a decisão. Esta foi uma das modificações introduzidas por força da Lei 
11.382/2006.
Anteriormente utilizava-se o termo ‘sentença’, agora utiliza-se ‘decisão’. Esta modificação veio ao encontro das 
demais modificações ocorridas no CPC, bem como à manifestação já proferida pelos processualistas no sentido 
de que esta decisão tratava-se de um incidente da execução, que não colocava fim ao processo, sendo passível, 
portanto, de agravo e não de apelação. 
Assim, a classificação dos credores na ordem de pagamento ficará da seguinte maneira:
1. 1. Com preferência legal, independentemente da penhora;
2. 2. Sem preferência legal, independentemente da penhora, ou depois da satisfação destas, os credores 
serão pagos na ordem da data de realização de cada penhora.
3. 3. Caso seja decretada a insolvência civil do devedor, haverá concurso universal de credores, questão 
esta já abordada no capítulo referente à execução contra devedor insolvente. 
35- Para MOREIRA os embargos não formam outra relação processual, não 
formam outro processo, caracterizando-se como incidente e pertencente ao processo de 
execução. Os embargos à execução,têm a formalidade de ação (ação no sentido formal), mas, 
defesa no aspecto substancial, visto que seu conteúdo é todo de defesa e não de ataque, 
como são a reconvenção e o pedido contraposto,. Além da possibilidade do executado alegar 
em seus embargos, as preliminares, previstas no artigo 301 do CPC ainda poderá argüir, toda 
matéria de defesa (art. 745, do CPC) entre estas a prescrição que também é matéria típica de 
quem defende (parte passiva) e não de quem propõe a ação (parte ativa). Só isso já é o 
bastante para demonstrar a natureza defensiva dos embargos. 
Contudo a respeito à natureza jurídica dos embargos à execução, para a doutrina 
minoritária,dentre outros doutrinadores, o professor Carlos Henrique Bezerra Leite, trata-se de 
uma mera defesa facultada ao devedor. Todavia o entendimento majoritário assente na 
jurisprudência e na doutrina é que a natureza jurídica do instrumento analisado é de uma ação 
de conhecimento, incidental ao processo de execução. 
A crítica ao posicionamento minoritário tem fundamento na ausência do princípio do 
contraditório na fase executiva, desse modo não há que se falar em defesa. Assim, como ação 
incidental no procedimento executivo, os embargos não tem o condão, único e necessário, de 
invalidar o título executado, mas tão somente de trazer a matéria objeto das impugnações na 
fase de liquidação que não tenha sido considerada pelo juiz, forçando-o assim a prolatar nova 
sentença
36- O juízo competente para o ajuizamento dos embargos à execução é o que processa a ação 
de execução de título executivo extrajudicial.
Nas execuções por carta precatória, os embargos podem ser oferecidos no juízo deprecante ou 
no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se 
versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens. 
Art. 747. Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo 
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem 
unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens.
37- Conforme o artigo 738 do CPC,  os embargos serão oferecidos no prazo de 
15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de 
citação.  Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles é 
contado a partir da juntada do respectivo mandato citatório, salvo quando se 
trata de cônjuges. Nas execuções por carta precatória, a citação do executado 
será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado (é juiz da outra comarca, 
a quem o juiz deprecante envia carta precatória para cumprimento dos atos 
processuais) ao juiz deprecante (é o juiz da comarca por onde tramita um 
processo e que, nessa condição, expede carta precatória para outra 
comarca), inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos 
a partir da juntada aos autos de tal comunicação. 
38- Como exceção os embargos do executado não se aplicam quando os 
litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro 
os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. 
De acordo com o art. 739-A do CPC Os embargos do executado não terão 
efeito suspensivo. Assim, a execução não mais pode ser suspensa enquanto 
as partes a discutem. No entanto, caso o embargante requeira o efeito 
suspensivo provando que o prosseguimento da execução pode causar-lhe 
manifestamente grave dano de difícil ou incerta reparação, o juiz poderá 
conceder a suspensão da execução. A oposição de embargos à execução 
fiscal não suspende os atos executivos. Não há uma suspensão por força de lei 
da execução fiscal por conta dos embargos.
39- Conforme o artigo 739 do CPC o juiz poderá rejeitar liminarmente os 
embargos: Quando intempestivos (peças processuais que são apresentadas, 
protocoladas ou arroladas nos autos fora do prazo estabelecido pela norma 
positivada); Quando inepta a petição (não é considerada apta a produzir 
efeitos jurídicos, por vícios que a tornam confusa, contraditória, absurda, 
incoerente; ou por lhe faltarem os requisitos exigidos pela lei); ou Quando 
manifestamente protelatórios (visam rediscutirmatéria já apreciada e 
decidida pela corte de origem).
40- Deve se oferecer embargos nos casos em que for proferido atos judiciais,
que não dependem de sentença, ou em que esta for meramente 
homologatória.
Pode o executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da adjudicação, 
alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em nulidade da 
execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à 
penhora.
APS 06
01- Procede-se a liquidação da sentença quando a mesma não determinar o
valor devido, uma vez que tão somente pela liquidação é que se poderá 
quantificar ou individualizar a obrigação.
O CPC prevê três espécies de liquidação:
Liquidação por cálculos (art. 475-B)
Essa espécie de liquidação será adotada quando a apuração depender de 
simples cálculos matemáticos. Ocorre nas simples execuções de quantia de, 
por exemplo, cheques emitidos sem a suficiência de fundos, em que é 
necessária tão somente a quantificação do valor do cheque acrescido dos 
encargos determinados pela sentença, tais como correção monetária, juros etc.
Liquidação por arbitramento (art. 475-C)
Essa modalidade de liquidação ocorre quando houver sido determinada pela 
sentença, convencionada pelas partes ou quando a natureza do objeto da 
liquidação assim o exigir. Ocorre quando, por exemplo, a quantificação ou a 
individuação da obrigação não podem ser feitas por meio de cálculos do 
contador pelo fato de depender de conhecimento especializado ou científico de 
um perito. Essa modalidade de liquidação ocorre muito nas ações de 
desapropriação, em que o perito, por sua especialização na matéria, avalia a 
propriedade – terra e benfeitorias – que é objeto da expropriação.
Liquidação por artigos (art. 475-E)
Essa modalidade de liquidação ocorre quando, para se determinar o valor da 
condenação, houver a necessidade de alegação e prova de fatos novos. 
Denomina-se modalidade por artigos porque a parte deverá, com exposição de 
fatos que merecem prova, indicar um a um os itens que constituem o objeto de 
quantificação.
A correção monetária representa apenas a recomposição do poder aquisitivo 
original do débito. É mero fator de atualização da moeda aviltada pela inflação 
e, por isso, constitui justa solução para todas as relações jurídicas, como forma 
de evitar o enriquecimento ilícito do devedor. 
02- O remédio impugnativo é agravo de instrumento, salvo quando importar 
extinção da execução, caso em que caberá apelação.
3- Segundo o artigo 475 P, inciso II, do CPC diz que o cumprimento da sentença efetuar-se-á 
perante o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição. O cumprimento de sentença 
ocorrerá no juízo em que a causa foi processada em primeiro grau de jurisdição, independente se a 
ação foi ou não objeto de recurso. Existe, no entanto, a possibilidade de no caso de execução por 
obrigação pecuniária fundada em sentença proferida por juízo de primeira instancia poderá o 
exeqüente optar por desenvolver o processo executivo, em outro juízo, do lugar onde o executado 
tenha domicilio ou onde puderem ser encontrados bens penhoráveis. Outra hipótese é a da 
execução civil de sentença penal condenatória. Será competente, aqui, o juízo competente, segundo 
as regras comuns. Ainda, nas execuções fundadas em titulo judicial, há que se tratar da competência 
para a execução que tenha como base formal a execução em adjudicação de quinhão sucessório. 
4- O acréscimo da multa de 10% que se refere o artigo 475-J CPC, se dará quando o devedor, 
condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não efetuar o pagamento no 
prazo de 15 dias. 
5- Se o credor não requerer a execução em 6 (seis) meses, os autos serão arquivados, nada 
impedindo que venham a ser desarquivados mediante solicitação da parte nesse sentido, 
desde que não ocorrida a prescrição que, nos termos do § 5º do art. 219 do CPC, poderá 
ser pronunciada de ofício pelo juiz, conforme redação dada pela Lei nº 11.280, de 
16/2/2006.
6- Conforme o artigo 475-A, § 1o CPC do requerimento de liquidação de sentença 
será a parte intimada, na pessoa de seu advogado. 
7- A defesa do executado será feita através da impugnação à execução, poderá 
ocorrer casos em que o devedor ou terceiros interessados poderão utilizar de 
outros meios para o exercício do direito de defesa.
8- Para o cumprimento provisório da sentença o devedor deverá ser intimado na 
pessoa de seu advogado. E a multa de 10% na hipótese de descumprimento, 
em se tratando de cumprimento provisório da sentença, só incidirá se o credor 
assim o requerer.
09- A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo 
modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: corre por iniciativa, 
conta e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for 
reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; fica sem efeito, 
sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, 
restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos 
mesmos autos, por arbitramento, portanto se a sentença provisória for 
modificada ou anulada, a execução somente ficará sem efeito nesta parte.
10- De acordo com o disposto no inciso III do artigo 475-O, do CPC o 
levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado 
dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e 
prestada nos próprios autos.  Desta forma, para que haja o levantamento de 
dinheiro, nesta fase processual, é imprescindível que o credor preste caução, 
pois a ausência desta poderá acarretar consequências imprevisíveis, 
irreversíveis e caracterizadoras de dano grave, na hipótese do recurso ser 
provido. É certo, porém, que referida caução pode ser dispensada "nos casos 
de execução provisória em que penda agravo de instrumento junto ao Supremo 
Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça (artigo 544), salvo quando da 
dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou 
incerta reparação" (parágrafo segundo, II, 475-O).

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