Buscar

Direito da Sociedade da Informação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
DIREITO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Professor Luiz Henrique Levy
“ATIVIDADES EMPRESARIAIS EM MEIO ELETRÔNICO E REFLEXOS NO DIREITO DO CONSUMIDOR”
Gustavo Mesquita Azevedo no 23
Jaqueline de Oliveira no 28
Mayara Barbosa Saad no 48
Thereza Cristina Faccio de Castro no 57
Turma: 3109C
São Paulo
2014
O presente trabalho tem por objetivo averiguar o alcance da responsabilidade civil nas relações de consumo em ambiente virtual, tanto nas atividades bancarias, quanto nas redes de compras coletivas e redes sociais.
É fato que a informática e a internet tem revolucionado o mundo dos negócios, que proporcionam maior agilidade de acesso e eficácia nas transações.
Em razão dessa facilidade as empresas começaram a utilizar a internet como instrumento de vendas e de interação de clientela, aliás, mostra-se hoje como um meio eletrônico mais barato para o consumidor.
Vale ressaltar que as transações realizadas eletronicamente não afasta a incidência do Código de Defesa do Consumidor, estando o comercio eletrônico sujeito as disposições desse Diploma Legal.
Um aspecto negativo trazido para o consumidor é a dificuldade de se questionar a idoneidade do fornecedor da mercadoria uma vez que inexiste relação pessoal e prova concreta do negocio jurídico realizado.
Para a repressão desse desequilíbrio, aplica a doutrina alguns princípios que protegem aqueles que efetuam as compras eletronicamente, quais sejam: vulnerabilidade; autonomia da vontade; confiança; e boa-fé.
O principio da vulnerabilidade exposto no artigo 4o, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor, e artigo 927, parágrafo único, do Código Civil, insere o consumidor na categoria de parte fraca da relação consumerista dado ao tamanho e ao poder inquestionável das instituições empresariais.
Tido por mais importante o principio da boa-fé insere a ideia de cooperação, respeito e fidelidade na relação contratual. Por esse ideal se espera que as partes reprimam qualquer clausula considerada abusiva, ou seja, que afrontam todo o ordenamento regulador do relacionamento de comércio (artigo 51, inciso XV, do Código de Defesa do Consumidor).
Pelo principio da confiança, espera-se que todos os atos que regulam a compra e venda sejam legítimos, uma vez que não existe contato pessoal entre o consumidor e o fornecedor, mas tão somente um clique na pagina eletrônica. Nas palavras de Claudia Lima Marques (2004), “a confiança é o paradigma necessário para realizar ‘este passo adiante’ de adaptar nosso atual Direito do Consumidor a este novo modo de comercio”.
Introduzida a matéria, cabe caracterizar a responsabilidade civil nos contratos eletrônicos de consumo.
Nas sabias palavras de Nelson Nery Junior, a relação de consumo estabelece-se ente fornecedor e consumidor perante um produto ou um serviço. E, complementado por José Geraldo Brito Filomeno, é este relacionamento configurado por comportamento da “excelência”.
Para Cavalieri Filho (2006), a responsabilidade civil decorre do inadimplemento de uma obrigação assumida contratualmente que nesse caso incidirá sobre o consumidor causando-lhe prejuízos nas esferas emocional, moral e econômica .
Nas relações de consumo a responsabilidade competente do fornecedor é a objetiva (se assim expuser a lei), em que não cabe ao consumidor a comprovação da culpa do empresário, e sim a da existência do dano. Esta teoria vem abarcada pela Teoria do Risco, pela qual o risco do empreendimento é do vendedor ou prestador. 
Com mais fervor justifica-se a preponderância da responsabilidade objetiva nas relações de consumo virtuais, pois, os consumidores encontram-se em maior vulnerabilidade que os demais.
Por derradeiro, outros aspectos também devem ser observados pelos fornecedores, como o sigilo sobre os dados dos consumidores, a vinculação à oferta efetuada pela internet, o dever de informação, o cuidado para a não vinculação de publicidade enganosa ou abusiva e, a vedação de colocar em circulação produtos nocivos ou perigosos, ou serviços mal prestados.
Motivo também de discussão, é a responsabilidade dos sites de intermediação, que aproximam os consumidores e os fornecedores para a celebração do negocio jurídico. A estes veículos são recomendados os deveres de proteger a saúde e a segurança dos consumidores e de priorizar pela legitimidade da relação.
Claudia Lima Marques (2006), apreciando a matéria, deixa claro que os sites de intermediação suportam riscos mais elevados que os demais integrantes da cadeia comercial, pois como divulgadores de produtos e serviços, visam única e exclusivamente o lucro, seja de forma direta ou indireta. Portanto, em havendo prejuízo, devem indenizar os usuários de seus serviços.
Não fugindo do tema frisa-se que os consumidores apostam nesses sites pois confiam que são gerenciados por especialistas em publicidade comercial, e que desta forma, são capazes de atenuar riscos inerentes aos negocio jurídicos pactuados via internet. Há, assim, relação de confiança, que se burlada sujeita os sites à composição da frustração do contrato.
Passando ao foco nos sites de compra coletiva, cabe, primeiramente, conceituar o presente instituto. Conforme acentua Maria Elisa Reis, “entende-se por compra coletiva a modalidade de comercio eletrônico que tem por finalidade a venda de produtos e serviços promocionais, por um período curto de tempo, e para um mínimo de consumidores pré-estabelecido”.
Afasta-se, de inicio, a qualidade de intermediadores dos sites de compra coletiva, uma vez que, pelo artigo 3o, do Código de Defesa do Consumidor, enquadram-se no conceito de fornecedores já que comercializa produtos e serviços, bem como os facilitam e os proporcionam ao povo.
A responsabilidade, como não poderia deixar de ser, é objetiva, em razão de que responderão civilmente, independentemente da existência de culpa, em reposição de danos e defeitos causados à seara comercial (artigos 12 e 14, do Código de Defesa do Consumidor).
Como exemplo, citamos as correntes ações judiciais postuladas perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, contra esses sites, que corriqueiramente falham na entrega das mercadorias vendidas e na exposição de propagandas enganosas. Não sendo diferente, também ensejam as lides a incompetência das empresas prestadoras dos serviços e distribuidoras dos produtos em prestar serviços de assistência ao cliente.
Preocupado com o aumento de tantas reclamações e ações judiciais, o deputado federal João Arruda – PMDB/PR, apresentou junto à Câmara dos Deputados, Projeto de Lei que visa regulamentar o funcionamento do comercio eletrônico, criando-se selo de certificação de idoneidade dos sites comerciais, proporcionando segurança e certificado de compra coletiva ao cliente.
Passamos agora a discutir acerca da aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor nas relações bancarias, permitindo o enquadramento das instituições bancarias no conceito de fornecedores, e de seus usuários no de consumidores. Não obstante analisa a imposição dos contratos bancários de adesão aos clientes.
Em sua função primordial, o banco concede empréstimos, recebe valores em deposito, desconta e redesconta títulos e abre créditos.
Tais atos, conforme o Regulamento Federal no 737, de 25 de novembro de 1850, são considerados de comercio, pois são economicamente organizadas em prol da prestação de serviços (Nelson Abrão, 1988).
Algumas características qualificam os atos bancários. São elas: a pecuniaridade, pois as operações bancarias envolvem sempre dinheiro, porque o objeto é o crédito; a complexidade, justificada pela necessidade de operações sofisticadas e complexas, permitindo a escrituração das operações e o acompanhamento de contínuas modificações negociais; e a profissionalidade na atividade bancaria, pois atua na intermediação do crédito como profissão, ou seja, prestando um serviço à população consumidora.
Rizzardo (2003, p. 17), tratando da natureza comercial das operações bancarias, reforçaque assim o são pois visam lucro, são habituais e intermediam o uso de créditos.
Nos termos do ordenamento jurídico brasileiro, as operações bancarias estão submetidas às resoluções e circulares do Banco Central do Brasil, o responsável por essas.
Outro tema pertinente quando da relação existente entre bancos e consumidores é o da imposição de contratos de credito na forma de adesão. Nesse caso, os instrumentos já são impressos uniformemente a todos os clientes, deixando a cada caso especifico apenas a indicação de nome, prazo, valor, juros, comissões e penalidades em virtude de possível descumprimento. Ao cliente, cabe apenas aceita-lo ou não. 
A critica imposta a tal instrumento insurge-se na impossibilidade de alteração, na dificuldade de compreensão técnico-jurídica de termos e clausulas, e , infelizmente, a proposital complexidade que reveste o contrato (autoritário e aparentemente perfeito sob o ponto de vista técnico).
Todavia, mesmo que lesse o contrato, em hipótese alguma poderia o cliente altera-lo, pois, as estipulações de uma tão poderosa instituição, detentora do monopólio, não seriam prejudicadas. Até porque, acredita o cliente estar perante uma relação equitativa, ponderada e obediente a interesses contrapostos. Isso é adesão. 
Conclui-se que mesmo em se tratando de contrato de adesão a responsabilidade civil do banco, quando em prejuízo direitos do consumidor, constitucionais e legais, não será afastada. Isso se justifica pelo fato de, conforme comprovado acima, ser a operação bancaria uma relação de consumo.
Corroborando o entendimento, entendeu o Supremo Tribunal Federal, em sua Ação Direta de Inconstitucionalidade no 2591/DF, que os bancos são considerados fornecedores de serviços e, assim, estão sujeitos às regras consumeristas, inclusive no que diz respeito à responsabilidade objetiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALENCAR, Martsung F. C. R. Aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor aos contratos bancários e a posição do STJ e STF. Jus Navigandi, maio 2006. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/8338/aplicabilidade-do-codigo-de-defesa-do-consumidor-aos-contratos-bancarios-e-a-posicao-do-stj-e-stf>. Acesso em: 23 de mar. 2014.
REIS, Maria E. A responsabilidade civil dos sites de compra coletiva. Migalhas, 30 de ago. 2011. Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI140283,91041-A+responsabilidade+civil+dos+sites+de+compras+coletivas>. Acesso em: 23 de mar. 2014.
SIFUENTES, Maria C. Responsabilidade civil na relação de consumo em ambiente virtual. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10971&revista_caderno=10>. Acesso em: 23 de mar. 2014.

Outros materiais