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Sistema muscular

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Sistema muscular 
---> Tórax: Apesar dos músculos peitoral maior, peitoral menor e a parte inferior do serrátil anterior auxiliarem na respiração, os verdadeiros músculos da parede torácica são: 
- Músculo Serrátil posterior (Músculo inspiratório): acreditava-se que o músculo serrátil posterior superior elevasse as 4 costelas superiores, aumentando o diâmetro AP do tórax e elevando o esterno, e o músculo posterior inferior deprimisse as costelas inferiores, impedindo que fossem puxadas superiormente pelo diafragma, porém estudos recentes sugerem que sua função principal não seja motora, e sim proprioceptiva, pois foram apontados como causadores da dor crônica nas síndromes de dor miofascial. 
- Músculos levantadores das costelas: 12 músculos que elevam as costelas, podem ter um papel no movimento vertebral e/ou na propriopercepção. 
- Músculos intercostais: ocupam os espaços intercostais e são divididos em:
-> Intercostais externos: 11 pares, ocupam os espaços intercostais desde os tubérculos das costelas posteriormente até as junções costocondrais anteriormente. São ativos durante a inspiração.
-> Intercostais internos: 11 pares, seguem profundamente e perpendiculares aos externos. São mais ativos durante a expiração, sobretudo nas partes interósseas. 
-> Intercostais íntimos: semelhantes aos intercostais internos por serem, na realidade, suas partes mais profundas, e são separados por estes pelos nervos e vasos intercostais. 
- Músculos subcostais: estendem-se da superfície interna do ângulo de uma costela até a superfície interna da segunda ou terceira costela inferior a ela. Seguem na mesma direção que os intercostais e se unem a eles. 
- Músculos transversos do tórax: alças que se irradiam em sentido súperolateral a partir da face posterior da parte inferior do esterno. A parte inferior é contínua com os músculos transversos do abdome na parede anterolateral do corpo. Função expiratória fraca e fornece informações proprioceptivas. 
*A atividade dos mm. Intercostais é isométrica (aumenta o tônus sem causar movimento) e fundamental na respiração forçada. O principal papel dos intercostais na respiração é sustentar o espaço intercostal, aumentando o tônus, resistindo ao movimento paradoxal (visto que a expiração é praticamente espontânea quando não forçada), sobretudo durante a inspiração, quando a pressão torácica interna é mínima. Na respiração forçada, os intercostais externos giram as costelas superiormente em seus eixos posteriores, elevando as costelas e o esterno; os intercostais internos giram as costelas inferiormente em seus eixos posteriores, abaixando as costelas e o esterno. Isso ocorre porque os externos e os internos são perpendiculares. 
-Nervos da parede torácica: os 12 pares de nervos espinais torácicos suprem a parede torácica. Os ramos anteriores dos nervos T1-T11 formam os nervos intercostais, o ramo anterior do nervo T12 é o nervo subcostal. 
-> Nervos intercostais típicos: 3°-6° nervos intercostais entram nas partes mediais dos espaços intercostais posteriores, seguem entre os músculos intercostais internos e íntimos, vão até os sulcos das costelas, seguindo as artérias intercostais, suprem os mm. Intercostais internos e íntimos e dão origem aos ramos cutâneos laterais na linha axilar média (LAM). Seus ramos podem ser os ramos comunicantes, que unem cada nervo intercostal ao tronco simpático ipsilateral; os ramos colaterais, que se originam perto dos ângulos das costelas, descem e seguem ao longo da margem superior da costela inferior, ajudando a suprir os mm. Intercostais e a pleura parietal; os ramos cutâneos laterais, que se originam perto da LAM, perfuram os mm. Intercostais internos e externos, dividem-se em ramos anteriores e posteriores e inervam a parede lateral do tórax e do abdome; os ramos cutâneos anteriores, que inervam a pele da face anterior do tórax e do abdome, perfuram os músculos e as membranas do espaço intercostal na linha paraesternal e dividem-se em ramos mediais e laterais e finalmente os ramos musculares, que suprem os músculos da parede torácica. 
-> Nervos intercostais atípicos: a parte superior do ramo anterior do 1° nervo torácico une-se ao plexo braquial e a parte inferior torna-se o 1° nervo intercostal, que não tem ramo cutâneo anterior. O 2° nervo intercostal dá origem a um grande ramo cutâneo lateral, o nervo intercostobraquial, que supre o assoalho da axila e depois se comunica com o nervo cutâneo medial do braço. Os 7°-11° nervos intercostais, ao saírem das costelas, tornam-se os nervos toracoabdominais. 
Casos clínicos que julguei daoras: 
-> A paralisia do hemidiafragma: a paralisia de metade do diafragma (hemidiafragma ou cúpula), quando decorrente da lesão do suprimento motor pelo nervo frênico, não afeta a outra metade porque as inervações de cada cúpula são independentes. O que ocorre? Na inspiração, a cúpula paralisada ascende à medida que é empurrada pelas vísceras abdominais; em vez de ascender durante a expiração, a cúpula paralisada desce em resposta à pressão positiva nos pulmões. 
-> Bloqueio dos nervos intercostais: a anestesia local de um espaço intercostal é obtida injetando-se um anestésico local ao redor dos nervos intercostais entre a linha paravertebral e a área de anestesia necessária.
Músculo grande do dorso -> Musculo latíssimo do dorso. Reparar na localização do músculo serrátil posterior nessa imagem. 
Apesar de ruim a imagem, dá para reparar o músculo intercostal intimo, o subcostal e o transverso do tórax, com muito esforço
ABDOME! 
-> Parede anterolateral do abdome 
- Tem cinco (pares bilaterais de) músculos: três músculos planos e dois verticais. Os três músculos planos são o obliquo externo do abdome, o obliquo interno do abdome e o transverso do abdome. As fibras musculares dessas três camadas concêntricas de músculo tem orientações diferentes, e os três músculos planos continuam anterior e medialmente como aponeuroses fortes, semelhantes a lâminas. Entre a linha medioclavicular (LMC) e a linha mediana, as aponeuroses formam a bainha do músculo reto do abdome, tendínea, aponeurótica e resistente, que envolve o músculo reto do abdome. As aponeuroses então se entrelaçam com as companheiras do lado oposto, formando uma rafe mediana, a linha alba, que se estende do processo xifoide até a sínfise púbica. Os dois músculos verticais da parede abdominal anterolateral contidos na bainha do músculo reto do abdome são o grande reto do abdome e o piramidal.
-> Músculo obliquo externo do abdome: maior e mais superficial dos três músculos planos anterolaterais do abdome. Inervado pelos nervos toracoabdominais e nervo subcostal. As fibras musculares tornam-se aponeuróticas aproximadamente na LMC medialmente à linha espinoumbilical inferiormente, formando uma lâmina de fibras tendíneas que se cruzam na linha alba, onde a maioria torna-se contínua com as fibras tendíneas com as fibras do músculo obliquo interno do abdome contralateral, assim, os dois juntos formam um “músculo digástrico”, que tem dois ventres e um tendão central comum, que atua como uma unidade; fazem juntos a flexão e a rotação para aproximar o ombro direito do quadril esquerdo; inferiormente, a aponeurose do m. oblíquo externo do abdome fixa-se à crista púbica, medialmente ao tubérculo púbico, a margem inferior do m. oblíquo externo do abdome é espessa como uma faixa fibrosa que se curva para baixo com uma margem posterior livre que segue entre a EIAS e o ligamento inguinal (Ligamento de Poupart). 
-> Músculo obliquo interno do abdome: o músculo intermediário dos três músculos planos do abdome, é uma lâmina muscular fina que se abre em leque anteromedialmente; suas fibras seguem perpendicularmente às fibras do músculo oblíquo externo do abdome, em direção superomedial, suas fibras tornam-se aponeuróticas na LMC e participam da formação da bainha do músculo reto do abdome. Inervado pelos ramos anteriores dos nervostoracoabdominais, comprime e sustenta as vísceras abdominais, flexiona e roda o tronco em conjunto com o m. obliquo externo do abdome. 
-> Músculo transverso do abdome: mais interno dos três músculos planos do abdome, possui fibras que se orientam circuferencial e transversalmente para comprimir o conteúdo abdominal e aumentar a pressão intra-abdominal, suas fibras também terminam em aponeurose, que contribui para a formação da bainha do músculo reto do abdome; inervado pelos nervos toracoabdominais e os primeiros nervos lombares, entre os músculos obliquo interno do abdome e o transverso do abdome há um plano neurovascular, que contém os nervos e as artérias que suprem a parede abdominal anterolateral. 
-> Músculo reto do abdome: longo, largo e semelhante à uma tira, é o principal músculo vertical da parede abdominal anterior. Os dois músculos retos, separados pela linha alba, aproximam-se na parte inferior. A maior parte está contida na bainha do músculo reto do abdome. É sustentado transversalmente por fixação à lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome em três ou mais intersecções tendíneas. Inervado pelos nervos toracoabdominais, flexiona o tronco, comprime as vísceras abdominais (antagonista do diafragma), estabiliza e controla a inclinação da pelve (antilordose). 
-> Músculo piramidal: ausente em 20% das pessoas, quando presente, os cirurgiões usam a fixação do músculo piramidal à linha alba como ponto de referência para a incisão abdominal mediana. 
-> Bainha do músculo reto do abdome: compartimento fibroso incompleto e forte dos músculo reto do abdome e piramidal. É formada por decussação e entrelaçamento das aponeuroses dos músculos planos do abdome. A linha arqueada, em formato de crescente, demarca a transição entre a parede posterior aponeurótica da bainha que reveste os três quatros superiores do músculo reto do abdome e a fáscia transversal que reveste o quarto inferior. As fibras das lâminas anterior e posterior entrelaçam-se na linha mediana anterior para formar a linha alba. A linha alba, que segue verticalmente por toda a extensão da parede abdominal anterior e separa as bainhas do músculo reto do abdome bilateralmente, estreita-se inferiormente ao umbigo até a largura da sínfise púbica e alarga-se superiormente até a largura do processo xifoide. Em sua porção média, contém o anel umbilical, remanescente da fase fetal. 
-> Funções dos músculos da parede abdominal anterolateral: formam uma sustentação forte e expansível para a parede abdominal anterolateral, sustentam e protegem as vísceras abdominais contra lesões, comprimem o conteúdo abdominal para manter ou aumentar a pressão intra-abdominal, fazendo oposição ao diafragma (expiração), movem o tronco e ajudam a manter a postura. 
-> Significado clínico da fáscia e dos espaços fasciais da parede abdominal: ao fechar incisões cutâneas abdominais inferiores ao umbigo, os cirurgiões incluem o estrato membranáceo da tela subcutânea ao suturar por causa da sua resistência. A fáscia parietal do abdome (endoabdominal) proporciona um plano que pode ser aberto e permitir que o cirurgião aproxime-se de estruturas situadas sobre ou dentro da face anterior da parede abdominal posterior, sem entrar no saco peritoneal membranáceo, que contém as vísceras, tornando os riscos de contaminação mínimos. 
-> Protuberâncias do abdome: normal em lactentes e crianças pequenas. Seis causas comuns de protrusão abdominal são: alimento, liquido, gordura, fezes, flatos e feto. A eversão do umbigo pode ser sinal de aumento da pressão intra-abdominal, geralmente causado por ascite ou uma grande massa (Tumor, por exemplo). Quando os músculos anteriores do abdome são pouco desenvolvidos ou sofrem atrofia, o tônus é insuficiente para resistir ao aumento do peso do abdome protuberante na pelve anterior, que se inclina anteriormente nas articulações do quadril na posição de pé, produzindo lordose excessiva na região lombar. 
-> Hérnias abdominais: as hérnias umbilicais são comuns em recém-nascidos porque a parede anterior do abdome é relativamente fraca no anel umbilical, são pequenas e resultam do aumento da pressão intra-abdominal, hérnias abdominais são constituídas de peritônio. 
-> Palpação da parede abdominal anterolateral: necessitam-se mãos quentes, porque as mãos frias provocam a tensão dos músculos anterolaterais do abdome e espasmos involuntários dos músculos (defesa). Essa defesa, caso sejam tomada todas as medidas de precaução, se ocorrer mesmo assim, pode ser um sinal clinico de inflamção de um órgão, quando há abdome agudo na sensação da palpação. 
-> Reflexos abdominais superficiais: com a pessoa em decúbito dorsal e os músculos relaxados, risca-se rapidamente a pele no sentido horizontal, lateromedial em direção ao umbigo, provocando a contração dos músculos abdominais. Isso não ocorre nos obesos. 
-> Lesão dos nervos da parede abdominal anterolateral: pode causar enfraquecimento dos músculos se lesionados durante incisão cirúrgica, na região inguinal, pode predispor à hérnia inguinal.
-> Incisões cirúrgicas abdominais: as incisões, quando possível, seguem as linhas de clivagem (Linhas de Langer) na pele. Analisa-se para fazer uma incisão: tipo de cirurgia, localização dos órgãos, limites ósseos e cartilaginosos, afastamento dos nervos, manutenção da vascularização, minimização da lesão dos músculos e da fáscia; o cirurgião deve observar e avaliar a direção das fibras musculares, para afastar em direção das fibras (Não é necessário no músculo reto do abdome-> fibras muito pequenas) 
- Incisões longitudinais: são preferidas em cirurgias exploradoras porque proporcionam boa exposição e acesso às vísceras e a ampliação acarreta complicação mínima. As incisões medianas podem ser feitas sem secção de músculo, grandes vasos ou nervos, ao longo de qualquer parte ou de toda a linha alba (No entanto, caso as margens não forem bem alinhadas durante o fechamento, pode levar à necrose da linha alba devido à baixa vascularização). As incisões paramedianas são feitas no plano sagital e podem estender-se da margem costal até a linha dos pelos pubianos, após atravessar a lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome, o músculo é liberado e afastado lateralmente, entrando na cavidade peritoneal. 
- Incisões oblíquas e transversas: a direção está relacionada à orientação das fibras musculares, à presença de tecido rígido próximo ou à minimização de possível lesão do nervo. As incisões estreladas (divulsão muscular) são usadas na apendicectomia. A incisão de McBurney é feita no ponto de McBurney, aproximadamente 2,5 cm superomedial à EIAS na linha espinoumbilical, é realizada incisão inferomedial da aponeurose do m. oblíquo externo do abdome na direção das suas fibras, faz-se o mesmo com as fibras musculoaponeuróticas do m. oblíquo interno e o transverso do abdome, identifica-se o nervo ilío-hipogástrico e preserva-o, sem seccionar fibras e nervos, aproximando as fibras musculares após a cirurgia sem perda da força original. As incisões suprapúbicas (Pfannestel) ou incisões de biquíni são feitas na linha dos pelos pubianos e são utilizadas na maioria das cirurgias ginecológicas e obstétricas; a linha alba e as lâminas anteriores da bainha do m. reto do abdome são transeccionadas e rebatidas superiormente, e os músculos são afastados lateralmente ou divididos através de suas partes tendíneas, permitindo refixação sem lesão, e preserva-se o nervo ilío-hipogástrico e nervo ilioinguinal. As incisões transversais através da lâmina anterior da bainha do m. reto do abdome e do próprio músculo propiciam bom acesso e causam a menor lesão possível do suprimento nervoso do m. reto do abdome. As incisões subcostais permitem acesso à vesícula biliar e aos ductos biliares no lado direito e ao baço no lado esquerdo, a incisão é paralela, mas no mínimo 2,5 cm inferior à margem costal para evitar os nervos torácicos. 
- Incisões de alto risco: incisões pararretais ao longo da margem lateral da bainha do m. reto do abdomesão indesejáveis, pois podem seccionar os nervos do m. reto do abdome; as incisões inguinais para reparo de hérnias podem lesar diretamente o nervo ilioinguinal. 
- Hérnia incisional: protrusão do omento ou de um órgão através de uma incisão cirúrgica em que a cicatrização das lâminas muscular e aponeuróticas do abdome foram inadequadas. 
- Cirurgia minimamente invasiva (Endoscopia): instrumentos operados à distância são introduzidos através de pequenas perfurações da parede abdominal, substituindo incisões convencionais maiores, minimizando riscos.
DORSO
-> Extrínsecos superficiais do dorso: músculos toracoapendiculares, que unem o esqueleto axial (coluna vertebral) ao esqueleto apendicular superior ( cíngulo do membro superior e úmero) e produzem e controlam os movimentos dos membros. São estes os músculos trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e romboides. São inervados pelos ramos anteriores dos nervos cervicais e atuam no membro superior; o trapézio recebe suas fibras motoras de um nervo craniano, o nervo acessório. 
-> Extrínsecos intermediários do Dorso: músculos finos, respiratórios superficiais, mais proprioceptivos do que motores. São o serrátil posterior superior, profundo aos romboides, e o serrátil posterior inferior, profundo ao latíssimo do dorso, inervado pelos nervos intercostais. 
-> Intrínsecos do dorso: inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais, mantém a postura e controlam os movimentos da coluna vertebral. Estendem-se da pelve até o crânio, são revestidos por fáscia muscular, que se fixa medialmente ao ligamento nucal. A parte torácica lombar da fáscia é a aponeurose toracolombar. 
- Superficial: os músculos esplênios são espessos e planos e situam-se nas faces lateral e posterior do pescoço, cobrindo os músculos verticais como uma bandagem, originam-se na linha mediana, o esplênio do pescoço estende-se superolateralmente até as cervicais e o esplênio da cabeça até o pescoço. Revestem e mantém os m. profundos da cabeça, quando agem sozinhos, fletem lateralmente o pescoço e giram a cabeça para o lado dos mm. ativos, quando juntos, estendem a cabeça e o pescoço. 
- Camada intermédia: os fortes músculos eretores da espinha situam-se em um “sulco” de cada lado da coluna vertebral entre os processos espinhosos centralmente e os ângulos das costelas lateralmente. Os músculos eretores da espinha são dinâmicos (geradores de movimento), que atuam lateralmente para estender (retificar) o tronco fletido, unilateralmente fletem lateralmente a coluna vertebral, são inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais. 
- Camada profunda: grupo oblíquo de músculos muito mais curtos, o grupo de músculos transversoespinais, que compreende os músculos semispinais, multífidos e rotadores. Inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais, o semiespinal estende a cabeça e as regiões torácica e cervical da coluna vertebral e gira-as para o outro lado, o multífido estabiliza as vértebras durante movimentos locais da coluna vertebral e os rotadores estabilizam as vertebras e ajudam na extensão local e nos movimentos giratórios da coluna vertebral. 
* Os músculos do dorso permanecem em relativa inatividade na posição de pé relaxada, mas eles atuam como músculos posturais estéticos da coluna vertebral, mantendo a tensão e estabilidade necessárias para a postura ereta. A interação dos músculos anteriores (abdominais) e posteriores ( Do Dorso) proporciona estabilidade e produz movimento do esqueleto axial; a tensão crônica das costas resulta do desequilíbrio da sustentação, sendo necessário a prática de exercícios. 
-> Distensões e entorses do Dorso: entorse é uma lesão na qual há acometimento apenas do tecido ligamentar ou da fixação do ligamento ao osso, sem luxação ou fratura; resulta de contrações excessivamente fortes relacionadas aos movimentos da coluna vertebral. Distensão do dorso resulta da contração muscular excessiva, com estiramento ou ruptura microscópica das fibras musculares. 
MEMBRO INFERIOR 
->Tela subcutânea: situa-se profundamente à pele e consiste em tecido conj. Frouxo que contém uma quantidade variável de gorduras, nervos cutâneos, veias superficiais, vasos linfáticos e linfonodos. 
-> Fáscia muscular do membro inferior: bastante forte, limita a expansão externa dos músculos que se contraem, o que aumenta a eficiência da contração muscular na compressão das veias para empurrar sangue em direção ao coração. (bomba musculovenosa). 
- Fáscia lata: fáscia muscular da coxa. Encerra os grandes músculos da coxa, sobretudo lateralmente, onde é espessada e fortalecida por outras fibras longitudinais de reforço para formar o trato iliotibial; essa faixa larga de fibras é a aponeurose conjunta dos músculos tensor da fáscia lata e o glúteo máximo. Os músculos da coxa são separados em três compartimentos – anterior, medial e posterior-, formados pela fáscia lata e três septos intermusculares. O septo intermuscular lateral é muito forte, os outros dois são muito fracos; esse septo garante um plano internervoso para cirurgiões que precisam ampliar a exposição do fêmur. O hiato safeno na fáscia lata é uma abertura ou hiato na fáscia lata inferior à parte medial do ligamento inguinal, cerca de 4 cm inferolateralmente ao tubérculo púbico. 
- Fáscia muscular da perna: forma faixas espesses superiores e anteriores à articulação talocrural, os retináculos dos músculos extensores. Septos intermusculares anteriores e posteriores partem da superfície profunda da fáscia muscular lateral da perna e fixam-se às margens correspondentes da fíbula. A membrana interóssea e os septos IMs dividem a perna em três compartimentos: anterior (dorsiflexor), lateral (Eversor- fibular) e posterior(flexor plantar); este é subdividido pelo septo IM transverso, separando mm. flexores plantares superficiais e profundos. 
=> Postura de pé relaxada: apenas alguns músculos do dorso e do membro inferior estão ativos, que é o mínimo de atividade muscular para evitar a queda. A tendência a oscilar para a frente deve ser periodicamente neutralizada por contração bilateral dos músculos da panturrilha (flexão plantar). A oscilação lateral é neutralizada pelos abdutores do quadril. 
=> Caminhada: o ciclo da marcha consiste em apenas um ciclo de balança e apoio por membro. 
-> Fase de apoio: 
- Toque do calcâneo: 
1. Tocar o solo com a parte anterior do pé: dorsiflexores do tornozelo (tibial anterior) 
2. Desacelaração contínua: extensores do quadril (Glúteo máximo) 
3. Preservar o arco longitudinal do pé: músculos intrínsecos do pé (flexor curto dos dedos) e os tendões longos do pé (Tibial anterior) 
- Resposta à carga: 
1. Aceitar o peso: extensores do joelho (quadríceps femoral) 
2. Desacelerar a massa: flexores plantares do tornozelo (tríceps sural – soleo e gastrocnemio) 
3. Estabilizar a pelve: abdutores do quadril (glúteos médio e mínimo, tensor da fáscia lata). 
4. Preservar o arco longitudinal do pé: só acrescenta flexores longos dos dedos e tibial posterior. 
- Médio apoio:
1. Estabilizar o joelho: extensores do joelho (quadríceps femoral) 
2. Controlar a dorsiflexão: flexores plantares do tornozelo ( tríceps sural) 
3. Estabilizar o pelve: abdutores do quadril (glúteos médio e mínimo, tensor da fáscia lata) 
4. Mesmo da resposta à carga 
- Apoio terminal (saída do calcâneo) 
1. Acelerar a massa: flexores plantares do tornozelo (tríceps sural – soleo e gastrocnemio) 
2. Estabilizar a pelve: abdutores do quadril (glúteos médio e mínimo, tensor da fáscia lata) 
3. Preservar os arcos do pé: músculos intrínsecos do pé e tendões longos do pé. 
- Pré- Balanço (saída dos dedos): 
1. Acelerar a massa: flexores longos dos dedos. 
2. Preservar os arcos do pé: que nem (3)
3. Desacelerar a coxa: flexor do quadril (reto femoral, iliopsoas) 
- Balanço: 
#> Inicial: 
1. Acelerar a coxa: flexor do quadril (iliopsoas, reto femoral)
2. Elevar o pé: dorsiflexores do tornozelo (tibial anterior)
#> Terminal: 
1. Desacelerara coxa: extensores do quadril (glúteo máximo, músculos do jarrete) 
2. Desacelerar a perna: flexores do joelho (mm. do jarrete)
3. Posicionar o pé: dorsiflexor do tornozelo (tibial anterior) 
4. Estender o joelho para posicionar o pé: extensores do joelho (quadríceps femoral) 
=> Músculos da Coxa: relacionado com o bipedalismo e com a postura ereta. O grupo anterior (extensor) é suprido pelo nervo femoral, o grupo medial (adutor) inervado pelo nervo obturatório e o grupo posterior (flexor) pela parte tibial do nervo isquiático. 
=> Anteriores da coxa: contém os flexores do quadril e os extensores do joelho. Os músculos são o pectíneo, o iliopsoas, o sartório e o quadríceps femoral. 
- Pectíneo: músculo quadrangular plano localizado na parte anterior da face superomedial da coxa. É um músculo de transição entre o compartimento anterior e medial da coxa. Fixa-se proximalmente ao ramo superior do púbis e distalmente à linha pectínea do fêmur, inervado pelo nervo femoral e aduz e flete a coxa, auxilia a rotação medial da coxa. 
- Iliopsoas: principal flexor da coxa; a parte lateral larga, o músculo ilíaco, e a parte medial longa, o m. psoas maior, originam-se da fossa ilíaca e vertebras lombares. A contração concêntrica movimenta o membro livre, produzindo flexão no quadril para elevar o membro e iniciar o balanço. A contração bilateral inicia a flexão do tronco no quadril sobre a coxa fixa e aumenta a lordose lombar. 
* Psoas maior: fixa-se às laterais das vértebras T12- L5 e discos situados entre elas; processos transversos de todas as lombares e distalmente ao trocanter menor do fêmur; inervado pelos ramos anteriores dos nervos lombares. 
* Psoas menor: fixa-se proximalmente as laterais das vertebras T12- L1 e discos intervertebrais e à linha pectínea, inervado pelos ramos anteriores dos nervos lombares. 
*Iliaco: fixa-se à crista ilíaca, fossa ilíaca, asa do sacro e ligamentos sacroiliacos anteriores e distalmente ao tendão do m. psoas maior, trocanter menor, inervado pelo nervo femoral. 
- Sartório (Costureiro): longo e semelhante a uma fita. Segue em sentido lateral e medial através da parte anterossuperior da coxa. Fixa-se à EIAS e à parte superior da face medial da tíbia, inervado pelo nervo femoral, flete, abduz e gira lateralmente a coxa na articulação do quadril flete a perna na articulação do joelho. 
- Quadriceps femoral: cobre quase toda a face anterior e as laterais do fêmur. É o grande extensor da perna. A contração para estender o joelho contra a gravidade é importante para se levantar a partir da posição sentada ou agachada, escalar e subir escadas. É responsável pela absorção do choque do impacto do calcanhar, fixado durante a flexão do joelho. O músculo quadríceps femoral é dividido em reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio e vasto medial. Os tendões das quatro partes unem-se na parte distal da coxa para formar um tendão do quadríceps único, continuando como ligamento do patela. 
* Reto femoral: desce reto na coxa. Capaz de fletir a coxa na articulação do quadril e estender a perna na articulação do joelho. É o musculo do joelho. Fixa-se proximalmente anteroinferior e ilio superior ao acetábulo e no tendão do quadríceps, inervado pelo nervo femoral. 
* Vasto lateral: maior componente do m. quadríceps femoral, fixa-se ao trocanter maior e lábio lateral da linha áspera do fêmur, nervo femoral. 
* Vasto medial: fixa-se à linha intertrocantérica e lábio medial da linha áspera do fêmur. 
* Vasto intermédio: faces anterior e lateral ao corpo do fêmur. 
=> Mediais da coxa: grupo dos adutores, inclui o adutor longo; o adutor curto, o adutor magno, o grácil e o obturador externo. 
- Adutor longo: mais anterior dos adutores, fixa-se ao corpo do púbis inferior à crista púbica e distalmente ao terço médio da linha áspera do fêmur, inervado pelo nervo obturatório e aduz a coxa. 
- Adutor curto: situa-se profundamente ao músculo pectíneo e adutor longo, onde se origina do corpo e ramo inferior do púbis e fixa-se distalmente à linha pectínea e parte proximal da linha áspera do fêmur, inervada pelo nervo obturatório, aduz a coxa. 
- Adutor magno (parte adutora): fixa-se ao ramo inferior do púbis, ramo do isquio e distalmente à tuberosidade glútea, linha áspera, linha supracondilar medial; inervado pelo nervo obturatório e flete a coxa. 
- Grácil: mais medial e mais fraco. Une-se ao sartório e ao semitendineo, formando uma inserção tendinea comum, a pata de ganso; fixa-se ao corpo e ramo inferior do púbis e a parte superior da face medial da tíbia, inervado pelo nervo obturatório, aduz a coxa, flete a perna, auxilia a rotação medial na perta como sinergista. 
- Obturador externo: fixa-se às margens do forame obturado e membrana obturadora, distalmente à fossa trocantérica do fêmur, inervado pelo nervo obturatório; roda lateralmente a coxa, estabiliza a cabeça do fêmur ao acetábulo. 
* Hiato dos adutores: abertura entre a fixação distal aponeurótica da parte adutora do m. adutor magno e a fixação distal tendínea da parte do jarrete. 
* Trigono femoral: espaço subfascial, limitado superiormente pelo ligamento inguinal, medialmente, pela margem lateral do m. adutor longo e lateralmente, pelo m. sartório. 
- Nervo femoral: maior ramo do plexo lombar. Ao entrar no trigono femoral, o nervo femoral divide-se em vários ramos para os músculos anteriores da coxa. O ramo cutâneo do nervo femoral, o nervo safeno, desce através do trigono femoral, acompanhando a artéria e a veia femorais através do canal dos adutores e torna-se superficial, passando entre o m. grácil e o sartório. 
=> Bainha femoral: formada por um prolongamento inferior das fáscias transversal e iliopsoas do abdome. 
* Casos clínicos 
- Abcesso do músculos psoas: uma infecção piogênica (formação de pus)retroperitoneal no abdome ou pelve maior pode resultar na formação de um abscesso do músculo psoas. 
-Paralisia do M. Quadriceps femoral: não consegue estender a perna contra resistência e geralmente pressiona a extremidade distal da coxa durante a marcha para evitar a flexão inadvertida do joelho. 
- Transplante do M. grácil: os cirurgiões costumam transplantar o grácil com seu nervo e vasos sanguíneos para substituir um musculo lesado na mão, por exemplo.
- Lesão do M. Adutor longo: acometem cavaleiros e causam dor (tensão do cavaleiro), podendo haver ossificação dos tendões (ossos dos cavaleiros). 
-> Regiões glútea: área proeminente posterior à pelve e inferior ao nervo das cristas ilíacas, que se estende lateralmente até a margem anterior do trocanter maior.
=> Camada superficial: glúteo máximo, médio e mínimo superpostos e tensor da fáscia lata. 
=> Camada profunda: piriforme, obturador interno, gêmeos superior e inferior e quadrado femoral, cobertos pela metade inferior do glúteo máximo. 
- Gluteo máximo: mais superficial, fica-se ao ilio posterior à linha glútea posterior; face dorsal do sacro e cóccix e distalmente no trato iliotibial, que se insere no côndilo lateral da tíbia, na parte superior de seu trajeto, o nervo isquiático segue profundamente; é inervado pelo nervo glúteo inferior e estende a coxa ( principalmente a partir da posição fletida) e ajuda em sua rotação lateral, estabiliza a coxa e ajuda no levantamento a partir da posição sentada. 
* Bolsas glúteas: separam o músculo glúteo máximo das estruturas adjacentes, em áreas sujeitas ao atrito, para reduzi-lo e permitir o movimento livre. 
- Gluteo médio: fixa-se à face externa do ilio entre as linhas glúteas anterior e posterior e distalmente à face lateral do trocanter maior do fêmur, é inervado pelo nervo glúteo superior. 
- Glúteo mínimo: fixa-se à face externa do ilio entre as linhas glúteas anterior e posterior e distalmente à face anterior do trocanter maior do fêmur, inervado pelo nervo glúteo superior. 
-> Gluteo Minimo + Gluteo Medio: abduzem e estabilizam a coxa e giram-na medialmente. 
- Tensor da fáscia lata: m. fusiforme, está encerrado entre duas camadas da fáscia lata.Em geral, não tem ação independente. Para causar flexão, o tensor da fáscia lata atua em conjunto com o iliopsoas e o reto femoral. Na paralisia do iliopsoas, sofre hipertrofia. Fixa-se proximalmente à EIAS, parte anterior da crista ilíaca e distalmente ao trato iliotibial, que se fixa ao condilo lateral da tíbia, é inervado pelo nervo glúteo superior e em conjunto com GME, GMI, aduz e roda medialmente a coxa.
- M. Piriforme (forma de pera): na parede posterior da pelve menor e, em parte, posterior à articulação do quadril. Fixa-se à face anterior do sacro (ligamento sacrotuberal) e distalmente à margem superior do trocanter maior do fêmur, ramificação dos ramos anteriores do S1, S2. 
- M. Obturador interno: fixa-se à face pélvica da membrana obturadora e ossos adjacentes e distalmente à face medial do trocanter maior do fêmur. Inervado pelo nervo para o m. obturador interno. 
- M. gêmeo superior: fixa-se proximalmente à espinha isquiática e distalmente com o m. obturador interno, inervado pelo nervo para o m. obturador interno. 
- M. gêmeo inferior: fixa-se ao tuber isquiático e distalmente ao mesmo que o m. gêmeo superior. Inervado pelo nervo para o . quadrado femoral. 
-> GS + GI+ OI: formam um músculo tricipital, o tríceps coxal, que juntam com o m. piriforme para rodar lateralmente a coxa estendida e abduzem a coxa fletida, estabilizam a cabeça do fêmur no acetábulo. 
- M. Quadrado femoral: quadrangular plano e curto localizado inferiormente aos mm. obturador interno e gêmeos. Fixa-se proximalmente à margem lateral do tuber isquiático e distalmente ao tubérculo quadrado na crista intertrocantérica do fêmur, inervado pelo nervo para o quadrado femoral e roda lateralmente a coxa e estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo. 
=> Região Posterior: possuem os músculos do jarrete, que são os semitendineo, semimembranaceo e bíceps femoral (cabeça longa). São fixados proximalmente no tuber isquiático profundamente ao m. glúteo máximo e distalmente aos ossos da perna, transpõem e atuam na extensão da articulação do quadril e flexão na articulação do joelho, e todos são inervados pela divisão tibial do nervo isquiático. Uma pessoa com paralisia do jarrete tende a cair para a frente porque os mm. glúteo máximo não conseguem manter o tônus muscular necessário para se manter de pé. 
- M. semitendineo: tem um ventre fusiforme, interrompido por uma intersecção tendinea e um tendão longo, após dois terços no trajeto de descida da coxa (junta-se à parte da pata de ganso com o sartório e o grácil). Fixa-se proximalmente ao tuber isquiático e distalmente na face medial da parte superior da tíbia , inervado pela divisão tibial do nervo isquiático. 
- M. semimembranaceo: músculo largo; do jarrete, fixa-se proximalmente ao tuber isquiático e distalmente se fixa na face posterior do condilo medial da tíbia, uma parte que se funde à fascia poplítea, e uma parte refletida que reforça a parte intercondilar da capsula articular do joelho como o ligamento poplíteo obliquo. 
 => Bíceps femoral: 
- Cabeça longa: oferece proteção para o nervo isquiático depois de descer na região glútea ate a face posterior da coxa. Fixa-se ao tuber isquiático, inervado pela divisão tibial do nervo isquiático. 
- Cabeça curta: origina-se do lábio lateral do terço inferior da linha áspera e crista supracondilar do fêmur. É inervado pela divisão fibular do nervo isquiático. 
~Fixa-se distalmente à face lateral da cabeça da fíbula, flete a perna e roda-a lateralmente quando o joelho está fletido, estende a coxa. 
-> Lesão dos Mm. do Jarrete: pode haver distensão, são acompanhadas por contusão e ruptura das fibras musculares, resultando em ruptura vascular, levando a um hematoma contido pela fáscia lata. 
-> Lesão do nervo glúteo superior: claudicação do glúteo médio incapacitante, para compensar o enfraquecimento da abdução da coxa pelos mm. glúteo médio e mínimo e/ou marcha glútea, uma inclinação compensatória do corpo para o lado em que o glúteo esta enfraquecido. Há comprometimento acentuado da rotação medial da coxa. O teste de Trendelenburg positivo quando a pessoa é instruída a ficar de pé sobre uma perna, há queda da pelve sobre o lado com apoio. Marcha glútea: individuo inclina-se para o lado com apoio, elevando a pelve a fim de dar espaço para que o pé saia do colo durante o avanço. Outra forma é o pé mais alto durante o avanço (marcha escavante) ou balançar o pé lateralmente, igual no pé em gota. 
-> Lesão do nervo isquiático: dor na nádega pode resultar da compressão do nervo isquiático pelo musculo piriforme (síndrome do piriforme). Na secção completa do nervo isquiático, a perna torna-se inútil porque há comprometimento da extensão do quadril e da flexão da perna, na secção incompleta do nervo isquiático pode acometer os nervos gluetos inferior e/ou o cutâneo femoral posterior. 
- Fossa poplítea: superolateralmente, fica o m. bíceps femoral, na margem superomedial, pelo musculo semimembranaceo, na margem inferolateral, a cabeça lateral do gastrocnemio, na parte inferomedial, pela cabeça medial do m. gastrocnemio e na parte posterior, pela pele e fáscia poplítea (teto). Passa por esta o nervo isquiático, que se separa no ramo medial chamado nervo tibial, onde emite ramos para o m. sóleo, gastrocnemio, plantar e poplíteo; o nervo tibial deriva o nervo cutâneo sural medial, que se une ao ramo fibular comunicante do nervo fibular comum para formar o nervo sural. O nervo fibular comum também deriva do nervo isquiático.
=> Anterior da Perna (dorsiflexor- extensor): localizado anteriormente à membrana interóssea, entre a face lateral do corpo da tíbia e a face medial do corpo da fíbula. Os quatro músculos do compartimento anterior da perna são o tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do halux e fibular terceiro. Como se inserem em posição anterior ao eixo transverso da articulação talocrual, são dorsiflexores.
- Tibial anterior: fixado proximalmente ao condilo lateral e metade superior da face lateral da tíbia e membrana interossea e distalmente às faces mediais e inferior do cuneiforme, base do 1° metatarsal, inervado pelo nervo fibular profundo e realiza a flexão dorsal do tornozelo e inversão do pé. 
- Extensor longo dos dedos: (ELD) uma pequena parte fixa-se ao côndilo lateral da tíbia e a maior parte fixa-se à face medial da fíbula e à parte superior da face superior da membrana interóssea. Forma 4 tendões, que se fixam às falanges média e distal dos 4 dedos laterais, inervados pelo nervo fibular profundo e estende os 4 dedos laterais e faz dorsiflexão do tornozelo. 
- Fibular terceiro (nem sempre presente): fixa-se ao terço inferior da face anterior da fíbula e membrana interossea e ao dorso da base do 5° metatarso; nervo fibular profundo e faz a flexão dorsal do tornozelo e auxilia na inversão do pé. 
- Extensor longo do hálux: fixa-se proximalmente a parte média da face anterior da fíbula e distalmente à face dorsal da base da falange distal do hálux, inervado pelo nervo fibular profundo e estende o hálux e faz a dorsiflexão do tornozelo. 
- Nervo fibular profundo: um dos ramos do nervo fibular comum, sua lesão causa pé em gota. 
=> Lateral da perna (Eversor): atuam na articulações talocalcanea e transversa do tálus. São o fibular longo e o fibular curto. 
=> Fibular longo: fixa-se à cabeça e dois terços superiores da face lateral da fíbula e distalmente à base do 1° metatarsal e cuneiforme medial, inervado pelo nervo fibular superficial, everte e flete a plantar do tornozelo. 
-> Fibular curto: situado profundamente ao Fibular longo, fixa-se proximalmente aos dois terços inferiores da face lateral e distalmente à face dorsal da tuberosidade do 5° metatarso, inervado pelo nervo fibular superficial e, junto ao FL, faz a eversão do pé e a flexão plantar fraca no pé. 
- Nervo fibular superficial: ramo terminal do nervo fibular comum, tornando-se nervo cutâneo no pé. 
=> Posterior da perna (Flexor plantar): produzem flexão plantar notornozelo, inversão na articulações talocalcanea e transversa do tarso, além da flexão dos dedos. 
- Superficiais (músculos da panturrilha): gastrocnêmio, sóleo e plantar. O gastrocnêmio e o sóleo tem um tendão comum, o tendão do calcâneo, e juntos esses dois formam o tríceps sural (93% da flexão plantar). O tendão do calcâneo (Tendão de Aquiles) é uma continuação da aponeurose plana, a partir da metade da panturrilha. 
- Gastrocnêmio: mais superficial e mais proeminente da panturrilha. Fusiforme, com duas cabeças, biarticular. A cabeça lateral fixa-se à face lateral do côndilo lateral do fêmur e a cabeça medial fixa-se à face poplítea do fêmur e distalmente à face posterior do calcâneo, inervado pelo nervo tibial e faz a flexão plantar do tornozelo quando o joelho é estendido; eleva o calcanhar durante a marcha, flete a perna na articulação do joelho. 
- Sóleo: “burro de carga” da flexão plantar, pode agir nesta em conjunto com o m. gastrocnemio na flexão plantar da articulação talocrural, fixa-se proximalmente à face posterior da cabeça e quarto superior da face posterior da fíbula; linha para o m. sóleo e terço médio da margem medial e arco tendineo que se estende entre as fixações ósseas, inervado pelo nervo tibial, distalmente à face posterior do calcâneo através do tendão do calcâneo, estabiliza a perna sobre o pé. 
- Plantar: musculo pequeno que tem um ventre curto e um tendão longo. Em virtude do seu papel pequeno, o tendão do m. plantar pode ser removido e usado em enxerto sem causar incapacidade. Fixa-se proximalmente à extremidade inferior da linha supracondilar lateral do fêmur, ligamento poplíteo obliquo e no tendão do calcâneo, inervado pelo nervo tibial. 
-> Profundos: representam 7% da força total de flexão plantar, sendo mais significativos os fibular longo e curto até. Quando há ruptura do tendão do calcâneo, esses mm. não conseguem gerar a força necessária para levantar o peso do corpo. São o poplíteo, o flexor longo dos dedos, flexor longo do halux e tibial posterior. 
- Popliteo: quando uma pessoa está de pé com o joelho parcialmente fletido, o m. poplíteo contrai para ajudar o ligamento cruzado posterior na prevenção do deslocamento anterior do fêmur sobre o platô tibial inclinado. Fixa-se proximalmente à face lateral do côndilo lateral do fêmur e menisco lateral e distalmente à face posterior da tíbia, superiormente à linha para o m. sóleo, flete fracamente o joelho e destrava-o girando o fêmur sobre a tíbia fixa, gira medialmente à tíbia do membro não apoiado. 
- Flexor longo do Hálux: fixa-se aos dois terços inferior da face posterior da fíbula; parte interior da membrana interossea e distalmente à base da falange distal do hálux, é cruzado, inervado pelo nervo tibial, flete o hálux em todas as articulações, faz a flexão plantar fraca do tornozelo, sustenta o arco longitudinal medial do pé. 
- Flexor longo dos dedos: fixa-se proximalmente à parte medial da face posterior da tíbia inferiormente à linha para o m. sóleo, por um tendão largo à fíbula e distalmente às bases das falanges distais dos 4 dedos laterais; inervado pelo nervo tibial, flete os quatro dedos laterais, faz a flexão plantar do tornozelo, sustenta os arcos longitudinais do pé. 
- Tibial posterior: fixa-se proximalmente à face posterior da tíbia inferior à linha para o m. sóleo, face posterior da fíbula e distalmente à tuberosidade do navicular, cuneiforme, cuboide e sustentáculo do tálus, inervado pelo nervo tibial, faz a flexão plantar do tornozelo, inverte o pé. 
- Nervo tibial: maior dos dois ramos terminais de nervo isquiático, divide-se em nervos plantares medial e lateral. Um ramo do nervo tibial, o ramo cutâneo sural medial, se une ao ramo fibular comunicante do nervo fibular comum para formar o nervo sural. 
-> Lesão do Nervo Tibial: pode haver em lacerações profundas da fossa poplítea, luxação posterior da articulação do joelho; causa paralisia dos músculos flexores da perna e dos músculos intrínsecos na planta do pé; incapacidade de realizar flexão plantar do tornozelo ou de fletir dedos do pé, há perda da sensibilidade na planta do pé. 
-> Sindrome do estresse tibial (canelete): edema e dor na área dos dois terços inferiores da tíbia- é causado por microtraumatismo repetitivo do Tibial Anterior, com redução do fluxo sanguíneo. 
-> Lesão do nervo fibular comum e pé em gota: mais lesado porque se espirala sob a pele ao redor do colo da fíbula; fratura do colo da fíbula ou luxação da articulação do joelho; resulta em paralisia flácida de todos os músculos nos compartimentos anterior e lateral da perna (dorsiflexores do tornozelo e eversores do pé). A perda da dorsiflexão do tornozelo causa pé em gota, os dedos não saem do solo durante a fase de balanço da marcha. O individuo se inclina para o lado oposto ao do membro longo (marcha cambaleante), o membro longo balança lateralmente para permitir que os dedos saiam do sol (marcha com balanço lateral) e a marcha escavante. 
- Compressão do Nervo Fibular profundo: síndrome da bota de esqui, causa dor no compartimento anterior. 
- Ruptura do tendão do calcâneo: não realiza-se flexão plantar contra resistência e a dorsiflexão passiva é excessiva. 
- Ausência da flexão plantar: as pessoas rodam o pé lateralmente durante a fase de apoio para evitar a dorsiflexão passiva e permitir uma saída mais eficiente através da extensão do quadril e do joelho exercida na parte media do pé. 
MEMBRO SUPERIOR
-> Músculos toracoapendiculares anterior: movem o cíngulo do membro superior. São o peitoral maior, peitoral menor, subclávia e serrátil anterior.
- Peitoral maior: cobre a parte superior do tórax e compreende as partes clavicular e esternocostal. Junto com o m. deltoide adjacente forma o estreito sulco deltopeitoral. A cabeça clavicular fixa-se à face anterior da metade medial da clavícula e a cabeça esternocostal à face anterior do esterno, seis cartilagens costais superiores, e com a aponeurose do m. obliquo externo do abdome, distalmente ao lábio lateral do sulco intertubercular do úmero. Inervado pelos nervos peitorais lateral e medial, aduz e roda medialmente o úmero, move a escapula anterior e inferiormente; quando sozinha, a cabeça clavicular flete o úmero e a cabeça esternocostal estende-o a partir da posição fletida. 
-Peitoral menor: parede anterior da axila, formato triangular. Fixa-se proximalmente Às 3-5° costelas perto de suas cartilagens costais e distalmente à margem medial e face superior do processo coracoide da escápula. Inervado pelo nervo peitoral medial, estabiliza a escápula, deslocando-a inferior e anteriormente contra a parede torácida. 
- Subclávia: está inferior à clavícula, fixa-se proximalmente à junção da 1° costela e sua cartilagem costal e distalmente à face inferior do terço médio da clavícula, inervado pelo nervo para o m. subclávio e fixa e deprime a clavícula. 
- Serrátil Anterior: (musculo do boxeador): fixa-se proximalmente às faces externas das partes laterais das 1-8° costelas e distalmente à face anterior da margem medial da escapula, inervado pelo nervo torácico longo, protrai a escapula e a mantem contra a parede torácica, gira a escapula. 
=> Toracoapendiculares superficiais posteriores: 
- Trapézio: fixa o cíngulo do membro superior ao tronco, suspendendo o membro superior. Fixa-se ao terço medial da linha nucal superior; protuberância occipital externa, ligamento nucal e distalmente ao terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escapula, inervado pelo nervo acessório; a fibra descendente eleva a escapula, a média retrai e as ascendentes deprimem a escapula e abaixam o ombro, juntos, giram a cavidade gleinodal superiormente. 
- Latissimo do dorso: estende, retrai e roda o úmero medialmente, junto com o peitoral maior é um poderoso adutor do úmero, reconduz o membro superior à posição normal após abdução superior ao ombro; inervado pelo nervo toracodorsal, fixa-se aos processosespinhosos das 6 vertebras torácicas inferiores e distalmente ao assoalho do sulco intertubercular do úmero. 
=> Toracoapendicular posterior profundo: 
- Levantador da escapula: fixa-se proximalmente aos tubérculos posteriores dos processos transversos das vertebras C1-C4 e distalmente à margem medial da escapula siperiormente à raiz da espinha da escapula, inervado pelos nervos dorsal da escapula e cervical, eleva a escapula e inclina sua cavidade glenoidal inferiormente por meio da rotação da escapula. 
- Romboides: situam-se profundamente ao m. trapézio, são inervados pelo nervo dorsal da escapula, retraem a escapula e rodam-na para deprimir a cavidade glenoidal, fixam a escapula à parede torácica. 
- Músculos escapuloumerais (intrínsecos do ombro): atuam sob a articulação do ombro.
- Deltoide: divide-se em três partes que simultaneamente abduzem o braço, a parte clavicular (anterior) flete e roda medialmente o braço, a parte acromial (média) abduz o braço e a parte espinal (posterior) estende e roda lateralmente o braço, fixa-se proximalmente ao terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escapula e distalmente na tuberosidade para o m. deltoide do úmero, é inervado pelo nervo axilar, ajuda a estabilizar a articulação do ombro. 
- Redondo maior: aduz e roda medialmente o braço, fixa-se proximalmente à face posterior do ângulo inferior da escapula e distalmente ao lábio medial do sulco intertubercular do úmero, inervado pelo nervo subescapular inferior. 
=> Manguito rotador: são o supraespinal, o infraespinal, o redondo menor e o subescapular. (SIRS) Os tendões se fundem e reforçam a lamina fibrosa da capsula articular da articulação do ombro, estabilizando-a. 
- Supraespinal: fixa-se à fossa supraespinal da escapula e distalmente à face superior do tubérculo maior do úmero; nervo supraescapular e inicia e ajuda o m. deltoide na abdução para chegar nos 15° de abdução.
- Infraespinal: roda lateralmente o braço, fixa-se à fossa infraespinal da escapula e distalmente à face media do tubérculo maior do úmero, inervado pelo nervo supraescapular. 
- Redondo menor: atua com o infraespinal para rodar lateralmente o braço. Fixa-se proximalmente à parte média da margem lateral da escapula e distalmente à face inferior do tubérculo maior do úmero, inervado pelo nervo axilar. 
- Subescapular: forma parte da parede posterior da axila, principal rotador medial do braço. Fixa-se proximalmente à fossa subescapular (face anterior da escapula) e distalmente ao tubérculo menor do úmero, inervado pelos nervos subescapulares superior e inferior. 
-> Paralisia dos mm. Serrátil anterior: lesão do nervo torácico longo, há movimentação lateral posteriormente da escapula, afastando-se da parede torácica, formando a escapula alada. 
-> Trigono da ausculta: margem horizontal superior do m. latíssimo do dorso, a margem medial da escapula e a margem inferolateral do m. trapézio. 
-> Lesão do nervo toracodorsal: ocorre paralisia do m. latíssimo do dorso, dando incapacidade de levantar o tronco com os membros superiores. 
-> Lesão do Nervo axilar: ocorre atrofia do m. deltoide. Geralmente é lesado durante a fratura do colo cirúrgico do úmero, na luxação da articulação do ombro.
Plexo Braquial! 
-> Dorsal da escapula: romboides. 
-> Toracico longo: serratil anterior.
-> Supraescapular: supraespinal e infraespinal.
-> Subclavio: subclávio. 
-> Peitoral lateral: peitoral maior. 
-> Musculocutaneo: compartimento anterior do braço (coracobraquial, bíceps braquial e braquial)
-> Mediano: compartimento anterior do antebraço (exceto flexor ulnar doo carpo e a metade ulnar do flexor profundo dos dedos)
-> Peitoral medial: peitoral menor.
-> Ulnar: flexor ulnar do carpo, mm. intrínsecos da mao, metade ulnar do flexor profundo dos dedos
-> Subescapular superior: subescapular superior
-> Subescapular inferior: redondo maior
-> Toracodorsal: M. latíssimo do dorso
-> Axilar: m. redondo menor e deltoide
-> Radial: compartimento posterior do braço e do antebraço
-> Lesão do Plexo Braquial: doença, estiramento e feridas na região lateral do pescoço ou na axila. As lesões das partes superiores do plexo braquial (C5 e C6) resultam de um aumento excessivo no ângulo entre o pescoço e o ombro, causando a “mão de gorjeta do garçom” na qual o membro ao lado do corpo em rotação medial (Paralisia de Erb-Duchenne) porque há paralisia dos nervos espinais C5 e C6: deltoide, bíceps braquial e braquil, com perda da adução do ombro, rotação medial do braço e extensão do cotovelo. A lesão superior do plexo braquial pode causar espasmos musculares, graças a defeitos motores na distribuição dos nervos musculocutaneo e radial. A neurite aguda do plexo braquial (neuropatia) é dor súbita no ombro. Lesões das partes inferiores do plexo braquial (Paralisia de Klumpke) podem ocorrer quando o membro superior é puxado para cima, lesando o tronco inferior do plexo braquial (C8 e T1) e podem arrancar as raízes dos nervos espinais da medula espinal, afetando músculos curtos da mão, causando mão em garra. 
=> Braço: os músculos do compartimento anterior (flexor) são os bíceps braquial, o braquial e o coracobraquial, supridos pelo nervo musculocutâneeo, e os músculos do compartimento anterior (tríceps braquial- ancôneo), supridos pelo nervo radial. 
- Biceps braquial: não se fixa ao úmero. Na parte distal, a principal fixação do m. bíceps braquial é a tuberosidade do rádio, entretanto, uma faixa membranácea triangular, denominada aponeurose do m. bíceps braquial, parte do tendão, atravessa a fossa cubital e funde-se à fascia do anterbraço, cobrindo os flexores na face medial do antebraço. A cabeça curta fixa-se proximalmente à extremidade do processo coracoide da escapula e a cabeça longa no tubérculo supraglenoidal da escapula, inervado pelo nervo musculocutâneo, supina o antebraço e flete o antebraço, a cabeça curta resiste à luxação do ombro. 
- Coracobraquial: é perfurado pelo musculocutâneo. Ajuda a fletir e aduzir o braço, resiste à luxação do ombro (musculo direcional). Fixa-se proximalmente À extremidade do processo coracoide da escapula e distalmente ao terço médio da face medial do úmero. Inervado pelo nervo musculocutâneo. 
- Braquial: situado profundamente ao m. bíceps braquial. É o principal flexor do antebraço. Fixa-se proximalmente à metade distal da face anterior do úmero e distalmente ao processo coronoide e tuberosidade da ulna, inervado pelo musculocutaneo e radial e flete o antebraço em todas as posições. 
- Triceps braquial: tem a cabeça longa, lateral e media; é o principal extensor do antebraço (cabeça medial); a cabeça longa se fixa proximalmente ao tubérculo infraglenoidal da escapula, a cabeça media na face posterior do úmero inferior ao sulco do nervo radial. A cabeça lateral à face posterior do úmero, superior ao sulco do nervo radial, distalmente à extremidade proximal do olecrano da ulna e fáscia do antebraço, inervado pelo nervo radial, a cabeça longa resista à luxação do ombro. 
-Anconeo: existe?
-> Lesão do nervo musculocutâneo: resulta em paralisia dos músculos do compartimento anterior do braço. Há enfraquecimento da flexão da articulação do cotovelo e da supinação do braço.
-> Lesão do nervo radial: paralisia do tríceps, braquiorradiais, supinar e mm. extensores do punho e dos dedos. O sinal clinico é a queda do punho – incapacidade de estender o punho e os dedos nas articulações metacarpofalangicas. 
=> Antebraço 
- Músculos flexores-pronadores do antebraço: situados no compartimento anterior do antebraço, os tensões são mantidos pelo ligamento carpal palmar. 
-> Camada superficial: pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo. Tendão comum dos flexores no epicôndilo medial do úmero, a fixação comum dos flexores. 
-> Intermediária: flexor superficial dos dedos. 
-> Profunda: flexor profundo dos dedos, flexor longo dos dedos e pronador quadrado. 
- Flexor Radial do Carpo ( FRC): fixa-se proximalmenteao epicôndilo medial do úmero e fixa-se distalmente na base do 2° osso metacarpal, inervado pelo nervo mediano, flete e abduz a mao (no punho) 
- Pronador redondo: a cabeça ulnar fixa-se ao processo coronoide e a umeral ao epicôndilo medial do úmero e distalmente ao meio da convexidade da face lateral do radio, inervado pelo nervo mediano, faz a pronação e flexão do antebraço. 
- Palmar longo: fixa-se proximalmente no epicôndilo medial do úmero e distalmente na metade distal do retinaculo dos mm. flexores e ápice da aponeurose palmar, inervado pelo nervo mediano, flete a mão no punho e tensiona a aponeurose palmar. 
- Flexor ulnar do Carpo (FUC): a cabeça umeral fixa-se proximalmente ao epicôndilo medial e a cabeça ulnar ao olecrano, ambos distalmente ao osso pisiforme, hámulo do osso hamato, inervado pelo nervo ulnar, flete e aduz a mão. 
- Flexor superficial dos dedos (FSD): perto do punho, o FSD dá origem a quatro tendões, revestidos por uma bainha comum dos tendões dos mm. flexores. A cabeça umeroulnar fixa-se ao epicôndilo medial e a cabeça radial à metade superior da margem anterior do rádio e distalmente aos corpos das falanges medias dos quatro dedos mediais. Inervado pelo nervo mediano, flete as falanges médias nas articulações interfalangicas proximais dos 4 dedos mediais.
- Flexor profundo dos dedos (FPD): único que pode fletir as interfalangicas dos dedos. Veste a face anterior da ulna. Pode realizar a flexão independente apenas do dedo indicador, fixa-se proximalmente aos três quartos proximais das faces medial e anterior da ulna, a parte medial fixa-se distalmente às bases das falanges distais do 4° e 5° dedos, inervado pelo nervo ulnar, flete o 4° e 5° dedo, a parte lateral nas bases das falanges distais dos 2° e 3° dedo, inervado pelo nervo interosseo anterior, ramo do nervo mediano, flete as falanges distais do 2° e 3° dedo. 
- Flexor longo do Polegar (FLP): reveste a face anterior do rádio. Fixa-se à face anterior do rádio e à base da falange distal do polegar, inervado pelo nervo interósseo anterior (mediano) e flete as falanges do polegar. 
- Pronador quadrado: agonista da pronação, fixa-se ao quarto distal da face anterior da ulna e ao quarto distal da face anterior do rádio, inervado pelo nervo interósseo anterior, ramo do mediano, faz a pronação do antebraço. 
=> Extensores do antebraço (Posterior- supinador): todos inervados pelo nervo radial. Podem ser divididos em músculos que estendem e abduzem a mão na articulação do punho-radiocarpal (extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo e extensor ulnar do carpo) ; músculos que estendem os 4 dedos mediais (extensor dos dedos, extensor do indicador, extensor do dedo mínimo) e músculos que estendem ou abduzem o polegar (abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor longo do polegar) . Os tendões dos músculos extensores são mantidos no lugar na região do punho pelo retinaculo dos mm. extensores, que impede o fenômeno da “corda do arco” dos tendões quando a mão é estendida. 
- Braquiorradial: situa-se superficialmente na face anterolateral do antebraço. Fixa-se proximalmente aos dois terços proximais da crista supracondilar do úmero e distalmente à face lateral da extremidade distal do radio; inervado pelo nervo radial, chega a fletir o antebraço. 
- Extensor radial longo do Carpo: (ERLC) é indispensável para cerrar o punho; fixa-se à crista supracondilar lateral do úmero e à face dorsal da base do 2° osso metacarpal, inervado pelo nervo radial. 
- Extensor radial curto do Carpo (ERCC) junto com o ERLC abduz e estende a mão, fixa-se ao epicôndilo lateral do umbero e à face dorsao da base do 3° osso metacarpal, inervado pelo ramo profundo do nervo radial. 
- Extensor dos dedos: fixa-se proximalmente ao epicôndilo lateral do úmero e distalmente às expansões extensoras dos quatro dedos mediais, inervado pelo ramo profundo do nervo radial, estende os 4 dedos mediais. 
- Extensor do dedo mínimo: fixa-se proximalmente ao epicôndilo lateral do úmero e à face dorsal da base do 5° osso metacarpal, estende o 5° dedo 
-Extensor ulnar do Carpo (EUC): a cabeça umeral do tendão comum dos mm. extensores e uma cabeça ulnar, que se origina de uma aponeurose comum fixada à margem posterior da ulna e compartilhada pelo FUC. Inervado pelo nervo radial, estende e aduz a mão na articulação radiocarpal (cerra o punho)
- Supinador: situa-se profundamente na fossa cubital, fixa-se ao epicôndilo lateral do úmero e distalmente nas faces lateral, posterior e anterior do terço proximal do radio, inervado pelo ramo profundo do nervo radial, faz a supinação do antebraço. 
- Abdutor longo do polegar (ALP): fixa-se às faces posterior das metades proximais da ulna e rádio e à base do 1° osso metacarpal, inervado pelo nervo interósseo posterior, continuação do ramo profundo do nervo radial, abduz o polegar e estende-o na articulação carpometacarpal. 
- Extensor longo do polegar (ELP): fixa-se à face posterior do terço médio da ulna e à face dorsal da base da falange distal do polegar, inervado pelo nervo interósseo posterior, estende a falange distal do polegar. 
- Extensor curto do polegar (ECP): fixa-se à face posterior do terço distal do radio e à face dorsal da falante, proximal do polegar, nervo interosseo posterior. 
*Tabaqueira anatômica: visível durante a extensão: ELP+ ECP + ALP 
- Extensor do indicador: fixa-se à face posterior do terço distal da ulna e à expansão do musculo extensor do 2° dedo, inervado pelo interosseo posterior, estende o 2° dedo, permitindo sua extensão independente. 
-> Dedo em martelo ou dedo do jogador de beisebol: a tensão súbita e forte de um tendão do m. extensor dos dedos pode causar avulsão da parte de sua fixação à falange, resultando na avulsão da fixação do tendão à base distal da falange distal. 
-> Lesão do mediano: se seccionado na região do cotovelo, há perda da flexão das articulações interfalangicas proximais dos 1-3° dedos, enfraquecimento da flexão dos 4-5° dedos, além da perda da flexão das articulações interfalangicas distais dos 2-3° dedos, quando a pessoa tenta cerrar o punho, o 2 e 3° dedos permanecem parcialmente estendidos (“mão em benção”), há perda da função do m. tenar. Quando há lesão do nervo interosseo anterior, há paresias dos mm. flexor profundo dos dedos e flexor longo dos dedos. Quando a pessoa tenta opor a extremidade do polegar e o indicador para formar um circula, a posição criada é de uma pinça em razão da ausência da flexão da articulação interfalangica do polegar e da articulação interfalangica distal do indicador. 
-> Sindrome do pronador: compressão do nervo mediano perto do cotovelo. Dor na parte proximal da face anterior do antebraço e hispotesia das faces palmares dos três primeiros dedos e da metade radial do dedo anular. 
-> Lesão do nervo ulnar: toda lesão superior ao epicôndilo medial causa parestesia (formigamento) da parte mediana do dorso da mão. A compressão do nervo ulnar na região do cotovelo (Sindrome do túnel cubital) também é comum, a lesão do nervo ulnar costuma causar dormência e formigamento na parte medial da palma da mãõ, no dedo mínimo e na metade medial do dedo anular. A lesão do nervo ulnar na parte distal do antebçrao desnerva a maioria dos mm. intrínsecos da mão. A força da adução no punho é comprometida e, ao tentar fletir a articulação radiocarpal, a mão é desviada lateralmente pelo FRC, ficando com dificuldade de cerrar o punho, pois na ausência de oposição não consegue fletir o 4° e 5° dedos, formando a mão em garra, resultando na atrofia muscular. 
-> Lesão do nervo radial: é lesado por uma fratura no corpo do úmero, proximal aos ramos motores do nervo radial para os mm. extensores longos e curtos do punho, dando a queda do punho. A secção do ramo profundo do nervo radial ocasiona incapacidade de estender o polegar e as articulações metacarpofalangicas. 
-> Sindrome do túnel do carpo: qualquer lesão que reduza significativamente o tamanho do nível do carpoleva à perda da sensibilidade e incapacidade de opor o polegar. 
-> Lesão do nervo mediano: mão simiesca é uma deformidade na qual os movimentos do polegar são limitados à flexão e à extensão do polegar no plano, por causa da abdução limita e incapacidade de oposição do polegar. 
CABEÇA 
Músculos da mimica: 
- Occipitofrontal 
- Prócero
- Nasal
- Levantador do lábio superior 
- Da asa do nariz
- Orbicular da boca
- Zigomático menor
- Bucinador
- Levantador do ângulo da boca
- Risório
- Abaixador do ângulo da boca
- Abaixador do lábio superior
- Mentual 
- Platisma 
-> Orbicular da boca é mportante durante a fala e controla a saída e entrada de alimentos através da rima da boca. 
-> O bucinador mantém as bochechas tensas, evitando seu pregueamento e lesão durante a mastigação, e atuando juntamente com o orbicular da bca e a língua, mantem o alimento entre as superfícies oclusais dos dentes durante a mastigação, evitando o acumulo do alimento no vestíbulo da boca. 
-> A função das pálpebras é proteger os bulbos do olho contra as lesões e à luz excessiva e distribuem as lagrimas e mantem as córneas úmidas. 
- Nervo trigêmeo: divide-se em nervo oftálmico, nervo maxilar e o nervo mandibular. 
-> Nervo oftálmico: completamente sensitivo, trifurca-se em nervos frontal, nasociliar e lacrimal. O frontal bifurca em supraorbital e supratroclear, o nasociliar se bifurca e o nervo lacrima, que possui fibras secretomotoras, associam-se ao nervo maxilar para auxiliar a glândula lacrimal 
-> Nervo maxilar: completamente sensitivo, deixa o crânio através do forame redondo e sai através da fissura orbital inferior. 
-> Nervo mandibular: sai no forame oval, é sensitivo e envia fibras motoras para os músculos da mastigação ( masseter, temporal, pterigoideos medial e lateral) 
- Nervo Facial: a raiz motora do NC VII supre os músculos da mimica, emerge através do forame estilomastoideo e a partir da glândula parotida, forma o plexo intraparotideo, dando origem ao ramo temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical. O ramo sensitivo é o intermédio 
-> Ramo temporal: supre os mm. auricular superior e auricular anterior, o ventre frontal do m. occipitorfrontal e a parte superior do m. orbicular do olho.
-> Ramo zigomático: supre a parte inferior do m. orbicular do olho e outros mm. inferior à orbita. 
-> Ramo bucal: supre o m. bucinador e os mm. do lábio superior. 
-> Ramo marginal da mandíbula: supre o m. risório e o lábio inferior e do mento. 
-> Ramo cervical: supre o m. platisma 
- PARALISIA DO MM. FACIAIS: causa paralisia de alguns ou de todos os mm. afetados (Paralisia de Bell). As lesões perto da origem do NC VII resultam em perda da função motora, gustatória e autônoma. As lesões distais do gânglio geniculado fazem o mesmo, mas não comprometem a secreção lacrimal. Pode ser causado por inflamação do nervo fácil, fratura do temporal. A perda do tônus do m. orbicular do olho (Bucal, zigomático e marginal) causa eversão da pálpebra inferior, assim o liquido lacrimal não se espalha sobre a córnea, impedindo a lubrificação adequada, isso torna a córnea vulnerável à ulceração, enfraquecimento ou paralisia dos mm. bucinador e orbicular da boca, há acumulo de alimento no vestíbulo da boca durante a mastigação. Quando os esfíncteres ou dilatadores da boca são afetados, a queda do ângulo é causada pela contração sem oposição de mm. faciais contralaterais e gravidade, resultando em gotejamento de alimento e saliva. 
- Neuralgia do trigêmeo (Tic doulourex): crises súbitas de golpes excruciante por causa da desmielinização de axônios na raiz sensitiva, formando zonas de gatilho. 
PESCOÇO
- M. Platisma: tensiona a pele , inervado pelo ramo cervical do NC VII 
- Esternocledomastoideo: inervado pelo nervo acessório, nervos C2 e C3, inclina a cabeça, estende pescoço, flete as vertebras cervicais. 
- Trapezio: nervo acessório, C2 e C3
-> Lesão do nervo acessório: paralisia unilateral do m. trapézio e queda do ombro.
-> Lesão do nervo supraescapular: perda da rotação lateral do úmero na articulação do ombro, fazendo rotação medial em repouso, dando a mao de gorjeta do garçom. 
-> Lesão do nervo laríngeo recorrente: dá rouquidão, espasmo laríngeo, afonia temporária ou distúrbio de fonação. 
Homero R. Turma LII UNICAMP

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