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Importância da Fibra Alimentar

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FRAÇÃO FIBRA
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INTRODUÇÃO
Até os anos 70, eram consideradas como componentes inertes dos alimentos;
Evidências mostraram associação entre baixa ingestão de fibras e várias doenças crônico- degenerativas;
Nos últimos anos tem sido assunto de numerosas pesquisas, discutidas em Simpósios Nacionais e Internacionais;
Atualmente, sabe-se que fibra alimentar abrange uma gama muito mais ampla de substâncias do que se acreditava anteriormente, e que a fibra tem maior significado fisiológico do que se pensava.
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DOENÇAS ASSOCIADAS AO BAIXO COSUMO DE FIBRA ALIMENTAR
Hipertensão arterial;
Doenças cérebro-vasculares;
 Diabetes;
Obesidade; 
Aterosclerose
Hemorróidas;
Colite ulcerativa;
Diverticulites; 
Apendicite
Câncer do intestino grosso (cólon e reto);
Câncer de mama
Síndromes isquêmicas miocárdicas;
Hipercolesterolemia;
Artrite reumatóide.
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DEFINIÇÕES DE FIBRA
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DEFINIÇÕES DE FIBRA
Ao definir fibra, a ênfase que antes focava a METODOLOGIA ANALÍTICA passou a focar o EFEITO FISIOLÓGICO e não é mais possível aplicar um único método analítico para quantificar a fibra alimentar nos alimentos, em função da DIVERSIDADE DE SEUS CONSTITUINTES.
Não existe uma definição universalmente aceita de fibra alimentar. Entretanto, existe consenso de que há necessidade de um definição com bases fisiológicas.
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PRINCIPAIS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA FIBRA ALIMENTAR
A não digestibilidade no intestino delgado*;
Melhoria no funcionamento do intestino grosso;
Redução do colesterol sanguíneo ;
Atenuação dos níveis plasmáticos pós-prandiais de insulina e de glicose.
Obs: Essas características fisiológicas foram incorporadas às recentes definições de fibra alimentar.
*A não - digestibilidade é a característica fundamental da fibra alimentar. Esse aspecto é fundamental em sua definição.
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DEFINIÇÃO DE FIBRA BRUTA
FIBRA BRUTA: inclui, teoricamente, materiais que não são digeríveis pelos organismos humano e animal e são insolúveis em ácido e base diluídos em condições específicas. Entre estes componentes estão: celulose, lignina e hemicelulose.
Obs: Importante para o controle de qualidade de alimentos.
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DEFINIÇÃO DE FIBRA ALIMENTAR
FIBRA ALIMENTAR (dietary fiber): é a soma de todos os polissacarídeos vegetais da dieta (celulose, hemicelulose, pectinas, gomas e mucilagens), mais lignina, que não são hidrolisados pelas enzimas do trato digestivo humano. 
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DEFINIÇÃO MAIS RECENTE DE FIBRA ALIMENTAR
De acordo com as definições mais recentes, fibra alimentar consiste: em polímeros de carboidratos e em polissacarídeos não-amido que são basicamente componentes da parede celular das plantas. 
Estes polímeros incluem: celulose, hemiceluloses, hemiglicanos e pectinas, além de outros polissacarídeos de origem vegetal e de algas, como gomas e mucilagens. 
Outros componentes inclusos são os polissacarídeos de armazenamento não – digeríveis, como a inulina e o amido resistente.
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COMPOSIÇÃO DA FIBRA ALIMENTAR
Obs:Os constituintes atualmente considerados como parte da fibra alimentar, não são muito diferentes daqueles discutidos décadas atrás.
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Os compostos identificados como fibra podem ser encontrados:
Na parede celular das células de tecido vegetal;
No cimento intercelular;
Na secreção produzida por plantas como resposta a uma agressão;
Na cobertura de sementes para evitar desidratação.
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MODELO DE PADEDE CELULAR DE VEGETAIS
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COMPOSIÇÃO DA FIBRA ALIMENTAR
Consistem basicamente de polímeros de carboidratos (polissacarídeos não- amido) que são componentes da parede celular de vegetais: celulose, hemiceluloses e pectina, outros polissacarídeos de origem vegetal ou de algas, como gomas e mucilagens, e oligossacarídeos como a inulina;
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COMPOSIÇÃO DA FIBRA ALIMENTAR
Também, os carboidratos não-digeríveis, que atravessam o intestino delgado inalterados e que são fermentados no intestino grosso, devem ser considerados como parte da fibra alimentar:
 amido resistente;
Frutooligossacarídeos;
Galactooligossacarídeos;
celuloses modificadas ;
polímeros de carboidratos sintéticos (polidextrose);
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COMPOSIÇÃO DA FIBRA ALIMENTAR
Substâncias associadas, principalmente lignina e compostos menos importantes como ceras, cutina, saponinas, polifenóis, fitatos e fitosteróis, também devem ser incluídos, pois são extraídos em vários métodos para quantificação da fibra alimentar.
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COMPOSIÇÃO DA FIBRA ALIMENTAR
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EFEITOS BENÉFICOS DA FIBRA NO TRATO GASTRINTESTINAL
Efeitos sobre o estômago e intestino delgado;
Efeitos sobre o colon : onde ocorre a fermentação das fibras (cerca de 70g/dia);
Fermentação colônica: formação de AGCC (acético, propiônico, butírico), alguns gases (metano, hidrogênio, CO2), vitamina K e B12.
Efeito Bifidogênico: algumas fibras solúveis são, de preferência, fermentadas por bifidobactérias e lactobacilos (frutooligossacarídeos, inulina e galactooliossacarídeos);
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EFEITOS BENÉFICOS DA FIBRA NO TRATO GASTRINTESTINAL
Aumento da massa fecal e da capacidade de ligar-se a determinados nutrientes e a outros compostos presentes no intestino.
Manutenção da integridade do trato gastrintestinal;
Gerenciamento do intestino: controle da constipação e diarréia.
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Fermentação no intestino grosso
	A intensidade do processo depende do tipo de fibra e do perfil da microbiota intestinal. Caracteriza-se basicamente pela redução do pH 7,0 para 6,0 e pelo aumento na temperatura local de cerca de 0,7C.
Principais Propriedades
 Hexoses		Pentoses	 Álcoois
ácido láctico
H2O
H2
CO2
metano
acetato
butirato
propionato
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Funções das Fibras Alimentares
Estômago – retarda o esvaziamento de líquidos e acelera o de sólidos. Em geral, retarda o esvaziamento.
Saciedade
Intestino delgado – fixa água aumentando o volume e viscosidade do conteúdo intestinal.
Cólon – estimula o peristaltismo por aumentar o volume da massa fecal e diminuir a absorção de água.
Câncer de cólon
Sais biliares – promove o seqüestro dos sais, com conseqüente excreção de colesterol e outros lipídeos.
Dislipidemias
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A AÇÃO PROTETORA DAS FIBRAS ALIMENTARES DEPENDE:
Composição física das fibras;
Tempo de trânsito intestinal reduzido (menor exposição a carcinógenos);
Interação com outros componentes dos alimentos (Ex: gordura, cálcio, carcinógenos);
pH fecal reduzido (aumento de ácidos graxos de cadeia curta e fermentação).
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AÇÃO PROTETORA DAS FIBRAS ALIMENTARES
É importante enfatizar que fibra alimentar compreende diferentes componentes em proporções variáveis nos diferentes alimentos.
Fibras alimentares de fontes diferentes talvez não sejam capazes de produzir a gama completa de efeitos fisiológicos positivos demonstrados pelas pesquisas;
Alguns efeitos são específicos de determinados tipos de fibra alimentar.
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Ácidos biliares primários: ácido cólico e quenodesoxicólico.
Ácidos biliares secundários: ácido litocólico e ácido desoxicólico.
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 RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO DIÁRIA (Média de diferentes países)
Existem diferenças consideráveis entre as recomendações para ingestão de fibra alimentar em todo o mundo. 
 Adultos: 25 a 35g
Crianças (até 16 anos):”a idade mais cinco”
Com algumas exceções a maioria dos países não dispõe de recomendações sobre ingestão de fibra alimentar durante a infância.
 A ingestão média de fibra alimentar total, entre diferentes países, varia de 12 a 29g por dia. 
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ORIENTAÇÃO DIETÉTICA PARA AUMENTAR O TEOR DE FIBRAS NA ALIMENTAÇÃO
Ingerir, diariamente, no almoço e jantar: verduras de folhas cruas (alface, acelga, repolho, agrião, etc.) e legumes (abóbora, vagem, quiabo, jiló, pepino c/ casca, etc.);
Utilizar,
de preferência, alimentos integrais (arroz integral, pão e cereais integrais -centeio, trigo, milho- e aveia);
Ingerir, diariamente, frutas cruas (laranja com bagaço, mamão, pêra com casca, frutas secas e leguminosas (feijão, ervilha, soja, grão-de- bico, lentilha);
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ORIENTAÇÃO DIETÉTICA PARA AUMENTAR O TEOR DE FIBRAS NA ALIMENTAÇÃO
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 Em geral, o consumo de alimentos
 naturalmente ricos em fibra
 é auto-limitante devido ao seu caráter volumoso. 
Isso é pouco aplicado tanto para alimentos enriquecidos 
com fibra quanto para suplementos.
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PRINCIPAIS FONTES ALIMENTARES DE FIBRAS 
Celulose: frutas, hortaliças e cereais. 
Grande parte da fibra no farelo de cereais
 é constituída de celulose.
Hemiceluloses: aproximadamente 1/3 da fibra alimentar nas hortaliças, frutas, leguminosas 
e castanhas/nozes consiste de 
hemiceluloses. 
Lignina: presente em alimentos 
com componente “lenhoso”, como o aipo, e nas camadas externas dos grãos de cereais. 
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PRINCIPAIS FONTES ALIMENTARES DE FIBRAS 
Pectina: principal fonte são as frutas. Também representam 15 a 20% da fibra alimentar nas hortaliças, leguminosas e castanhas/nozes.
Gomas e Mucilagens: leguminosas, 
aveia, cevada. São utilizados 
como agentes gelificantes e espessantes 
em certos alimentos.
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PREBIÓTICOS
DEFINIÇÃO
Alguns oligossacarídeos que não são degradados nem absorvidos até atingirem o cólon.
PROPRIEDADES
Aumentam o volume fecal;
Produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC);
Manutenção da integridade da mucosa e proliferação do epitélio intestinal. 
Ex: Frutooligossacarídeos (FOS), inulina
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Critérios Para Classificação 
dos Prebióticos 
 Não ser hidrolisado, nem absorvido pelo trato gastrointestinal;
 Ser um substrato seletivo para limitado número de bactérias benéficas;
 Ser capaz de alterar a microbiota em favor da saúde do hospedeiro;
 Promover ações luminal e/ou sistêmica favoráveis à saúde do hospedeiro.
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PROBIÓTICOS
DEFINIÇÃO
Bactérias presentes em alimentos que melhoram as propriedades da flora intestinal e contribuem para um efeito benéfico sobre a saúde.
PROPRIEDADES
Fermentam carboidratos;
Aderem fortemente às células epiteliais do trato intestinal; 
Evitam a colonização de bactérias patogênicas na parede intestinal;
Estimulam o sistema imunológico do hospedeiro. 
Ex: Lactobacillus johnsonii (La 1), Bifidobacterium lactis 12 (Bb 12).
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MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE FIBRA
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 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE FIBRA ALIMENTAR
 Os primeiros processos químicos para quantificação de polissacarídeos não-amido extraíam diferentes frações de fibra mediante o controle do pH das soluções. Nesse contexto surgiram os termos SOLÚVEL e INSOLÚVEL.
Atualmente, ficou evidente que essa distinção fisiológica de forma simplificada é inadequada.
Tendo em vista que as denominações solúvel e insolúvel podem induzir a erros de interpretação a OMS e a FAO/Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura recomendam que tais termos não deveriam mais ser empregados.
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 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE FIBRA ALIMENTAR
 Segundo a atual definição, fibra alimentar não pode ser quantificada por um único método de análise por causa da diversidade de seus constituintes. 
 PRINCIPAIS MÉTODOS UTILIZADOS
Método enzimático-gravimétrico da AOAC (985.29) ;
Englyst (na Inglaterra).
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MÉTODOS DETERGENTES
Fibra por detergente ácido (FDA): determina celulose + lignina. É muito utilizado em ração animal.
Fibra por detergente neutro (FDN): determina celulose + hemicelulose + lignina. É utilizado como método oficial para determinação da fibra dietética em grãos de cereais.
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA
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  DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA
É importante para uma série de análises em alimentos e rações:
Avaliação nutritiva de rações: rações com muita fibra tem baixo valor nutritivo;
Eficiência na moagem e refinação de farinhas;
Verificação da maturação de frutas e vegetais: produtos muito maduros tem maior quantidade de fibras;
Adulterações do tipo: casca em nozes moídas, sementes em frutas processadas e serragem em alimentos em geral;
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AMOSTRA DESSECADA DESENGORDURADA
FERVURA 30 min. (H2SO4 1,25%)
FERVURA 30 min. (NaOH 1,25%)
filtrado
LAVAGEM COM ÁLCOOL (2 vezes)
 (lavagem com água quente e filtração)
 (lavagem com água quente e filtração, papel tarado)
LAVAGEM COM ÉTER (2 vezes)
 RESÍDUO (estufa à 105°C 1 hora)
PESAR (fibra + minerais)
 INCINERAR (MUFLA 550OC)
 PESAR (cinzas)
 resíduo 
filtrado
resíduo
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
Não é correto desprezar a fração fibra da dieta, não lhe atribuindo papel na alimentação;
A fração fibra corresponde a um conjunto de integrantes variados, cuja única analogia é a de não serem digeríveis ou pouco digeríveis pelo organismo humano;
As pesquisas sobre a fração fibra dos alimentos vêm sendo realizadas em diversas áreas: químico-analíticas, físico-químicas e biológicas, visando entender melhor seu papel no organismo.
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