Buscar

ATPS DEMONSTRAÇÃO FLUXO DE CAIXA

Prévia do material em texto

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). 
Esta obrigatoriedade vigora desde primeiro de janeiro, por força da Lei 11638/2007 e desta forma transformou-se em um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais. 
A Deliberação 547 CVM/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC03, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa e o Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução 1.125 CFC /2008 aprovou a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é parte integrante das demonstrações financeiras e vem substituir a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). Seu objetivo é o de fornecer informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos em um determinado período de tempo. 
Alguns países através de seus órgãos reguladores para assuntos contábeis determinaram a criação da DFC como ilustrado a seguir: 
Financial Accounting Standard Board (FASB) 
O FASB é o principal órgão responsável pela criação dos princípios de contabilidade, os US GAAP. A orientação e apresentação da DFC estão definida no Statement of Financial Accounting Standards (SFAS 95), obrigatório a partir de 1988. O SFAS é a mais importante publicação de padrões contábeis emitidos pelo FASB. 
A – Fluxos de caixa em moeda estrangeira:
Os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estrangeira devem ser traduzidos para a moeda de apresentação pela mesma taxa de câmbio da data em que o fluxo de caixa ocorreu. Os fluxos referentes às subsidiárias no exterior também deverão ser traduzidos às taxas em vigor na data da transação. Os efeitos resultantes das mudanças de taxa de câmbio sobre os saldos de caixa e equivalentes devem ser demonstrados como parte da conciliação das movimentações de saldo.
B – Juros e dividendos:
Cada um dos fluxos de caixa de juros e dividendos recebidos e pagos deve ser separadamente divulgado.
Em instituições financeiras os juros pagos e recebidos são classificados como fluxos de caixa operacionais.
C – Impostos sobre rendimentos:
Os impostos sobre rendimentos devem ser divulgados separadamente devendo ser classificados como fluxos de caixa de atividades operacionais, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento e investimento.
D – Investimentos em controladas, coligadas e joint ventures:
Quando um investimento é contabilizado pelo Método de Equivalência Patrimonial ou Custo, a investidora restringe o seu relato na demonstração de fluxo de caixa aos fluxos entre ela própria e a investida (ex: adiantamentos e dividendos).
Uma empresa que divulgue seus investimentos em controlada em conjunto (joint venture) usando a consolidação proporcional incluirá na sua demonstração consolidada de fluxos de caixa a sua parte proporcional dos fluxos da controlada.
E – Aquisições e alienações de subsidiárias e de outras unidades de negócio:
Quando uma subsidiária é adquirida ou vendida pela empresa, os fluxos de caixa agregados provenientes dessa aquisição / alienação devem ser apresentados separadamente e classificados como atividades de investimento. A quantia total paga ou recebida pela compra ou venda de uma investida, é divulgada na demonstração de fluxo de caixa da empresa, pelo valor líquido de caixa e seus equivalentes adquiridos ou alienados nesta mesma transação.
F – Operações de hedge:
Quando um instrumento derivativo ou outro instrumento for contabilizado como hedge e quando a posição for identificável, os fluxos de caixa do instrumento devem ser classificados da mesma forma da posição que estiver protegida.
G – Transações que não envolvem caixa ou equivalentes: 
As transações que não exijam o uso de caixa e seus equivalentes devem ser excluídos de uma demonstração de fluxo de caixa, devendo ser divulgadas nas demonstrações e notas. 
 [...] em dinheiro ou seus equivalentes (como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa) durante o curto período de liquidação desde a data de recebimento até a data de entrega [...] 
[...] A DVA tornou-se demonstração contábil obrigatória com a promulgação da Lei 11.638. Antes disso, sua divulgação era incentivada, sendo apresentado como uma nota explicativa, assim como a Demonstração dos Fluxos de Caixa. [...]

Continue navegando