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aula 6 a 10 informatica

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6.	RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL	6a Aula
	 6.1 - NOÇÕES DE RESPONSABILIDADE CIVIL	 
Neste módulo, analisaremos a responsabilidade civil e as conseqüências dos danos produzidos, em virtude de contratos realizados pela internet, seja no fornecimento de produto ou no fornecimento de serviço.
Como não existem normas próprias para tratar sobre o tema, o estudo tomará por base a teoria geral da responsabilidade civil, devendo-se adaptar os princípios, levando em consideração a espécie do dano.
Antes de tudo, é imperioso suscitar a desigualdade das partes nas relações estabelecidas a distância, pois de um lado temos um contratante que muitas vezes não possui os conhecimentos técnicos adequados para o consumo, e, de outro, um provedor assistido por profissionais com extensos conhecimentos sobre a matéria, propiciando, assim, um caráter de vulnerabilidade.
	 6.2 - FASES DO CONTRATO
Fases do contrato – fase contratual e fase pré contratual
O contrato possui fases. Dentre elas, destacamos:
A fase contratual – Dá-se no momento do vínculo, no momento da assinatura do contrato.
A pré-contratual – Consiste em todas as práticas realizadas em momentos anteriores ao ato de contratar.O Código de Defesa do Consumidor inova quando garante o direito à oferta (artigo 30), consubstanciando, assim, a fase pré-contratual.
Art. 30 – Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Portanto, todo material fornecido antes do momento da contratação passa a integrar o contrato, podendo o consumidor exigir o cumprimento forçado da obrigação. Depreende-se daí que o contrato estabelecido pela internet se amolda à situação ora abordada, pois antes do momento da contratação o contratante é guiado pelo écran do computador até aquiescer com o contrato, e, como já estudamos, nem sempre a contratação será condizente com suas reais pretensões.
Para que a contratação não seja eivada de vício, a colaboração mútua das partes é necessária tanto no momento da negociação, quanto no momento da assinatura do contrato. Só assim poderemos considerar um contrato perfeito em ambas as fases.   A informação terá grande importância nos contratos realizados na infovia, pois esta é a conduta esperada nas contratações...
Informações claras, eficazes, legítimas e livres de todo tipo de víci
	 
	 6.3 - RESPONSABILIDADE CIVIL NA INTERNET
Inúmeros são os contratos via WEB, sejam eles efetivados com provedores, bancos, sites de busca ou até mesmo com sites de leilão. Analisaremos, a partir de agora, as principais hipóteses de responsabilidade contratual na WEB .
A responsabilidade contratual origina-se da inexecução contratual. Resulta, portanto, de ilícito contratual, ou seja, da falta no cumprimento de qualquer obrigação.
Logo, para que exista, é imprescindível a preexistência de uma obrigação e seu subseqüente descumprimento.
RESPONSABILIDADE DOS PROVEDORES
Existem diversos tipos de provedores, sejam eles de acesso, hospedagem –hosting – ou provedores de conteúdo ou informação. Todos eles são considerados intermediários das relações entre o fornecedor dos produtos e o consumidor.
Note que esta característica de intermediar uma transação é encarada, na maior parte dos países do mundo, como uma forma clássica de exclusão da responsabilidade sob o argumento de que os provedores não detêm o poder de controle sobre o conteúdo das informações contidas nos sites.
O argumento de exclusão de responsabilidade, utilizado pelas demais legislações mundiais, poderia conflitar com o entendimento nacional de responsabilidade solidária dos fornecedores de produtos ou serviços – artigo 18 CDC. Para que isso não venha a ocorrer, é importante que se faça uma distinção das espécies de provedores e de sua eventual participação no evento danoso.
Caso concreto 1
Marcio, ao navegar pela internet, resolve pesquisar através de um site de busca as informações existentes sobre seu nome. Ele encontra inúmeros sitesque disponibilizam suas informações pessoais, como concursos realizados, local de trabalho , e-mail etc.
Ocorre que, em um deles, encontra mensagem difamatória explícita, com referências severas a sua conduta. Marcio sente-se imensamente prejudicado com a informação veiculada e pretende promover uma ação de indenização por danos morais contra o provedor.
Pergunta-se: Quais as possibilidades reais de Carla obter uma indenização?  
Resposta:  
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
JASP
Nº 70016827875
2006/CÍVEL
AÇÃO ORDINÁRIA E AÇÃO CAUTELAR INOMINADA. RESPONSABILIDADE CIVIL.
Descabe condenação por danos morais quando não resta comprovada a culpa da ré, nem o nexo de causalidade (pressupostos da responsabilidade civil) na lesão suportada pela vítima. Havendo comentário difamatório e ofensivo sobre a autora na internet cabe responsabilizar aquele que é usuário do sistema. O sistema de cadastramento pode não ser seguro porque permite a prestação de informações inverídicas, mas é de se destacar que a conferência dos dados escapa da esfera de gerenciamento do provedor. Responsabilizar-se provedor pelo conteúdo de informações é o mesmo que estender tal obrigação às empresas de telefonia por trotes realizados em telefones públicos ou comprometer os agentes dos correios pela entrega de correspondência enviada por falso remetente, de conteúdo ultrajante. Apelação desprovida. Sentença mantida. Decisão unânime.
Responsabilidade de provedores de conteúdo
Os provedores de acesso e hospedagem, realmente, por mais que pertençam à cadeia de distribuição, até então, não têm sido encarados como responsáveis pelos eventuais prejuízos causados, sob o argumento de que não existe o nexo de causalidade entre a conduta e o evento. As decisões nacionais argumentam ainda que responsabilizar o provedor seria o mesmo que responsabilizar as companhias telefônicas pelos “trotes” emitidos por outros usuários do serviço.
No entanto, a análise individual dos casos é uma boa alternativa, pois a internet é capaz de propiciar os mais amplos métodos de negócio, e, com isso, podem surgir determinadas situações em que haja a participação do provedor, ainda que por omissão. Quando isso ocorrer, merece ser responsabilizado. Atualmente, decisões pioneiras vêm trazendo à baila tais questionamentos.
Home banking
A sociedade da informação faz surgir no mercado uma necessidade pungente de uma maior velocidade nas relações jurídicas. Sendo assim, este tipo de anseio atinge um duplo efeito.
O primeiro proporciona uma grande facilitação nas transações com o rompimento de barreiras administrativas etc. O segundo demonstra os riscos que são inerentes a esse aumento de velocidade.
A figura do home banking vem-se difundindo com grande proporção no mercado e, com ele, o número de danos, seja pela ineficiência das instituições ou pela atuação de terceiros – hackers.
Caso concreto 2
Camilo, usuário dos serviços do Banco Fácil S/A, ao tentar sacar seu salário em um caixa eletrônico, recebe a seguinte mensagem: “transação negada – saldo insuficiente”.
Certo de não ter efetivado retirada alguma, Camilo entra em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente e recebe a informação de que o mesmo havia retirado toda a quantia em outro caixa eletrônico duas horas antes. Inconformado, Camilo argumenta que não efetivou qualquer saque. Contudo, a instituição bancária não efetiva a devolução.
Pergunta-se: Camilo conseguirá reaver as quantias pagas?
Resposta:  
Número do processo: 2.0000.00.441467-9/000(1)
Relator: ELIAS CAMILO
Relator do acórdão : Não informado
Data do acórdão : 14/10/2004
Data da publicação: 29/10/2004
Inteiro Teor:APELAÇÃO CÍVEL N. 441.467-9 - BELO HORIZONTE - 14.10.2004
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL - DESVIO DEDINHEIRO DE CONTA CORRENTE - HOME BANKING - RELAÇÃO DE CONSUMO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - FALHA NO SERVIÇO - FALTA DA SEGURANÇA ESPERADA PELO CONSUMIDOR - FATO DE TERCEIRO - EXCLUDENTE NÃO CARACTERIZADA - RISCOS PREVISTOS E ASSUMIDOS PELO FORNECEDOR - DANO MORAL - POTENCIALIDADE DANOSA DO FATO.
Comentários
Realmente o princípio do direito romano se aplica com maestria no caso em tela – ubi emolumentum, ibi onus; ubi commoda, ibi incomoda . Quem aufere os cômodos (ou lucros) deve suportar os incômodos (ou riscos). Sendo assim, s e a instituição bancária se beneficia dos cômodos, reduzindo custos e aumentando lucros, deve arcar com os incômodos (danos) proporcionados pela adoção de novas técnicas.
	 
	 6.4 - Sites de Leilão e Sites de Busca	 
Dos sites de leilão
 Os sites de leilão visam intermediar transações – compra e venda – pela internet, e, por muitas vezes, essas transações resultam em danos aos adquirentes. Os motivos são os mais diversos possíveis, como o não recebimento do produto, produto viciado, produto entregue em domicílio diferente do adquirente, extravio da mercadoria, entre outros.
Ocorre que, ao tentar responsabilizar os sites de leilão, os mesmos tentam se escusar de responsabilidade ao argumento de que não possuem controle sobre a coisa ou sobre o ofertador do produto. Dessa maneira, equiparam-se aos jornais que possuem serviço de classificados, não se responsabilizando pelos eventuais prejuízos causados por seus anunciantes.
Caso concreto 3
Jonas adquire um tênis pelo site de leilão Mercadão, no qual estabelece contato com Pedro, que ajusta a transação pelo valor certo de R$200.
Depois de efetuar o pagamento com sucesso, Jonas recebe, em sua residência, um tênis falsificado e de numeração diferente.
Pergunta-se: Pode Jonas responsabilizar o site pelo ocorrido?
Resposta:
2006.700.499668-3 Juiz(a) - Julgamento: 08/11/2006  
COMPRA E VENDA DE MERCADORIA
INTERNET
LEILÃO
FALSIFICAÇÃO
RESSARCIMENTO DOS DANOS
Trata-se de compra realizada através de leilão no site Mercado Livre. Alega a parte autora que se interessou por um tênis, marca Adidas, ofertado pelo site Mercado Livre, assim fez o lance mínimo de R$ 200,00. Em 10/05/06, dois dias após o lance, recebeu e-mail da empresa ré comunicando que a autora era a vencedora do leilão e que a mesma deveria entrar em contato com o vendedor. A autora entrou em contato com o vendedor M.P.A., e este informou que havia fechado o anúncio e acabado com o leilão, porque ocorrera um erro, mas, que venderia o tênis por R$ 300,00, mais a taxa do sedex de R$ 40,00. Concordando com o valor, depositou 40,00 na conta fornecida pelo vendedor. Entrou em contato novamente com M., e ele a informou que iria mandar o tênis por sedex, e que a autora deveria pagar os 300,00, quando recebesse o produto no Rio. Dois dias após, a autora recebeu a informação dos correios de que o tênis havia chegado. No dia seguinte foi retirar e pagar o produto, perguntando ao caixa se poderia devolver o produto, caso viesse errado, e a atendente disse que sim, devendo somente assinar um papel. Ocorre que ao abrir a caixa, na própria agência dos correios, verificou que era uma falsificação e que o número do tênis não era o solicitado, retornando imediatamente ao caixa, a fim de solicitar a devolução de seu dinheiro, e foi informada que não era possível ao correio devolver ou bloquear a quantia paga. A autora foi até a DRCI (Delegacia de Informática), e fez o registro de ocorrência e o tênis foi apreendido para verificação de falsidade. Pretende a autora devolução das quantias pagas no total de R$ 340,00, e indenização por danos morais, no valor de 3.000,00. Registro de ocorrência. A autora junta página do site comprovando a transação efetuada, bem como a mensagem enviada pelo vendedor através do mercado livre. A ré é pessoa jurídica de direito privado, que presta serviços de internet consistentes na oferta de espaço no site para que terceiros anunciem a venda de produtos seus. O cadastro pode ser efetuado por qualquer pessoa, física ou jurídica, como usuário desses serviços. Informa à ré que o vendedor M.P.A. foi expulso do site , após tomar conhecimento do fato. A ré, em sua contestação, se compara aos classificados de jornal ou como uma rede de televisão ao exibir comerciais, alegação esta que não se pode admitir, pois o réu é intermediário na aquisição do produto, conforme informação emitida por ele, fazendo assim parte da cadeia de fornecedores. O réu, sendo intermediário da negociação, presume-se certa segurança aos usuários, o que não ocorre com propagandas feitas pelos classificados de jornal . Assim, a ré deverá responder independentemente de culpa, de acordo com o art. 14 do CDC. Isto posto, conheço do recurso e voto por seu provimento para reformar a sentença prolatada, para condenar a parte ré a pagar a quantia de R$ 340,00, referente aos danos materiais sofridos, e fixar indenização referente à dor moral, no valor de R$ 1.000,00. Sem ônus processuais.
Ementário: 03/2007 - N. 04 - 28/03/2007
Comentários
Ao contrário do que tentam argumentar, os sites de leilão integram a cadeia de fornecimento, pois, além de efetivarem um cadastro criterioso dos contratantes, ainda recebem uma remuneração pela referida transação. Portanto, merecem ser responsabilizados solidariamente pelos eventuais prejuízos causados, na medida em que o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor consagra o princípio da solidariedade .  
Art. 18 – Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não-duráveisrespondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
 
 Dos sites de busca
Os sites de busca equiparam-se aos provedores, que não possuem qualquer poder de ingerência sobre o conteúdo dos sites.   Dessa forma, como são o meio e não o fim, a jurisprudência tem entendido pela ausência de responsabilidade civil dos sites.
7.	RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL	7a Aula
A responsabilidade extracontratual é aquela que decorre da violação de um dever subjetivo, ou da lei, não havendo qualquer vínculo preexistente entre os agentes.
Uma das modalidades da responsabilidade extracontratual é o e-mail indesejado, também conhecido como spam.
Spam é uma das formas clássicas de invasão de privacidade. Trata-se de um meio de enviar mensagens eletrônicas (habitualmente comerciais) não solicitadas em quantidades demasiadas. É tecnicamente caracterizado como ACE – Abuso de Correio Eletrônico. Por meio dele, o lesado é submetido a uma série sucessiva de mensagens, que, na maior parte das vezes, são indesejáveis e de caráter publicitário.
	 7.1 - SPAM	 
O termo SPAM – ou “lixo” – surgiu nos anos 30, por intermédio da empresa americana Hormel Foods , que lançou o produto Hormel's Spiced Ham, um alimento que era uma carne enlatada. Esse alimento ganhou grande repercussão perante a sociedade americana, difundindo-se ainda mais na Segunda Guerra Mundial, quando serviu de alimentos a soldados britânicos e soviéticos. A partir de 1957, passou a ser comercializado mundialmente, ganhando rapidamente também a aceitação dos demais consumidores, em razão do inovador abridor de latas que se encontrava embutido no próprio produto.
O grupo britânico de comediantes Monty Phyton começo u a fazer piadas com a carne enlatada, gritando a palavra SPAM em diversos tons e volume. Quase por associação, isso se traduziu metaforicamente para a forma de correio eletrônico não solicitado. Em 1969, em um famoso esquete (Flying Circus) , os comediantes apresentavam-se como vickings famintos e cantando uma série de sandices repetitivas e sem sentido com a palavra SPAM.
Como nacanção, o SPAM representa uma repetição sem fim de textos sem muito valor, que são aplicados em mensagens eletrônicas enviadas de forma exaustiva e direcionadas a pessoas que normalmente não desejam recebê-las.
A Hormel Foods Corporation não se posicionou contra o uso do termo spam para designar o envio de mensagens eletrônicas não-solicitadas após sua popularização, mas passou a exigir que a palavra SPAM, em letras maiúsculas, seja reservada para designar seu produto e marca registrada  (http://www.spam.com/legal/terms/ ).
Existem três versões, menos populares, a respeito da etimologia que associam o termo spam a acrônimos. A primeira afirma que SPAM significa sending and posting advertisement in mass, ou "enviar e postar publicidade em massa", a segunda que significashit posing as mail, ou "porcaria fingindo ser correspondência" e a terceira que significa single post to all messageboards, ou "mensagem única para todos os fóruns de discussão".
Da problemática
A doutrina não é pacífica sobre o tema. Apesar de a inadequação da prática ser aparentemente óbvia, objetivamos, com este estudo, encontrar uma posição racional sobre a matéria, tendo em vista que autores compreendem a prática de SPAM como uma das mais abomináveis já surgidas e outros autores entendem tal prática como novo fruto da modernidade.
Spammers argumentam que o envio de mensagens eletrônicas não solicitadas não é diferente do envio de publicidade em jornais ou televisão. Alguns também teorizam que as organizações anti-spam são oriundas de grandes empresas que desejam prejudicar as pequenas, que teoricamente são beneficiadas pelo spamming, a fim de manter forçadamente seu monopólio do mercado.
Caso concreto 1
João, ao checar sua caixa postal, percebe que recebe diariamente informativos de uma pessoa de nome Manoel. Sendo assim, retorna ao remetente solicitando que deixe de enviar correspondências, pois já recebe muitas por dia e não gostaria de receber mais uma. Nada obstante, Manoel permanece com os envios.  
Pergunta-se:
João possui algum direito indenizatório pelo fato?
Resposta:
APELAÇÃO CÍVEL Nº 96.139-7, DE CURITIBA - 12ª VARA CÍVEL.
APELANTE: BSI INFORMÁTICA CONSULTORIA
APELADO: UNIVERSO ON LINE LTDA.
RELATOR: DES. SIDNEY MORA
Indenização - Dano Moral e Material - INTERNET - Envio de mensagem comercial
a clientes da provedora sobre os serviços de concorrente - SPAM - Alegação de
Concorrência Desleal.
1) Não caracteriza o SPAM quando o internauta espontaneamente visita o site
da concorrente e cadastra-se, autorizando o envio de informações sobre os
serviços prestados por ela.
2) Não contendo a mensagem palavras de cunho ofensivo, denegridor ou
pejorativo dos serviços, descaracterizada a alegada violação ao art. 195, da
Lei 9279/96.
APELO DESPROVIDO.
 
Medidas administrativas
Atualmente, medidas administrativas podem ser tomadas perante o governo para coibir este tipo de prática.
A denúncia de spams, seja por e-mails de distribuição em massa ou sites de relacionamento, pode ser feita através do sitehttp://registro.br , que fornece um link para o site http://antispam.br , que explica detalhadamente as formas de se denunciar umspam.
Resumidamente, faz-se o seguinte:	
Responder o e-mail de spam, incluindo o conteúdo original e o cabeçalho de e-mail na mensagem;
No campo 'Para’, digitar o endereço mail-abuse@cert.br;
Buscar o(s) responsável(eis) pelo domínio no site http://registro.br, pela função whois do próprio site – para isso, é necessário
Que o spammer tenha enviado o site de propaganda (por exemplo, www.liverjoice.com.br);
Colocar o e-mail do responsável pela rede no campo 'CC', encontrado pelo site www.registro.br; 
 Enviar o e-mail.
	 7.2 - DANOS DOCORRENTES DA AÇÃO DE HACKERS E CRAKERS
Danos decorrentes da ação de hackers e crakers
Originalmente e para certos segmentos de programadores, hackers são indivíduos que elaboram e modificam software e hardware de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas, seja adaptando as antigas.
Na língua comum, o termo designa programadores maliciosos e ciberpiratas, que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos. Hackers são diferentes de crackers , que é o termo usado para designar quem pratica a quebra (oucracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética.
Tipos de Crackers
crackers de sistemas: Piratas que invadem computadores ligados em rede;
crackers de programas: Piratas que quebram proteções de software cedidos a título de demonstração, para usá-los por tempo indeterminado, como se fossem cópias legítimas (warez  e crackz );
phreakers : Piratas especialistas em telefonia móvel ou fixa;
desenvolvedores de vírus , worms , trojans  e outros malwares : programadores que criam pequenos softwares que causam danos ao usuário;
Piratas de programas: indivíduos que clonam programas, fraudando direitos autorais;
Distribuidores de warez  e crackz : webmasters que disponibilizam em suas páginas softwares sem autorização dos detentores de direitos autorais.
Caso concreto 2
O banco X percebe que, nos últimos dois meses, foram desviados de seus clientes cerca de R$ 2.000,000,00 (dois milhões de reais ), por pessoas que se intitulavam a firma. Tal grupo era constituído de um grupo de rapazes que conseguia burlar o sistema e objetivar os saques em nome dos correntistas, se valendo do anonimato praticado na WEB.
Pergunta-se: Existe alguma medida que possa ser adotada pelo banco para evitar este tipo de dano?
2004.002.20186 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DES. LETICIA SARDAS - Julgamento: 01/03/2005 - OITAVA CAMARA CIVEL
INTERNET 
INFORMA ÇÕES CADASTRAIS 
A ÇÃO CAUTELAR 
EXIBI ÇÃO DE DOCUMENTO 
CONCESS ÃO DE LIMINAR
Ação cautelar de exibição de documentos. Liminar. Informação de dados cadastrais. IP - Internet Protocol. Lei Geral de Telecomunicações. STFC - Serviço de Telefonia Fixa Comutada. Invasão do sistema de informação. Hacker. Anonimato e privacidade. Direitos do usuário. 1. A evolução da Internet, como ocorre com o desenvolvimento de qualquer inovação tecnológica, provocou uma transformação no estudo das normas jurídicas, formando o que se pode denominar de direito digital ou direito da informática, que tem o desafio de equilibrar a delicada balança em que se pesa o interesse econômico, a proteção da privacidade e o anonimato. 2. Os hackers são indivíduos que entram num sistema de informática, quebrando sistemas de segurança, para causar danos. 3. A discussão do tema segurança na rede envolve a discussão de dois assuntos polêmicos: anonimato e privacidade. 4. O direito à privacidade constitui um limite natural ao direito à informação. 5. O direito ao anonimato constitui um dificultador dos mecanismos de segurança em ambiente virtual. 6. Incentivar a clandestinidade na rede significa torná-la um mundo em que ninguém é obrigado a nada, nem responsável por nada. 7. Os provedores, como portas de entrada e saída da rede, são os que t ê m possibilidade de averiguar os dados dos internautas que sejam seus clientes, propiciando que se investigue a prática de atos irregulares. 8. Desprovimento do Agravo.
Conclusão
Depreende-se daí que aquele que intencionalmente causa dano a outrem pratica ato ilícito, devendo ser sancionado nos termos da legislação civil vigente, não merecendo se valer do anonimato imposto pela rede para objetivar prejuízos a terceiros.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
 
Registro de frequência
1. Consumidora recebe em sua casa um produto (revistas) não solicitado. Informa através do site da editora todo o ocorrido, tendo como resposta o cancelamento de futuras entregas. Ocorre que, posteriormente, recebe cobrança pela revista,com a ameaça de inserção em cadastro de restrição de crédito. A consumidora, em sua defesa, poderá alegar:
Parte superior do formulário
 a) Cláusula abusiva (art. 51, IV); 
 b) Direito de arrependimento (art. 49); 
 c) Prática abusiva (art. 39, III c/c seu parágrafo único);; 
 d) Vício do produto (art. 18);
Parte inferior do formulário
2. Empresa provedora de acesso a internet é processada por usuária que, em apertada síntese alega ter cancelado administrativamente seu e-mail sob a alegação de invasão de sua conta por hacker. Fatos estes não comprovados no curso do processo e muito menos em provas. Como advogado desta empresa poderá ser alegado:
Parte superior do formulário
 a) Culpa exclusiva da consumidora; 
 b) Fato exclusivo de terceiro; 
 c) Vicio do serviço; 
 d) Que não disponibilizou o serviço;
 
Parte inferior do formulário
8.	PROPRIEDADE INTELECTUAL	8a Aula
	 8.1 - Direitos do Autor	
Os direitos de propriedade intelectual do autor são o conjunto de normas dirigidas para proteger criações de mente humana originais, expressadas em qualquer meio ou suporte, seja ele tangível ou intangível.
Os direitos do autor estão divididos em direitos de caráter pessoal e direitos de caráter moral, como, por exemplo, o direito de exigir o respeito à integridade da obra ou o reconhecimento da condição de autor. Já os direitos de caráter patrimonial são aqueles que decorrem da exploração da criação intelectual.
Com o desenvolvimento das novas tecnologias, tais direitos passaram por uma completa reestruturação, como no caso da proteção de bancos de dados.
A facilidade com que a informação passou a ser disponibilizada na rede fez surgir uma série de problemas inerentes a esta disponibilização. Casos emblemáticos como os fenômenos E-mule, Napster, etc., em que sites disponibilizam o intercâmbio de informações de criação de espírito passaram a permear as páginas dos noticiários nacionais em razão dos inúmeros conflitos originados.
 
	 8.2 - Dados e Bancos de Dados
	 
Dados versus bancos de dados
Inicialmente, é importante traçar uma distinção entre dados e banco de dados: os dados são informações armazenadas, e o banco de dados, a estruturação dessas informações.
Imaginemos um armário em que podemos guardar todo tipo de peças de vestuário, os dados seriam as peças de roupas, enquanto que o armário seria o local de armazenamento ordenado dessas peças, sendo assim, o mesmo poderia se equiparar com o banco de dados.
A proteção autoral no Brasil não protege os dados e sim os bancos de dados que podem ser considerados como criação de espírito.
Violação dos direitos do autor
Os direitos de propriedade intelectual conferem a seu titular um direito de exploração exclusiva de sua obra. Isso fornece ao titular o direito de impedir que um terceiro realize, sem seu consentimento, atos que constituam uma exploração de seu trabalho
Caso concreto
O site www.automóveis.com lança um serviço de informação a seus consumidores de todas as peças que integram os veículos de marca nacional. Para tanto, contrata um equipe de 30 funcionários, que, após dois anos de trabalho, conseguem catalogar tudo.
O sitewww.carrobom.com copia os dados catalogados e lança o mesmo serviço.
Pergunta-se: pode o sitewww.automóveis.com objetivar uma indenização pelo ocorrido?
1. Determinado fornecedor é condenado em processo movido por consumidor sob a alegação de que seu produto veiculado na “rede” não funcionava. Após perícia e investigação policial descobre-se que o bem em questão é, na verdade, de outro fabricante que se utiliza da mesma figura de seu produto. Qual a assertiva correta?
Parte superior do formulário
 a) Poderá responsabilizar a empresa causadora do prejuízo; 
 b) Não poderá responsabilizar a empresa causadora do dano; 
 c) Não se pode configurar uma concorrência desleal; 
 d) Não poderá promover ação regressiva contra á causadora do dano;
Parte inferior do formulário
 
9.	NOMES DE DOMÍNIO	9a Aula
	 9.1 - Conceito	 
A internet converteu-se em um instrumento muito forte de comunicação, obtenção de recursos e intercâmbios eletrônicos, o que fez urgir importantes repercussões nos mais variados meios – econômicos, jurídicos e sociais.
Segundo Gustavo Rizzo Ricardo, no texto Disputa de nombres de domínio , “es una dirección alfa numérica utilizada en el sistema de nombres de dominio y que permite la comunicación entre los distintos computadores interconectados a Internet”.
Através da rede, tornou-se possível a interconexão das máquinas, fazendo com que as mesmas conseguissem transportar conjuntos de dados previamente determinados por intermédio de transferidores de dados.
Nomes de domínio
A interconexão das máquinas mereceu uma formatação para harmonizá-la, respeitando acertadamente uma série de peculiaridades.
Dessa forma, cada usuário passou a receber um código, como um número telefônico, que o identificaria. Existem alguns pontos-chave para que os computadores se correspondam:
TCP (Transfer Control Protocol) – dados contidos no programa;
IP (Internet Protocol) – chave que identifica o usuário. Por exemplo, http//www.ubu.es, em que...
http – Hiper Text Transfer Protocol;
www – World Wide Web;
ubu – conjunto de dados;
es – localização da máquina.
	 9.2 - Organização e Estrutura	 
Organização dos nomes de domínio
	A estrutura é sempre lida da direita para a esquerda. Dessa forma, retomando o exemplo http//www.ubu.es, temos que...
...por meio de .es, localiza-se o endereço;
...em ubu, concentram-se todos os dados da instituição...
...enquanto que este volume de dados interliga-se por uma rede mundial (www)...
...com a utilização de um hiper transferidor de dados (http).
Assim procedendo, é utilizada uma seqüência numérica de nove dígitos – IP – acrescida de uma palavra ou frase que facilita sua memorização – .com, .gov, .br, .fr, .org, etc...
Normalmente, os usuários elegem um nome de domínio que possa ser facilmente associado a sua pessoa. No caso de empresas, tal nome pode ser considerado como o rótulo do estabelecimento virtual, e logicamente tal registro necessita da aprovação de órgãos oficiais para tornar-se perfeito e acabado – por exemplo, Oficina Española de Patentes y Marcas (http://www.oepm.es ), FAPESP, etc...
Deste modo, os usuários se utilizam de nomes acessíveis, que possam facilitar sua localização por parte de terceiros.
Estrutura
Todos os nomes de domínio respondem a uma estrutura hierárquica que deve ser decifrada da direita para esquerda, partindo de domínios de nível superior (nacionais ou genéricos) e chegando a domínios de nível inferior (identificação da empresa).
Os nomes de domínio são exclusivos e inequívocos! NUNCA poderão existir dois nomes de domínio idênticos
Retomando o exemplo http//www.ubu.es, observamos que existe uma estrutura hierárquica que se baseia em dois níveis:
es – 1º nível;
ubu – 2º nível.
	 9.3 - Normas de Domínio Níveis 1 e 2
Nomes de domínio de 1º nível ou TLD (Top Level Domain)
Os domínios poderão ser nacionais ou genéricos:
nacionais – indicam uma posição geográfica, como, por exemplo, .es, .br, .de, .fr...
genéricos – identificam uma atividade – .gov (governo), .edu (educação), mercantil (.com), .info, .net, .museum...
Em www.ubu.com.br, sempre se apresenta de trás para frente:
1 – nível (.br)
2 – nível (.com)
3 – nível (.ubu)
Segundo Gustavo Rizzo Ricardo, no texto Disputa de nombres de domínio , normalmente os domínios geográficos só são concedidos exclusivamente para marcas nacionais, para não gerar conflitos de interesses, sendo mais difícil a sua concessão para terceiros que não sejam titulares da marca ou do nome.
Por exemplo, o domínio PRETROBRAS encontrará resistência para sua concessão por outra pessoa que não a própria PETROBRAS.
Tal procedimento visa repelir procedimentos ardilosos no que pertine à utilização indevida das referidas marcase também diminuir o número de conflitos advindos da titularidade do uso e gozo das mesmas.
Nomes de domínio de 2º nível ou SLD (Second Level Domain)
Renatocesarporto.com.br é o nome dentro do domínio .com, ou seja, o nome de domínio é renatocesarporto. Existe uma peculiaridade: podem haver mais de um nome de domínio, porém dentro de um só domínio. Por exemplo: ubu.es, ubu.gov, ubu.br, ubu.com.
Os registros genéricos possuem um registro único para cada domínio territorial.
Cada território possui sua entidade de regulação. Dentro de cada território existem normas próprias.
Principais conflitos
Os principais conflitos que envolvem a matéria são aqueles advindos de empresas que pretendem recuperar um nome de domínio previamente registrado por outra pessoa física ou jurídica que visa tão-somente à obtenção de lucro.Um dos primeiros casos de que se tem notícia trata-se de um cidadão que registrou o domínio Mac Donald’s e seu correio eletrônico como ronald@macdonalds.com.
Este caso ganhou grande repercussão e as partes optaram por abrirem mão da demanda em troca de uma doação de U$ 3.500 a uma escola local.
Pelo fato de um domínio ser único, ele passa a ser usado como sinal distintivo, portanto, com valor equivalente, com a natureza jurídica de uma marca, assim, ganha grande importância o debate, haja vista, que o mesmo constitui elemento essencial para o fiel desenvolvimento das atividades negociais da empresa.
	 
	 9.4 - Domínio e Marca	 
Domínio versus marca
Segundo Clóvis Silveira, na palestra Internet e a propriedade intelectual, realizada na XL Semana Jurídica da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 1997, "enquanto o nome de domínio é único, uma marca de produto ou serviço pode estar repetida em muitas classes de marcas e ter proprietários diferentes". Então, somente seria objeto de discussão o domínio que estivesse sendo usado como marca.
Waldemar Álvaro Pinheiro, em Do registro de marcas alheias na Internet, diz que o registro de marca alheia na internet traz como conseqüência o prejuízo do proprietário, a vantagem ilícita por parte do usurpador e a indução a erro de terceiros. Classifica tal conduta como concorrência parasitária, a qual define como o ato de tirar proveito das realizações e do renome adquirido por outrem, ainda que não tenha a intenção de prejudicar.
Para ler um pouco mais sobre este assunto, clique aqui para acessar as normas de conduta da OMPI.
1. O registro de um nome de domínio deve considerar-se abusivo quando se cumprem todas as condições seguintes:
1.1. O nome de domínio é idêntico ou enganosamente similar a uma marca de produto ou de serviço sobre a que tem direitos o demandante; 
1.2. O registrante do nome de domínio não tem direitos ou interesses legítimos com relação ao nome de domínio; 
1.3. O nome de domínio foi registrado e se utiliza de má fé.
AOS fins do ponto 1.3., o seguinte, em particular, constituirá a prova do registro à utilização de má fé de um nome de domínio:
a) uma oferta para vender, alugar ou transferir de outro modo o nome de domínio ao registrante da marca de produto ou de serviço, ou a um competidor do detentor da marca de produto ou de serviço, com propósitos financeiros;
b) uma tentativa por atrair, com ânimo de lucro, usuários de Internet ao lugar Web do registrante do nome de domínio ou qualquer outro lugar em linha, criando confusão com a marca de produto ou de serviço do solicitante;
c) o registro do nome de domínio a fim de impedir ao detentor da marca do produto ou do serviço refletir a marca no nome de domínio correspondente, sempre que se tenha estabelecido por parte do registrante do nome de domínio esta pauta de conduta
d) o registro do nome de domínio a fim de perturbar os negócios de um competidor.
Detentores de marca versus detentores de marca
Um grande conflito estampou-se também no que pertine àqueles que eram legítimos detentores das marcas e conflitavam acerca da possibilidade de utilizar regularmente seus direitos contraídos. Sendo assim, surge na doutrina o caso Kodak. O domínio kodak.com estava registrado por uma fábrica de bicicletas que também possuía o registro da marca.
Os tribunais se manifestaram no sentido de que a empresa Kodak era uma marca notória, e, sendo assim, merecia especial proteção. Como conseqüência, surge a FTDA – Federal Trademark Dilution Act –, para solucionar este problema. Definindo "debilitamento de la marca" como qualquer uso de uma marca ou denominação que induza a engano ou confusão no que pertine a uma marca de amplo reconhecimento. Desde então ficaram definidos os seguintes parâmetros:
 
Conclusão
Assim, uma verdadeira revolução vem-se estampando no direito. Cada vez mais estamos diante de um fenômeno de caráter mundial fazendo urgir a necessidade de uma norma supranacional, derrubando conceitos jurídicos basilares como o de soberania estatal, territórial e etc...
Porém, tais modificações, continuam edificadas sob a égide de princípios que nunca poderão ser alijados como Boa-Fé, concorrência leal, o respeito aos contratos, dentre outros.
E são estes os princípios que devem orientar o jurista para a devida proteção dos direitos que venham a ser vilipendiados pelo uso ilícito dos nomes de domínio
Qual desses domínio está correto:
Parte superior do formulário
 a) www.renatocesarporto.gov.br; 
 b) www.mj.com.br; 
 c) www.endividado.com.br; 
 d) www.presidenciadarepublica.com.br
Parte inferior do formulário
10.	SOFTWARE	10a Aula
	 10.1 - Tipos de Software	
Software ou programa de computador é uma sequência de instruções a serem seguidas e executadas na manipulação, no redirecionamento ou na modificação de um dado, uma informação ou um acontecimento. Software também é o nome dado aocomportamento exibido por essa seqüência de instruções quando executada em um computador ou em uma máquina semelhante.
Ocorre que, assim como ocorre nas obras literárias, o software também possui uma fonte de criação própria, podendo ser considerada como de espírito, e, assim, suscetível de direitos autorais.
Software livre e software proprietário
Um programa é um conjunto de instruções para o processador que podem adotar uma engenharia aberta (software livre) ou fechada (software propritetário).
Software proprietário é aquele cuja cópia, redistribuição ou modificação são em alguma medida proibidos pelo seu criador ou distribuidor.
Software livre é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado , modificado e redistribuído sem nenhuma restrição.
A  problemática envolve pontos vitais para o bom andamento das relações estabelecidas via web, pois o cerne da questão é saber discernir até onde vão os limites impostos a legislação autoral e a liberdade pugnada pelo movimento SL. 
	 10.2 - Venda de Software
Software livre
Um software é considerado livre quando atende aos quatro tipos de liberdade para os usuários do software definidas pela FreeSoftware Foundation:
a liberdade para executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0);
a liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para suas necessidades (liberdade nº 1) – acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
a liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar a seu próximo (liberdade nº 2);
a liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar seus aperfeiçoamentos de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3) – acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
A liberdade de executar o programa significa a liberdade para qualquer tipo de pessoa física ou jurídica utilizar o software  em qualquer tipo de sistema computacional , para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário atender a alguma restrição imposta pelo fornecedor.
Software livre, software em domínio público e copyleft
Software livre é diferente de software em domínio público. O primeiro, quandoutilizado em combinação com licenças típicas (como as licenças GPL e BSD), garante a autoria do desenvolvedor ou organização.
O segundo caso acontece quando o autor do software relega a propriedade do programa e este se torna bem comum. Ainda assim, um software em domínio público pode ser considerado como um software livre.
Software Livre e Copyleft
Licenças como a GPL contêm um conceito adicional, conhecido como copyleft, que se baseia na propagação dos direitos. Um software livre sem copyleft pode ser transformado em não-livre por um usuário, se este assim desejar. Já umsoftware livre protegido por uma licença que ofereça copyleft, se distribuído, deverá ser sob a mesma licença, ou seja, repassando os direitos.
Venda de Software Livre
As licenças de software livre permitem que eles sejam vendidos, mas estes em sua grande maioria estão disponíveis gratuitamente.
Uma vez que o comprador do software livre tem direito às quatro liberdades listadas, ele poderia redistribuir o software gratuitamente ou por um preço menor que aquele que foi pago.
Caso concreto
Jorge, no intuito de buscar a cura de uma doença, lança um sistema para acompanhamento de todos os tipos de pessoas portadores do mesmo mal e resolve disponibilizar o sistema para todos os que, assim como ele, pretendem ajudar ao próximo. Inácio, ao verificar tal programa, passa a vendê-lo por quantia certa, vindo a lucrar com isso.
Pode Jorge buscar algum tipo de indenização?
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