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Plano de Aula: Obrigações de Dar Coisa Certa DIREITO CIVIL II - CCJ0013 Título Obrigações de Dar Coisa Certa Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 3 Tema Obrigações de Dar Coisa Certa Objetivos Analisar o conceito de obrigações de dar. Diferenciar obrigações de entregar e de restituir. Compreender as consequências do inadimplemento das obrigações de dar coisa certa. Compreender as regras aplicáveis às obrigações pecuniárias Estrutura do Conteúdo Obrigação de dar coisa certa Conceito Distinção entre entregar e restituir Reflexos jurídicos Obrigações pecuniárias: conceito e princípios Aplicação Prática Teórica Caso Concreto 1 Adoaldo compromete-se a entregar a Ivan, em razão de um contrato de compra e venda, o livro Curso de Direito Civil, v. II, de Carlos Roberto Gonçalves, Editora Saraiva, até o dia 02 de outubro de 2012. Ivan pagou pelo livro o equivalente a R$ 80,00 (oitenta reais). Com relação ao livro identifique: Accipiens e Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato. Resposta: Accipiens (sujeito ativo) é o Ivan, enquanto o Solvens (sujeito passivo) é o Adoaldo. Objeto imediato: é a prestação, no caso a obrigação de dar coisa certa– objeto mediado: é a coisa, caso o livro. Suponha que Adoaldo, descuidado, perdeu o livro e não poderá entregá-lo no dia combinado e, por isso, Ivan não poderá estudar para a prova que se realizará no dia 06 de outubro. O que acontece com essa obrigação? Justifique sua resposta. Resposta: Continua a obrigação de dar a Ivan o livro que tenha perdido por Adoaldo, pois a coisa se perde para seu “possuidor” e não a quem de direito pertence, isso antes da tradição, Logo Ivan deve receber o livro mesmo que após a data acordada pelo Adoaldo, que mesmo perdendo a coisa, fica obrigado a dar a Ivan a mesma. Adoaldo poderá responder por perdas e danos, mas o equivalente a coisa. Caso Concreto 2 Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva referente ao problema (cada erro encontrado deve ser indicado e corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser corrigidos (reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo indicando o artigo respectivo! Carlos empresta gratuitamente a Andreza, em razão de um contrato de comodato, a casa localizada na Rua Enzo Ferrari, n. 27. Andreza se comprometeu a devolvê-la em perfeitas condições até o dia 02 de outubro de 2009. Pode-se afirmar que, quanto à casa, Andreza é solvens e Carlos accipiens. Trata-se de uma obrigação moral, divisível, simples, de trato sucessivo e condicional. A sua fonte mediata é a lei e a fonte imediata obrigação de dar coisa certa. O seu objeto imediato é o contrato de comodato e o objeto mediato é a casa, que pode ser substituída por uma outra de valor equivalente caso Andreza por qualquer motivo não consiga devolvê-la. Imagine que no dia anterior à devolução começa a chover o que ocasiona o alagamento do bairro onde está localizada a casa e consequente deterioração do imóvel. Neste caso Carlos deverá receber a casa tal qual se ache, sem direito à indenização, nos termos do art. 234, CC. Em outra situação, suponha que Andreza, intencionalmente ateou fogo ao imóvel, destruindo-o completamente, pode-se, então, afirmar que Carlos não poderá exigir perdas e danos nos termos do art. 234, CC. Resposta: Carlos = accipiens Andreza = solvens Trata-se de uma obrigação civil, indivisível, simples de termo (condição), de trato sucessivo e condicional diferida. A sua fonte imediata é a lei e a fonte mediata obrigação de dar coisa certa. O seu objeto imediato é a obrigação e o objeto mediato é a casa. Questão Objetiva (FCC TJ-GO 2012) Antonio obrigou-se a entregar a Benedito, Carlos, Dario e Ernesto um determinado touro reprodutor, avaliado em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado e seguro, o animal morreu afogado em inundação causada por fortes chuvas. Nesse caso, a obrigação é a) de dar coisa certa, indivisível, resolvida para ambas as partes com ausência de culpa do devedor, ante o perecimento do objeto. Correto: art. 235 CC deteriorada a coisa, sem culpa do devedor, pode o credor acabar com o negócio ou aceita-la abatida do seu valor. b) indivisível, com o perecimento do objeto por culpa do devedor. Errado: porque não houve culpa, foi um caso fortuito de força maior. c) indivisível e tornou-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa do devedor. Errado: porque o prometido era dar um animal vivo e não um animal morto. d) solidária, devendo o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) ser entregue a qualquer dos credores, em lugar do objeto perecido. Errado: não se trata de obrigação solidaria. e) de dar coisa certa, indivisível, devendo o devedor entregar a indenização a todos os credores. Errado: não se pode falar em indenização em caso fortuito ou de forma maior, pois é sem culpa do devedor.
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