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O papel da Arte no currículo da educação infantil

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE 
CAMPINAS 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
EP139 A – Pedagogia da Educação Infantil 
 
 
 
 
O PAPEL DA ARTE NO CURRÍCULO DA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
Fernanda Alves de Oliveira 
RA: 146049 
 
 
Campinas 
2015 
O PAPEL DA ARTE NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
 Desde algum tempo, a arte na educação tem sido desvalorizada. As 
pessoas, e principalmente crianças, não são incentivadas a procurar algo 
criativo dentro de si mesmas. Atualmente, a percepção de arte, é apenas 
vista como contemplação de grandes obras, ou nem isso, ela representa 
algo para se fazer em um período em que a pessoa não tem mais nada 
para executar, ou seja, ela é deixada em segundo plano. 
 Assim como outras disciplinas curriculares, a Arte é importante no 
processo de formação das crianças, para que elas possam conquistar 
autoconfiança, incentivar a espontaneidade e criatividade. No documento 
DCNEI (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil), é 
reconhecido o direito das crianças de interagir com diversas 
manifestações de música, arte, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia, 
etc, porém, na maioria das escolas de educação básica, por conta dos pais 
e até mesmo dos educadores, isso não é feito. Na realidade, o que ocorre 
nas escolas é o que Luciana E. Ostetto cita em seu texto “Educação Infantil 
e arte: sentidos e práticas possíveis”, uma padronização, apresentação de 
um desafio buscando uma resposta final, onde as regras são fixas e não 
se considera a individualidade de cada criança. E, após a finalização de 
cada ‘atividade artística’, essas são penduradas nas paredes por algum 
tempo e depois recolhidas e colocadas em uma pasta no fundo de um 
armário. Isso não é arte, é imposição. A arte tem diversos pontos de vista, 
se expõe de forma diferente em cada indivíduo, e deve ser construída ao 
longo da vida, e não feita para ser guardada no fundo de um armário. 
 A prática do desenho, é um fator substancial no processo de 
desenvolvimento da linguagem infantil, é como se registrasse a evolução 
da criança. Ao desenhar, eles interiorizam afetivamente o mundo, 
criticando, expondo, sugerindo, utilizando cores, formas, símbolos, 
tamanhos... 
 Da maneira como a arte é interpretada hoje em dia, os educadores 
acabam desestimulando a criatividade infantil, pois além de guardar a arte 
trancada, os professores têm necessidade de nomear cada desenho, ou 
cada garatuja da criança, eles interferem na produção artística, 
restringindo assim o processo de criação. 
 O pedagogo alemão Friedrich Fröbel, foi um dos primeiros 
educadores a salientar a importância que o brinquedo tem na vida infantil, 
e também alastrou o conceito de que as crianças devem criar suas 
expressões artísticas e apreciar a arte feita por outros. 
 É de conhecimento geral, que crianças em processo de 
aprendizagem, tem inúmeras interpretações e modos de pensar sobre 
uma mesma coisa. No poema “A criança é feita de cem”, de Loris 
Malaguzzi, é possível notar o que realmente ocorre nos dias atuais: a 
criança tem diversos mundos para descobrir, inventar e sonhar, porém, a 
escola lhe deixa apenas uma única visão, pensamento. 
 Ao ler os textos, pude relembrar minha infância na escola e como a 
arte era imposta. O dever era sempre, ou quase sempre, ler sobre artistas 
e redesenhar suas obras, e eu, não imaginava o quanto minha professora 
estava limitando meu lado artístico, até porque, é fato que toda criança 
têm uma habilidade e facilidade maior de se expressar por meio da arte. 
 Segundo Ferraz e Fusari, “a arte se constitui de modos específicos 
de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem 
com o mundo em que vivem, ao se conhecerem e ao conhecê-lo”. Com 
essa frase, é possível refletir que não é apenas no contexto da sala de 
aula que a arte deve ser inserida, e sim, na vida toda, para que a criança 
possa relacionar o que descobriu na classe, com conhecer o mundo em 
que vive. 
 Acredito também, que seja de extrema importância, que a prática 
pedagógica do professor valorize a arte, que ele veja como algo 
imprescindível e não apenas como um passatempo; que o educador tenha 
domínio sobre o que está ensinando, e que avalie a produção artística da 
criança não apenas no processo final, e sim, em todo decorrer do trabalho, 
e principalmente, que ele seja um mediador para incentivar e cultivar a arte 
dentro da criança. O docente, deve oferecer ao aluno diversos tipos de 
materiais para que a criança possa escolher, e isso faz com que, não haja 
bloqueio da criatividade. É necessário um ambiente adequado, que dê 
possibilidade para as manifestações, descobertas e comunicações 
infantis, como é assegurado no DCNEI. 
 Quando a arte é trabalhada e estimulada na educação infantil, as 
crianças estão habilitadas para que na vida adulta, possam se tornar 
condutores de verdadeiros valores substanciais à vida. A arte dá a 
possibilidade de desenvolver o senso crítico, sensibilidade, criatividade e 
uma leitura totalmente diferente do mundo e de si mesmo. 
 Por fim, gostaria de ressaltar que se a verdadeira arte faz parte do 
cotidiano da criança, ela auxilia o processo de ensino e aprendizagem, e 
faz com que os “pequenos” se vejam como construtores e participantes de 
seus aprendizados que são tão importantes para a formação do ser 
humano.

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