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P&D Design - Projeto Design em Foco uma experiencia extensionista com alunos de ensino medio de rio tinto - paraiba

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Design em Foco: uma experiência extensionista com 
alunos de ensino médio em Rio Tinto PB 
 
Design in Focus: An extension experience with high school students in Rio Tinto PB 
 
Lemos, Jéssica; Graduanda em Design; Universidade Federal da Paraíba 
lemos_fagundes@hotmail.com 
 
Monteiro, Guilherme; Graduando em Design; Universidade Federal da Paraíba 
exemplo_paradoxo@hotmail.com 
 
Torres, Myrla; Mestre; Universidade Federal da Paraíba 
myrlaltorres@gmail.com 
 
Silva, Sara Raquel; Graduada em Design; Universidade Federal da Paraíba 
sara_raquel15@hotmail.com 
 
Resumo 
 
O Design é uma atividade que promove ações em diversos ramos, contudo, nota-se que, em 
geral, existem grandes dúvidas sobre a atuação do profissional de design. Para promover o 
acesso sobre a formação acadêmica do designer propõe-se o projeto de extensão para Escola 
Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Luiz Gonzaga Burity em Rio Tinto na 
Paraíba, visando oferecer conhecimentos básicos sobre design na área de produto através de 
oficinas teóricas e práticas. 
 
Palavras Chave: comunidade; educação; design; projeto de produto. 
 
 
Abstract 
 
Design is an activity that promotes actions in several areas, however, note that, in general, 
there are major doubts about the professional practice of design. To promote access on the 
academic background of the designer propose the extension project for the State School of 
Elementary and Secondary Education Prof. Luiz Gonzaga Burity in Paraiba Rio Tinto, to 
offer basic knowledge in the area of product design through theoretical and practical 
workshops. 
 
Keywords: community, education, design, product design 
 
 
 
10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA) 
Projeto Design em Foco 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9.394/96, existente há 16 anos no 
Brasil, regulamenta as ações educativas das instituições de ensino. Esse conjunto de normas 
deve regulamentar a atividade escolar, as bases políticas dos espaços educacionais, as 
posturas dos gestores públicos escolares, o plano de ação prática e metodológica dos 
professores e formalizar a permanência dos alunos nos ensinos fundamental, médio e 
superior. 
Neste conjunto de leis suscita-se uma preocupação quanto à orientação dos jovens para a 
escolha profissional, que em algumas escolas é amenizado a partir da promoção de feiras 
demonstrativas, conversas com profissionais e testes vocacionais, que segundo Gemelli 
(1963) detecta-se apenas as habilidades e tendências desses estudantes, não promovendo a 
reflexão do jovem com relação ao seu desejo profissional. 
Para estimular o aluno e demonstrá-lo perspectivas futuras, Mattiazi (1974) afirma que é 
necessário a busca pelo auto-conhecimento, fazendo com que a compreensão da atividade de 
cada graduado seja divulgada amplamente. 
 Na cidade de Rio Tinto, o campus da Universidade Federal da Paraíba oferece para 
comunidade Cursos de Graduação em várias áreas do conhecimento, entretanto não seduzem 
a comunidade local. 
O Curso de Design, estabelecido na cidade a mais de quatro anos vem despertando 
interesse em valores culturais e artísticos de alguns adolescentes e promovendo mudanças de 
hábitos na comunidade. Entretanto, faz-se necessário mais divulgação e estímulo para evitar 
algumas incongruências que são provocadas pelo termo design. 
 
A tradicional conexão entre design e desenho leva a imaginar o designer como 
produtor de rascunhos para apresentar “ideias”. Esta conexão tem larga tradição, 
mas não tem futuro (...). O design aparece como um processo para dar aos produtos 
da civilização industrial um toque de qualidade visual. Este enfoque revela o lado 
fraco do design, relegando-o à superfície e ao visual. (BONSIEPE, 1997). 
 
O termo design, em inglês, significa projetar, conceber e configurar. No Brasil a 
banalização do termo acarretou um vazio de conteúdo em sua significação, trazendo 
dificuldades na compreensão do Curso de Graduação e nas atividades realizadas pelo 
designer. 
A verdade sobre o assunto, é que a palavra design não é mais confiável. 
Embora ela seja usada e certamente abusada em quase todos os lugares, essa palavra 
é tão vaga que se tornou mais e mais irritante, dia a dia. Como ela é aplicada para 
responder a necessidades o designer, o estilista de moda, o cientista, o filósofo, o 
gerente, o político, o programador, o administrador — a palavra perdeu o seu 
sentido de especificidade. (MALDONADO, 2000). 
 
Para estabelecer um vínculo maior entre o curso de Design e a comunidade foi planejado 
o Projeto de Extensão Design em Foco objetivando aproximar o curso de graduação a 
comunidade. 
 O Projeto de Extensão teve iniciou no ano de 2011, fomentado pelo Programa de 
Extensão da UFPB e visando oferecer aos alunos conhecimentos básicos sobre design na área 
de produto aos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Luiz 
Gonzaga Burity. 
 
Ao se fazer uso das ferramentas do design; dos seus fundamentos; das suas 
metodologias de trabalho; das suas maneiras de interagir na formação da cultura 
material; das suas maneiras de proceder na concepção dos objetos; das suas 
maneiras de utilizar as tecnologias e os materiais; do seu característico sentido 
 
10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA) 
estético enquanto atividade projetual; das suas maneiras de realizar a leitura e a 
configuração do entorno; o design torna-se, no seu sentido e significado mais amplo, 
um instrumento com um grande potencial para participar e colaborar ativamente na 
educação formal e informal das crianças e jovens cidadãos nestes tempos de 
mudança. (FONTOURA, 2002). 
 
Neste sentido o projeto de extensão proposto Design em foco justificou-se na medida 
que poderá transmitir informações sobre um bacharelado de Design aos potenciais 
universitários e contribuiu no desenvolvimento para habilidades criativas promovendo 
atividades introdutórias sobre o desenho, sobre cores, sobre planificação e desenvolvimento 
de objetos de uso, entre outros. 
 
Metodologia 
 
Este projeto de extensão foi desenvolvido entre os meses de maio a dezembro de 2011, 
na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Luiz Gonzaga Burity. Foram 
realizadas doze oficinas em três módulos de quatro oficinas sobre desenho a mão, 
planificação e projeto de produto. 
As oficinas de desenho a mão livre foram realizadas a partir de uma pesquisa acerca da 
história do desenho, da técnica, da aplicação e dos materiais. Após a explanação do conteúdo 
(figura 1), foram realizadas atividades práticas em que os participantes ficaram de pé e 
desenharam em folhas afixadas nas paredes da sala, exercitaram a técnica de sombreamento 
de objetos e a técnica de criação brainstorm. 
 
 
Figura 1: Slide desenvolvidos para aulas de desenho 
 
As oficinas de paper toy demonstraram noções básicas sobre áreas de atuação do 
designer, sobre abstração e planificação e a origem dos “paper toys”. Para atividade prática os 
alunos receberam o modelo impresso com a planificação do paper toy (figura 2) e tiveram que 
criar os personagens. Após a criação do personagem, os alunos cortaram os moldes, nas áreas 
pré-definidas e os montaram manualmente, sendo concluindo com um paper toy 
personalizado por cada aluno. 
 
 
Figura 2: Planificação do paper toy 
 
10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA) 
As oficinas sobre Design do produto abordaram etapas e processos para a criação e 
fabricação de produtos. Após a exposição dos conhecimentos foram executadas atividades 
práticas, em que foi realizado a concepção de uma luminária e de um puff a partir de garrafas 
PET. 
Para a luminária os participantes elaboram o desenho da luminária,que foi executado 
na superfície da garrafa usando fibras naturais e linhas de aviamento coloridas para a 
combinação e intercalação de cores. Após a etapa de criação houve o corte vazado em formas 
geométricas, estrelas e bonecos na garrafa para provocar efeito visual quando a luz for 
acoplada e acesa. 
Para o puff os alunos tiveram que se dividir em grupos, iniciando o trabalho com a 
limpeza das garrafas PET. Após a limpeza houve o corte das garrafas e montagem das 
estruturas da peça de resistência que foram unidas uma a uma até formar dois módulos com 
três garrafas e dois módulos com quatro garrafas esses módulos fizeram parte da estrutura e 
da montagem do puff, que foi feito colando módulos com módulos, até formar a estrutura 
desejada, que era circular. 
 
Resultados 
 
O desenho como uma atividade integrante e que estimula a criatividade pode auxiliar no 
desenvolvimento da cognição e da concentração dos alunos através das dinâmicas realizadas 
na oficina. Através da observação e a análise do material gerado pelos participantes, 
observou-se que os alunos demonstraram entrosamento e conseguiram desenvolver o desenho 
de maneira produtiva e criativa. 
 
 
Figura 3: Aplicação da técnica de brainstorming 
A atividade de criação dos personagens deixou os alunos com receio, pois essa 
atividade exigia dos alunos uma certa habilidade em desenho, criatividade e em trabalhos 
manuais, já que para criar o paper toy foi entregue uma planificação em branco para que os 
alunos. No final das atividades observou-se que os alunos perceberam que a atividade criativa 
pode auxiliar na vida pessoal e nas atividades empreendedoras. 
 
 
Figura 4: Aluno desenvolvendo atividade 
 
10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA) 
A atividade de confecção dos produtos com PET proporcionou aos alunos o estímulo 
para criatividade, para concepção de um produto e para desenvolvimento do trabalho em 
grupo. 
Nas luminárias foi percebido que grande parte dos alunos tiveram dificuldade para criar 
seu próprio desenho, muitas vezes indisposição e timidez, muitas vezes copiando o desenho 
demais, modificando apenas alguns pequenos detalhes. Por outro lado, houve alunos que 
desenharam com disposição e vontade de executar o projeto, inclusive complementando o 
desenho com pintura e sombreamento e buscando referências como a moda para fazer 
colagens sobre a superfície da garrafa. 
 
 
Figura 5: Participantes e luminárias desenvolvidas na Oficina 
No desenvolvimento do puff, trabalho realizado em equipe, notou-se que houve 
desempenhos regulares e bons. Os grupos que se empenharam concluíram em tempo hábil e 
obtiveram bom resultado, com o alinhamento das garrafas e colagem corretamente e 
primando para um bom acabamento. Os grupos que não se empenharam o resultado obtido foi 
regular, pois as características do puff foram alteradas, como alturas diferentes nos módulos 
das garrafas, colagem mal executada e acabamento do papelão mal realizado. 
 
 
Figura 6: Finalizando o Puff de PET 
Conclusão 
 
Finalizando as oficinas, pode-se notar que a explanação teórica deve ser bem 
dinâmica e utilizar recursos multimídias para que os alunos se sintam estimulados e venham a 
a desenvolver as atividade práticas. 
O estudo de noções básicas sobre design e as atividades executadas agregaram 
benefícios motores e cognitivos que ajudarão no decorrer da vida estudantil, melhorando a 
concentração, percepção, coordenação motora, a criatividade e incentivando o trabalho em 
equipe. Para os jovens a importância de conhecer o mundo do design, implica em aguçar sua 
percepção visual, percebendo assim como o design interage e participa da vida cotidiana de 
todos. 
 
10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA) 
O projeto visou contribuir didaticamente, ao mesmo passo que proporcionou um 
espaço de interação entre o curso e a comunidade local e entre os próprios participantes, que 
apesar de estudarem na mesma instituição de ensino eram de salas distintas em sua maioria. 
Por fim, pode-se perceber que esse projeto colaborou para a divulgação do Curso de 
Graduação em Design na região, com a demonstração das atividades de um designer e com a 
possibilidade de transmitir o conhecimento adquirindo na universidade para a comunidade. 
 
Referências 
 
BONSIEPE, Gui. Design: do material ao digital. Trad. Cláudio Dutra. 
Florianópolis:FIESC/IEL, 1997. 
BRASIL. LDB – Lei de diretrizes e bases da educação: Lei n. 9.394/96, apresentação de 
Ester Grossi. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. 
FONTOURA, Antônio Martiniano. Tese de doutorado. EdaDe: a educação de crianças e 
jovens através do design. Orientadora: Alice Theresinha Cybis Pereira. Florianópolis: 
[s.n.],2002. 
GEMELLI, Dr. Agostinho. Orientação profissional. Rio de Janeiro: Ibero-Americano, 1963. 
MALDONADO, Tomas. Design plus Research, Opening Lecture, Milan, 2000). 
MATTIAZZI, Benjamim. A natureza dos interesses e a orientação vocacional. Petrópolis: 
Vozes, 1974.

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