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AULA+ DIREITO INTERNACIONAL Prof.ª Dra. Ana Luiza Gama Aula 3: Pessoas internacionais; Direito Internacional e suas fontes DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A QUESTÃO DA PALESTINA DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A Palestina tem povo e governo, mas ainda não teve seu território delimitado (falta a contiguidade territorial) como recomendado pela Resolução 181 de 1947 (criação de um Estado judeu e um palestino). DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Em 2011, a Palestina tentou junto ao Conselho de Segurança da ONU obter o status de Estado membro, mas esta proposta foi vetada pelo Conselho. A palestina tem acordos diplomáticos bilaterais de reconhecimento do Estado Palestino. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Destinatária de direitos e deveres, a Palestina vem sendo considerada por parte significante da doutrina um caso especial de sujeito de Direito Internacional, mas não na condição de Estado. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A/RES/67/19 (4 de dezembro de 2012) De entidade observadora à Estado observador não-membro da ONU DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Reafirmando o princípio da universalidade da ONU, 1. Reafirma o direito do povo palestino a autodeterminação e a independência em um sobre o território palestino ocupado a partir de 1967 Estado da Palestina; 2. Decide atribuir à Palestina o status de Estado não membro observador diante da ONU, sem prejuízo dos direitos e privilégios adquiridos e do papel da OLP diante da ONU e sua qualidade de representante do povo palestino, conforme as resoluções e práticas pertinentes; DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 3. Expressa a esperança de que o Conselho de Segurança examine favoravelmente a demanda apresentada em 23/09/11 pelo Estado da Palestina que deseja tornar-se membro de pleno direito da ONU; 4. Afirma sua determinação de contribuir para a realização dos direitos inalienáveis do povo palestino e a uma solução pacífica da questão do Oriente Médio que coloque fim à ocupação de 1967 e que corresponde a solução prevalente dos Estados, com um Estado palestino independente, soberano, democrático…. Vvendo na paz e na segurança lado a lado com Israel, sobre a base das fronteiras de antes de 1967; DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 6. Exorta todos os Estados e organismos do sistema da ONU a continuar a apoiar e ajudar o povo palestino a realizar rapidamente sua autodeterminação , independência e liberdade. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 O que isto significa? - Este novo status pode ajudar no reconhecimento formal do território da palestina e assim o reconhecimento da Palestina com Estado soberano. - Participação nos debates na ONU (direito de voz, mas não de voto). DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 PESSOAS INTERNACIONAIS DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Pessoa de Direito Internacional Público “A pessoa física ou jurídica a quem a ordem internacional atribui direitos e deveres é transformada em pessoa internacional, isto é, sujeito de Direito Internacional” (Celso Mello). DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Todo sujeito de D.I é pessoa (ator) de D.I, mas, nem toda pessoa (ator) é Sujeito de Direito Internacional DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Sujeito de Direito Internacional é “aquele cuja conduta está prevista direta e efetivamente pelo direito das gentes como conteúdo de um direito ou de uma obrigação”.(Celso Mello) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 No direito internacional, várias são as perspectivas sobre a unidade ou multiplicidade de pessoas internacionais e é grande a dificuldade de estabelecer critérios para classifica-las. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Até o início do século XX, o Estado manteve-se como o centro das atenções da sociedade internacional, sendo o mais importante ente de D.I. A partir de então, em virtude das sérias transformações ocorridas no cenário internacional, o Estado passa partilhar a vida internacional com outros atores (entes), como as organizações internacionais e a pessoa humana. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Para Rezek, “pessoas jurídicas de direito internacional público são os Estados soberanos (aos quais se esquipara por razões singulares a Santa Sé) e as organizações internacionais.” DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Para Celso Mello (C. Rousseau), as pessoas internacionais dividem-se em: Coletividades estatais Coletividades interestatais (organizações internacionais) Coletividades não-estatais (Palestina, Santa Sé) Indivíduo DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A classificação proposta por Celso Mello – com base em Rousseau - tem como referência o Estado e isto dificulta a adequação de todos os sujeito de direito internacional, em especial os que não tem relação com o Estado em sua formação. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A Santa Sé É a pessoa de direito internacional constituída pela reunião da Cúria Romana com o Papa e que através do Tratado de Latrão (1929) teve reconhecida de forma definitiva e irrevogável sua soberania. A Santa Sé exerce suas atividades na cidade do Vaticano que é a representação de seu governo. A Santa Sé não tem povo e seu território é mínimo, mas possui governo soberano reconhecido pelos Estados. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 As Organizações não governamentais As ONG´s são pessoas de direito privado e regida pelo direito interno do Estado no qual foi encontra constituída, mas estas organizações podem desenvolver atividades para além dos limites do Estado e por esta razão podem ser atores internacionais DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Como representantes da sociedade civil em temas como direitos humanos e meio ambiente, algumas ONG´s passaram a ganhar importância no debate internacional, passando a gozar de status consultivo reconhecido pela Resolução 1996/31 do Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 ““Arranjos consultivos devem ser feitos com a finalidade de permitir ao Conselho, por um lado, ser aconselhado por organizações com competencias especiais nas temáticas para as quais as consultas são feitas e por outro, permitir que organizações internacionais, regionais ou sub-regionais que representem elementos importantes da opinião pública, expressem seus pontos de vista.” (Resolução 1996/31, parte II, § 20) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Há normas internacionais gerais que determinem a existência ou não da pessoa de direito internacional? DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Celso Mello concorda com o entendimento de que há normas internacionais gerais que estabelecem as condições segundo as quais determinado ente adquire personalidade jurídica. Cita como exemplo a Convenção Pan-americana sobre Direitos e Deveres dos Estados (Montevidéu, 1933) Estado é reunião de povoação permanente, território determinado, governo e capacidade de entrar em relações com os demais Estados. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 No entanto, a pessoa humana passou a integrar a sociedade internacional sem que houvesse norma geral anterior. A ela basta a norma que lhe atribua direitos - e deveres - na ordem internacional (DDHH) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Para Celso Mello “existiria um princípio no ordenamento jurídico internacional que determinaria quais os entes que ao preencherem certas condições se tornariam pessoas de D.I. Tais condições seriam: ‘fins compatíveis’ com a sociedade internacional, ter uma organização que lhe permita entrar em relações com os demais sujeitos de DI, bem como ser responsável pelos seus atos.” DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Para Rezek, é a relação imediata e direta com o direito internacional que habilita a titularidade de direitos e deveres internacionais e garante a personalidade jurídica de direito das gentes. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 PERSONALIDADE E CAPACIDADE NO D.I. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Agir – estabelecer relações - no plano internacional, deve pressupor personalidade e capacidade jurídica. O que isto significa? DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Ter personalidade internacional é ter direitos e deveres frente ao direito internacional. Exemplo: Art. 2º, 1 da Carta das Nações Unidas. Igual direito à autodeterminação. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Ter capacidade é efetivamente poder agir no plano internacional. Exercer seus direitos e ser exigido nos deveres. Exemplo: Artigo 34 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. “Só os Estados poderão ser partes em questões perante a Corte.” DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 É possível que uma pessoa internacional não tenha capacidade de agir ? DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Para F. Rezek A pessoa humana ainda não pode participar plenamente da vida internacional, pois depende do Estado para reivindicar seus direitos. “A pessoa humana não participa da elaboração das normas de proteção de seus direitos e assim não tem relação direta com estas normas. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Para A.A. Cançado Trindade Os indivíduos podem acionar os mecanismos internacionais. Tem direito de petição ou comunicação individual, podendo submeter denúncia de violação de seus direitos aos órgãos internacionais. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A subjetividade internacional ainda é controversa no Direito Internacional DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 E os Estados? É possível que um Estado não tenha capacidade de agir ? Sim, é possível. Exemplos: Território do Palau, Timor Leste DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A ONU possui um Conselho de Tutela que, dentre outros, tem o seguindo objetivo: “...b) fomentar o progresso político, econômico, social e educacional dos habitantes dos territórios tutelados e o seu desenvolvimento progressivo para alcançar governo próprio ou independência, como mais convenha às circunstâncias particulares de cada território e de seus habitantes e aos desejos livremente expressos dos povos interessados e como for previsto nos termos de cada acordo de tutela” (Art. 76 da Carta da ONU) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 “Com a independência do Palau, o último território sob tutela das Nações Unidas, o Conselho suspendeu formalmente as suas atividades a 1 de Novembro de 1994. O Conselho alterou o seu regimento, de modo a eliminar a obrigação de se reunir anualmente e acordou em reunir-se quando as situações o exigissem, por sua decisão ou por decisão do seu Presidente ou a pedido de uma maioria de membros da Assembleia Geral ou do Conselho de Segurança.” (www.http://www.unric.org/pt/informacao-sobre-a-onu/26496?start=4) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Pessoas Internacionais na contemporaneidade Estados (aula 4), Organizações Internacionais (aula 8) e a Pessoa Humana (aula 10)os DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 O DIREITO INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Debates hoje: - Universalismo X Relativismo - O fracionamento do D.I. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 GÊNESE DO DIREITO INTERNACIONAL A PARTIR DA MODERNIDADE DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Marco do TRATADO DE WESTFÁLIA: 24/10/1648 Quebra da ordem medieval Lançadas as bases do Estado nação Reconhecimento da soberania dos Estados igualdade jurídica dos Estados Princípios da não intervenção e da soberania Na Modernidade: Hugo Grotius Nascimento das escolas de RI: idealista e realista - DIP como ciência autônoma DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 FIM DO SÉC. XVIII: pouco desenvolvimento do DIP. SÉC. XIX à a 1ª GUERRA MUNDIAL Novos princípios SÉC. XX e XXI Pleno desenvolvimento DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 CONCEITO DE DIREITO INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 “um sistema de princípios e normas que regulam as relações de coexistência e de cooperação, frequentemente institucionalizadas, além de certas relações comunitárias entre Estados, dotados de diferentes graus de desenvolvimentos socioeconômico e de poder. (Díez de Velasco) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 “é o conjunto de regras e de instituições jurídicas que regem a sociedade internacional e que visam a estabelecer a paz e a justiça e a promover o desenvolvimento” (Jean Tuscoz ) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 “o conjunto de normas jurídicas que regulam as relações mútuas dos Estados e, subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como determinadas Organizações, e dos indivíduos. (Hildebrando Accioly ) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 “No plano interno, a autoridade superior e o braço forte do Estado garantem a vigência da ordem jurídica, subordinando compulsoriamente as proposições minoritárias à vontade da maioria, e fazendo valer, para todos, tanto o acervo legislativo quanto as situações e atos jurídicos que, mesmo no âmbito privado, se produzem na sua conformidade. No plano internacional não existe autoridade superior nem milícia permanente. Os Estados se organizam horizontalmente, e dispõem-se a proceder de acordo com normas jurídicas na exata medida em que estas tenham constituído objeto de seu consentimento... DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 ...a criação das normas é, assim, obra direta de seus destinatários. Não há representação, como no caso dos parlamentos nacionais que se propõem exprimir a voz dos povos, nem prevalece o princípio majoritário. A vontade singular de um Estado soberano somente sucumbe para dar lugar ao primado de outras vontades reunidas quando aquele mesmo Estado tenha, antes, abonado a adoção de semelhante regra, qual sucede no quadro das organizações internacionais, a propósito de questões de importância secundária.” (F. Rezek) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Direito Internacional clássico COEXISTÊNCIA regula as rivalidades e os conflitos de poder PODER POLÍTICO Direito Internacional contemporâneo COOPERAÇÃO desenvolvimento e interdependência . PODER ECONÔMICO DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 D.I. clássico: “direito de coexistência que regula as rivalidades e os conflitos de poder”. Consagrava os tratados desiguais (leoninos). DI contemporâneo: cooperação (desenvolvimento e interdependência). DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Cooperação significa a percepção da inevitável e crescente interdependência dos Estados, e de uma certa forma, e do reconhecimento da existência de um verdadeiro destino comum. DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 SISTEMA JURÍDICO INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Norma internacional regras + princípios (manifestação da consciência jurídica dos povos) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Normas imperativas - o jus cogens internacional DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 “...Além disso, com base na informação disponível, a Comissão comprovou que esta foi reconhecida como uma norma de carácter suficientemente inalienável para constituir uma norma de jus cogens, evolução prevista pela Comissão em sua decisão em Roach e Pinkerton. Como assinalado anteriormente, quase todos os Estados nações rejeitaram a imposição da pena capital à pessoas menores de 18 anos, em sua forma mais explícita, através da ratificação do PIDCP, a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, tratados em que esta proscrição é reconhecida como não derrogável. A aceitação desta norma engloba as fronteiras políticas e ideológicas e os esforços de separar-se da mesma foram energicamente condenados pelos integrantes da comunidade internacional como não permitidos, segundo as normas contemporâneas de direitos humanos. ... DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 ... Com efeito, poderia se dizer que os próprios Estados Unidos reconheceram o significado desta norma ao prescrever a idade de 18 anos como norma federal para a aplicação da pena capital e ao ratificar o Quarto Convênio de Genebra sem reservas a esta norma. Com base nisto, a Comissão considera que os Estados Unidos estão obrigados por uma norma de jus cogens a não impor a pena capital a pessoas que não haviam cumprido 18 anos de idade quando cometeram os delitos. Como norma de jus cogens, esta proscrição obriga a comunidade dos Estados, incluindo os Estados Unidos. A norma não pode ser derrogada com validez, seja por tratado ou por objeção de um Estado, persistente ou não.” CIDH (CASO 12.240) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Ordem pública para a satisfação do interesse comum dos integrantes da SI; Não admite derrogação (*), a não ser por nova norma imperativa; Para sua aceitação basta uma ampla maioria abrangendo os diferentes “tipos” de Estados (diversidade); Anti-positivista, pois aniquila os tratados “injustos”, mesmo que formalmente válidos; Criam obrigações internacionais erga omnes (para todos); Problema da identificação (conteúdo); Ragazzi: a matéria a qual ela se relaciona contém considerações de ordem moral e não apenas legal. (valores) DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Artigo 53 da Convenção de Viena sobre Tratados (1969) Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens) “É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.” DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 NATUREZA DA NORMA INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 A norma internacional pode ser: Convencional ou costumeira DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 CARACTERÍSTICAS DA NORMA INTERNACIONAL DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 É elaborada por uma série de atos unilaterais Não é retroativa, tendo em vista a preservação da segurança jurídica. Efeito imediato ex nunc (exceção: superveniência de norma de jus cogens) Expressa uma moral internacional DIREITO INTERNACIONAL Aula: 3 Moral internacional É o conjunto dos princípios morais reconhecidos e aplicados pelos sujeitos de D.I. em suas relações. (P. da lealdade, P. da moderação, P. do auxílio mútuo, P. do respeito...) É dirigida aos indivíduos que agem em nome do Estado na ordem internacional * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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