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DIREITO INTERNACIONAL
Prof.ª Dra. Ana Luiza Gama
Aula 12: A pessoa Humana no direito internacional II
Plano de Aula 10
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Aula: 12
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Direito Humanitário
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O direito humanitário é um conjunto de normas internacionais que procura limitar as consequências dos conflitos armados. 
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As Convenções de Genebra e seus Protocolos Adicionais são a essência do Direito Internacional Humanitário (DIH), o conjunto de leis que rege a conduta dos conflitos armados e busca limitar seus efeitos. Eles protegem especificamente as pessoas que não participam dos conflitos (civis, profissionais de saúde e de socorro) e os que não mais participam das hostilidades (soldados feridos, doentes, náufragos e prisioneiros de guerra
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Esta vertente do Direito Internacional baseia-se na ideia de guerra justa (Hugo Grocius) e tem dois objetivos:
Proteger as pessoas que não participaram ou que deixaram de participar do conflito e
Restringir os meios e os métodos de combate.
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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Direito Humanitário
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O CICV foi fundado em 1863 e trabalha desde então no mundo todo para levar assistência humanitária às pessoas afetadas por conflitos e pela violência armada e para promover as leis que protegem as vítimas da guerra. 
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CICV é uma organização independente e neutral e seu mandado deriva essencialmente das Convenções de Genebra, de 1949. 
Com sede em Genebra, Suíça, a organização tem cerca de 12 mil funcionários em 80 países e é financiada, sobretudo, por doações voluntárias dos governos e das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
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Evolução histórica
do Direito humanitário
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Os primeiros documento do direito humanitário foram a Convenção de Haia de 1864 e a Convenção de Haia de 1907.
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“Sua Majestade o Rei dos Belgas, Sua Alteza Real o grão-duque de Baden, Sua Majestade o Rei da Dinamarca, Sua Majestade a Rainha da Espanha, Sua Majestade o Imperador dos Franceses, Sua Alteza Real o grão-duque de Hesse, Sua Majestade o Rei da Itália, Sua Majestade o Rei dos Países Baixos, Sua Majestade o Rei de Portugal e Algarve, Sua Majestade o Rei da Prússia, a Confederação Suíça, Sua Majestade o Rei de Wurtermberg:
Animados, por igual, do desejo de suavizar, tanto quanto deles dependa, os males irreparáveis da guerra, de suprimir os rigores inúteis e melhorar a sorte dos militares feridos nos campos de batalha, resolveram concluir uma Convenção com esse objetivo e nomearam seus Plenipotenciários, a saber:
(...)” Convenção de 1864.
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As principais normas que regem esta vertente do Direito Internacional são as quatro Convenções de Genebra de 1949 e os protocolos adicionais de 1977. 
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No entanto, outros tratados compõe o direito humanitário:
A Convenção das Armas Bacteriológicas de 1972
A Convenção das Armas Convencionais de 1980
A Convenção das Armas Químicas de 1993
A Convenção de Haia de 1954 que protege o patrimônio cultural em tempo de conflito armado
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As normas do Direito Humanitário aplicam-se aos conflitos armados, mas, segundo o entendimento da Corte Interamericana de Direitos Humanos “há então três possibilidades: alguns direitos são matérias exclusivas do direito internacional humanitário e outros matérias exclusivas dos direitos humanos e ainda outros podem ser matérias de ambos os ramos do DI. Para responder a questão colocada quanto a isto, a Corte deve tomar em consideração ambos os ramos do DI, notadamente, os direitos humanos e como lei especial, o direito humanitário.”(Opinião consultiva 2004) 
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Princípio da distinção
É a base do direito humanitário e se aplica a todos os conflitos armados.
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O princípio da distinção obriga "as partes em conflito" (ou seja, as partes beligerantes, sejam os Estados ou grupos armados não-estatais) a atingir apenas alvos militares e não a população civil ou bens civis (por exemplo, casas, escolas e hospitais). Deixar de fazer essa distinção em operações militares representa um ataque indiscriminado e assim um crime de guerra.
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No entanto, diante da dificuldade de evitar vitimar civis em operações militares, o direito humanitário internacional também exige que as partes em conflito tomem precauções para em qualquer ataque minimizar mortes e ferimentos em civis. Ataques suscetíveis de causar mortes ou feridos entre a população civil ou danos a objetos civis, que seriam "excessivos" em relação à vantagem militar esperada, devem ser cancelados ou suspensos. 
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Art. 3 comum as Convenções de Genebra
1) As pessoas que não tomem parte diretamente nas hostilidades, incluindo os membros das forças armadas que tenham deposto as armas e as pessoas que tenham sido postas fora de combate por doença, ferimentos, detenção, ou por qualquer outra causa, serão, em todas as circunstâncias, tratadas com humanidade, sem nenhuma distinção de carácter desfavorável baseada na raça, cor, religião ou crença, sexo, nascimento ou fortuna, ou qualquer outro critério análogo.
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Para este efeito, são e manter-se-ão proibidas, em qualquer ocasião e lugar, relativamente às pessoas acima mencionadas:
a) As ofensas contra a vida e a integridade física, especialmente o homicídio sob todas as formas, mutilações, tratamentos cruéis, torturas e suplícios;
b) A tomada de reféns;
c) As ofensas à dignidade das pessoas, especialmente os tratamentos humilhantes e degradantes;
d) As condenações proferidas e as execuções efetuadas sem prévio julgamento, realizado por um tribunal regularmente constituído, que ofereça todas as garantias judiciais reconhecidas como indispensáveis pelos povos civilizados.
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2) Os feridos e doentes serão recolhidos e tratados.
Um organismo humanitário imparcial, como a Comissão Internacional da Cruz Vermelha, poderá oferecer os seus serviços às partes no conflito.
As Partes no conflito esforçar-se-ão também por pôr em vigor, por meio de acordos especiais, todas ou parte das restantes disposições da presente Convenção.
A aplicação das disposições precedentes não afetará o estatuto jurídico das Partes no conflito.
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O grande desafio do Direito Internacional Humanitário nos conflitos armados atuais
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O desafio de defender os valores humanitários não se deve à falta de normas, mas sim à falta de respeito às mesmas. Existe atualmente uma grande quantidade de desafios para o Direito Internacional Humanitário (DIH) que precisam ser resolvidos pela comunidade internacional em áreas como terrorismo, detenções, conduta de hostilidades, ocupação e sanções.
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Plano de aula 11 – Caso 1
M. Munbassa é procurado internacionalmente por ter alistado e recrutado menores de 15 anos nas forças armadas nacionais, utilizando-as para participar ativamente das hostilidades praticadas no conflito armado ocorrido de 2002 e 2003 na República do Congo. M. Munbasse foi localizado em 2008 pela Interpol, em Paris, França. Com relação ao caso acima, baseado em dados reais, responda:
 
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M. Munbassa praticou algum crime previsto pelo Direito Internacional?
Qual(ais)? Fundamente sua resposta.
1) Poderia ele ser julgado por alguma jurisdição supranacional? Qual? Fundamente.
2) Poderia a instância supranacional atuar independentemente da provocação da jurisdição estatal? Justifique e fundamente.
3) A França teria que obrigatoriamente entregar Munbassa? Explique e justifique.
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Plano de Aula 11 – Objetiva 1
Acerca de tribunais internacionais e de sua repercussão, assinale a opção correta. (35º Exame, questão 11)
 A) O Tribunal Penal Internacional prevê a possibilidade de aplicação da pena de morte, ao passo que a Constituição brasileira proíbe tal aplicação. 
B) O § 4.º do art. 5.º da Constituição Federal prevê a submissão do Brasil à jurisdição de tribunais penais internacionais e tribunais de direitos humanos. 
C) O Estatuto de Roma não permite reservas nem a retirada dos Estados-membros do tratado. 
D) O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, estabelece uma diferença entre entrega e extradição, operando a primeira entre um Estado e o mencionado tribunal e a segunda, entre Estados. 
 
 
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Sugestão de gabarito: letra D, com fundamento no art. 91, II, c. A letra A está errada, pois o artigo 77 do Estatuto. A letra B está errada, pois não há submissão de um Estado a um organismo supranacional. A letra C está errada, pois, com relação à segunda parte da assertiva todo Tratado permite a denúncia.
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Plano de Aula 11 – Objetiva 2
O asilo diplomático é um instituto latino-americano de direito internacional e tem por objetivo a proteção de pessoas perseguidas por motivos ou delitos políticos. São locais de asilo, segundo a Convenção de Caracas, de 1954, (33º Exame da OAB, questão 93)
A) legações, navios de guerra e acampamentos ou aeronaves militares.
B) legações, consulados e sedes de organizações internacionais.
C) acampamentos militares, consulados e veículos de embaixadas.
D) navios e aeronaves militares e sedes de organizações internacionais.

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