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* * Microbiologia Veterinária Professor Dr. Heros José Máximo Aula 03: Genética bacteriana. Aulas: pré requisito 01 e 02. * Primeiras observações dos microrganismos. 1665 Robert Hooke: visão da primeira célula (microscópio). Esquema do microscópio construído por Robert Hooke e um esquema de um fungo observado por este pesquisador. (Adaptado de Tortora et al., Microbiology - 8 ed) * Primeiras observações dos microrganismos. 1663-1723 Antonie Van Leeuwenhoek: “animálculos” Réplica do microscópio construído por Leeuwenhoek e de suas ilustrações, descrevendo os "animálculos" observados. (Adaptado do livro Brock Biology of Microorganisms, 10 Ed., 2003) * Qual será a origem da vida destes animálculos? Abiogênese X Biogênese Abiogênese: a vida surgia de objetos inanimados, conceito da geração espontânea. Biogênese: microrganismos já existentes davam origem a outros microrganismos. * Louis Pasteur e um dos experimentos que refutaram a teoria da geração espontânea. Pasteur colocou o caldo de carne no frasco de pescoço longo. Em seguida aqueceu o pescoço do frasco para tomar o formato “pescoço de cisne” e aqueceu o caldo por vários minutos. Os microrganismos não surgiram no caldo após resfriado e durante longos períodos como mostra a foto em experimento semelhante ao de Pasteur. * Comprovação da Biogênese! Biogênese: microrganismos já existentes dão origem a outros microrganismos. * Teoria Microbiana da Fermentação Pasteur – 1875, mostra que a fermentação é causada por microrganismos. A análise de vinhos bons e ruins conclui que o produto final da fermentação variava de acordo com o microrganismo envolvido. A qualidade do produto dependia do fornecimento de um tipo especial de microrganismo. Desenvolveu a pasteurização hoje muito utilizada na indústria alimentícia. * Sumérios e Babilônios - 6000 a.C. - Produção de bebidas alcoólicas por fermentação de grãos de cereais. * Os Egípicios - Fabricação da cerveja e pão (fermento). * Teoria microbiana das Doenças The Plague at Ashdod Nicolas Poussin, 1630 Musée du Louvre, Paris * Demonstração de que todas as doenças bacterianas satisfazem os postulados de Koch. Robert Koch. * Descoberta do agente causador da doença Carbúnculo. * Teoria microbiana das doenças. Postulados de Koch. Demonstração de que todas as doenças bacterianas satisfazem os postulados de Koch. * Princípios da Imunização demonstrado por Pasteur utilizando as técnicas de Koch. * Classificação dos seres vivos de acordo com Carl Woese - 1977. Sistema de classificação baseado principalmente em aspectos evolutivos (filogenética), a partir da comparação de sequências de rRNA de diferentes organismos. Os organismos são agora subdividos em 3 domínios (contendo os 5 reinos), empregando-se dados associados ao caráter evolutivo: Archaea: Procariotos Eubacteria: Procariotos Eukarya: Eucariotos * Carl Woese * Domínios Domínio Eubacteria, que inclui as bactérias. Domínio Archaea, anteriormente chamado Archaebacteria, que inclui os procariontes que não recaem na classificação anterior. Domínio Eukaria, que inclui todos os eucariontes, os seres vivos com um núcleo celular organizado. * Classificação dos seres vivos, de acordo com Woese (1977) (Adaptado de Pommerville, J.C.(2004) Alcamo's Fundamentals of Microbiology) * NOMEANDO E CLASSIFICANDO OS MICRORGANISMOS Gênero: uninominal EX: Staphylococcus Espécie: binominal EX: Staphylococcus aureus / S. aureus (itálico) Staphylococcus aureus / S. aureus (negrito) Staphylococcus aureus / S. aureus (sublinhado) * Microbiologia. Professor: Heros José Máximo Aula 03: Genética bacteriana. * Genética Ciência que estuda a natureza do material hereditário, como ele age e como ele se transmite de gerações para gerações. * * Cromossomo bacteriano: único e não apresenta íntrons. Plasmídeo: DNA extra- cromossômico de fita dupla, circular, autoreplicável e com 1/100 da extensão do genoma. Pili-F (F-pili): apêndice celular implicado na transferência de Plasmídeos (comum em Gram negativo). Ribossomos: cerca de 15.000/célula, sendo 80% disposto em polissomos, compostos pela subunidade 30s e 50s Elementos celulares implicados na genética bacteriana. * Elementos celulares implicados na genética bacteriana. * * Tipos de materiais genéticos de uma bactéria. * Cromossomo bacteriano A célula bacteriana apenas com o DNA cromossomial pode sobreviver, pois contém as informações para a manutenção da vida, como genes das proteínas estruturais, das enzimas das principais vias metabólicas, etc. * Informações adicionais que podem trazer vantagens em ambientes seletivos. Ex.: fertilidade, produção de bacteriocinas (mata outras bactérias), conjugação, resistência a antimicrobianos, íons e metais pesados, produção de toxinas, etc. Plasmídeo. * Síntese protéica. * * Aa Aa * Aa Aa * Aa Aa * Aa Aa Aa * Aa Aa Aa * Aa Aa Aa * Aa Aa * Aa Aa Aa Aa * Aa Aa Aa Aa * Aa Aa Aa Aa Aa * Aa Aa Aa Aa Aa * Aa Aa Aa Aa Aa * Aa Aa Aa Aa Aa * Aa Aa Aa Aa Aa * Aa Aa Aa Aa Aa * Aa * Aa * Aa * * * * * * * * PROTEÍNA * Ribossomo de um procarioto. * Ribossomos. * * * Sequência parcial de aminoácidos do DNA que codifica a amilase. * * TRANSFERÊNCIA GENÉTICA ENTRE BACTÉRIAS CONJUGAÇÃO: Transferência de genes de bactéria para bactéria. TRANSFORMAÇÃO: Captura de DNA do meio externo. TRANSDUÇÃO: Transferência de genes de bactéria para bactéria mediada por vírus. * CONJUGAÇÃO É a transferência de material genético (PLASMÍDIO) de uma bactéria para outra mediada por pilli F. * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * ANTIBIÓTICO CONJUGAÇÃO * ANTIBIÓTICO CONJUGAÇÃO * ANTIBIÓTICO CONJUGAÇÃO * ANTIBIÓTICO CONJUGAÇÃO * ANTIBIÓTICO CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO* CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * CONJUGAÇÃO * A freqüência de transferência de cada tipo de gene é relativa pois varia entre as espécies bacterianas. * TRANSFORMAÇÃO É a capacidade que certas bactérias apresentam de absorver e expressar DNA do meio externo O DNA pode ser: do mesmo organismo de organismo da mesma espécie de espécie diferente * Streptococcus pneumoniae Cepa avirulenta Cepa virulenta Experimento de Griffith * Cepa virulenta Cepa avirulenta Injeção Injeção Camundongo morto Camundongo vivo Experimento de Griffith * Cepa virulenta morta por aquecimento Injeção Camundongo vivo Experimento de Griffith * Cepa virulenta morta por aquecimento + Cepa avirulenta viva Injeção Camundongo morto Análise dos tecidos Cepa virulenta viva Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith Pneumococos capsulado * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith Grupo de genes que codificam a cápsula bacteriana * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith Transformação * Experimento de Griffith Transformação * Experimento de Griffith Transformação * Experimento de Griffith Transformação * Experimento de Griffith Transformação * Experimento de Griffith Transformação * Experimento de Griffith Transformação * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Experimento de Griffith * Cromossomo DNA fita dupla livre no meio externo Bactéria receptora Transformada Não transformada O Processo * Bactérias que sofrem transformação. Transformação Natural Bactérias Gram-positivas Streptococcus pneumoniae Streptococcus Sanguis Bacillus subtilis Bacillus cereus Bacillus stearothermophilus Gram-negativas Neisseria gonorreheae Acinetobacter calcoaceticus Moraxella osloensis Moraxella urethalis Psychrobacter sp. Azotobacter agilis Hemophilus influenzae Hemophilus parainfluenzae Pseudomonas stutzeri Transformação Artificial Escherichia coli Salmonella typhimurium Pseudomonas aeruginosa * É a transmissão de genes de uma bactéria doadora para uma receptora por intermédio de um vírus (bacteriófago – “Fagos”). TRANSDUÇÃO * DNA Bacteriófago livre BACTERIÓFAGO * BACTERIÓFAGO Cabeça Pescoço e colar Cerne Bainha Peça final Fibras DNA Bacteriófago livre * BACTERIÓFAGO T4 100nm * Método de infecção DNA Parede * Método de infecção * Replicação Viral 6 fases Membrana Citoplasmática Vírion Receptor celular Citoplasma Meio Extracelular * Método de infecção Célula não infectada * Método de infecção Adsorção * Método de infecção Infecção * Método de infecção Multiplicação * Método de infecção Montagem * Método de infecção Liberação * Método de infecção Ciclo lítico * TRANSDUÇÃO GENERALIZADA Bactéria doadora Genes empacotados em partículas virais Bactéria receptora * Placas de lise por fago em E. coli * * Ciclo celular de uma célula procariota. Os cromossomos procariotos são, em geral, circulares. Os cromossomos se ligam a um ponto da membrana plasmática. O cromossomo é replicado. – Os cromossomos replicados se ligam em diferentes pontos da membrana plasmática. * Elongamento celular – mais membrana plasmática é adicionada entre os cromossomos empurrando-os para os lados opostos da célula. A membrana plasmática cresce no hemisfério central da célula. As célula parentais se dividem em duas “células filhas” idênticas. * Parede celular Membrana plasmática Cromossomo * * * * * * * * Divisão bacteriana por fissão binária. * * Mutações Definição: qualquer alteração na seqüência de nucleotídeos do DNA, que normalmente resulta na inserção e/ou deleção de um aminoácido diferente em uma proteína. * Alterações fenotípicas São expressas devido as condições ambientais de crescimento, não são passadas para progênie; são reversíveis. Propriedades estruturais e fisiológicas coletivas de uma célula ou organismo. * Alterações genotípicas São modificações que ocorrem no DNA celular sendo transmitidas aos descendentes. É a informação que codifica todas as características particulares do organismo. * * * Frameshift: inserção ou deleção de uma ou mais pares de bases = proteína inativa, (conhecida como :mutação por deslocamento do quadro de leitura) * Efeitos de substituições em pares de base em um gene que codifica uma proteína, mostrando três diferentes produtos gênicos originados de mudanças no DNA de um códon. * MUTÁGENOS MUTÁGENO FÍSICO : Lesão do DNA através da ligação de bases de timina vizinhas, formando dímeros (Luz ultravioleta). MUTÁGENO QUÍMICO : Pode atuar ou alterar a estrutura química ou física do DNA (EX: HNO2 que substitui grupos aminas por grupos hidroxila). * Fases de crescimento bacteriano em cultura. * Características das fases de crescimento. Fase Lag – expressão de novos genes (adaptação), não ocorre divisão celular. Fase Log (exponencial) – crescimento exponencial. N = N02n N = número de bactérias. N0 = número inicial de bactérias. n = número de divisões. Fase estacionária – divisão diminue devido à limitação de nutriente. Divisão = morte celular. Fase de morte – As bactérias começam a perder a viabilidade. * Esporulação. Replicação assimétrica para a produção de formas de resistência (esporo) Somente as bactérias produzem esporos Bacillus anthracis (antráx) Bacillus thuringensis (produção de toxinas contra insetos) Clostridium botulinum (botulismo) * Características dos esporos. Os esporos se diferem dos corpos vegetativos bacterianos por: Metabolicamente inertes, não se dividem Mais resistentes ao calor, radiação, dessecação Contém grande concentração de ácido dipicolínico que estabiliza o DNA do esporo. Contém todos os componentes necessários para a regeneração do corpo vegetativo Contém proteínas da capa do esporo * * Processo de esporulação. Depois da replicação cromossômica os cromossomos se separam, a membrana citoplasmática se invagina e um novo septo começa a ser formado Um vez completada a formação do septo a membrana citoplasmática “engole” o “esporo” Uma fina camada de peptídeoglicano é depositada sobre o esporo. O DNA bacteriano é degradado * Processo de esporulação. Uma camada de proteína se forma em volta da camada de peptídeoglicano A bactéria lisa liberando o esporo Em condições favoráveis o esporo germina dando origem à uma nova célula vegetativa *
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