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J H O N A T A S R O D R I G U E S S I M ? E S 0 5 1 6 7 3 9 4 4 1 4
Noções de Economia para Agente da Polícia Federal 
Aula 03 – Políticas Fiscal e Monetária 
Prof. César de Oliveira Frade 
 
 
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1 
 
 
 
Olá pessoal, 
 
Na aula de hoje, nós estudaremos a terceira parte das Políticas Fiscal e Monetária. 
 
Eu queria deixar claro para vocês que não tem como mostrar essa matéria sem que 
façamos alguns gráficos. Sei que a matéria nessa aula aperta um pouco, mas na aula 
que vem, já volta ao normal. 
 
Algumas questões serão respondidas apenas na próxima aula. 
 
Vamos parar de enrolação e começar. Qualquer dúvida, por favor, poste no fórum. 
Críticas e sugestões serão sempre bem-vindas, favor enviar para o mail 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
Sumário 
11. Determinantes do Investimento ..................................................................................................... 2 
12. Teoria q de Tobin .................................................................................................................................. 6 
13. Objetivos da Política Monetária ....................................................................................................... 7 
14. Instrumentos de Política Monetária ............................................................................................... 8 
15. Regime de Metas de Inflação ........................................................................................................... 9 
16. Curva IS – Equilíbrio no Mercado do Produto .......................................................................... 12 
17. Curva LM – Equilíbrio no Mercado Monetário ........................................................................... 26 
18. As Curvas IS e LM .............................................................................................................................. 29 
QUESTÕES PROPOSTAS ........................................................................................................................... 35 
QUESTÕES RESOLVIDAS ......................................................................................................................... 45 
Bibliografia ..................................................................................................................................................... 66 
 
 
Um grande abraço e bom estudo. 
Prof. César Frade 
JUNHO/2014 
Aula 03 – Políticas Fiscal e Monetária – Parte 3 
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Aula 03 – Políticas Fiscal e Monetária 
Prof. César de Oliveira Frade 
 
 
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2 
11. Determinantes do Investimento 
 
Em primeiro lugar, precisamos saber exatamente o que é um investimento. Iremos 
considerar como investimento os equipamentos, construções que as empresas efetuam 
para produzir seus bens, as casas adquiridas pelas pessoas físicas para morar ou 
alugar e os bens que as pessoas estocam. Podemos dividi-los em três partes, quais 
sejam: 
 
• Investimento Fixo: equipamentos e construções efetuadas pelas empresas 
com o objetivo de produzir seus bens; 
• Investimento em Residências: habitações adquiridas pelas pessoas físicas 
para ser utilizada como moradia ou para alugar; e 
• Investimento em Estoque: bens estocados pelas empresas, podendo ser 
matéria-prima, trabalho em processo ou bens acabados. 
 
Segundo Lopes & Vasconcellos: 
 
“Os investimentos têm duplo papel: além de representarem um importante 
componente da demanda, aumentam a capacidade produtiva da economia 
ao longo do tempo. Ao estimular investimentos, o governo, além de 
aumentar o grau de utilização da capacidade produtiva (...), eleva a própria 
capacidade produtiva ao aumentar o estoque de capital da economia.” 
 
Traduzindo. Se uma empresa decide efetuar a compra de uma máquina, fazer um 
investimento, para ampliar a sua capacidade produtiva, em primeiro lugar, deverá 
encomendá-la a seu fornecedor. Aí aparece o lado da demanda, pois ela estará 
ajudando a gerar o emprego das pessoas que irão produzir a máquina. Além disso, a 
capacidade de produção da economia estará sendo aumentada com equipamentos 
duráveis e, portanto, que perdurarão uma boa parcela de tempo. 
 
Um exemplo. Em 2011, o Governo Federal retirou boa parte da carga tributária sobre 
“tablets” (iPad é o “tablet” da Apple). Aparentemente, essa retirada da carga tributária 
diminuiria a arrecadação do Governo. No entanto, para que a empresa receba esse 
benefício tributário para a produção de “tablet”, ela deverá utilizar componentes 
nacionais e com o passar dos anos, o percentual necessário de componentes nacionais 
vai aumentando. Aliado a isso, teremos a geração de empregos tanto para a indústria 
do bem final quanto para a indústria dos componentes. Devemos considerar também 
que o barateamento dos “tablets” fará com que mais pessoas tenham acesso e 
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poderão utilizá-los na aprendizagem, leitura, entre outras coisas. No fim das contas, o 
Governo conseguirá reequilibrar suas finanças, gerará emprego entre outros benefícios. 
 
Segundo Mankiw1: 
 
“O investimento é o componente mais volátil do PIB. Quando os gastos com 
bens e serviços declinam durante uma recessão, boa parte dessa redução 
concentra-se nas despesas de investimento. Na grave recessão de 1982, por 
exemplo, o PIB real caiu em US$105 bilhões do seu pico, no terceiro 
trimestre de 1981, até seu piso, no quarto trimestre de 1982. As despesas 
de investimento caíram, no mesmo período, US$152 bilhões, mais do que a 
queda total dos gastos.” 
 
A ideia é que a empresa está interessada em ter lucro. Portanto, ao decidir se compra 
ou não determinada máquina, a empresa irá verificar o quanto que esse investimento 
lhe proporcionará de lucro ao longo de tempo. Logo, para que o investimento seja 
feito, o valor presente desse lucro proporcionado deverá ser maior do que o custo da 
máquina e sua, respectiva, instalação. 
 
Vamos colocar um exemplo um pouco mais simples e que faz parte do seu dia-a-dia. 
Se você está lendo esse texto, muito provavelmente, você fez um investimento, 
concorda? Pelo menos para ler essa versão do curso deverá ter feito um investimento. 
Alguma vez você já se perguntou porque fez esse investimento? Vou te ajudar a 
responder. 
 
Se você fez esse investimento é porque acha que com ele a sua probabilidade de 
passar é maior do que sem esse curso, concorda? Logo, passando, seu salário até o 
resto da vida deve aumentar e a diferença entre o valor que você receberá no serviço 
público e o que receberia na iniciativa privada vezes o aumento da probabilidade de 
passar no concurso ao fazer esse curso deve superar o custo do mesmo. 
 
Esse é o seu motivo de fazer o investimento. Concorda que eu também estou aqui 
“perdendo” meu tempo escrevendo páginas e páginas de curso enquanto poderia estar 
dando aula presencial (que são mais simples de serem ministradas, na minha opinião)? 
Porque estou fazendo isso? Na verdade, estou fazendo um grandeinvestimento e isso 
só faz sentido se eu conseguir aumentar a probabilidade de você passar no concurso, 
pois assim, poderei dar esse curso algumas vezes e, provavelmente, serei indicado 
pelos alunos que saíram vitoriosos na batalha. 
 
 
1 O exemplo citado pelo autor diz respeito ao PIB dos Estados Unidos. 
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Logo, eu também estou fazendo o meu investimento e o meu retorno não é dado 
somente pelo valor que estou recebendo nesse curso, mas o potencial que posso vir a 
receber no futuro. Além disso, existe outra parcela que não é remunerada que é muito 
gratificante, que é a gratidão que as pessoas (algumas delas) têm quando acreditam 
que você fez parte dessa luta e que ajudou no sucesso. 
 
Para que possamos entender os determinantes do investimento é necessário 
explicarmos alguns conceitos anteriormente. Uma empresa comprará uma determinada 
máquina se aquilo que esta máquina pode aumentar em sua produção, compense o 
aumento de custo que ela gerou. Vamos a um exemplo. Suponha que uma empresa 
tenha 3 máquinas e 3 funcionários. Com isto, teria uma determinada produção. Ao 
comprar uma máquina adicional, mantendo constante o número de funcionários, 
mudaria a quantidade produzida. A variação dessa quantidade produzida é chamada de 
Produtividade Marginal do Capital. 
 
O Produto Médio do Capital – PMeK é a razão entre a quantidade produzida e o número 
de máquinas existentes no processo de produção, mantendo constante a quantidade 
de trabalho disponível. Representa, em média, quanto cada máquina está produzindo. 
 
���� �
�
�
 
 
Vamos imaginar uma situação em que uma empresa tenha 3 trabalhadores e começa a 
variar a quantidade de máquinas de 3 a 8. Observe abaixo a quantidade produzida 
para cada par capital x trabalho existente. 
 
 L K Q PMeK 
 
 3 3 3000 1000 
 3 4 5200 1300 
 3 5 7500 1500 
 3 6 8400 1400 
 3 7 8750 1250 
 3 8 8000 1000 
 
 
C
O
N
S
T
A
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E 
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Observe que mantivemos constante o trabalho e variamos o capital. Quando o capital 
era igual a 3, a quantidade produzida estava em 1000 unidades (���� �
�			
�
� 1000). 
Quando foi comprada a quarta máquina, o capital médio passou para 1300 (���� �
�
		
�
� 1300). Sendo comprada a quinta máquina, o capital médio passa para 1500 
(���� �
��		
�
� 1500). 
 
Observe que até um determinado momento, a contratação adicional de capital faz com 
que a média da produção seja majorada. Não podemos esquecer que, por definição, 
todos as máquinas são iguais e, portanto, possuem a mesma eficiência. 
 
O Produto Marginal do Capital – PMgK mostra a variação na quantidade produzida com 
o aumento do número de máquinas em uma unidade, mantendo constante o trabalho. 
Ou seja, ao comprarmos uma máquina adicional quanto ela consegue modificar a 
quantidade produzida é a PMgK. 
 
���� �
∆�
∆�
 
 
 
 L K Q PMgK 
 
 3 3 3000 - 
 3 4 5200 2200 
 3 5 7500 2300 
 3 6 8400 900 
 3 7 8750 350 
 3 8 8000 - 750 
 
Mantivemos o mesmo exemplo e calculamos agora a produtividade marginal do capital. 
Observe que quando a empresa comprou a quarta máquina, a produção subiu de 3000 
para 5200, logo, a produtividade marginal foi de 2200 (���� �
�
		��			
���
). A partir do 
momento em que a empresa compra a quinta máquina, a produção aumenta de 5200 
para 7500 e, assim, a produtividade marginal do capital é de 2300 (���� �
��		��
		
���
). 
 
C
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Importante destacar que enquanto a quantidade marginal produzida com a aquisição 
de uma máquina adicional vezes o preço de venda do produto superar o custo de 
investimento da compra dessa máquina acrescido do custo dos insumos das unidades 
produzidas, o investidor deverá efetuar o investimento. Ou seja, se a aquisição da 
máquina provocar um aumento no lucro da empresa, essa máquina deverá ser 
adquirida. 
 
Segundo Mankiw: 
 
“A variação no estoque de capital, o chamado investimento líquido, 
depende da diferença entre o produto marginal do capital e o custo do 
capital. Se o produto marginal do capital exceder o custo do capital, as 
empresas consideram lucrativo aumentar seu estoque de capital. Se o 
produto marginal do capital é inferior ao custo do capital, elas deixarão o 
estoque de capital reduzir-se.” 
 
12. Teoria q de Tobin 
 
A teoria q de Tobin afirma que as empresas levam em consideração a razão entre o 
valor de mercado do capital instalada com base no preço de mercado das ações e o 
custo de reposição do capital instalado. Matematicamente: 
 
� �
�����	��	�������	��	��� !��	"#$!�����
�%$!�	��	&���$ çã�	��	��� !��	"#$!�����
 
 
Se o valor do “q de Tobin” for superior a 1, isso significa que o mercado valora o 
capital da empresa em valor superior ao quanto ele custa. Logo, a aquisição de mais 
capital poderia gerar valor à empresa, pois o mercado acredita que essa empresa gera 
valor ao capital. 
 
De forma contrária, se o valor de “q de Tobin” for inferior a 1, o mercado avalia o 
capital da empresa por valor inferior àquele que custo repô-lo. Logo, não seria 
interessante para o empresário aumentar o seu investimento nessa empresa. 
 
Segundo Mankiw: 
 
“Tobin raciocinou que o investimento líquido deveria depender do fato de q 
ser maior ou menor do que um. Se q é maior do que um, o mercado de 
ações considera que o capital instalado vale mais do que seu custo de 
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reposição. Neste caso, os empresários poderiam aumentar o valor de 
mercado de suas empresas comprando mais capital. De forma análoga, se q 
é menor do que um, o estoque de capital é menor do que seu custo de 
reposição. Neste caso, os empresários não substituiriam o capital à medida 
que este se desgasta. 
 
A teoria q de Tobin é também útil porque proporciona uma forma simples de 
interpretar o papel do mercado de ações na economia. Suponha-se, por 
exemplo, que se observa uma queda nos preços das ações. Como o custo de 
reposição do capital é bastante estável, a queda no mercado de ações 
implica, em geral, uma queda no q de Tobin. Uma queda em q reflete o 
pessimismo dos investidores quanto à lucratividade, corrente ou futura, do 
capital. De acordo com a teoriaq, a queda em q provocará uma redução no 
investimento, que poderia reduzir a demanda agregada. Em resumo, a teoria 
q oferece uma razão para esperar que as flutuações no mercado de ações 
estejam estreitamente relacionadas com flutuações no produto e no 
emprego.” 
 
Vamos concluir acerca da Teoria q de Tobin: 
 
• Se q > 1, o investidor deverá investir mais na empresa. 
• Se q < 1, o investidor não deverá investir mais recursos na empresa; e 
• Se q = 1, o investidor é indiferente entre investir ou não. 
 
 
13. Objetivos da Política Monetária 
 
Vocês devem estar achando estranho, pois vamos começar a falar de política 
monetária antes mesmo de esboçar o Modelo IS-LM. No entanto, isso é apenas uma 
introdução para que vocês tenham condição de saber o que exatamente estamos 
procurando com o modelo IS-LM. 
 
Podemos definir que a Política Monetária é o conjunto dos instrumentos, recursos 
utilizados pelo Banco Central para controlar a quantidade de moeda à disposição do 
público e, portanto, a inflação. 
 
Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA, Política Monetária é a: 
 
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“Política governamental que define o controle da oferta de moeda e do 
crédito.” 
 
Segundo Mankiw: 
 
“A quantidade de moeda disponível é chamada oferta monetária. Em 
economias que usam moeda-mercadoria, a oferta de moeda é a oferta 
daquela mercadoria. Em economias que usam moeda fiduciária, como é o 
caso da maior parte dos países, é o governo que controla a oferta de moeda: 
restrições legais dão ao governo o monopólio sobre a emissão de moeda. 
Assim como o nível da receita tributária e o nível das despesas públicas são 
instrumentos de política econômica, a oferta de moeda também é um 
instrumento de política econômica. 
 
Nos EUA, como em muitos outros países, o controle da oferta de moeda é 
delegado a uma instituição parcialmente independente chamada Banco 
Central. O Banco Central dos EUA é o Federal Reserve, muitas vezes 
chamado apenas de Fed. Se observarmos uma nota de dólar, veremos que 
ela é denominada Federal Reserve Note. Os membros do Federal Reserve 
Board, que são nomeados pelo Presidente da República e confirmados pelo 
Congresso, decidem sobre a oferta de moeda. O controle da oferta 
monetária é chamado política monetária.” 
 
No Brasil, a própria Constituição Federal define que o Banco Central do Brasil tem o 
poder exclusivo da emissão de moeda. Cabe também ao Banco Central efetuar o 
controle monetário e para isso se utiliza de instrumentos de política monetária. 
 
 
14. Instrumentos de Política Monetária 
 
Existem três instrumentos clássicos utilizados pela autoridade monetária (Banco 
Central) para efetuar o controle da oferta monetária. São eles: 
 
• Depósitos Compulsórios; 
• Operações de Redesconto; e 
• Operações de Mercado Aberto ou “Open Market” 
 
O Banco Central utiliza esses instrumentos com o intuito de controlar a quantidade de 
recursos que os Bancos colocam à disposição do público, de uma forma geral. Com 
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esse controle, a autoridade monetária tenta manter, entre outros aspectos, a inflação 
sob controle. 
 
Segundo Lopes & Vasconcellos: 
 
“Os três principais instrumentos a disposição do Banco Central são: 
 
i. as reservas compulsórias; 
ii. a política de redesconto; e 
iii. as operações de open-market. 
 
O Banco Central determina o montante das reservas compulsórias, que, 
como visto anteriormente, afetam basicamente o tamanho do multiplicador 
dos meios de pagamento, ao determinarem qual será a massa de recursos 
que ficará disponível para os bancos comerciais emprestarem. 
 
Quanto às operações de redesconto, a variável importante é a taxa de 
juros cobrada pelo Banco Central em seus empréstimos aos bancos 
comerciais, ou seja, a taxa de juros de redesconto. Essa taxa pode ser 
usada tanto para sinalizar as taxas de juros a serem praticadas pelo 
mercado, como, principalmente, para determinar a disposição dos bancos em 
se tornarem mais ou menos ilíquidos. (...) 
 
O terceiro instrumento de controle monetário é representado pelas 
operações de open-market. Esse é o principal instrumento utilizado no 
Brasil desde o final da década de 60.” 
 
Alguns autores ainda afirmam sobre a utilização da taxa de juros como instrumento de 
política monetária. A ideia é que quando o Banco Central aumenta a taxa, o custo de 
oportunidade de utilização dos recursos também é majorado e, portanto, as pessoas 
optarão por guardar mais recursos do que faziam antes e com isso, reduzir a pressão 
inflacionária. 
 
 
15. Regime de Metas de Inflação 
 
O Regime de Metas de Inflação é uma forma que a autoridade monetária encontrou 
para tentar manter a inflação sob seu controle e deixar tal fato, de antemão, de forma 
pública. 
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Atente-se para o fato de que se o Banco Central do Brasil conseguir efetuar o controle 
da “quantidade de moeda disponível para o público” e de forma indireta a intenção de 
gastos da população, ele acaba contendo a demanda por produtos e, assim, a escalada 
dos preços. 
 
De uma forma bem simplista, podemos pensar no regime de Metas como sendo uma 
regressão estatística em que vários itens são capazes de afetar a inflação. O resultado 
final da regressão é a taxa de inflação, onde, na verdade, existem os mais variados 
pesos em cada um dos tópicos que impactam a inflação. Com isso, dados os 
movimentos de preços e os pesos que cada um tem na inflação, o Banco Central pode 
alterar a taxa de juros para que essa o ajude a manter a inflação sob controle. O 
Regime de Metas de Inflação foi iniciado em 1999 e o seu funcionamento depende 
tanto de deliberações do Conselho Monetário Nacional quanto do Comitê de Política 
Monetária – COPOM. 
 
O Comitê de Política Monetária – COPOM foi instituído em junho de 1996 com o 
objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. 
Prática semelhante é adotada por várias autoridades monetárias ao redor do mundo, 
proporcionando maior transparência facilidade na comunicação com o público em geral. 
 
A partir de junho de 1999, com a publicação do Decreto 3.088 (listado abaixo), foi 
adotado o regime de “metas para a inflação”. Essas metas são estabelecidas pelo 
Conselho Monetário Nacional e cabe ao Banco Central do Brasil fazer cumprir a meta 
exigida. Caso isso não ocorra, o Presidente do Banco Central deverá divulgar Carta 
Aberta ao Ministro da Fazenda expondo os motivos do descumprimento, as 
providências tomadas e a determinação de prazo para que a inflação retorne para a 
meta. 
 
As metas e os intervalos de tolerância a seremadotados serão definidos até o dia 30 
de junho de cada segundo ano imediatamente anterior. E o índice de inflação utilizado 
é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Será considerada cumprida a meta 
se a inflação medida se situar dentro do intervalo de tolerância. É interessante que o 
Banco Central tente “acertar” o centro da meta de inflação. 
 
Decreto 3.088 
 
“Art. 1o Fica estabelecida, como diretriz para fixação do regime de política 
monetária, a sistemática de "metas para a inflação". 
 
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11 
§ 1o As metas são representadas por variações anuais de índice de preços 
de ampla divulgação. 
 
§ 2o As metas e os respectivos intervalos de tolerância serão fixados pelo 
Conselho Monetário Nacional - CMN, mediante proposta do Ministro de 
Estado da Fazenda, observando-se que a fixação deverá ocorrer: 
 
I - para os anos de 1999, 2000 e 2001, até 30 de junho de 1999; e 
 
II - para os anos de 2002 e seguintes, até 30 de junho de cada segundo ano 
imediatamente anterior. 
 
Art. 2o Ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas necessárias 
para cumprimento das metas fixadas. 
 
Art. 3o O índice de preços a ser adotado para os fins previstos neste Decreto 
será escolhido pelo CMN, mediante proposta do Ministro de Estado da 
Fazenda. 
 
Art. 4o Considera-se que a meta foi cumprida quando a variação acumulada 
da inflação - medida pelo índice de preços referido no artigo anterior, relativa 
ao período de janeiro a dezembro de cada ano calendário - situar-se na faixa 
do seu respectivo intervalo de tolerância. 
 
Parágrafo único. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco 
Central do Brasil divulgará publicamente as razões do descumprimento, por 
meio de carta aberta ao Ministro de Estado da Fazenda, que deverá conter: 
 
I - descrição detalhada das causas do descumprimento; 
 
II - providências para assegurar o retorno da inflação aos limites 
estabelecidos; e 
 
III - o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito. 
 
Art. 5o O Banco Central do Brasil divulgará, até o último dia de cada 
trimestre civil, Relatório de Inflação abordando o desempenho do regime de 
"metas para a inflação", os resultados das decisões passadas de política 
monetária e a avaliação prospectiva da inflação. 
 
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Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.” 
 
Tendo como base o sistema de metas de inflação, caberá ao COPOM definir a taxa 
SELIC Meta e seu eventual viés, implementar a política monetária e analisar o Relatório 
de Inflação que deve ser divulgado ao final de cada trimestre civil. 
 
A taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, 
apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia) pode ser determinada com ou 
sem viés. Caso, ao final da reunião do COPOM tenha sido definido um viés para a taxa, 
isto significa que foi dada ao Presidente do Banco Central a prerrogativa de alterar a 
taxa SELIC na direção do viés sem que seja necessária a convocação de uma nova 
reunião do Comitê. 
 
 
16. Curva IS – Equilíbrio no Mercado do Produto 
 
A curva IS2 é construída tomando como base o modelo de determinação de renda. 
Entretanto, a principal diferença é que enquanto no modelo de determinação de renda 
partíamos do pressuposto de que a taxa de juros era fixa, agora a nossa hipótese é a 
de que o investimento varia com mudanças na taxa de juros. 
 
Portanto, para a construção dessa curva iremos partir da seguinte equação: 
 
) � � * " * + 
 
No entanto, na equação acima alguns fatores dependem de outras variáveis e assim, 
podemos designar a seguinte equação como sendo a que irá determinar a construção 
da curva IS: 
 
) � �,)-. * ",�. * + 
 
Parece relativamente claro que o nível de investimento depende da taxa de juros que 
está sendo praticada. 
 
 
2 O denominação IS do equilíbrio no mercado de produto vem da igualdade entre investimento (I) e poupança (S). 
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Na verdade, o que estou querendo mostrar é a relação do nível de investimento em 
novas empresas (criação de empresas, compra de máquinas e equipamentos, 
produção) e a taxa de juros praticada no mercado (taxa Selic). 
 
Sempre que o Banco Central aumenta a taxa de juros livre de risco (Selic) há uma 
reclamação grande do setor produtivo. Isto ocorre porque o aumento da taxa de juros 
acaba majorando o custo de oportunidade e apenas investimentos que possuem 
retornos mais altos continuam em pauta. 
 
Ou seja, toda alta da taxa Selic provoca um movimento de redução do nível de 
investimento na economia. 
 
O gráfico acima mostra essa relação inversa que existe entre a taxa de juros praticada 
no mercado e o nível de investimento. Observe que estamos com uma determinada 
taxa r1 e quando a taxa de juros está nesse patamar, o nível de investimento é igual a 
I1. A partir do momento em que o Governo opta por reduzir a taxa de juros para r2, há 
um incremento no nível de investimento. Com isso, conseguimos notar que taxa de 
juros e investimento são grandezas inversamente proporcionais. 
 
Observe que enquanto tínhamos uma taxa de juros igual a r1, isso determinava que o 
investimento seria igual a I1. Logo, uma taxa de juros determinada dava origem a um 
nível fixo de investimento e, portanto, a equação da renda ficaria: 
 
)/ � �,)-. * "/ * + 
 
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Assim que houver uma alteração da taxa de juros para r2, o investimento será 
modificado e crescerá para I2 e, nesse momento, a equação que determina a renda 
passará a ser: 
 
)
 � �,)-. * "
 * + 
 
Essa mudança na taxa de juros, acaba provocando um deslocamento na curva de 
demanda agregada, pois há uma alteração na renda de equilíbrio. 
 
Graficamente, essa mudança na taxa de juros irá provocar o seguinte deslocamento na 
curva de demanda agregada: 
 
 
 
Observe que, da mesma forma que no modelo de determinação de renda, quando 
alteramos o investimento, a renda aumenta de um montante igual ao produto entre o 
investimento e o multiplicador. 
 
A curva IS será representada no plano taxa de juros x renda. Portanto, para que 
possamos determinar a curva IS devemos colocar os dois gráficos acima em um 
mesmo nível e com issoformar um terceiro gráfico. 
 
Observe que um determinado nível de taxa de juros implica um investimento e, 
portanto, uma renda específica. Logo, podemos determinar um nível de renda para um 
certo nível de taxa de juros e, assim, encontrarmos um ponto sobre a curva IS. 
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15 
 
 
 
 
Calma, fiquem tranqüilos que não é difícil de entender. Vou explicar o desenho acima 
mais uma vez. 
 
O mercado está com uma taxa de juros igual a r1. Isso faz com que os investidores 
optem por investir um nível igual a I1. Se levarmos esse nível de investimento para a 
equação de demanda agregada, teremos )/ � �,)-. * "/ * +	
e, portanto, a determinação de uma renda agregada igual a Y1. Dessa forma, teremos 
que uma taxa de juros r1 resultará em um nível Y1 de renda agregada. 
 
Em seguida, quando houver uma redução da taxa de juros praticada pelo mercado 
para o patamar r2, o investidor terá um aumento no nível de investimento agregado 
para I2. Esse aumento no investimento irá provocar um deslocamento da curva de 
demanda agregada de DA1 para DA2. Observe que a projeção do deslocamento no eixo 
vertical é igual à variação do investimento, ou seja, I2 – I1. A partir do momento em 
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que o investimento agregado passar a ser I2, a renda será )
 � �,)-. * "
 * +. Dessa 
forma, teremos que uma taxa de juros r2 resultará em um nível Y2 de renda agregada. 
 
Observe que a curva IS tem inclinação negativa e é formada por pares de taxa de juros 
e renda. 
 
Segundo Froyen: 
 
“Note que, para uma taxa de juros mais alta, o nível de renda de equilíbrio 
correspondente é mais baixo. A curva IS tem inclinação negativa.” 
 
Importante ressaltarmos que variações no investimento decorrentes de alterações na 
taxa de juros provocam deslocamento SOBRE a curva IS. Veja o gráfico abaixo: 
 
 
 
Observe que se a taxa de juros passar de r1 para r3 haverá um deslocamento da curva 
de demanda agregada de DA1 para DA3 e, conseqüentemente, um aumento da renda 
de Y1 para Y3. O mais interessante é notar que como a variação do investimento 
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ocorreu porque houve uma mudança na taxa de juros, isso proporcionará um 
deslocamento sobre a curva IS, como a seta indica. 
 
Agora que já mostrei como a curva IS é construída, vamos mostrar quais são os 
fatores que determinam a inclinação da curva e quais são aqueles que deslocam a 
curva IS. 
 
Observe abaixo que uma mudança na taxa de juros provoca uma alteração no 
investimento e, consequentemente, uma mudança na renda, mas de forma mais que 
proporcional que a variação do investimento. 
 
 
 
Se olharmos para as curvas veremos que uma mudança no nível de investimento da 
ordem de ∆I, provocará uma alteração na renda (∆Y) igual ao produto da variação do 
investimento pelo multiplicador (k.∆I). 
 
Observe que a inclinação da curva IS tem uma relação direta com o multiplicador 
keynesiano. Se alterarmos a propensão marginal a consumir que faz parte da curva de 
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demanda agregada, modificaremos a inclinação desta curva e, portanto, ocorrerão 
mudanças na variação da renda. 
 
 
 
Veja que no caso mostrado acima, a variação do investimento (∆I) foi mantida 
constante. O que alterei foi a inclinação da curva de demanda agregada. Compare as 
curvas DA1 (curva anterior) e DA3 (nova curva traçada). A curva de demanda agregada 
3 tem uma propensão marginal ao consumo (pode ser outro fator que altere a 
inclinação também) maior que a propensão da curva de demanda agregada 1. Observe 
que isso provoca um aumento no multiplicador e para uma mesma variação do 
investimento, há uma maior alteração da renda. 
 
Portanto, se modificamos a taxa de juros na mesma magnitude, curvas de demanda 
agregadas com inclinações diferentes (diferentes propensões marginais a consumir) 
provocam mudanças de inclinação na curva IS. 
 
Quanto maior a propensão marginal a consumir de uma curva de demanda agregada, 
maior o multiplicador e, portanto, mais plana será a curva IS. 
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De forma análoga, se houver uma redução da propensão marginal a consumir ou um 
aumento da propensão marginal a poupar, haverá uma redução do multiplicador e, 
portanto, a curva IS será mais inclinada. 
 
Segundo Froyen: 
 
“Na construção da curva IS observamos como muda o investimento quando 
variamos a taxa de juros. Depois consideramos a mudança necessária na 
renda (...). Ao considerar o declive da curva IS, estamos perguntando se, 
observando taxas de juros progressivamente menores, por exemplo, o 
equilíbrio no mercado de bens exige níveis de renda muito mais altos (a 
curva é pouco inclinada) ou apenas níveis de renda levemente maiores (a 
curva é muito inclinada).” 
 
Por outro lado, a inclinação da curva de investimento pode provocar mudanças na 
inclinação da curva IS. 
 
Imagine que um determinado mercado tenha uma relação de investimento e taxa de 
juros mais sensível que o inicialmente disposto. Ou seja, uma mesma alteração na taxa 
de juros faz com que os empresários tenham interesse em aumentar muito mais o 
investimento. 
 
Tal fato pode ocorrer em mercado cujos empresários possuem uma maior sensibilidade 
em relação a taxa de juros, ou seja, cujos investimentos são mais elásticos em relação 
à taxa de juros. No gráfico abaixo, a curva pontilhada mostra os investimentos mais 
elásticos enquanto que a outra é a curva que estamos tradicionalmente tratando nesta 
aula. 
 
Observe que quando a taxa de juros é igual a r1, o investimento será I1. Mas quando a 
taxa de juros cai para r2, o investimento poderá ser I2 ou I2’. Se o investimento for I2’, 
isso significa que o empresário tem um investimento mais sensível à taxa de juros, 
sendo, portanto, mais elástico. 
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Você já deve estar se perguntando como este fato pode influenciar a curva IS, não é 
mesmo? 
 
Pois bem. Se o investimento for mais elástico em relação à taxa de juros, isso significa 
que a mesma variação na taxa de juros provocará uma maior variação no investimento 
(curva pontilhada acima). Essa maior variação no investimento fará com que o 
deslocamento da curva de demanda agregada seja maior e, portanto, o ponto de 
equilíbrio da demanda agregada com a oferta agregada ocorrerá em um ponto mais 
alto de renda. 
 
O fato de o equilíbrio ocorrer em um ponto em que a renda é mais elevada para uma 
mesma taxa de juros, faz com a curva IS seja mais plana. Veja o esquema abaixo: 
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21 
 
 
Segundo Froyen: 
 
“A curva de equilíbrio no mercado de bens (IS’) é menos inclinada quando o 
investimento é mais sensível à taxa de juros. 
 
Este, então, é o primeiro dos fatores que determinam a inclinação da curva 
IS. A curva será relativamente inclinada se a elasticidade da demanda por 
investimento em relação aos juros for baixa. A curva será menos inclinada 
para valores maiores (em termos absolutos) da elasticidade da demanda por 
investimento em relação aos juros. 
 
Um caso extremo da inclinação da IS ocorre quando a elasticidade da 
demanda por investimento em relação aos juros é zero, ou seja, o 
investimento é completamente insensível à taxa de juros. Nesse caso, a 
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curva de investimento (...) será vertical, e, como podemos verificar (...) a 
curva IS também será vertical.” 
 
Segundo Lopes & Vasconcellos: 
 
“A inclinação da curva IS depende essencialmente de dois fatores: 
 
• a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros; 
• a propensão marginal a consumir (ou o multiplicador de gastos). 
 
Quanto ao primeiro temos que quanto maior a elasticidade do 
investimento em relação à taxa de juros, mais horizontal será a curva 
IS, isto é, menor sua inclinação. Uma pequena variação na taxa de juros 
induzirá uma grande variação no investimento e, portanto, na demanda 
agregada e na renda. O oposto ocorrerá quando o investimento for pouco 
sensível à renda: variações no investimento irão requerer maiores variações 
na taxa de juros, levando a uma IS próxima da vertical. 
 
Quanto ao multiplicador dos gastos tem-se o seguinte: se a propensão 
marginal a consumir for elevada e, portanto, o multiplicador também 
elevado, variações no investimento gerarão grandes expansões induzidas no 
consumo, ampliando a demanda e a renda. Dessa forma, quanto maior o 
multiplicador, maior será o impacto sobre a renda de variações nas taxas de 
juros, ou seja, menor a inclinação da IS (mais horizontal).” 
 
Para acabar a análise da curva IS, ainda temos alguns casos em que há uma mudança 
na demanda agregada sem que seja alterada a taxa de juros. Essa alteração provoca 
um deslocamento da curva de demanda agregada e, portanto, uma mudança na renda, 
mantendo constante a taxa de juros. 
 
Imaginemos o caso em que ocorre uma política fiscal expansionista, ou seja, que o 
Governo tenha aumentado o seu nível de gastos, aumentado essa valor em ∆G. 
Portanto, teremos uma taxa de juros r1 que determina um nível de investimento I1 que 
quando mostrado na curva de demanda agregada produz um nível de renda Y1, como 
mostrado abaixo: 
 
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Para montarmos a IS, fazemos uma alteração na taxa de juros que modifica o nível de 
investimento para I2 e gera a curva de demanda agregada 2, dando origem à renda Y2. 
Com isso, chegamos à antiga conclusão de que a curva IS tem o formato mostrado 
acima. 
 
Imagine que ainda tenhamos a taxa de juros r1 e, portanto, um investimento I1. A 
curva de demanda agregada é dada pela equação Y/ � k ∙ ,C	 * I/ * G.. Essa curva de 
demanda irá gerar uma renda Y1. Se o Governo opta por efetuar um gasto adicional 
∆G, esse gasto irá deslocar a curva de demanda agregada e, portanto, determinar uma 
nova renda agregada Y3. Entretanto, devemos lembrar que essa mudança na renda 
agregada ocorreu sem que houvesse qualquer tipo de alteração na taxa de juros. 
Sendo assim, a única alternativa foi deslocar a curva IS para a direita, como aponta a 
seta no desenho acima. 
 
Observe que sempre que modificarmos a renda agregada sem que a taxa de juros seja 
alterada, a curva IS deverá ser deslocada. Caso a renda agregada seja majorada, a 
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curva IS será deslocada para cima e para a direita. Se a renda agregada for reduzida, 
a curva IS será deslocada para baixo e para a esquerda. 
 
Portanto, guardem, sempre que a demanda agregada for deslocada paralelamente à 
original sem que ocorra qualquer tipo de mudança na taxa de juros, haverá um 
deslocamento da IS pois a renda agregada foi alterada. Espero não estar sendo tão 
repetitivo, mas estou tentando frisas isso pois é muito importante em prova. 
 
Você deve estar perguntando. Tudo bem, mas quais fatores provocam deslocamento 
da curva IS? Não estão... Vamos lá. 
 
Uma equação genérica da demanda agregada pode ser representada da seguinte 
forma: 
 
) � �,)-. * ",�. * "	 * +	 
 
Sabemos que o consumo dependa da renda disponível, mas dentro desse termo há a 
presença do consumo autônomo. 
 
Além disso, você pode estar estranhando dois termos que tratam do investimento. Na 
verdade, um deles depende da taxa de juros e sua modificação ocorre quando 
mudamos a taxa de juros e isto provoca um deslocamento sobre a curva IS. 
 
O outro investimento existente (I0) é chamado de investimento autônomo e independe 
da taxa de juros. É como se um investidor quisesse investir um recurso e para isso não 
se importasse com a taxa de juros praticada. Esse investimento provoca uma alteração 
no nível de investimento no montante I0. Esse fato desloca a curva de demanda 
agregada sem que tenha havido qualquer tipo de modificação na taxa de juros. Tal 
fato, provoca um deslocamento na curva IS. 
 
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Resumindo: Mudanças em C0, I0, G0 e T, deslocam a curva IS. Variações positivas 
nesses gastos autônomos deslocam a IS para cima, com exceção de T. Quanto o 
tributo for aumentado a IS se desloca para baixo. 
 
Segundo Lopes & Vasconcellos: 
 
“Já os fatores de deslocamento da IS, ou seja, a posição da curva IS, 
dependem do volume de gastos autônomos, nos quais incluem-se o consumo 
e o investimento autônomo e os elementos da política fiscal, com destaque 
para os gastos públicos. Quanto maior a despesa autônoma, mais para a 
direita se localizará a curva IS. Assim, mudanças nestas despesas deslocam 
a curva, alteram sua posição. Uma expansão nos gastos autônomos desloca 
a IS para a direita (para cima) e uma contração a desloca para a esquerda 
(para baixo). O montante do deslocamento será dado pelo multiplicador 
vezes a variação na despesa. Ou seja, dado o nível da taxa de juros, o 
deslocamento da demanda (renda) será determinado como no modelo 
keynesiano simples.” 
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Segundo Froyen: 
 
“O último fator considerado que desloca a curva IS é uma variação 
autônoma do investimento. Isso significa um deslocamento da curva de 
investimento, traçada contra a taxa de juros. Por exemplo, uma melhoria 
das expectativas sobre a lucratividade futura dos projetos de investimento 
aumenta o nível da demanda por investimento correspondente a cada taxa 
de juros, deslocando a curva I(r). (...) Esse deslocamento para a direita na 
curva I(r), pelo valor do aumento nos investimentos autônomos, tem 
exatamente o mesmo efeito sobre a curva IS que um aumento de igual valor 
nos gastos do governo.” 
 
Froyen ainda faz um interessante resumo da curva IS, veja: 
 
1. “A curva IS tem inclinação descendente e para a direita (é negativamente 
inclinada). 
2. A curva IS será relativamente pouco (muito) inclinada se a elasticidade da 
demanda por investimento em relação aos juros for relativamente alta 
(baixa). 
3. A curva IS deslocar-se-á para a direita (esquerda) quando houver um 
aumento (uma queda) dos gastos do governo. 
4. A curva IS deslocar-se-á para a esquerda (direita) quando os impostos 
aumentarem (declinarem). 
5. Um aumento (uma queda) nos dispêndios com investimentos autônomos 
deslocará a curva IS para a direita (esquerda).” 
 
 
17. Curva LM – Equilíbrio no Mercado Monetário 
 
Não há muito o que se falar sobre a curva LM como falamos sobre a IS. Entretanto, 
devemos entender que a oferta de moeda é uma variável exógena e dada pelo Banco 
Central. 
 
Devemos sempre equilibrar a quantidade ofertada e a quantidade demandada por 
moeda. 
 
Pelo lado da demanda, sabemos que um aumento da renda faz com que as pessoas 
aumentem a demanda por moeda. Como exemplo, gosto de fazer a seguinte pergunta. 
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Imagine que você passe no concurso e, com isso, tenha um aumento de salário. Se o 
seu salário subir, sua renda subir, você demandará mais ou menos moeda, você terá 
mais ou menos moeda no bolso. Um aumento na renda provoca um aumento na 
quantidade demandada por moeda. 
 
Raciocínio semelhante pode ser utilizado com relação à inflação ou taxa de juros. Se a 
inflação estiver alta ou se a taxa de juros praticada estiver alta, o custo de 
oportunidade de ter recursos financeiros no bolso é mais alto e, portanto, há uma 
redução na quantidade demandada de moeda. Sendo assim, um aumento na taxa de 
juros provoca uma redução na quantidade demandada por moeda. 
 
Logo, se o Banco Central não aumentar a quantidade ofertada, esse aumento na 
demanda provocará um aumento no preço da moeda e, portanto, um aumento da taxa 
de juros. Com isso, já conseguimos ver que a curva LM é uma curva positivamente 
inclinada pois um aumento na renda provoca um aumento na taxa de juros. 
 
 
 
Segundo Lopes & Vasconcellos: 
 
“Consideraremos a oferta da moeda como uma variável determinada 
exogenamente, por decisão das Autoridades. 
 
Quanto à demanda por moeda, como vimos, as teorias que buscam explicá-
la apresentam dois tipos de razões para a coletividade demandar (reter) 
moeda: motivo transação e motivo protfólio. Quanto ao primeiro motivo, a 
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demanda de moeda é diretamente relacionada ao nível de renda da 
economia. Quanto maior o nível de produto maior será o volume de 
transações e, portanto, maior será a quantidade de moeda requerida 
(demandada) para realizá-las. Dessa forma, a demanda de moeda aumenta 
conforme aumenta a renda. 
 
Quanto ao motivo portfólio, o indivíduo, ao tomar a decisão de como alocar 
sua riqueza, compara o diferencial de rentabilidade entre os diferentes 
ativos. Desconsiderando a existência de inflação, o retorno real da moeda é 
zero, enquanto o dos títulos é a taxa de juros que estes rendem. Dessa 
forma, a taxa de juros corresponde ao custo de oportunidade de reter 
moeda; assim, a demanda de moeda diminui conforme aumenta a taxa de 
juros.” 
 
Os deslocamentos da curva LM são dados por medidas monetárias como o 
compulsório, operações no mercado aberto e operações de redesconto. Na verdade, se 
o Banco Central tomar uma medida que coloque mais recursos no mercado, haverá um 
deslocamento da curva LM para a direita e para baixo. Essa medida pode ser 
implementada com uma redução da taxa de compulsório ou com a compra de títulos 
no mercado aberto. Essas medidas são chamadas de política monetária expansionista. 
 
 
 
Lopes & Vasconcellos mostram os casos especiais para a curva LM: 
 
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“Podemos considerar dois casos especiais. O primeiro, no qual a demanda de 
moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros. É uma situação 
em que a taxa de juros encontra-se em um nível tão baixo que qualquer 
ampliação na oferta de moeda será retida pelo público, mesmo sem 
alteração na taxa de juros. Nesse caso, a LM será totalmente horizontal e a 
política monetária não terá efeito algum sobre a renda. Esta é a chamada 
Armadilha da Liquidez, na qual a política monetária é totalmente 
ineficaz.(...) 
 
O segundo caso ocorre quando a demanda de moeda independe da taxa de 
juros, isto é, a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de 
juros é zero. É o chamado caso clássico, o mundo da Teoria Quantitativa de 
Moeda em que a LM é vertical. Nessecaso, amplia-se a eficácia da política 
monetária.” 
 
 
 
 
18. As Curvas IS e LM 
 
Na verdade, devemos colocar as duas curvas IS e LM sobre o mesmo plano. Os 
deslocamentos provocados na curva IS em decorrência de mudanças no gasto do 
governo ou nos impostos formam a política fiscal. Se o deslocamento ocorrido 
contribuir para um aumento do nível de renda, a política fiscal é expansionista. Por 
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outro lado, se o deslocamento contribuir para reduzir o nível de renda, mantendo tudo 
mais constante, a política fiscal é restritiva. 
 
Observe o desenho da aplicação de uma política fiscal expansionista. 
 
 
 
A curva LM mostra a atuação de uma política monetária por parte da autoridade 
monetária. Se a curva for deslocada para baixo e para a direita, a política monetária 
será considerada expansionista (como no gráfico abaixo). Isto ocorre quando há uma 
redução na taxa de compulsório, ou na taxa de redesconto ou uma compra de títulos 
públicos no mercado aberto. A política monetária restritiva provoca um deslocamento 
da curva LM para cima e para a esquerda. 
 
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Se colocarmos as duas curvas no mesmo plano teremos a renda e a taxa de juros de 
equilíbrio. 
 
 
 
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Observe que uma política monetária expansionista provoca um deslocamento da curva 
LM para a direita e, portanto, haverá um aumento da renda agregada e, conseqüente, 
redução da taxa de juros. 
 
 
 
 
Por outro lado, uma política fiscal expansionista causaria um deslocamento da IS para 
a direita e, portanto, geraria um aumento da renda agregada e, conseqüente, aumento 
da taxa de juros. 
 
 
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Se quando o Governo aplica uma política monetária expansionista, tal fato provoca 
uma expansão da renda, uma política monetária contracionista como aumento do 
compulsório, por exemplo, pode levar a uma redução do nível de renda. 
 
Tal fato provocaria um deslocamento da curva LM de para cima e para a esquerda, de 
LM1 para LM2. Com isso, há uma escassez de recursos financeiros e, consequente 
aumento da taxa de juros. Outro item que é alterado é a renda de equilíbrio que, nesse 
caso, é reduzida conforme demonstrado abaixo. 
 
 
A aplicação de uma política fiscal contracionista com a redução dos gastos 
governamentais ou aumento do nível de impostos, provocaria um deslocamento 
paralelo da curva IS para baixo e para a esquerda. Na figura abaixo, vemos um 
deslocamento semelhante ocorrendo de IS1 para IS2. 
 
No equilíbrio, essa política fiscal provocaria uma redução da renda de equilíbrio e 
também redução da taxa de juros. 
 
Muitos de vocês querem ligar tais fatos à realidade. Vamos então explicar. Assim que a 
Presidente Dilma entrou no Governo uma de suas medidas foi proibir a realização de 
concursos públicos com o discurso de que precisávamos ter responsabilidade fiscal e 
gastar menos do que arrecada com o intuito de ir amortizando a dívida existente. 
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Com isso, várias pessoas que estavam estudando deixaram que gastar seus recursos 
com cursinhos e já houve uma redução da renda. Pois o aluno gasta seus recursos, os 
cursinhos recebem, pagam seus professores, funcionários e esses gastam os recursos 
da forma que melhor lhes convém, gerando emprego e assim por diante. 
 
Além disso, os alunos que passariam nos concursos seriam empossados e receberiam 
mais dinheiro do que recebem hoje. Claro, exceto para aqueles alunos que são muito 
“munheca”, iriam aumentar seus gastos gerando mais emprego e proporcionando 
aumento de renda. 
 
Portanto, a suspensão dos concursos públicos foi, nesse sentido, a adoção de uma 
política fiscal contracionista. 
 
 
 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS 
 
 
Questão 36 
 
(ESAF – AFRF – 2002) – Com relação aos determinantes do investimento, é correto 
afirmar que: 
 
a) as decisões de investir dependem do parâmetro "q de Tobin". Se q < 1, haverá 
incentivo por parte das empresas em aumentar o estoque de capital. 
b) o incentivo a investir depende da comparação entre a taxa de depreciação e a taxa 
de retorno do investimento. Se a taxa de retorno do investimento excede a taxa de 
depreciação, então as empresas terão incentivos em aumentar o seu estoque de 
capital. 
c) o incentivo a investir depende apenas do custo do capital. Nesse sentido, as 
empresas terão incentivos em aumentar o seu estoque de capital enquanto o custo do 
capital for negativo. 
d) o incentivo a investir depende da comparação entre o valor de mercado do capital 
instalado e o custo de reposição do capital instalado. Nesse sentido, as empresas terão 
incentivos em aumentar o seu estoque de capital se o custo de reposição do capital 
instalado for maior do que o valor de mercado do capital instalado. 
e) o incentivo a investir depende da comparação entre o custo do capital e o produto 
marginal do capital. Se o produto marginal do capital excede o custo do capital, então 
as empresas terão incentivos em aumentar o seu estoque de capital. 
 
 
Questão 37 
 
(ESAF – ECONOMISTA – 2006) – Suponha que as empresas, em suas decisões em 
relação ao estoque de bens de capital que elas devem possuir, levem em consideração 
a razão entre o valor de mercado do capital instalado (a), avaliado pelo mercado 
acionário, e o custo de reposição do capital instalado (b). Denominada essa razão de q 
(a/b) e aceitando essa suposição: 
 
a) se q>1, a empresa não terá incentivos em repor e aumentar o capital; 
b) se q>1, a empresa não terá incentivos em realizar os investimentos; 
c) somente será interessante investir se q<1; 
d) se q=1, a empresa é indiferenteem investir; 
e) se q=1, a empresa obterá lucros aumentando o capital instalado. 
 
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36 
 
Questão 38 
 
(ESAF – SUSEP – Analista Técnico – 2002) – É possível avaliar as decisões de 
investimento de uma empresa a partir de seu desempenho no mercado acionário. Esta 
avaliação baseia-se em dois parâmetros: 
q1=valor do capital instalado avaliado pelo mercado acionário; 
q2=custo de reposição do capital instalado. 
Será vantajoso para a empresa investir se: 
 
a) (q1/q2)>1 
b) (q2/q1)>1 
c) q1.q2>0 
d) q1.q2>-1 
e) (q1/q2)≠ 0 
 
 
Questão 39 
 
(ESAF – AFC – STN – 2005) – No modelo IS/LM sem os denominados casos clássicos e 
keynesiano, a demanda por moeda 
 
a) não varia com a renda e com a taxa de juros. 
b) não depende da renda. 
c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz juros reais negativos. 
d) é inversamente proporcional à renda. 
e) é inversamente proporcional à taxa de juros. 
 
 
Questão 40 
 
(ESAF – AFC – STN – 2005) – No modelo IS/LM, é correto afirmar que 
 
a) no caso keynesiano, a demanda por moeda pode ser expressa de forma semelhante 
à teoria quantitativa da moeda. 
b) o caso da armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é extremamente alta. 
c) no caso clássico, a LM é horizontal. 
d) o governo pode utilizar a política monetária para anular os efeitos de uma política 
fiscal expansionista sobre as taxas de juros. 
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e) uma política fiscal expansionista aumenta as taxas de juros uma vez que reduz a 
demanda por moeda. 
 
 
Questão 41 
 
(ESAF – Analista de Orçamento – 2002) – Considere o modelo de oferta e demanda 
agregada, supondo a curva de oferta agregada positivamente inclinada e a curva de 
demanda agregada derivada do modelo IS/LM. É correto afirmar que: 
a) um aumento dos gastos do governo eleva o produto, deixando inalterado o nível 
geral de preços. 
b) uma elevação da oferta monetária só resulta em alterações no nível geral de preços. 
c) uma elevação do consumo agregado não causa impactos sobre o nível geral de 
preços. 
d) uma elevação das exportações tende a elevar tanto o produto agregado quanto o 
nível geral de preços. 
e) uma redução nos impostos não causa alterações no produto agregado. 
 
 
Questão 42 
 
(ESAF – AFRF – 2002–2) – Com relação ao modelo IS/LM, é incorreto afirmar que: 
a) no chamado caso da “armadilha da liquidez”, em que a LM é horizontal, uma 
elevação dos gastos públicos eleva a renda sem afetar a taxa de juros. 
b) excluídos os casos “clássico” e da “armadilha da liquidez”, numa economia fechada a 
elevação dos gastos públicos eleva a renda. Esta elevação, entretanto, é menor 
comparada com o resultado decorrente do modelo keynesiano simplificado, em que os 
investimentos não dependem da taxa de juros. 
c) no chamado caso “clássico”, em que a LM é vertical, uma elevação dos gastos 
públicos só afeta as taxas de juros. 
d) se a IS é vertical, a política fiscal não pode ser utilizada para elevação da renda. 
e) na curva LM, a demanda por moeda depende da taxa de juros e da renda. 
 
 
Questão 43 
 
(AFRF – ESAF – 2002) – Com relação ao modelo IS/LM, é incorreto afirmar que 
a) quanto maior a taxa de juros, menor é a demanda por moeda. 
b) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez, uma política fiscal 
expansionista eleva a taxa de juros. 
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c) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez, uma política fiscal 
expansionista eleva a renda. 
d) no caso da armadilha da liquidez, uma política fiscal expansionista não aumenta o 
nível de renda. 
e) quanto maior a renda, maior é a demanda por moeda. 
 
 
Enunciado para as questões 44 e 45 
 
Julgue os itens que se seguem acerca do modelo IS-LM, identidades macroeconômicas 
básicas e sistema de contas nacionais no Brasil. 
 
Questão 44 
 
(CESPE – MPU - Economista – 2010) – Modificações no consumo autônomo, devido a 
mudanças no estado de confiança dos consumidores, podem levar a deslocamentos da 
curva IS. 
 
 
Questão 45 
 
(CESPE – MPU - Economista – 2010) – Na armadilha da liquidez a demanda por moeda 
é insensível à taxa de juros. 
 
 
Questão 46 
 
(CESPE – Ministério da Saúde – Economista – 2009) – Pela dicotomia clássica, a moeda 
é neutra em uma economia com desemprego dos fatores de produção. 
 
 
Enunciado para a questão 47 
 
A macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos e 
aborda tópicos tais como a expansão do produto e do emprego e as taxas de inflação. 
A respeito desse assunto, julgue os itens. 
 
Questão 47 
 
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(CESPE – Ministério dos Esportes – Economista – 2008) – Na visão keynesiana, a curva 
LM é relativamente inelástica em relação à taxa de juros, o que contribui para 
aumentar a eficácia das políticas fiscais e reduzir o efeito deslocamento. 
 
 
Enunciado para a questão 48 
 
A respeito da oferta e da demanda agregadas, do modelo IS-LM e da curva de Phillips, 
julgue os itens subsequentes. 
 
Questão 48 
 
(CESPE – SEFAZ – ES – Economista – 2010) – A curva IS é uma representação gráfica 
que mostra uma relação direta entre a taxa de juros e a renda no mercado de bens. A 
magnitude de sua inclinação, que não depende da sensibilidade ao investimento, 
depende somente da propensão marginal a consumir. 
 
 
Enunciado para as questões 49 a 51 
 
Crise faz PIB da Rússia diminuir quase 8% - A economia da Rússia, duramente afetada 
pela crise mundial, sofreu em 2009 uma contração de 7,9%, depois de ter registrado 
um crescimento de 5,6% em 2008, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela 
agência russa Rosstat. 
Internet: www.r7.com (com adaptações). 
 
Com referência ao assunto abordado no texto acima, julgue os itens que se seguem. 
 
Questão 49 
 
(CESPE – BANCO DA AMAZÔNIA – 2010) – Considere que o estado do Acre tenha um 
nível de investimento de 10 bilhões de reais, de acordo com função poupança S = -10 
+ 0,2y, em que y é a renda do estado, e que o Banco da Amazônia resolva emprestar 
1 bilhão de reais para os empresários que desejarem investir naquele estado. Nesse 
caso, a renda y desse estado aumentará em 5%. 
 
 
 
 
 
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40 
Questão 50 
 
(CESPE – BANCO DA AMAZÔNIA – 2010) – Quanto maior for a propensão marginal a 
poupar maior será o multiplicador keynesiano. 
 
 
Questão 51 
 
(CESPE – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – 2008) – O fato de um 
aumento de R$ 200,00 nas exportações autônomas elevar o PIB em R$ 1.000,00 é 
incompatível com uma propensão marginal a poupar igual a 0,20. 
 
 
Enunciado para as questões 52 a 55 
 
Considerando uma economia fechada e sem governo, descrita pelas seguintes 
relações: Y = C + I; C = 80 + 0,8Y; I = 120, em que Y é a renda interna bruta, C 
representa o consumo das famílias e I corresponde ao investimento autônomo, julgue 
os itens: 
 
Questão 52 
 
(CESPE – UEPA – 2008) – A propensão média a consumir é superior à propensão 
marginal, e o nível de consumo é igual a 880. 
 
 
Questão 53 
 
(CESPE – UEPA – 2008) – Um aumento de 50% nos investimentos autônomos expande 
a renda de equilíbrio de 6%. 
 
 
Questão 54 
 
(CESPE – UEPA – 2008) – A propensão marginal a poupar dessa economia aumenta 
com o nível de renda. 
 
 
 
 
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41 
Questão 55 
 
(CESPE – UEPA – 2008) – A renda de equilíbrio é igual a 1.000 e o multiplicador 
keynesiano do consumo eleva-se a 1,25. 
 
 
Enunciado para as questões 56 a 58 
 
Considere que, em uma economia fechada, sem governo, os gastos autônomos de 
consumo correspondam a R$ 150 bilhões, o investimento planejado seja igual a R$ 50 
bilhões e a propensão marginal a consumir seja de 0,75. Com base nessas relações, 
julgue os itens a seguir 
 
Questão 56 
 
(CESPE – BANCO DA AMAZÔNIA – 2007) – O multiplicador keynesiano do consumo é 
igual a 1,333 e o PIB de equilíbrio dessa economia é igual R$ 800 bilhões. 
 
 
Questão 57 
 
(CESPE – BANCO DA AMAZÔNIA – 2007) – A função de poupança (S) dessa economia 
é dada pela expressão S =-150+0,25Y, em que Y é o PIB. 
 
 
Questão 58 
 
(CESPE – BANCO DA AMAZÔNIA – 2007) – Se o consumo autônomo cair para R$ 100 
bilhões, então a renda disponível dessa economia será igual a R$ 600 bilhões. 
 
 
Enunciado para a questão 59 
 
A questão da escolha em situação de escassez, abordada pela microeconomia, as 
interações entre governo e mercados privados e os problemas macroeconômicos são 
temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a seguir. 
 
 
 
 
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42 
Questão 59 
(CESPE – AGENTE POLÍCIA FEDERAL – 2004) – Quando ocorre, simultaneamente, 
aumento dos impostos e das importações, o multiplicador keynesiano se eleva, 
contribuindo, assim, para a expansão do nível de equilíbrio do produto. 
 
 
Enunciado para as questões 60 e 61 
 
A análise de questões macroeconômicas básicas, tais como o comportamento de seus 
principais agregados e a atuação do governo na economia, mediante o uso de políticas 
fiscais e monetárias, é crucial para se entender os fenômenos econômicos. Com 
relação a esse assunto, julgue os itens subseqüentes. 
 
Questão 60 
 
(CESPE – ECONOMISTA – FUNCAP – 2004) – No modelo keynesiano básico, no qual a 
demanda agregada é composta unicamente pelas demandas de consumo e 
investimento, se a propensão marginal a consumir for igual a 0,6, então o valor do 
multiplicador keynesiano será igual a 2,5. 
 
 
Questão 61 
 
(CESPE – ECONOMISTA – FUNCAP – 2004) – A teoria q do investimento, de Tobin, 
afirma que as empresas fundamentam suas decisões de investimento na relação entre 
o valor de mercado do capital instalado e o custo de substituição desse capital. 
 
 
Enunciado para a questão 62 
 
A análise das decisões de consumo, de poupança e de investimento é importante na 
determinação da renda e do produto de equilíbrio. 
 
Questão 62 
 
(CESPE – Analista de Controle Externo – TCE-AC – 2009) – A volatilidade, que 
caracteriza o investimento tornando-o o componente mais instável do PIB, explica-se, 
em parte, pela irregularidade da inovação tecnológica e pela durabilidade dos bens de 
capital. 
 
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Noções de Economia para Agente da Polícia Federal 
Aula 03 – Políticas Fiscal e Monetária 
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Enunciado para as questões 63 e 64 
 
Em relação aos conceitos básicos de macroeconomia, julgue os itens a seguir. 
 
Questão 63 
 
(CESPE – Especialista em Regulação ANTAQ – 2009) – Se o grupo responsável pela 
reforma tributária que ainda se encontra em discussão no Congresso Nacional optasse 
pelo aumento dos impostos indiretos no Brasil, permanecendo constantes os demais 
impostos, deveriam ser observadas alterações nas propensões médias a consumir da 
população, embora a propensão marginal a consumir não fosse afetada. 
 
Questão 64 
 
(CESPE – Especialista em Regulação ANTAQ – 2009) – A relação entre o nível de taxa 
real de juros e a propensão a poupar das famílias é sempre diretamente proporcional. 
 
 
Enunciado para as questões 65 e 66 
 
Julgue as opções com relação à política fiscal, que constitui importante meio de o 
governo atenuar as flutuações econômicas. 
 
Questão 65 
 
(CESPE – Analista de Controle Externo – TCE-AC – 2009) – Do ponto de vista do 
impacto sobre o PIB, um aumento de R$ 1.000.000,00 nos gastos públicos com 
investimentos em infra-estrutura é equivalente à expansão, da mesma magnitude, dos 
gastos no âmbito do programa Bolsa Família. 
 
Questão 66 
 
(CESPE – Analista de Controle Externo – TCE-AC – 2009) – O fato de um aumento de 
R$ 200,00 nas exportações autônomas elevar o PIB em R$ 1.000,00 é incompatível 
com uma propensão marginal a poupar igual a 0,20. 
 
 
 
 
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Enunciado para a questão 67 
 
A respeito das políticas fiscais e monetárias, que influenciam, significativamente, o 
desempenho da economia, julgue os itens subseqüentes. 
 
Questão 67 
 
(CESPE – Analista de Meio Ambiente – IEMA – SEAMA – 2007) – Estabilizadores 
automáticos, como o seguro-desemprego e o imposto de renda progressivo, embora 
não eliminem as flutuações econômicas, concorrem para atenuá-las, reduzindo, assim, 
a necessidade de se recorrer

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