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Registro Empresarial - Resumo

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1 – Introdução
A excerto a seguir ilustra, descreve, resume, pontua e justifica o tem abordado na confecção deste trabalho:
 Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades:
 I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em lei.
Parágrafo único. Fica instituído o Número de Identificação do Registro de Empresas (NIRE), o qual será atribuído a todo ato constitutivo de empresa, devendo ser compatibilizado com os números adotados pelos demais cadastros federais, na forma de regulamentação do Poder Executivo.
Estes são os primeiros artigos da lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994 que dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. Sancionada pelo presidente Itamar Franco e tratada neste texto como LRE (Lei de Registro Empresarial), esta lei abriu precedentes para o estabelecimento da estrutura do sistema de registro. Redigida nos moldes da Constituição Federal de 1988, faz parte do conjunto normativo que compõe o Direito Empresarial.
Desde cedo, no comércio, fez-se necessário o registro dos atos praticados na vida mercantil. A princípio, a finalidade desses registros era simplesmente atribuir publicidade à rotina comercial, reportar o que se referia a marca das sociedades mercantis, assim como seus aprendizes e dependentes. Logo tornou-se uma ferramenta útil no combate à fraude contra credores: Na Itália do séc. XIV, os comerciantes passaram a ser obrigados a entregar uma cópia do contrato de sociedade, pois, em alguns casos, ao extinguir-se a empresa, o sócio não registrado publicamente emergia como um simples fornecedor de capital, reivindicando direitos de credor.
O Registro Público, atualmente, é facultado ao comerciante e, analogamente, equivale ao Registro Civil para um recém-nascido: através do registro a empresa age de boa-fé, demonstrando compromisso com seu fim social assim para com a comunidade mercantil de um modo geral, enquanto a ausência deste traz prejuízos legais e fiscais para o empresário.
2 – OS TRIBUNAIS DE COMÉRCIO E AS JUNTAS COMERCIAIS
Os tribunais de comércio tinham competência tanto no âmbito comercial, como no âmbito administrativo, ao, respectivamente, julgar casos relacionados ao comércio e os atos que o compunha, assim como registrar a existência, a estrutura e as características de cada empresa. Esse registro era feito por uma repartição do tribunal denominada “junta comercial”.
Com a evolução histórica do direito, das formas de governar e da sociedade em si, as Juntas Comerciais deixaram de ser um mero apêndice e adquiriram evidente autonomia, evidenciada por sua sistematização, regionalização e a capacidade de processar dados referentes ao comércio: deixaram de ser uma ferramenta de processamento de dados e passaram a organizar de maneira eficiente as relações societárias. A grande parte das juntas comerciais são autarquias. 
A principal função das Juntas Comerciais é, evidentemente, tornar pública toda e qualquer movimentação da comunidade comercial, através do registro intensivo dos seus atos e da fiscalização de armazéns, em outras palavras, reunir todos os dados possíveis acerca da movimentação empresarial, deliberar sobre a validade dos atos praticados pelos empresários, pertinentes ao registro, assim como fornecer auxílio jurídico e suporte aos empresários nas relações societárias, trazendo a pratica ao exposto no art. 1º da lei nº 8.934/94.
São dotadas de um caráter legislativo híbrido, ora as questões próprias do comércio, de direito subjetivo, são competência da União. Já a organização dos serviços e do efetivo cabe aos Estados.
O art. 8º da LRE determina as atribuições das Juntas Comerciais. Usando as palavras de Rubens Requião: “[...] as juntas comerciais funcionam como um tribunal administrativo, pois examinam previamente todos os documentos levados a registro. Mas essa função não é jurisdicional, pois as Juntas possuem apenas competência para o exame formal desses atos e documentos [...]. Se o objeto de uma sociedade for ilícito, ou se a ata da assembleia geral registra uma decisão tomada em desatenção aos dispositivos da lei, deve o registro ser denegado. ”
É evidente o fato das Juntas não poderem examinar os problemas e fatos que englobam temas alheios a parte técnica e objetiva de suas atribuições, pois é tênue o limiar que separa as questões de âmago administrativo, portanto de competência das Juntas, das questões de direito pessoal, que pertencem ao exercício do Poder Judiciário. No exemplo de Rubens Requião, a Junta não poderia observar a ilicitude do objeto da sociedade, mas tão somente a irregularidade do ato proveniente da ilicitude.
 3 – DEPARTAMENTO NACIONAL DO REGISTRO DO COMÉRCIO
O DNRC é o órgão máximo no que tange o Registro do Comércio, que integra a Secretaria do Comércio, do Ministério da Indústria e do Comércio, deliberado pelo art. 3º da LRPEMAA (Lei de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, nº 8.934/94), tratada neste texto como LRE (Lei de Registro Empresarial):
Art. 3º Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins serão exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdependente, pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem), composto pelos seguintes órgãos:
I - o Departamento Nacional de Registro do Comércio, órgão central Sinrem, com funções supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo;
II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos serviços de registro.
A competência e as atribuições do DNRC se encontram no artigo subsequente.
O DNRC, concomitantemente as juntas comerciais, formam o SINREM, sendo aquele órgão máximo deliberativo, subordinado a União e responsável, de fato, pelo registro empresarial, tendo em vista que este órgão coordena as juntas comerciais, assim como fiscaliza e gerencia todo o processo de registro no território nacional. Podemos notar que a própria lei confere liberdade de atuação para os órgãos estaduais de registro público, de acordo com suas regionalizações e costumes. Entretanto, estes continuam subordinados a parâmetros gerais e normas administrativas, como por exemplo, os documentos exigidos para realizar determinado ato dentro da Junta Comercial são os mesmos em qualquer Estado, porém o preço pela realização desse ato pode variar. 
4 – OS ATOS DO REGISTRO EMPRESARIAL
 O registro de empresas compreende três atos. O primeiro, a matrícula, diz respeito a regularização dos profissionais cuja atividade está, tradicionalmente, vinculada as Juntas. O ato da matrícula assim como os profissionais diretamente ligados a este, estão positivados no art. 32 da LRE.
O segundo ato, o arquivamento, refere-se a alma do registro empresarial, tendo em vista este ser o maior ato, em volume, levado ao registro de empresa.
O arquivamento tem como objeto os contratos de sociedade, assim como as movimentações que envolvem a alteração desses contratos. Fabio Ulhoa Coelho exemplifica: “ [...] atos levados ao registro de empresas [...] os de constituição, alteração, dissolução e extinção de sociedades [...] os atos relativos a consórcio e grupo de sociedades, as autorizações de empresas estrangeiras e as declarações de microempresa [...]. “Da mesma maneira, todos os demais documentos previstos em lei, que sejam obrigatórios e suficientes para determinar a responsabilidade de cada associado, também deverá ser arquivado. O empresário também poderá arquivar quaisquer documentos pertinentes a sua rotina, a fim de adquirir maior segurança jurídica ao tornar público aquele documento.
Por fim, o terceiro ato, a autenticação, objetiva a formalização dos atos praticados de acordo com a normativa do DNRC e de decretos regulamentares. Como dito anteriormente, as Juntas não visam o mérito do ato praticado, sua procedência ou veracidade, tão somente a validade objetiva do ato.
5 – RECURSOS ADMINISTRATIVOS
O processo revisional dos atos pertinentes ao registro de empresa (art. 44 à 51 da LRE), é também regulado por instrução normativa do DNRC. Admite as seguintes modalidades:
Art. 44. O processo revisional pertinente ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins dar-se-á mediante:
I - Pedido de Reconsideração;
II - Recurso ao Plenário;
III - Recurso ao Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo.
Caso sejam formuladas exigências pela Junta, consideradas errôneas, abusivas, ilegais ou desnecessárias, será possível efetuar o pedido de reconsideração, dirigido à Junta Comercial ou ao seu Presidente.
Após a decisão definitiva, um novo recurso poderá ser apresentado ao plenário, que é o conselho deliberativo superior das Juntas, composto por membros denominados vogais, que são nomeados no Distrito Federal.
Conforme o art. 47 da LRE: “das decisões do plenário cabe recurso ao Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo, como última instância administrativa. ”
Ainda poderão ser impetrados recursos especiais na esfera jurídica quando houver a hipótese de as Juntas estarem usurpando a competência do Judiciário, não se abstendo na avaliação formal dos pedidos de arquivamento, matrícula ou autenticação.
6 – CONCLUSÃO
Notadamente, as Juntas Comerciais assumem função de órgão federal e estadual, simultaneamente. Tem como finalidade a organização das relações societárias, conferindo-lhes publicidade, segurança e autenticidade ao passo que identifica a responsabilidade de cada sócio e da forma as decisões contratuais do comércio. Subordinadas ao DNRC e ao Ministério da Indústria e do Comércio, as Juntas adquiriram autonomia e um nicho social ao longo do desenvolvimento do País. Das decisões quanto aos registros empresariais, proferidas pelas juntas e pertinentes aos atos praticados na sua esfera de competência, é garantido ao empresário um mecanismo recursal, que garante, assim como na esfera jurídica, o direito à ampla defesa, mesmo dentro do âmbito administrativo. 
7 – BIBLIOGRAFIA
REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 33. Ed - revista e atualizada por Rubens Edmundo Requião. São Paulo: Saraiva, 2014.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 26. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO
2 – OS TRIBUNAIS DE COMÉRCIO E AS JUNTAS COMERCIAIS
3 – DEPARTAMENTO NACIONAL DO REGISTRO DO COMÉRCIO
4 – OS ATOS DO REGISTRO EMPRESARIAL
5 – RECURSOS ADMINISTRATIVOS
6 – CONCLUSÃO
7 - BIBLIOGRAFIA

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