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1 Princípios de Bioenergética Estruturas de ressonância do ortofosfato 3 4 5 b) FOSFOCREATINA (ou creatina fosfato) E OUTROS Creatina fosfato + ADP + H+ creatina cinase ATP + creatina Ou = –10,3 kcal/mol 12 13 Relampear dos vagalumes: relatos brilhantes do ATP 14 15 Molécula ancestral RNA ADP 16 A primeira lei da termodinâmica é a lei de conservação da energia. Afirma que a energia não pode ser criada nem destruída. A quantidade de energia do universo é constante. Contudo, as formas de energia podem ser convertidas umas nas outras. 17 a) Energia Livre de Gibbs (G) Quantidade de energia capaz de realizar trabalho durante uma reação. Liberação de energia livre G- (exergônica) Ganho de energia livre G+ (endergônica) Uma reação só pode ocorrer espontaneamente se G for negativa. (variação da energia livre em pH 7 é Gº) 18 Se ΔG é positivo, o processo não é espontâneo Se ΔG é zero, o processo está em equilíbrio termodinâmico Se ΔG é negativo, o processo é espontâneo Uma reação desfavorável pode ser impulsionada por uma reação favorável. 19 b) entalpia (H) Conteúdo de calor do sistema reagente. Liberação de calor H- (exotérmica) Absorção de calor H+ (endotérmica) 20 c) entropia (S) Expressa a casualidade ou desordem. Produtos menos complexos e mais desordenados que reagentes S+(ganho de entropia). "A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo". 21 22 Reação termodinamicamente desfavorável pode ser impulsionada por uma reação acoplada 40 kg de ATP/24horas Corrida de 2h – 60kg de ATP GLICÓLISE Via Glicolítica de Embden-Meyerhof-Parnas Via Glicolítica Profa. Dra Luciana Bastos Rodrigues Definição: Glycolysis tem a sua origem no Grego em que glyk = Doce + Lysis = Dissolução Na atualidade podemos definir a Glicólise como a sequencia de reações que converte a Glicose em Piruvato, havendo a produção de Energia sob a forma de ATP • Fração Solúvel Localização do Sistema Enzimático Saldo 2 moléculas de ATP 2 moléculas de NADH Funções da Via Glicolítica • Transformar glicose em piruvato. • Sintetizar ATP com ou sem oxigênio. • Preparar a glicose para ser degradada totalmente em CO2 e H2O. • Permitir a degradação parcial da glicose em anaerobiose. • Alguns intermediários são utilizados em diversos processos biossintéticos. Glicólise = quebra da glicose • Centro do metabolismo dos carboidratos (todos os açúcares podem ser convertidos em glicose) • GLICÓLISE: – Aeróbia PIRUVATO (em células com mitocôndrias e O2) – Anaeróbia LACTATO (forma reduzida do piruvato - eritrócitos, falta de O2) • Rota de conversão composta por 10 reações enzimáticas sendo as 5 primeiras de INVESTIMENTO de ATP (2) e as 5 finais de RECEBIMENTO de ATP (4). MAPA II – Vias metabólicas degradativas POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Acetil-CoA (2) Oxaloacetato (4) Citrato (6) Isocitrato (6) Cetoglutarato (5) Succinato (4) Fumarato (4) Malato (4) Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Asp Piruvato (3) CO 2 CO 2 CO 2 CO 2 a Fosfoenolpiruvato (3) CO 2 Ciclo de Krebs Glicólise Via Glicolítica -Seqüência de reações Glicose Gli-6-P Frut-6-P Frut-1,6-P P- Diidroxiacetona Gliceraldeído. 3 P NADox NADred 1,3 di P Glicerato 3 di P Glicerato 2 P Glicerato 3 P enol piruvato Acetil CoA Mit. Aerobiose C.K. Anaerobiose Lactato 2 Piruvato 1- Fosforilação da glicose • Reação irreversível de fosforilação • Transformação da glicose em glicose 6-P (aprisionamento da glicose na célula) • Enzima: HEXOQUINASE (inibida pelo produto da reação - Km = Alta afinidade = permite a fosforilação mesmo em baixas concentrações de glicose - Vmax = não fosforila muita glicose) • Enzima: GLICOQUINASE = hexoquinase do fígado e pâncreas Vmax e Km = requer concentração alta de glicose = após as refeições, remove eficientemente a glicose sistêmica minimizando a hiperglicemia – não é inibida pela glicose 6-P • Gasto da reação: 1 ATP 1- Fosforilação da glicose 2 - Isomerização da glicose 6-P • Reação facilmente reversível • Conversão da glicose 6-P (aldose) em frutose 6-P (cetose) • Enzima: FOSFOGLICOSE ISOMERASE 3 - Fosforilação da frutose 6-P • Reação irreversível • PONTO DE CONTROLE MAIS IMPORTANTE DA GLICÓLISE !!!!!! • Conversão de frutose 6-P em frutose 1,6-P • Enzima: FOSFOFRUTOQUINASE (PFK1) • Controlada pelas concentrações de ATP, substrato e outros moduladores (AMP e Citrato) • Gasto de 1 ATP • Regulação por ATP/AMP: ATP = “riqueza de energia” = inibição da enzima. AMP = “pobreza de energia” = ativação da enzima. Ambas são alostéricas. 3 - Fosforilação da frutose 6-P 4 - Clivagem da frutose 1,6-P • Reação reversível não regulada • Clivagem da frutose 1,6-P em dihidroxiacetona e gliceraldeído 3-P • Enzima: ALDOLASE A 5 - Isomerização da dihidroxiacetona fosfato • Reação reversível • Conversão da dihidroxiacetona fosfato a gliceraldeído 3-P • Resulta na produção de 2 moléculas de gliceraldeído 3-P para posterior metabolização • Enzima: TRIOSE FOSFATO ISOMERASE 6 - Oxidação do gliceraldeído 3-P • Reação reversível • Conversão do gliceraldeído 3-P em 1,3 difosfoglicerato • Enzima: GLICERALDEÍDO 3-P DESIDROGENASE • É a primeira reação de oxi-redução da glicólise (NAD+ NADH) • Na hemácia é formado o 2,3 difosfoglicerato pela difosfoglicerato mutase, possuindo assim uma rota de glicólise desviada • É necessário um P livre para a reação (assim, o 1,3 difosfoglicerato é um composto com alta energia) 6 - Oxidação do gliceraldeído 3-P N H + C O NH 2 Nicotinamida (Vitamina B3) CH 2 O H O O H O - P - O - O _ O N N N N N H 2 CH 2 O H O O - P - O - _ O Ribose Ribose Adenina OH NAD+ ESTRUTURA DO NAD+ NAD+ (forma oxidada) Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Uma dieta deficiente em vitamina B3 provoca glossite, dermatite, perda de peso, diarréia, depressão e demência (pelagra) 7 - Formação de ATP a partir do 1,3 difosfoglicerato • Reação reversível (diferente da maioria das reações de fosforilação) • Remoção de um grupamento fosfato a partir de ADP formando ATP • Conversão do 1,3 difosfoglicerato em 3 fosfoglicerato • Enzima: FOSFOGLICERATO QUINASE • 2 moléculas de 1,3 difosfoglicerato são formadas a partir de cada molécula de glicose, assim: • Ganho de 2 ATPs (saldo 0) 7 - Formação de ATP a partir do 1,3 difosfoglicerato 8 - Troca do grupo fosfato do C 3 para o 2 • Reação reversível • Conversão do 3 fosfoglicerato em 2 fosfoglicerato • Enzima: FOSFOGLICERATO MUTASE 9 - Desidratação do 2 fosfoglicerato • Reação reversível • Conversão de 2 fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato = PEP (composto de alta energia) • Enzima: ENOLASE 2 fosfoglicerato fosfoenolpiruvato 10 - Formação do piruvato • Reação irreversível • Conversão do PEP em piruvato(produto final da glicose aeróbia) • Enzima PIRUVATO QUINASE • Formação de 2 ATPs (saldo 2) • Regulação da enzima: – Ativada pela frutose 1,6 difosfato – Modulação covalente – a enzima pode ser fosforilada por uma proteína quinase dependente de AMPc levando à sua inativação. 10 - Formação do piruvato ANAERÓBICA - Redução do piruvato em lactato • Reação reversível • Conversão do Piruvato em Lactato (produto final da glicose anaeróbia) • Enzima: LACTATO DESIDROGENASE • Ocorre nas hemácias, cristalino, córnea, medula renal, testículos e leucócitos • Formação do lactato no músculo: durante exercício = NADH e NAD+ = favorecimento da redução de piruvato para lactato = acúmulo de lactato no músculo = pH = cãibras (posteriormente o lactato é difundido pela circulação) DESTINOS ALTERNATIVOS DO PIRUVATO 1. Descarboxilação oxidativa do piruvato • Reação irreversível • Conversão do piruvato em acetilCoA (combustível do ciclo de Krebs – bloco estrutural na síntese de ácidos graxos) • Enzima: PIRUVATO DESIDROGENASE • Ocorre em tecidos com elevada capacidade oxidativa (coração) 2. Redução do piruvato a lactato – ausência de O2 3. Redução do piruvato a etanol • Ocorre em microorganismos • Enzima: PIRUVATO DESCARBOXILASE POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Acetil-CoA (2) Oxaloacetato (4) Citrato (6) Isocitrato (6) Cetoglutarato (5) Succinato (4) Fumarato (4) Malato (4) Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Asp Piruvato (3) CO 2 CO 2 CO 2 CO 2 a Fosfoenolpiruvato (3) CO 2 Ciclo de Krebs Lactato Etanol Destinos do Piruvato Reação e curiosidades • Glicose + 2P + 2ADP 2 piruvato + 2ATP + 2NADH + 2H+ + H2O NOTAS CLÍNICAS Deficiências de piruvato quinase – no eritrócito = anemia hemolítica (excessiva destruição de hemácias) = enzima com a cinética alterada (5 a 25% da atividade normal) = síntese de ATP lenta = perda da integridade estrutural da membrana da hemácia Acidose lática - Glicólise anaeróbia como fonte emergencial de ATP – infarto no miocárdio, embolia pulmonar e hemorragia = falha em trazer O2 para os tecidos = lactato no plasma = utilização da glicose anaeróbia para produzir ATP (salva vidas por um curto período) Lactato sanguíneo – pode então ser usado para medir a severidade do estado de choque e monitorar a recuperação do paciente Controle da Via Glicolítica Efetores Negativos Efetores Negativos Enzima ATP, Citrato AMP ATP, NADH, Acetila-SCoA, Ácidos graxos, L-fenilalanina, L-alanina. Fosfofrutoquinase Fosfatase de frutose 1-6-difosfato Fosfoenol piruvato quinase AMPA 2003 Azevedo,AMP Controle da Via Glicolítica Efetores Positivos Enzima AMP, Frut-2,6-P ATP Glic-6-P, Frut-1,6-P, Aldeído-3- fosfoglicérico Fosfofrutoquinase Fosfatase de frutose 1-6-difosfato Fosfoenol piruvato quinase AMPA 2003 Azevedo,AMP Glicose Glicose 6 fosfato Frutose 6 fosfato Frutose 1,6 bifosfato Fosfoenolpiruvato (PEP) Piruvato hexoquinase fosfofrutoquinase Fosfatase da Fru1,6P PEPquinase (+) + (+) AMP Fru 2,6 P ATP (-) Gli 6 P Fru 1,6 P Gli 6 P ATP, NADH, Acetila-SCoA, Ácidos graxos, L-fenilalanina, L-alanina ATP, Citrato (-) (-) (-) AMP (+) Fru 2,6 P AMPA 2003 Azevedo,AMP Controle da Via Glicolítica Controle da síntese enzimática Refeição rica em glicídios Administração de insulina Aumenta a transcrição genética Aumenta a síntese de enzimas da V.G. Glicoquinase - Fosfofrutoquinase - Piruvato quinase REGULAÇÃO HORMONAL DA GLICÓLISE • Regulação por ativação ou inibição alostérica ou por fosforilação/defosforilação é de curta duração, porém quase imediata • Regulação hormonal é mais lenta, porém com maior duração • Enzimas glicolíticas - carboidrato = insulina = glicoquinase, fosfofrutoquinase e piruvato quinase = conversão da glicose em piruvato (em jejum ou Diabetes ocorre o contrário) AMPA 2003 Azevedo,AMP Inibição da Via Glicolítica Inibidor: Fluoreto de Sódio NaF Enzima inibida: Enolase O fluoreto de sódio forma um complexo (fluoro fosfato de magnésio) que inibe a enzima. A enolase tem como cofatores o Mg++ ou Mn ++. AMPA 2003 Azevedo,AMP Erros metabólicos hereditários da Via Glicolítica Doença Esferocitose (1 em 20.000) Anemia hemolítica hereditária Enzima deficiente Enolase Piruvato quinase AMPA 2003 Azevedo,AMP AMPA 2003 Azevedo,AMP AMPA 2003 Azevedo,AMP Glicólise em concentração limitante de O2
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