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4.HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA DO TECIDO CARTILAGINOSO

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Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 13 de novembro de 2012 
1 
 
HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA DO TECIDO CARTILAGINOSO 
O tecido cartilaginoso é também chamado “cartilagem”. Tem 
consistência rígida embora sendo menos rígido que o tecido ósseo. Sua superfície é 
ligeiramente elástica e muito lisa, facilitando os deslizamentos e conseqüentemente a 
movimentação o que é mais evidente nas superfícies articulares. É essencial para a 
formação e crescimento dos ossos longos. 
Como os demais tipos de tecidos conjuntivos, o tecido cartilaginoso 
possui células, os condrócitos, e abundante material intercelular formando a MATRIZ. 
Essa matriz tem cavidades chamadas de lacunas, onde estão os condrócitos (um ou 
mais de um por lacuna). 
O tecido cartilaginoso não possui vasos sangüíneos, vasos linfáticos e 
nervos, sendo a nutrição feita pelos capilares do conjuntivo envolvente ou, ainda, pelo 
líquido sinovial nas cavidades articulares. 
O tecido cartilaginoso é envolvido por uma bainha conjuntiva que 
recebe o nome de Pericôndrio, o qual se continua gradualmente com a cartilagem por 
uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra. O pericôndrio só não está presente 
nas cartilagens articulares e na cartilagem fibrosa. O pericôndrio tem duas camadas; 
uma fibrosa (rica em fibras colágenas) e outra celular (com células condrogênicas). 
1. CÉLULAS DO TECIDO CARTILAGINOSO 
Condroblastos: células ativas que secretam grande quantidade dos 
elementos da matriz (colágeno, glicosaminoglicanas, proteoglicanas). 
Condrócitos: são as mesmas células anteriores, porém cercadas pelo 
seu produto de secreção (matriz extracelular). Os condrócitos localizam-se dentro de 
espaços na matriz cartilaginosa chamados de “lacunas” ou “condroplastos”. Essas 
células são responsáveis pela manutenção e renovação da matriz cartilaginosa 
secretando os produtos da matriz em menor quantidade. 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 13 de novembro de 2012 
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2. MATRIZ CARTILAGINOSA 
É formada por colágeno ou colágeno mais elastina, proteoglicanas 
(complexos de proteínas mais glicosaminoglicanas) e glicosaminoglicanas, além de 
glicoproteínas adesivas. 
O colágeno está sob a forma de fibrilas de colágeno tipo II e fibras 
elásticas, havendo uma predominância geralmente, de colágenas. 
3. SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA 
É a parte amorfa da matriz sendo constituídas por glicosaminoglicanas 
combinadas com proteínas, as proteoglicanas, ácido hialurônico e glicoproteínas 
adesivas. 
As proteoglicanas são formadas por uma molécula central de proteína 
da qual se irradiam numerosas moléculas não-ramificadas e sulfatadas de condroitina -
4-sulfato, condroitina-6-sulfato. Ao ácido hialurônico, uma glicosaminoglicana não-
sulfatada de cadeia muito longa, prendem-se várias proteoglicanas. A glicoproteína 
adesiva condronectina é responsável pela aderência dos condrócitos a matriz 
cartilaginosa. 
Ao redor dos condrócitos e próximo a eles, existe uma zona corando-se 
mais em azul (no método HE), apresentando mais basofilia que o resto da matriz 
chamada de “cápsula” ou, mais modernamente, “matriz territorial”, sendo rica em 
proteoglicanas e pobre em colágeno. 
4. CLASSIFICAÇÃO 
O tecido cartilaginoso é classificado conforme a quantidade de matriz e 
quantidade e tipos de fibras em três tipos distintos: cartilagem hialina, elástica e fibrosa. 
A cartilagem hialina é a mais comum com moderada quantidade de 
fibrilas colágenas, sem orientação em um determinado sentido. 
Histologia e Embriologia dos Animais Domésticos A 13 de novembro de 2012 
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A cartilagem fibrosa apresenta uma matriz constituída quase que 
exclusivamente por fibras colágenas de colágeno tipo I. 
A cartilagem elástica apresenta fibras colágenas e grande quantidade 
de fibras elásticas. 
5. CARTILAGEM HIALINA 
À fresco tem coloração branco-azulada e ligeiramente translúcida. 
Forma o primeiro esqueleto do embrião e que é posteriormente substituído por tecido 
ósseo. No animal jovem em fase de crescimento forma os chamados “discos 
epifisários”, placas de cartilagem presentes entre a epífise e a diáfise dos ossos longos, 
responsáveis pelo crescimento do osso em extensão. 
Encontramos esse tipo de cartilagem: 
No adulto: na parede das fossas nasais, na traquéia, brônquios, 
extremidade ventral das costelas e recobrindo superfícies articulares de ossos longos; 
No feto e animais jovens em crescimento: além dos locais citados 
para o adulto, também ocorrem em certos locais de formação de tecido ósseo – 
ossificação endocondral. 
Características: 
Apresentam poucas células imersas numa matriz orgânica gelatinosa 
com limites bem definidos. 
Matriz: possui 40 % de seu peso seco em fibrilas colágenas (colágeno 
tipo II) muito finas, sem disposição definida com dimensões submicroscópicas 
embebidas em substância fundamental amorfa. 
Condrócitos: na periferia apresentam forma elíptica, com eixo maior 
paralelo a superfície cartilaginosa, onde são chamados de condroblastos. Na parte 
central apresentam forma esférica, geralmente em grupos chamados grupos isógenos. 
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6. CARTILAGEM ELÁSTICA 
É semelhante à hialina, porém sua matriz além de fibras colágenas 
(colágeno tipo II) contém abundante rede de fibras elásticas, contínuas às do 
pericôndrio. À fresco, apresenta coloração amarelada devido à elastina. 
Pode aparecer isoladamente, ou em associação com a cartilagem 
hialina formando peças mistas com os dois tecidos. 
Ex.: Pavilhão auditivo (ouvido externo), conduto auditivo externo, tuba 
auditiva (ou de Eustáquio), epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. 
7. CARTILAGEM FIBROSA (OU FIBROCARTILAGEM) 
É um tecido com características intermediárias entre o tecido conjuntivo 
denso e a cartilagem hialina. Essa cartilagem está sempre associada a tecido 
conjuntivo denso, sendo difícil definir o limite entre os dois.Os condrócitos são 
semelhantes aos da cartilagem hialina e aparecem isoladamente ou dispostos em 
fileiras circundados por fibras colágenas paralelas. As fibras colágenas constituem 
feixes que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um 
arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras. Essa orientação depende das 
forças que atuam sobre a fibrocartilagem. Os feixes colágenos colocam-se 
paralelamente às trações exercidas sobre eles.. 
Matriz: grande quantidade de fibras colágenas (colágeno tipo I e tipo II) 
e pouca SFA, principalmente próximo aos condrócitos. É acidófila devido à grande 
quantidade de colágeno (principalmente tipo I). 
Na fibrocartilagem não há pericôndrio 
Ex.: discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e 
ligamentos se inserem nos ossos e na sínfise pubiana. 
*Obs.: Os “discos intervertebrais” apresentam um núcleo pulposo (com 
células arrendondadas e líquido viscoso rico em ácido hialurônico), e um anel fibroso 
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(com tecido conjuntivo denso e fibrocartilagem). A ruptura do anel fibroso resulta em 
expulsão do núcleo pulposo. Com freqüência esse disco se desloca de sua posição 
normal entre os corpos vertebrais e indo comprimir nervos, produzindo DOR 
DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS. 
8. HISTOGÊNESE 
O tecido cartilaginoso é derivado de células mesenquimais que se 
arredondam e retraem seus prolongamentos formando aglomerados de células 
(condroblastos). Com a síntese da matriz esses condroblastos separam-se, podendo 
cada um dividir-se a formar os grupos isógenos. O pericôndrio é formado a partir do 
mesênquima superficial. A fibrocartilagemse origina do tecido conjuntivo denso, pela 
modificação dos fibroblastos em condrócitos. 
9. HISTOFISIOLOGIA 
Os condrócitos vivem em baixas concentrações de oxigênio devido à 
ausência de vasos sangüíneos. Os nutrientes trazidos pelo sangue até o pericôndrio 
são difundidos até os condrócitos através da água dos componentes da matriz 
cartilaginosa (água de solvatação). Em cartilagens espessas, como na porção ventral 
das costelas, os vasos sangüíneos podem atravessar a cartilagem. 
A regeneração do tecido cartilaginoso é bastante difícil devido a 
ausência de vasos sangüíneos no tecido cartilaginoso. E ocorre de modo incompleto, 
com exceção de indivíduos muito jovens. A regeneração se faz a partir do pericôndrio, 
ocorrendo preenchimento por tecido conjuntivo em áreas de lesões extensas.

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