Buscar

Plantas_calcinogenicas_11.06.13

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
Solanum malacoxylon (Solanaceae)
Nome popular: “espichadeira”
História:
Diversas calcinoses de etiologia obscura
Enteque seco (Argentina) – Carrillo & Woker (1967)
Kalzinose des Rindes (Alemanha) – Trisetum flavescens (1970)
Calcinose do ovinos (Brasil) – Nierembergia veitchii (1970, 1981)
Weidekraukheit (Áustria) – T. flavescens (1967, 1970)
Calcinose da Flórida (USA) – Cestrum diurnum (1975) – bov e eq
Calcinose da Nova Guiné (bov) – S. Torvum (1975)
Naalehu disease (Havaí) – 1942, 1969
Manchester Wasting Disease (Jamaica) – 1950, 1959
Calcinose da África do Sul (ov) – 1973
Calcinose da Índia (ov) – 1976
Calcinose de Israel (ov e cap) – 1973, 1977
*
Solanum malacoxylon
Nome popular: “espichadeira”
Importância: importante no Pantanal e áreas limítrofes. 
Distribuição e habitat: 
Forma glabra – Poconé, Corumbá, Porto Murtinho.
Forma pilosa – Aquidauana e Corumbá. * planta palustre
Espécies sensíveis: 
Natural: Brasil – bovinos. Argentina – ov, eq e suínos
Exp: bovinos, ovinos, coelhos, cobaias, ratos, suínos e pintos.
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Condições em que ocorre: desfolhamento na seca (julho a set).
Partes e quantidades: 
Pequenas quantidades das folhas, entre um e vários meses.
0,04g/kg/semana – só lesões		 0,8g/kg/semana – morte em 1 mês.
0,16g/kg por semana – reprodução da doença, 1 ano de evolução.
Administração única – 10g/kg – lesões mais leves.
Animais adultos parecem ser mais sensíveis.
Planta dessecada mantém a toxidez por pelo menos 2 anos.
Início dos sintomas: poucas semanas após o início da ingestão (hipercalcemia em horas).
Evolução: crônica (meses e até anos).
Solanum malacoxylon
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Sintomatologia:
Emagrecimento progressivo e dificuldade de locomoção; andar rígido, apoio em ponta dos cascos dos MA, carpo ligeiramente flexionado, decúbito e morte. Outros: pêlos ásperos, dorso arqueado, sopro e arritmia cardíacos.
Necropsia:
Calcificação na parede da aorta e de outras artérias maiores, com exceção da pulmonar, no endocárdio e válvulas, no pulmão, na medula dos rins e nos tendões. Pulmão: enfisema e osseificação. Erosões e ulceração das cartilagem articulares. Ossos compactos e pesados.
Solanum malacoxylon
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Histopatologia:
Mineralizações, metaplasia, alterações em tireóide e paratireóide.
Patogênese: efeito hormonal no núcleo determina modificações na transcrição.
Diagnóstico e diagnóstico diferencial:
Achados de necropsia em áreas onde exista a planta.
Doenças caquetizantes e intoxicação por Nierembergia veitchii.
Solanum malacoxylon
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Princípio tóxico:
Glicosídeo esteroidal – 1,25-diidroxicolecalciferol
Uso terapêutico em osteopatia renal e hipocalcemia do parto?
Tratamento: desconhecido. Retirada do pasto, recuperação parcial.
Profilaxia: Erradicação. 
Hidróxido de alumínio – Trisetum flavescens – efeitos colaterais.
Solanum malacoxylon
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Nierembergia veitchii (Solanaceae)
Nome popular: não tem.
História:
Calcinose do ovinos detectada no 1/3 final da década de 60 (Barros et al. 1970)
Etiologia – Riet-Correa et al. (1981)
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Importância: muito variável; restrita a Júlio de Castilhos, Tupanciretã, Santa Maria, Piratini, Lavras do Sul e Pinheiro Machado. 
Distribuição e habitat: 
Presente ainda no Uruguai em campos naturais (coxilhas), cresce em setembro, floresce em outubro e desaparece em março. 
Espécies sensíveis: Natural: 	ovinos, exceto lactentes. 
bov: só em uma fazenda; lesões não raras nos matadouros.
Exp: ovinos e coelhos.
Nierembergia veitchii
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Condições em que ocorre: ingestão por estreita associação.
Epidemiologia:
1º casos em outubro e últimos casos em fevereiro – estacional
Freqüência variável de ano para ano e de fazenda para fazenda.
Partes e quantidades: 
Planta dessecada a 50% no alimento – 21 dias
Planta dessecada a 10% no alimento – 49 dias
* A campo doses menores.
Início dos sintomas: 1° casos – 30 a 60 dias após surgimento da planta no pasto.
Nierembergia veitchii
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Evolução: crônica (2 a 3 meses) ou morte súbita.
Sintomatologia:
Emagrecimento progressivo até caquexia, andar rígido, calcificação de carótidas e femorais (palpação), auscultação (sopro da mitral e semilunares aórticas), leve xifose. 
Necropsia:
Idem. Pontos brancos na tireóide. 
Histopatologia:
Mineralização e metaplasia
Atrofia de células principais da paratireóide
Hiperplasia /hipertrofia das células C – parafoliculares da tireóide.
Nierembergia veitchii
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França
*
Diagnóstico e diagnóstico diferencial:
Calcinose em ovinos em presença da planta é característico.
Mineralização por intox. por vitamina D (epidemiologia) e mineralização por paratuberculose (rara) e S. malacoxylon.
Tratamento:
Desconhecido; animais melhoram ao serem mudados para área indene ou após fevereiro.
Mínima regressão das lesões após 13 ou 17 meses.
Sinais de insuficiência cardíaca – mau prognóstico.
Profilaxia:
Não colocar ovinos onde a planta existe em grande quantidade.
Nierembergia veitchii
Plantas calcinogênicas - PV Peixoto, CH Tokarnia & TN França

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais