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RELATÓRIO CAPS

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A visita aconteceu no dia 11 de março de 2019, às 15 horas no CAPS II LESTE, localizado na Rua Visconde da Parnaíba, 2435, Bairro Horto Florestal, em Teresina/PI. A Enfermeira do CAPS e a Mestranda da disciplina nortearam o grupo de alunos durante toda a visita.
Os objetivos da visita: conhecer o local, entender o funcionamento da instituição, conhecer os serviços de saúde oferecidos, conhecer as atividades e oficinas realizadas, entender o acolhimento feito aos pacientes psiquiátricos e ter um primeiro contato com um dos pontos de atenção da RAPS.
O CAPS é um Centro de Atenção Psicossocial de referência e tratamento para pessoas com sofrimento psíquico. É um recurso em saúde mental, constituindo-se em um serviço substitutivo ao modelo asilar, de assistência extra-hospitalar que diminui e procura evitar reinternações psiquiátricas, buscando a ressocialização do indivíduo. Seu objetivo é oferecer atendimento à população realizando o acompanhamento clínico e reinserção social dos usuários, contribuindo para o resgate da cidadania em função da discriminação por ser acometido de sofrimento psíquico.
A visita foi feita em um CAPS II, modalidade que atende a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. 
O Centro de Atenção Psicossocial II-Leste foi inaugurado em março de 2011. Funciona de segunda a sexta, nos horários das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Dependendo da gravidade do problema, realiza tratamento intensivo, no qual o paciente é atendido de segunda a sexta-feira, o dia todo; o semi-intensivo, em que a frequência é de pelo menos três dias da semana; e o não-intensivo, que se resume a um dia da semana.
O acesso aos serviços ocorre por demanda espontânea, busca ativa ou encaminhada, sendo que o processo de acolhimento será efetivado mediante triagem realizada por um profissional da equipe multiprofissional. A triagem é o acolhimento inicial de um paciente, que pode ser feito por vários profissionais, no CAPS os profissionais se revezam para este trabalho. 
Perfil dos usuários: o CAPS II Leste realiza o acompanhamento clínico e psicossocial, em pessoas com transtornos mentais graves e severos, mas que não necessitam de internação hospitalar, podendo conviver com a família. Busca-se a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercícios dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. O CAPS pode ser procurado por homens e mulheres maiores de 18 anos que apresentam sofrimento psíquico, que impossibilite de viver e realizar seus projetos de vida. Para serem atendidos, os pacientes devem procurar diretamente o serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família (PSF) ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa pode vir sozinha ou acompanhada devendo, preferencialmente, procurar o que atende na região onde mora. O CAPS atende diversas demandas, do Hospital Areolino de Abreu, da Atenção Básica, da Comunidade, Família, Moradores de rua, etc. 
A enfermeira relatou que há casos de pacientes muito graves que não conseguem acompanhar as atividades, estes são liberados de ir ao CAPS, mas recebem visitas domiciliares e são acompanhados pela equipe de profissionais.
A equipe mínima de profissionais de nível superior nessa modalidade de CAPS são seis, entre eles é obrigatório haver um enfermeiro e um médico, os outros profissionais vão variar de acordo com a demanda da unidade, geralmente são escolhidos psicólogos, educadores físicos, assistentes sociais ou terapeutas ocupacionais (MARTINHAGO E OLIVEIRA, 2012).
Notou-se que a equipe que atua é multidisciplinar, conta com: psiquiatra, clínico geral, 2 psicólogos, 3 assistentes sociais, educador físico, terapeuta ocupacional, nutricionista, 2 enfermeiras, técnica de enfermagem, e artesão. Também possui coordenador, diretor administrativo e segurança.
Enfermeiras prestam assistência aos usuários, fornecem orientação quanto ao uso dos medicamentos, tanto para o paciente, quanto para a família que o acompanha - é uma atividade muito importante, pois os pacientes recebem toda a medicação que irão utilizar em casa por cerca de 3 meses. Também são responsáveis pelo acompanhamento do paciente, consultas de enfermagem, e pela administração de medicamentos no CAPS.
A técnica de enfermagem acolhe as pessoas, quando estas chegam ao serviço, antes da consulta faz a pesagem e afere a pressão arterial dos pacientes.
O Artesão realiza diversos trabalhos manuais com os pacientes, como pinturas.
A educadora física leva os pacientes até a quadra de esportes do bairro, para jogarem futebol, se divertirem, se distraírem. A quadra do CAPS não é coberta, por isso não é utilizada.
Atividades Realizadas:
Acolhimento
Atendimento individualizado
Terapia de grupo
Grupos com familiares
Atendimento individualizado à família
Oficinas de produção e geradoras de renda
Práticas de Expressão e Comunicação em CAPS
Visitas domiciliares (feitas por todos os profissionais)
Tratamento medicamentoso (Distribuição e Administração de medicação)
Busca ativa
Matriciamento com equipes das UBS (A unidade básica encaminha pacientes)
Atenção em situações de crise
Oferece 3 refeições por dia: Lanche ás 10 horas da manhã, Almoço ao meio dia e outro Lanche ás 16 horas da tarde.
Estrutura: 
O local, que antes era uma casa, trata-se de uma edificação antiga que foi adaptada para o funcionamento do CAPS, por isso possui uma estrutura não tão adequada. Conta com: Jardim, Varanda, Sala de acolhimento/triagem, Consultório médico, Consultório de psiquiatria, consultório de enfermagem, sala de medicação, Sala da Nutrição, Sala do serviço social, Sala da Psicologia, Sala de atividades em grupo/também funciona como Repouso masculino, Repouso feminino, SAME – sala de marcação e agendamento de consultas, Farmácia – entrega de medicamentos, Espaço com TV, Sala de oficinas, Sala da segurança, Refeitório, Cozinha, Sala da coordenação e Secretaria, Quadra de esportes.
Registros: prontuário manual.
Pacientes: 815 ativos - frequentam, 3.050 cadastrados.
O CAPS II atende os pacientes, encaminha para outro CAPS mais especializado no paciente, encaminha para o Hospital Areolino de Abreu, ou mesmo pode dar alta ao paciente.
Enfermeira relatou sobre a dificuldade dos pacientes em deixar o CAPS após a alta, por estarem muito habituados. Comentou sobre a ocorrência de abandonos de tratamento, quando isso acontece, caso o paciente retorne irá passar por uma “retriagem”, que é uma reavaliação do seu estado de saúde.
Na busca ativa é feita uma busca dos usuários ausentes, que não estão frequentando o CAPS. Para cada, aproximadamente, 70 pacientes existe um técnico de referência responsável pela busca desses pacientes.
A família possui papel fundamental no processo do tratamento, sendo confirmado por estudos que o envolvimento familiar auxilia na melhora do quadro clínico do paciente. No CAPS II Leste são realizadas reuniões com os familiares que acompanham os pacientes, uma vez por semana, onde os familiares recebem o total apoio do serviço social.
Decoração do local: Quadros, Pinturas feitas pelos próprios pacientes.
As datas comemorativas são muito festejadas, e os pacientes gostam muito e se divertem. 
O Convívio entre os pacientes é considerado bom, porém sempre há algumas crises, conflitos que podem surgir.
A postura do profissional é fundamental no processo de atenção a esse público, para evitar conflitos entre profissionais e usuários. 
Não aceita trabalhos voluntários. Recebe alunos em estágio obrigatório ou extra- curriculares. 
http://fms.teresina.pi.gov.br/rede-de-saude-mental-caps
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html

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