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Luciana Budal de Oliveira
Psicologia e 
Comportamento
Sumário
03
CAPÍTULO 1 – Como se Estabeleceu a Visão de Homem na Psicologia? ..............................05
Introdução ....................................................................................................................05
1.1 A constituição do espaço psicológico: as diversas influências das correntes filosóficas 
 sobre o pensamento psicológico ................................................................................05
1.1.1 A filosofia grega ..............................................................................................06
1.1.2 A modernidade – filosofia renascentista .............................................................08
1.2 A influência da escola de pensamento quantificador e mecanicista ................................12
1.2.1 Zeitgeist e os grandes homens da história da Psicologia.......................................12
1.2.2 O mecanicismo. ..............................................................................................12
1.2.3 A prática do pensamento mecanicista na Psicologia. ...........................................14
1.3 A influência da escola de pensamento funcionalista e organicista ..................................15
1.3.1 O funcionalismo pragmatista americano ............................................................15
1.3.2 O funcionalismo europeu .................................................................................17
1.4 A influência da escola de pensamento do historicismo ideográfico, estruturalismo 
 e fenomenologia ......................................................................................................18
1.4.1 Estruturalismo - a Psicologia da Gestalt ............................................................19
1.4.2 Fenomenologia ...............................................................................................20
Síntese ..........................................................................................................................22
Referências Bibliográficas ................................................................................................23
05
Capítulo 1
Introdução
O homem sempre buscou desvendar os mistérios do mundo. Com a filosofia grega, os homens 
questionavam-se sobre o funcionamento da vida, do tempo, sobre a matéria e principalmente 
sobre o conhecimento. Ao tentar compreender o conhecimento, os homens voltaram-se para si 
próprios. Afinal, o conhecimento nasce do homem, ele é quem o produz e o detém. 
A compreensão do homem em sua totalidade, ou seja, mente e corpo, emergiu na Idade Moder-
na (séculos XV ao XVIII), com o nascimento das ciências, momento repleto de novos conceitos e 
crenças sobre a capacidade humana. A Psicologia se insere nesse contexto, buscando desvendar 
o que não é possível ver, o mundo subjetivo. Mas você sabe o que significa o subjetivo? E qual 
a sua ligação com os comportamentos? Para responder a essas questões, é preciso conhecer as 
correntes filosóficas que vão influenciar diretamente o fazer psicológico de cada tempo.
Para tanto, neste tópico você conhecerá o raciocínio que conduziu o homem a criar o espaço psi-
cológico a partir das principais correntes filosóficas que serviram de alicerce para a construção 
da Psicologia, e os respectivos personagens que se destacaram. 
Na sequência, você saberá como a escola de pensamento quantificador e mecanicista influen-
ciou os pesquisadores sobre os fenômenos psicológicos analisando sua história e principais ato-
res. Também estudará os aspectos relativos às escolas de pensamento funcionalista e organicista. 
Por fim, conhecerá a escola de pensamento do historicismo ideográfico, o estruturalismo e a 
fenomenologia. A partir desses conhecimentos, identificará a influências dessas escolas na Psico-
logia e a criação das linhas de estudo existentes atualmente para a atuação psicológica clínica, 
escolar, jurídica, esporte, hospitalar, organizacional, de orientação profissional etc.
1.1 A constituição do espaço psicológico: as 
diversas influências das correntes filosóficas 
sobre o pensamento psicológico
Como a Filosofia se relaciona com a Psicologia? Qual a influência das correntes filosóficas para 
o pensamento psicológico? Haveria Psicologia sem a Filosofia?
Desde a Antiguidade, a Filosofia acompanha a evolução humana, respondendo às questões 
incompreendidas pelos homens. Nesse diálogo permanente com a sociedade e a cultura de seu 
tempo, a Filosofia abre caminhos, proporciona respostas e faz novas perguntas, alimentando 
uma espiral evolutiva de conhecimento.
A busca da verdade exigiu que filósofos como Immanuel Kant, René Descartes, Francis Bacon, 
John Locke, entre outros, construíssem o conhecimento tecendo questionamentos sobre a rela-
Como se Estabeleceu a Visão 
de Homem na Psicologia?
06 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
ção sujeito e objeto. Nesse caso, sujeito é aquele que pretende conhecer, e objeto é o que será 
conhecido – e é dessa relação nasce o conhecimento. 
A história do homem é a busca da compreensão sobre ele mesmo e do mundo a sua volta. Ao 
definir conhecimento como “o modo pelo qual o sujeito se apropria intelectualmente do objeto” 
(ARANHA; MARTINS, 2009, p.109), aponta-se o ato de conhecer como um verbo de ação, e o 
produto que resulta do conhecimento. O ato de conhecer se estabelece na relação entre o su-
jeito cognoscente (sujeito que conhece) e o objeto a ser conhecido (fora da mente ou na própria 
mente, como o afeto, os sentimentos, as ideias). Assim, o produto do conhecimento é o próprio 
conhecimento. O acúmulo dos saberes recebidos da cultura, das tradições, das crenças, das 
religiões, das ciências, por exemplo, é o produto de todo o conhecimento adquirido. 
Durante o desenvolvimento deste estudo, você verá como os primeiros filósofos gregos construí-
ram o conhecimento sobre a vida e o saber humano. E como o conhecimento sofreu mudanças 
de acordo com o seu tempo em termos de objeto (o que se pretende conhecer), e de método 
(como conhecer). 
1.1.1 A filosofia grega
Em uma sociedade escravista, filosofar era um ato de aristocratas. Na sociedade grega havia 
uma valorização da atividade intelectual com ênfase pela contemplação dissociada da prática, 
ou seja, a sociedade grega desvalorizava o trabalho manual criando a dicotomia pensar versus 
fazer. Dividida em três grandes momentos, período pré-socrático, socrático (ou clássico) e pós-
-socrático (ou helenístico), Sócrates foi a grande referência. A seguir você verá os temas mais 
estudados nesses períodos.
No primeiro período chamado pré-socrático (séculos VII e VI a.C.) os filósofos gregos romperam 
com o pensamento mítico e as explicações divinas sobre a natureza, investigando racionalmente 
as origens do mundo e as causas de suas transformações. Ainda que existam poucos vestígios 
das obras dos primeiros filósofos, o que se sabe – por filósofos posteriores – é que nesse período 
destacaram-se as ideias de mutualidade essencial do ser (que todas as coisas mudam sem ces-
sar), é um eterno “devir” (o ser como processo, como movimento, como eterno vir a ser) elabo-
rado por Heráclito; e de que o ser é imóvel, único, imutável e infinito, por Parmênides (princípio 
da identidade que explica que cada ser é igual a si mesmo).
Ainda envolvidos com questões da cosmologia, o segundo período se refere aos pensadores 
no período socrático ou clássico (século V e IV a.C.), são chamados de sofistas por serem iden-
tificados como sábios e pedagogos. Valorizavam a retórica (arte de falar bem) e contribuíram 
para sistematização do ensino. Ampliaram seus questionamentos ao campo da política, moral e 
antropologia, elaborando um ideal teórico de democracia. Buscavam entender o conhecimento 
sobre o lugardo homem pela compreensão da ética e da política. 
Sócrates, principal referência na filosofia grega (470-399 a.C.), não deixou nada escrito, tendo 
suas ideias divulgadas por Xenofonte e Platão. Com o pressuposto “só sei que nada sei’, reco-
nhecia sua própria ignorância, base para seu método chamado maiêutica. Este método consistia 
em “dar à luz” novas ideias, conhecimentos advindos de cada interlocutor mediante um diálogo 
de confronto sobre questões polêmicas, principalmente morais.
Platão (428-347 a.C.) discípulo de Sócrates, escreveu o livro A República obra que expõe a pa-
rábola A alegoria da caverna, sobre pessoas que vivem acorrentadas no fundo de uma caverna e 
enxergam somente movimentos em uma parede, na qual são projetadas sombras que elas pen-
sam ser realidade. No entanto, essas sombras são marionetes projetadas por pessoas que estão 
fora da caverna e atrás de um muro iluminado por uma fogueira. De acordo com a parábola, se 
alguém saísse da caverna e descobrisse os verdadeiros agentes da ilusão, ao regressar seria con-
siderado louco por seus antigos companheiros, que não acreditariam em suas palavras. Nessa 
história, Platão atenta-se essencialmente sobre o conhecimento, as etapas da educação de um 
07
filósofo (o despertar), e como deve utilizá-lo (voltar à caverna para orientar e governar seu povo). 
Para Platão, existem dois tipos de conhecimento, o sensível e o inteligível, e ele os categoriza de 
acordo com suas respectivas profundidades (PLATÃO, 2000).
O conhecimento sensível é percebido pelos sentidos, pelo movimento. É ilusório, é a sombra do 
verdadeiro mundo. Por sua vez, o conhecimento inteligível é alcançado pela dialética ascenden-
te, ideias hierarquizadas que elevam a ideia do “bem” ao topo. Acima do conhecimento sensível 
estão as ideias gerais, alcançadas pela contemplação e pela depuração dos sentidos. Logo, os 
fenômenos só existirão a partir do momento que participam do mundo das ideias – essa é a te-
oria da participação.
Figura 1 – Teoria da participação: ainda que existam diversas espécies de gatos, 
para Platão eles só existem enquanto participam da ideia de gato em si.
Fonte: Shutterstock, 2015.
O terceiro período, pós-socrático (séculos IV e III a.C.), busca a verdade e a ciência pelas leis 
do pensamento, desenvolvendo a teoria do conhecimento. Destaca-se o filósofo Aristóteles, que 
elaborou o princípio da lógica e dos conceitos da metafísica, denominada por ele de filosofia 
primeira, na tentativa de explicar o ser em geral. Suas primeiras ideias são redigidas nas obras 
Metafísica e Sobre a alma. 
Para Aristóteles, as coisas são contingentes (produzidas por algo exterior), geradas sucessivamente 
umas pelas outras e tendo, como princípio de tudo, Deus. Aristóteles afirma que há uma relação en-
tre corpo (matéria) e alma (forma), sendo a alma, o próprio ato, a perfeição de um corpo. As ideias 
são explicadas pelo intelecto (abstração) que, partindo de imagens das coisas, elabora conceitos 
universais. A indução ou percepção conduz ao primeiro princípio do conhecimento – a universali-
dade. E a dedução desenvolve-se progressivamente, do conceito universal ao raciocínio particular.
Definindo ciência como conhecimento verdadeiro, Aristóteles reforça o princípio de causalidade, 
onde “tudo que se move é necessariamente movido por outro” (In: ARANHA; MARTINS, 2009, p. 
159). Essa fase enfatiza o eterno devir, que tem origem na natureza da mudança: todo ser tem 
de realizar a forma que lhe é própria. Em outras palavras, o movimento é a forma atualizando 
a matéria. Percebe-se a eterna mudança da forma que lhe é própria na vida do ser humano: 
um bebê é um bebê e se transformará em criança, que será uma criança e se transformará em 
adolescente, que será um adolescente e se transformará em adulto – e assim por diante. Cada 
momento da vida do ser humano num eterno devir de transformação, de atualização da forma. 
08 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
Assim, é possível perceber que o objeto de estudo da filosofia grega discutia sobre a funcionalida-
de dos sentidos e da razão, e como chega-se a conhecer as coisas em sua superficialidade ou sua 
essência. Para Platão, o real está nas ideias divididas em mundo sensível (os fenômenos) e mundo 
inteligível (as ideias); para Aristóteles está nos conceitos universais aplicados à coisa individual.
Entre os séculos V e XV surge a filosofia medieval, que se voltou para assuntos de força espiritual 
e política introduzidos pela Igreja Católica. É possível destacar duas tendências filosóficas desta 
época, a patrística e escolástica. O objetivo dessas correntes filosóficas era o de convencer e 
converter novos adeptos à nova religião; ambas consideravam que o objetivo da razão é auxiliar 
a fé, e por isso a razão está subordinada à fé. 
1.1.2 A modernidade – filosofia renascentista
O século XVII foi o ápice de um processo que modificou a imagem do próprio ser humano e 
do mundo que o cerca. A Idade Moderna sofre profundas transformações culturais, sociais, po-
líticas, morais, artísticas, científicas, religiosas e filosóficas. É nesse período que acontecem as 
grandes navegações e o descobrimento do Novo Mundo; a revolução comercial, o início do ca-
pitalismo com a ascensão da burguesia; a reforma protestante e o surgimento das novas ciências 
da Física e da Astronomia. O paradigma da racionalidade é que a razão nasce da subjetividade 
e não mais na autoridade de um poder político ou religioso, libertando o homem de profundas 
crenças e superstições. Se antes a reflexão centrava-se na teologia, na modernidade prevalece à 
visão antropocêntrica, o homem é o centro de tudo.
As ideias de Galileu Galilei (1564-1642) endossaram o nascimento da ciência. Con-
siderado o pai da Física moderna experimental, seus experimentos revolucionaram 
a história. Galileu Galilei que descobriu que a Terra gira em torno do sol, o que 
lhe custou a vida. Para saber mais, acesse o endereço <http://www.ifsc.usp.br/index.
php?option=com_content&view=article&id=930:galileu-galilei-quem-foi-ele&catid=
7:noticias&Itemid=224>. 
VOCÊ QUER LER?
A modernidade é marcada pelo racionalismo, que exalta a confiança no poder da razão. Assim, 
para fugir do erro, o racionalismo buscou a questão do método, uma revisão da metafísica e 
do problema do conhecimento. Se na antiguidade o problema partia do ser (ser algo, objeto), 
na modernidade ele partiu do conhecer (sujeito). Os questionamentos voltam-se para a consci-
ência do homem, o sujeito que conhece. Além do racionalismo, que destaca o papel da razão 
na construção do conhecimento. e tem como principais personagens René Descartes, Espinoza 
e Leibniz, surge também o empirismo, que enfatiza o papel da experiência sensível no processo 
de conhecimento e tem como principais pensadores Francis Bacon, John Locke, David Hume e 
George Berkeley. A seguir, você saberá mais sobre essas correntes filosóficas. Acompanhe! 
Racionalismo
Nos estudos dessa corrente filosófica, destaca-se Descartes (1596-1650), o “pai da filosofia mo-
derna”, que exaltou a capacidade do homem de construir o próprio conhecimento. A partir da 
consciência, o autor da obra Discurso do método, publicada inicialmente em 1647, lançou um 
método que conduzisse à verdade por meio de cadeias de pensamento pela dedução, isso é, um 
pensamento conduz a outro, e assim sucessivamente. Para tanto, estabeleceu quatro regras que 
estruturariam o pensamento: a evidência, a análise, a ordem e a enumeração: 
•	 da evidência: seria o reconhecimento do que aparece como ideia clara e distinta;
09
•	 da análise: seria a fragmentação do pensamento em parcelas menores para resolver por partes;
•	 da ordem: seria o pensar de forma progressiva, dos objetos mais simples aos mais complexos;
•	 da enumeração: seria a revisão constantemente para que nada tenha sido esquecido.Esse método chamado dúvida metódica, que tem por base o questionamento de tudo, levou 
Descartes a concluir: “cogito ergo sum”, frase do latim que, em português, significa: “penso, logo 
existo”. Como percepcionado por si mesmo, “existo enquanto penso”. A filosofia de Descartes 
exalta o caráter absoluto da razão que, partindo do seu pensamento descobre todas as verdades 
possíveis (DESCARTES, 2011). 
Descartes não conseguiu resolver a dicotomia corpo e mente. Se o corpo é realidade física, 
possui massa e está sujeito à realidade física, fisiológica e às leis deterministas da natureza. 
As atividades da mente (recordar, raciocinar, querer), porém, não têm extensão física e não se 
submetem às leis físicas. A partir desse ponto, distinguem-se dois campos de estudos que vão 
permear as ciências humanas: o corpo, como objeto de estudo da ciência; e a mente como ob-
jeto de reflexão filosófica. 
Figura 2 – O homem virtruviano de Leonardo da Vinci reproduz o ideário renascentista: humanista e clássico. 
Fonte: Shutterstock, 2015.
Empirismo
Enfatiza que o processo de conhecimento se dá pelos sentidos e pela experiência sensível. Francis 
Bacon (1561-1626) é um dos representantes dessa corrente filosófica. Bacon, afirmando que sa-
ber é poder, denuncia os preconceitos e falsas verdades que dificultam a apreensão da realidade, 
chamando-os de ídolos. Os ídolos podem ser doutrinas ou sistemas filosóficos (ídolos do teatro), 
formas coloquiais de comunicação (ídolos de mercado), vieses individuais (ídolos da caverna), 
limitações universais do espírito humano (ídolos da tribo); e todos corrompem o método indutivo 
que visa estabelecer as leis científicas. Para Bacon, o processo indutivo corresponde ao processo 
10 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
de enumerar exaustivamente as manifestações de um fenômeno, registrar suas variações e testar 
os resultados por meio de experiências.
John Locke (1632-1704) contrapõe-se às ideias inatas de Descartes e afirma que a mente huma-
na, ao nascer, é uma página em branco. Para ele, o conhecimento advém da experiência sensí-
vel, sendo a origem das ideias embasadas na sensação e na reflexão. A sensação tem estímulo 
externo e é processada na mente por meio dos sentidos, enquanto a reflexão é o resultado da 
experiência externa produzida pela sensação. Assim, a razão reúne as ideias conectando-as entre 
si. A partir dessa conexão, as ideias simples vêm da sensação e, combinadas, formando as ideias 
complexas. Por exemplo, a ideia de identidade, de existência, de causalidade etc.
Um dos defensores das ideias de Locke foi o filósofo James Mill. Por acreditar que a mente hu-
mana seria uma página em branco, submeteu seu próprio filho recém-nascido, John Stuart Mill, 
a uma experiência de aprendizado precoce e intensivo. A agenda de estudos rigorosos contribuiu 
para que John fosse capaz de ler Platão em grego com apenas três anos de idade e de escrever 
seu primeiro artigo científico aos 11 anos (SCHULTZ; SCHULTZ, 2014). 
John Stuart Mill (1806-1873) serviu de “cobaia” para o próprio pai, James. As experi-
ências impostas desde a infância levaram-no, aos 18 anos, a autodenominar-se uma 
“máquina lógica”. Aos 20, Mill sofreu um colapso mental, o que lhe exigiu vários anos 
para recuperar-se e readquirir autoestima. Retomando os estudos, contribuiu forte-
mente com argumentos que mostravam ser possível haver uma ciência da Psicologia, 
contrariando o pensamento positivista de Augusto Comte (SCHULTZ; SCHULTZ, 2014).
VOCÊ O CONHECE?
A partir do que você leu até o momento, observe o exemplo a seguir.
Caso:
Em 1922, ao norte da Índia, na aldeia de Bengali, um missionário anglicano encontrou duas me-
ninas vivendo em uma família de lobos. Criadas em total isolamento do contato humano, tinham 
aproximadamente oito e cinco anos. Elas foram chamadas de Amala e Kamala. Quando foram en-
contradas, as meninas não andavam em pé, somente de quatro. Comiam carne crua e tinham hábi-
tos noturnos, preferindo a companhia de cachorros e lobos. A separação da família lupina foi muito 
sentida por elas, levando a mais nova à morte. A mais velha viveu por mais dez anos e aprendeu 
alguns hábitos humanos, como comer comida cozida e andar em pé (MATURANA; VARELA, 2010). 
A partir do caso que você leu, reflita: quando nascemos, a mente humana realmente é um papel em 
branco? Como a menina conseguiu desenvolver novos hábitos depois de oito anos sem contato com 
os humanos? O ser humano é considerado um ser biopsicossocial, ou seja, ainda que tenha as es-
truturas biológicas que o permitem desenvolver-se física e cognitivamente, para tornar-se “humano” 
é necessário a relação com o outro, com a sociedade, com a cultura. Mais adiante você verá como 
algumas teorias desenvolveram os conceitos da interação entre organismo e ambiente.
David Hume (1711-1776) também empirista, escreveu Tratado da natureza humana, em que 
relata seu método de investigação, que consiste na observação e generalização. Para Hume 
há duas espécies de conteúdo mental: as impressões e as ideias. As impressões, são elementos 
básicos da vida mental, tem origem nas percepções individuais, como a sensação. As ideias 
são experiências mentais formuladas sem objetos estimulantes, como as imagens. Os conteúdos 
mentais podem ser simples ou complexos. As ideias complexas dependem das ideias simples. 
Elas se compõem a partir da lei da associação que é regida pela semelhança, contiguidade no 
11
espaço e tempo, e pela relação causa e efeito. Nota-se que a experiência decomposta em sensa-
ções e ideias simples organizada pelas leis da associação, expressa a tentativa de construir uma 
mecânica do pensamento (HUME, 2009).
Dessa forma, é na filosofia moderna que as questões epistemológicas foram centrais para os prin-
cipais filósofos da época – Descartes, Bacon, Locke e Hume –, que organizaram métodos para 
investigar os limites do conhecimento humano. Esse cenário preparou o chamado Século das Lu-
zes e abriu novas perspectivas sobre a razão a partir da crítica de Kant e do positivismo de Comte.
É no século XVIII o período conhecido como iluminismo. Nesse período, a natureza é vista des-
vinculada da religião. Os homens ressaltam seu poder de transformação e a revolução científica, 
iniciada principalmente por Galileu (séc. XVII), é fortalecida.
Iluminismo
Essa doutrina tem Immanuel Kant (1724-1804) como maior expoente. Na tentativa de superar o 
racionalismo e o empirismo, Kant concluiu que o conhecimento é constituído de algo que vem de 
fora da experiência (a posteriori) e algo que existe em nós mesmos, anterior a qualquer experiên-
cia (a priori). Sua grande conclusão é de que a matéria e a forma atuam ao mesmo tempo (KANT, 
1987). Para consolidar seu pensamento, Kant cunhou os termos sensibilidade, para explicar a 
capacidade receptiva da qual obtém-se as representações exteriores; e entendimento, que é a 
capacidade do homem de pensar e produzir conceitos. O pensamento de Kant ficou conhecido 
como idealismo transcendental e como criticismo.
O pensamento de Kant inspirou duas linhas divergentes entre os filósofos do século 
XIX. Os materialistas, representados por Karl Marx e Friedrich Engels; e os idealistas, 
por Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Marx e Engels fizeram uma releitura da teoria de 
Hegel sobre dialética e influenciaram profundamente a Psicologia sócio-histórica, li-
nha de estudo que trabalha o ser humano em seu contexto histórico-social (ARANHA; 
MARTINS, 2009).
VOCÊ SABIA?
Positivismo
Linha filosófica surgida após o criticismo de Kant, enfatiza que o conhecimento advém dos fatos 
captados pela observação e raciocínio, visando alcançar as leis universais. O termo “positivo” 
significa real, certeza e precisão. Para o filósofo francês Augusto Comte (1798-1857), fundador 
da doutrina positivista, a verdade não é discutível, e o únicoconhecimento válido é o objetiva-
mente observável na natureza social, abandonando totalmente os conceitos de consciência indi-
vidual e da introspecção. É pela razão que o homem descobre as relações entre os fenômenos. 
Mas porque o positivismo foi tão importante para a Psicologia?
O positivismo teve grande aderência nos primeiros anos do século XX. O contexto social, econô-
mico, político, ideológico e científico consolidaram seus ideais. Influenciando diversas escolas de 
pensamento da Psicologia, destaca-se o behaviorismo, que aplicou diretamente o positivismo em 
sua proposta de uma psicologia sem consciência, sem mente, sem alma, que se interessava so-
mente pelo que pudesse ser visto, ouvido e tocado. Continue acompanhando, pois mais adiante 
você aprenderá mais sobre a escola behaviorista.
12 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
1.2 A influência da escola de pensamento 
quantificador e mecanicista
Como você estudou anteriormente, a Psicologia carrega uma história advinda das diversas ten-
tativas de conhecer o sujeito e o objeto do conhecimento. Fruto da cultura mais ampla, essa 
ciência está exposta a influências externas que a moldam e a direcionam. Para compreendê-la, 
é necessário considerar o seu contexto histórico, as forças sociais, políticas, ideológicas e eco-
nômicas da época.
Quando a Psicologia nasceu, ela se encontrava dividida em escolas de pensamento. Definem-se 
escolas de pensamento como a união de um grupo de psicólogos que se associam ideologi-
camente, ou a um líder, compartilhando as mesmas orientação teórica e sistemática. Algumas 
escolas de pensamento foram substituídas, outras extinguidas e outras ainda estão presentes na 
Psicologia. Neste tópico, você estudará as matrizes do pensamento psicológico, ideias nucleares 
que deram origem às diversas escolas de pensamento da Psicologia.
Para compreender as escolas de pensamentos, seguirá a abordagem de alguns historiadores da 
área que estudam a história da Psicologia mediante a identificação de quatro modelos de estudo:
1. Zeitgeist – o espírito do tempo;
2. grandes homens;
3. abordagem psicanalítica; 
4. visão multifatorial.
1.2.1 Zeitgeist e os grandes homens da história da Psicologia
Zeitgeist é um termo alemão que significa o espírito, (ou índole) referenciando o clima social de uma 
época. Para os alemães, o Zeitgeist é como um agente personalizado que caracteriza e determina 
uma certa conduta à sociedade num determinado tempo e em lugar específicos. Por exemplo: você 
consegue imaginar as pessoas utilizando computadores em 1850? Provavelmente não. O clima da 
época não estava preparado para tal tecnologia. Não só para o desenvolvimento, mas os costumes, 
as questões éticas, morais, e a cultura manifestados no momento não eram adequados.
O conceito de Zeitgeist está associado aos grandes homens. Se não há Zeitgeist para o surgimento 
de uma nova ideia, sua aplicação ou descoberta se limitará ao padrão de pensamento dominante 
de uma cultura. É como se a sociedade não estivesse preparada para receber um novo conceito, 
uma nova ideia. Exemplo: imagine se o cientista escocês Ian Wilmut apresentasse sua descoberta, 
o clone da ovelha Dolly criado em 1996, na década de 1950? Nessa época, destacaram-se dois 
marcos científicos: a descoberta da estrutura do DNA (1953) e o envio da cadela Laika ao espaço, 
a bordo da nave Sputnik II (1957). Mas qual seria a reação à descoberta de Ian Wilmut?
Portanto, a melhor maneira de compreender a Psicologia é pelas matrizes do pensamento psi-
cológico e suas respectivas escolas de pensamento, juntamente com os grandes homens que 
prestaram contribuições notáveis para o desenvolvimento dessa ciência. 
1.2.2 O mecanicismo.
O Zeitgeist dos séculos XVII a XIX que influenciou e alimentou a nova Psicologia era o espírito do 
mecanicismo. Nas praças era comum ver chafarizes automatizados, com bonecos mecânicos que 
se moviam conforme o passar da água. Todas as máquinas eram construídas e aperfeiçoadas 
13
para o uso da ciência, da indústria e da diversão. Não tardou a aparecer “a mãe das máquinas” 
o relógio mecânico, seguido de todos os tipos de objetos para servir às necessidades humanas, 
a exemplo de bombas, roldanas, guindastes etc.
Por detrás das produções mecânicas, dois conceitos da Física se destacaram: a lei da inércia, 
criada por Galileu, que atribuiu o mesmo valor e propriedade ao estado de repouso e ao esta-
do de movimento; e o resgate do conceito de atomismo grego, dos cientistas Pierre Gassendi 
(1592-1655), Robert Boyle (1627-1691) e Thomas Hobbes (1588-1679), que consideravam a 
realidade composta por partículas mínimas, invisíveis e que combinadas produziam corpos ob-
serváveis. Esses conceitos, somados às tentativas de observação dos fenômenos e de dedução 
das propriedades matemáticas elementares sobre o comportamento dos corpos, fundamentaram 
os procedimento básicos da ciência, a análise teórica e experimental.
O relógio, metáfora perfeita do espírito mecânico, manifestava a regularidade e a eficiência que 
envolveram a ideia de determinismo, crença de que todo ato é determinado por eventos passa-
dos. É também possível incluir na metáfora do relógio a expressão da onipresença das leis, do 
automatismo e da quantificação.
Figura 3 – Relógio astronômico com quatro autômatos, instalado em Praga, República Checa, no ano de 1410. 
Fonte: Shutterstock 2015.
Em Medicina e na Fisiologia, a lógica do mecanicismo está na leitura do sistema circulatório 
humano. Na Psicologia, além da ideia de determinismo para explicar os atos presentes, a lógica 
mecanicista imbuiu que era possível aplicar as mesmas leis do universo físico para a análise 
científica e para o estudo da natureza humana. Assim como é possível analisar e reduzir o estudo 
das máquinas em componentes básicos, também podemos aplicar ao estudo do ser humano, 
que é semelhante a uma máquina: organizado, previsível, observável e mensurável. Descartes 
foi um dos primeiros a dar interpretação mecânica ao corpo humano: “Deus construiu nosso 
corpo como uma máquina e quis que ele funcionasse como um instrumento universal, operando 
segundo suas própria leis.” (In: FIGUEIREDO, 2008, p. 65). 
Os movimentos automáticos eram aceitáveis para representar os organismos. Porém, quando referem-
-se aos homens, como explicar o espírito, a razão, e a vontade além dos movimento involuntários? 
14 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
1.2.3 A prática do pensamento mecanicista na Psicologia.
O século XIX foi dominado pelo espírito mecanicista da época. Tanto a Fisiologia quanto a Fi-
losofia buscaram relacionar as disciplinas e lançaram um desafio: explicar todos os fenômenos, 
inclusive pertinentes à matéria viva, em termos físicos.
Foi nos laboratórios de Fisiologia, disciplina de orientação experimental que possuía métodos 
de pesquisa científicas já estruturados, que nasceu a Psicologia. Wilhelm Wundt foi o fundador 
oficial da disciplina acadêmica formal. Seu interesse era da experiência imediata, da experiência 
consciente. Mediante o princípio da apercepção, buscava organizar ou sintetizar os processos 
dos elementos cognitivos. Embora a visão de Wundt contrarie a noção mecânica e passiva da 
associação que tanto preconizava os empiristas e associacionistas da época, Wundt teve um 
discípulo, E. B. Titchener (1867-1927) que não aceitou a ênfase wundtiana da apercepção e se 
concentrou nos elementos que compõem a estrutura da consciência, criando sua própria abor-
dagem da Psicologia, o estruturalismo.
Para Titchener, é preciso analisar a consciência em suas partes constituintes para determinar a 
sua estrutura. Nessa abordagem, é possível observar os conceitos da influência mecânica e ato-
mista do estruturalismo. Titchener propôs três finalidades para a Psicologia:
1. reduzir os processos conscientesaos seus componentes mais básicos;
2. determinar as leis mediante as quais esses elementos se associam;
3. conectar esses elementos às suas condições fisiológicas.
Decompor a experiência, identificar elementos com base no método da introspecção e controlar 
os “erros de estímulo” exaltavam fortemente a psicofísica.
A ideia de decomposição do fluxo comportamental deveria explicar o comportamento comple-
xo analisado mediante seus elementos, a sucessão de estímulos e respostas. Essa foi uma das 
ideias que preconizou o behaviorismo americano, que situa-se dentro da tradição atomista e 
mecanicista. J. B. Watson (1878-1958), C. L. Hull (1885-1952) e E. R. Guthrie (1886-1956) são 
alguns dos personagens que oscilam entre o pensamento atomista, o mecanicista e o organicista 
funcional, que você verá adiante.
Assim, compreende-se que as raízes do atomismo e do mecanicismo na Psicologia foram impor-
tadas da aplicação da mecânica newtoniana em outras áreas bem-sucedidas como a Física, a 
Química, a Fisiologia, a Medicina e a própria Filosofia. O contexto de organização social e téc-
nica do trabalho industrial fortaleceram e consolidaram o funcionamento do sujeito equiparado 
aos padrões da natureza inanimada e às formas do movimento mecanizado.
VOCÊ QUER VER?
Inspirado na obra de Fritjof Capra, o filme Ponto de mutação (Mindwalk), dirigido 
por Bernt Amadeus Capra, mostra uma conversa entre um cientista, um político e um 
filósofo sobre uma nova visão de mundo. Preste atenção aos pontos de vista que cada 
personagem traz para a discussão e procure identificar quais os princípios do pensa-
mento holístico e suas diferenças em relação ao pensamento mecanicista.
15
1.3 A influência da escola de pensamento 
funcionalista e organicista
Três fenômenos característicos dos seres vivos desafiaram o poder compreensivo do mecanicismo 
e dos procedimentos analíticos atomistas: a reprodução, a autoconservação e a transformação. 
Ora, nenhuma máquina ou ser inanimado se reproduz, se conserta sozinho e tem a capacidade 
de mudar por si só. Isso indica que os seres humanos têm algo interno, não observável e que 
foi chamado de vitalismo. Os autores vitalistas do século XVIII recorriam ao princípio vital para 
explicar a manutenção, o florescimento e a multiplicação da vida. A unificação dos estudos da 
vida criou uma nova ciência: a Biologia, que trouxe os conceitos de organismo, função, evolução 
e desenvolvimento.
No início do século XIX, a corrente do mecanicismo e do atomismo servem de base para o fun-
cionalismo. Assim como a corrente organicista e funcionalista, juntas, originarão o behaviorismo, 
que também mostrará conceitos mecanicistas. Sobreposições decorrentes das escolas de pensa-
mento são comuns na Psicologia e explicam a profusão de linhas teóricas e correntes de estudos 
existentes, ora sob o aspecto de um movimento, associação informal de pessoas em torno de um 
ideal; ora sob o aspecto formal das escolas de pensamento. 
Devido a essa característica, serão abordadas as matrizes do pensamento psicológico principal-
mente a partir de seus respectivos precursores. Você verá o funcionalismo na América do Norte e 
sua expressão na Europa, e ainda identificará as submatrizes ambientalista e nativista da Psico-
logia, juntamente com o interacionismo, resultado dessa relação. 
1.3.1 O funcionalismo pragmatista americano
O movimento funcionalista se desenvolveu nos EUA a partir das obras de Charles Darwin (A 
origem das espécies) e Francis Galton (Gênio hereditário e Herança natural). O Zeitgeist da 
cultura americana abraçou a teoria da evolução que foi aceita e discutida nas universidades, 
popularizando-se nas revistas e até em publicações religiosas. Para Schultz e Schultz (2014), o 
povo americano refletia as qualidades de ser prático, útil e funcional, e por isso a América foi 
mais propícia à evolução da Psicologia funcionalista.
Afastando-se dos interesses sobre a estrutura e o conteúdo da consciência propagado pelos mecanicis-
mo e estruturalismo de Titchener, os psicólogos funcionalistas tinham uma visão prática da Psicologia: 
descobrir a utilidade dos processos mentais aplicados aos problemas do mundo real. Com princípios 
da análise funcional, estrutural e genética, a Psicologia funcional caracteriza sua base metodológica.
Charles Darwin (1809-1882), naturalista e biólogo é considerado o pai da teoria da 
evolução das espécies. Em 1859, publicou o livro A origem das espécies, que expõe a 
ideia de variação entre membros individuais da mesma espécie transmissível esponta-
neamente por herança. De acordo com Darwin, o processo de seleção natural é uma 
luta constante e resulta na sobrevivência do organismo mais bem preparado para o 
seu ambiente, e na eliminação dos que não se ajustam (SCHULTZ; SCHULTZ, 2014).
VOCÊ O CONHECE?
William James (1842-1910), considerado precursor da psicologia funcional, contribuiu para 
delimitar o seu objetivo, que não era a descoberta dos elementos da experiência, mas o estudo 
16 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
das pessoas vivas em sua adaptação ao ambiente. Para ele, a consciência é vital para os seres 
complexos e foi o que garantiu a evolução dos seres humanos, orientando-os à sobrevivência. 
James deu ênfase aos processos conscientes como atividades orgânicas, úteis e funcionais que 
produzem mudanças na vida do próprio organismo. Exaltando o funcionalismo e o organicismo, 
estas duas correntes se cruzam e influenciam a criação de novas ideias, conceitos e abordagens 
sobre o objeto de estudo da Psicologia.
James afirmou que os seres humanos não são criaturas inteiramente racionais. Trouxe valiosas 
contribuições para a teoria das emoções. Segundo ele, o comportamento precede as emoções. 
Por exemplo, vê-se um urso, corre-se e depois sente-se medo. As mudanças corporais ocorridas 
são a própria emoção. Para chegar a essa conclusão, James utilizou o método da introspecção 
para perceber as mudanças corporais, batimentos cardíacos, respiração ofegante e tensão mus-
cular, que identificam a ocorrência da emoção.
Além das emoções, James introduziu novas concepções como o fluxo de consciência, ideia de 
que a consciência flui. Também afirmou que a consciência é cumulativa, ou seja, não é possível 
ter o mesmo pensamento igual mais de uma vez devido às experiências que intervêm de modo 
diferente no pensamento. O autor afirma, ainda, que a consciência é seletiva, escolhe os estí-
mulos, filtra, combina, separa e os rejeita, tendo como critério de seleção a relevância. A cons-
ciência tem um propósito que é capacitar à adaptação ao ambiente, permitindo fazer escolhas.
James também falou dos hábitos, ilustrando sua concepção acerca das influências fisiológicas. 
Considerava os hábitos como feixes associados ao sistema nervoso. Para ele, os hábitos servem 
para que seja possível realizar as ações repetidamente com menos atenção.
Por sua vez, John Dewey (1859-1952) formalizou a escola de pensamento funcionalista. Dewey 
acreditava na mudança social a partir da teoria da evolução. Para ele, o progresso é resultado 
da luta do intelecto humano com a realidade. Nessa luta, a consciência produz o comportamento 
apropriado para que o organismo sobreviva e progrida. 
Com James Rowland Angell (1869-1949), a Psicologia funcional reuniu as três ideias principais 
do movimento funcionalista:
1. busca descobrir como opera um processo mental, o que realiza e em quais condições ocorre;
2. busca compreender a utilidade da consciência, estudando os processos fundamentais da 
atividade biológica, considerando a evolução orgânica;
3. estuda as relações psicofísicas e sua relação entre o organismo e seu ambiente.
Teoricamente o funcionalismo não adotou um método de estudo específico. Porém, na prática, 
havia uma ênfase para a objetividade complementando o método com a introspecção e técnicasde obtenção de dados. A escola funcionalista americana iniciou os estudos sobre o comporta-
mento manifesto e objetivo, em vez de estudar a mente subjetiva e a consciência, abrindo cami-
nho para os estudos da Psicologia aplicada.
A Psicologia aplicada foi a adequação da Psicologia no mundo real. Os psicólogos americanos 
introduziram a Psicologia nas escolas, fábricas, agências de publicidade, clínicas infantis, tribu-
nais, centros de saúde mental, fazendo-a objeto de estudo e de uso.
Destaca-se nesse contexto o psicólogo Lightner Witmer (1867-1956), fundador da Psicologia clí-
nica. Envolveu-se com avaliação e tratamento de problemas comportamentais e de aprendizagem 
de crianças em idade escolar, atualmente conhecida como Psicologia escolar. Também desenvol-
veu programas-padrão de avaliação e tratamento e tornou-se referência em educação especial.
17
Ainda nesta matriz, no contexto americano formou-se o movimento behaviorista também co-
nhecido como comportamentalismo. Iniciado por John B. Watson, em 1903, rompeu com a 
psicologia de Wundt e o funcionalismo, devido as suas ideias positivistas e pela proposta de uma 
Psicologia objetiva, uma ciência do comportamento com foco nas ações observáveis, passíveis 
de descrição objetiva em termos de estímulo e resposta. 
O comportamentalismo teve dois grandes estágios de evolução. De 1913 a 1930 tendo, depois 
de Watson, Ivan Petrovitch Pavlov (1849-1936) como principal referência. Seus estudos sobre a 
aprendizagem relacionada aos processos fisiológicos, os reflexos condicionados, mostrou que os 
processos mentais superiores (pensamento, linguagem e atenção voluntária) podem ser estuda-
dos em termos fisiológicos, com uso de animais sem mencionar a consciência. Para Watson, a 
Psicologia é parte das ciências naturais e seu objeto de estudo é o comportamento.
Figura 4 – Aparato utilizado por Pavlov para estudar a resposta salivar condicionada em cães.
Fonte: SCHULTZ; SCHULTZ, 2014, p. 228.
O segundo estágio de evolução do comportamentalismo é datado de 1930 a 1960, tendo 
como principal representante Burrhus Frederick Skinner (1904-1990). Dedicado ao estudo das 
respostas, Skinner utilizou uma linguagem descritiva de comportamentalismo radical, voltada à 
descrição e à não-explicação do comportamento. Com foco no comportamento observável, a 
investigação científica centrava-se no controle do experimentador, das condições de estímulos e 
da resposta do organismo observado. Seus estudos sobre a aprendizagem trouxeram conceitos 
do comportamento respondente, referente à resposta do organismo a um estímulo externo ob-
servável; e de comportamento operante, resposta do organismo sem estímulo externo aparente.
Para Skinner, o behaviorismo é uma filosofia da ciência que tem como foco os métodos e objetos 
de estudo da Psicologia. Os fenômenos mentais, chamados por ele de fenômenos privados, são 
de natureza física, material e, portanto, mensuráveis. 
1.3.2 O funcionalismo europeu
Jean Piaget (1896-1980) foi um dos maiores representantes da matriz funcionalista e organicista 
em Psicologia na Europa. Sua teoria sobre a aprendizagem utiliza conceitos da análise genética 
e funcional ao falar da capacidade do organismo de se autorregular e mudar suas estruturas 
para se adaptar ao meio. Piaget chamou de acomodação a busca pelo equilíbrio do organismo 
18 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
em compensar as interferências do meio. Piaget estudou a inteligência identificando-a como um 
sistema de operações vivas e atuantes. Para ele, ser inteligente é ser capaz de estabelecer com o 
meio uma interação equilibrada e autorregulada. Autorregulação é um processo de reconstrução 
interna que age de acordo com as respostas do ambiente. 
Para finalizar este item, você conhecerá um pouco da linha de estudo chamada psicanálise. Inicia-
da por Sigmund Freud (1856-1939), a psicanálise freudiana não surgiu no âmbito da Psicologia 
acadêmica e não tinha características diretas com as escolas de pensamento do início do século XX. 
O seu objeto de estudo, os comportamentos “anormais” então identificados como distúrbios men-
tais (histeria, fobias etc.); o seu método a observação clínica; e o seu foco de trabalho – a análise 
do inconsciente – divergiram das práticas psicológicas da época, levando-a a não ser classificada 
como uma escola de pensamento psicológica. No entanto, Para Schultz e Schultz (2009) a psica-
nálise apresenta características indiretas com as ideias do funcionalismo e comportamentalismo, 
isto é, com a matriz mecanicista. Essa influência mostra-se na ideia de Freud sobre as forças físicas 
e químicas que agem nos seres vivos e inanimados, assim como sobre a natureza determinista do 
comportamento humano, denominado pelo psicanalista alemão como determinismo psíquico.
Freud cunhou o termo determinismo psíquico para explicar que todos os fenômenos psíquicos estão 
inter-relacionados, isto é, todas as manifestações psíquicas e comportamentais têm uma razão, uma 
função, um sentido, seja consciente ou inconsciente, e são determinadas por eventos passados. 
Do ponto de vista funcional e orgânico, o estudo da estrutura e do desenvolvimento da perso-
nalidade rompe com as ideias de causalidade mecânica. Conceitos reguladores sobre o sistema 
psíquico como a intenção de liberação e descarga da tensão, que servem para compatibilizar as 
exigências instintivas e atender às necessidades do mundo natural e social, reafirmam a raciona-
lidade biológica da teoria psicanalítica
VOCÊ QUER VER?
O filme Um método perigoso, dirigido por David Cronenberg, 2012, mostra a relação 
entre Sigmund Freud e Carl Jung, dissidente das ideias freudianas. Retrata a divergên-
cia de pensamentos que levaram à separação dos personagens, tanto física quanto 
conceitual, ocorrida antes do nascimento da psicanálise. O filme também mostra a 
relação que ambos têm com a paciente Sabina Spielrein, internada no Hospital Psiqui-
átrico Burgholzi. Ao assistir, perceba quais são as principais ideias de Freud que Jung 
não aceita, e o que leva Jung a fundar a Psicologia analítica.
1.4 A influência da escola de pensamento 
do historicismo ideográfico, estruturalismo e 
fenomenologia
Historicismo é o “pensamento histórico em geral que se originou em recusa da forma de pensa-
mento racional e construtivista do iluminismo.” (SCHOLTZ, 2011, p. 43).
Apogeu das mais sublimes expressões do ser humano, as matrizes do historicismo ideográfico 
(captação da experiência como vivência única e individual através dos sentidos) trazem os con-
ceitos da estética, das artes, da cultura, do transcendentalismo, uma filosofia que privilegiou a 
19
natureza, a percepção e o instinto humano. Surge o individualismo, a autoconsciência e a ideia 
do eu redefinida em expressões como autorrealização, auto-expressão e autossuficiência.
Para entender o mundo pós-iluminismo, você precisa saber por que a Gestalt é representante da 
matriz estruturalista, e como a fenomenologia ajudou a consolidar as psicologias existencialistas. 
Cabe lembrar que o estruturalismo neste campo, como matriz de pensamento, é diferente do estru-
turalismo citado anteriormente que corresponde a uma abordagem psicológica criada por Titchener.
1.4.1 Estruturalismo - a Psicologia da Gestalt
Os estruturalistas trouxeram soluções metodológicas para o problema da autorreflexão, ou seja, a abor-
dagem que compreende e interpreta o simbólico, as visões de mundo, a linguagem, a mitologia etc. 
A Psicologia da Gestalt, também conhecida como Psicologia da forma, veio como alternativa à 
Psicologia elementarista, associacionista e introspectiva. Os primeiros gestaltistas, Max Wertheimer 
(1880-1943), Kurt Koffka (1886-1941) e Wolfgang Köhler (1887-1967), inicialmente desenvolve-
ram estudos sobre a percepção, expandindo-os mais tarde para os processos cognitivos (memórias 
e soluçõesde problemas). Mantendo-se atentos à motivação e ao comportamento, a proposta da 
Gestalt era estudar a experiência imediata, ou consciente. Ao observar os fenômenos tais como se 
expõem à percepção, percebe-se que as combinações de elementos formam um padrão que não 
pode ser analisado em partes, porque o todo é distinto da soma das partes. Essa valorização da 
experiência imediata enfatizou a subjetividade do fenômeno e a indivisibilidade das formas.
A Gestalt avançou seus estudos sobre o fenômeno, ou comportamento, afirmando que ocorrem 
em uma determinada estrutura, em um conjunto organizado de formas e significados, e cabe à 
Gestalt compreender as estruturas para analisar os fenômenos que nele ocorrem. 
O termo Gestalt, palavra alemã que significa forma, ou propriedade como configuração específi-
ca, serve tanto para objetos quanto para características de objetos. Ao definir a percepção como 
uma totalidade, na Gestalt espera-se mostrar a percepção ingênua como um abrir de olhos.
A percepção é uma organização instantânea do espaço a nossa volta. O mundo perceptivo é 
regido por princípios que organizam espontaneamente as percepções (visuais, auditivas, táteis, 
olfativas). Observe um exemplo de como a percepção visual se organiza pelos princípios da 
percepção Analisando a Figura 5:
(a) (c)
(b) (d)
Figura 5 – Imagem que mostra quatro exemplos dos princípios da organização perceptiva.
Fonte: SCHULTZ e SCHULTZ, 2014, p. 310.
20 Laureate- International Universities
Psicologia e Comportamento
Agora, veja a descrição dos princípios representados:
1. Proximidade: partes que estão próximas no tempo ou espaço parecem formar uma unidade 
e tendem a ser percebidas juntas (a).
2. Continuidade: há uma tendência na percepção de seguir uma direção, de vincular os 
elementos de uma maneira que os faça parecer contínuos (a).
3. Semelhança: partes semelhantes tendem a serem vistas juntas como se formassem um grupo (b).
4. Complementação: a percepção tende a complementar figuras incompletas (c).
5. Simplicidade: tende-se a ver uma figura tão boa quanto possível sob as condições dos 
estímulos, ou seja, simétrica, simples e estável (c).
6. Figura/fundo: tende-se a organizar percepções no objeto observado (a imagem d) e o 
segundo plano contra o qual ela se destaca (fundo). A imagem d e o fundo são reversíveis, 
você pode ver os dois rostos ou uma taça, vai depender de como você organiza sua 
percepção.
A Gestalt contribuiu para os estudos da percepção e da aprendizagem. O avanço dos estudos da 
Gestalt ocorreram no desenvolvimento da fenomenologia.
1.4.2 Fenomenologia
A fenomenologia preocupa-se com o rigor epistemológico (referente a conhecimento), enfatizan-
do o método de análise dos fundamentos do conhecimento.
Tem como foco os objetos da e para consciência, analisados pelo método da contemplação ime-
diata, tais como na experiência espontânea e pré-reflexiva. Esse método consiste na descrição 
ingênua do fenômeno como aparece na consciência, sem interferência de qualquer reflexão ou 
análise. Para a fenomenologia, não há separação entre sujeito e objeto, sendo que a vida pró-
pria é captada pelo imediato em sua totalidade. É aquilo que se revela, que aparece e o que é 
captado espontaneamente pelo sujeito. As ciências humanas vão se apropriar da fenomenologia 
para captar o psíquico na esfera da consciência individual e da consciência coletiva, de forma 
conceitual e instrumental que validem suas práticas e superem o bom senso.
Definindo a estrutura da consciência em três itens – intencionalidade, temporalidade e horizonte 
–, a fenomenologia nas ciências humanas orienta e destaca pontos de análise e de intervenção. 
A intencionalidade da consciência indica que a consciência é ato, é a forma, é a mediadora entre 
o sujeito e o mundo. Logo, para compreendê-la, não se pode utilizar a introspecção porque ela 
está fora do sujeito, pelas suas manifestações comportamentais, corporais e espirituais. A cons-
ciência é sempre consciência de algo. Em outras palavras, a consciência é a atividade psíquica 
intencional que dá sentido às coisas e ao mundo.
A temporalidade da consciência é inevitavelmente a manifestação da percepção em um determi-
nado tempo. A percepção tem sua identidade numa sucessão temporal de imagens, implicando 
uma memória. “Todo ato de consciência reúne, diferencia, compara e sintetiza o tempo.” (FI-
GUEIREDO, 2008, p. 176). Para a Psicologia de base fenomenológica, captar a vivência do su-
jeito é vital para compreendê-lo, compreender sua historicidade. O passado é retido no presente, 
reconfigurando seu significado no aqui e no agora.
O conceito de horizonte da consciência intencional é sempre atualizado explicitamente por algo, 
juntamente com uma possibilidade implícita relacionada ao objeto um conjunto de significados 
ocultos. Para fenomenologia é possível clarificar a experiência humana compreendendo como 
21
o sujeito apreende o objeto, percebe sua vivência. Essa apreensão na consciência tem uma in-
tencionalidade, que liga a vivência ao objeto, cria a relação entre o sujeito e o mundo, entre o 
sujeito e o objeto. É o que dá sentido ao homem, ao seu modo de existir. 
Figura 6 – Uma fotografia representa a apreensão de um momento da percepção. 
Fonte: Shutterstock, 2015.
Dessa forma, a fenomenologia fundamentará práticas psicológicas existencialistas, sendo um 
eixo orientador filosófico, metodológico e conceitual para o esclarecimento das teorias das ci-
ências humanas.
22 Laureate- International Universities
síntese
Este capítulo mostrou as bases filosóficas para as escolas de pensamento da Psicologia. Ao conc-
tock, 2015.siçais.tudo deensamentoraço qual precisou de vela Laika para o espaço, luir seus 
estudos, você teve a oportunidade de:
•	 compreender a origem da visão de homem na Psicologia baseada na Filosofia grega e 
ocidental;
•	 entender a relevância da Filosofia moderna para o desenvolvimento das ciências ocidentais 
e suas influências para a psicologia;
•	 identificar as teorias e doutrinas que influenciaram o método experimental base para 
a consolidação das ciências humanas, nomeadamente o pensamento quantificador e 
mecanicista, funcionalista e organicista, o historicismo ideográfico, o estruturalismo e a 
fenomenologia;
•	 compreender os desdobramentos das matrizes do pensamento psicológico nas escolas 
de pensamento quantificador e mecanicista; funcionalista e organicista; estruturalista e 
fenomenológica da Psicologia. 
Síntese
23
Referências
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Bibliográficas

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