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Universidade Federal da Paraíba Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Alimentos INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E INSTRUMENTAÇÃO I Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Engenheiro Mecânico – UFPB Doutor em Engenharia Mecânica – USP Notas de aula do curso de: 2016 Aulas 01, 02 e 03 Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Conteúdo Programático das Aulas 01, 02 e 03 Generalidades o Fluido, Tubo e Tubulação – Conceitos e Definições Classificação das Tubulações Industriais o Quanto ao emprego o Quanto ao fluido conduzido Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Conceitos e Definições É uma substância que se deforma continuamente quando submetido a uma tensão de cisalhamento, não importando o quanto pequena possa ser essa tensão. • Fluido • Tensão de cisalhamento em um fluido É o componente tangencial da força que age sobre a superfície, dividida pela área da superfície. Elemento de fluido sujeito a uma deformação cisalhante Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Newtoniano, , = cte (relação linear); Não-newtoniano (relação não-linear). ► Os fluidos newtonianos são fluidos nos quais a tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à taxa de deformação (obedecem a lei de Newton da viscosidade). ► Os fluidos não-newtonianos são todos os fluidos nos quais a tensão cisalhante não é diretamente proporcional à taxa de deformação. • Classificação dos fluidos: Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho ► Os fluidos não-newtonianos são geralmente classificados como tendo comportamento independente ou dependente do tempo. ― Na classificação dos fluidos não-newtonianos de comportamento independente do tempo têm-se: os pseudoplásticos, os dilatantes e os plásticos de Bingham ou plásticos ideais. ― Na classificação dos fluidos não-newtonianos de comportamento dependente do tempo têm-se: os tixotrópicos, os reopéticos e os viscoelásticos. • Classificação dos fluidos: Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho • Noção de reologia dos fluidos: Um fluido perfeito (ideal) não tem viscosidade: escoa sem que seja necessário submetê-lo a uma tensão de cisalhamento. Fonte: ASSY, T. M. (2004). du/dy n – índice de comportamento do escoamento do fluido k – índice de consistência • Modelo exponencial para fluidos com comportamento independente do tempo Onde: Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho (n < 1) – Pseudoplástico (tornam-se delgados com as tensões tangenciais. Ex: polpa de papel em água, soluções poliméricas, suspensões coloidais, xarope, melados) – Caso (3). (n = 1 e k = ) – Newtonianos (água, ar, gasolina, óleo, etc) – Caso (2). (n >1) – Dilatante (torna-se mais espesso com as tensões tangenciais. Ex: areia molhada; maizena – ao se misturar com água se torna uma massa muito espessa) – Caso (1). (n < 1) – Plástico (um fluido fortemente pseudoplástico é chamado de plástico) – Caso (5). Plástico de Bingham ou ideal – comporta-se como sólido até que uma tensão limítrofe (0) seja excedida, e subseqüentemente apresenta uma relação linear constante de sobre du/dy (caso limite de uma substância plástica). Ex: pasta de dente; maionese; suspensões de argila; chocolate; mostarda; ketchup. Caso (4). • Exemplos de comportamento reológico de fluido independente do tempo Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho São elementos vazados, normalmente de forma cilíndrica e seção constante, utilizados no transporte de fluidos (líquidos ou gases), inclusive materiais pastosos e fluidos com partículas sólidas em suspensão. – Para auxiliar o deslocamento dos fluidos entre os equipamentos (vasos, torres, permutadores etc.) e para os tanques de armazenamento, ao final do processo, são utilizadas máquinas como bombas e compressores. Conceitos e Definições • Tubos Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Conceitos e Definições – A maioria funciona como condutos forçados, isto é, o fluido preenche toda a área da seção transversal. Logo, não há superfície livre. – Fazem exceção apenas as tubulações de esgoto e, às vezes, de água, que trabalham com superfície livre como canais. Fluido Fluido • Tubos Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Nomenclatura utilizada no Brasil – TUBOS (CONDUTOS RÍGIDOS). – MANGUEIRAS OU MANGOTES (CONDUTOS OU TUBOS FLEXÍVEIS). Nomenclatura utilizada nos Estados Unidos – PIPE e TUBE: TUBOS. – PIPE: CONDUZIR FLUIDOS DO PROCESSO. – TUBE: DESTINADOS PARA OUTRAS FUNÇÕES. • Tubos Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho – Um dos primeiros problemas de engenharia que a humanidade enfrentou, à medida que as cidades foram se desenvolvendo, foi o suprimento de água para o uso doméstico e irrigação de plantações. – Nosso estilo de vida urbano só pode ser mantido com abundância de água e está claro, por meio da arqueologia, que cada civilização de sucesso da pré-história investiu na construção e manutenção dos sistemas de água. – Os aquedutos romanos, alguns dos quais ainda existem, são os melhores exemplos conhecidos. – Há mais de 2500 anos os gregos construíram 1280 km de aquedutos perto de Atenas. Uma Breve História Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho – O mais famoso é o aqueduto de Nimes, construído em 18 d.C. pelos romanos, uma estrutura de mais de 50 km de comprimento com 48,8 m de altura em seu ponto mais alto. Fonte: Internet. Uma Breve História Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho – O aqueduto mais longo, com 141 km, está em Cartago na Tunísia, construído pelos romanos entre 117-138 d.C. O aqueduto trazia água de Zaghouan para Cartago. Fonte: Internet. Uma Breve História Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho – Herança romana na península Ibérica, construído entre os séculos 1º e 2º d.C., tem 15 km de extensão e seu ponto mais alto tem 28,5 m de altura, com fundações que avançam mais de 6 m no subsolo. Transporta as águas do rio Fuente para o centro da cidade de Segóvia. Fonte: Internet. Uma Breve História Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Uma Breve História – A estrutura tem 249 m de comprimento e é parte do aqueduto romano de Tárraco, que fornecia água do rio Francolí para a cidade de Tarragona, na Espanha, em um percurso de cerca de 15 km. Fonte: Internet. Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Uma Breve História – Iniciado em 1593 no reinado de D. Filipe I e concluído em 1614 por Pedro Fernandes de Torres. É constituído na totalidade por 180 arcos e inicia o seu percurso em Pegões na freguesia de Carregueiros de Tomar e termina na Mata Nacional dos Sete Montes. Fonte: Internet. Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Uma Breve História • Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, Portugal. – Termina no Largo das Amoreiras e foi construído no século XVIII (1748) com 18,6 km de extensão. Fonte: Internet. Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Uma Breve História – Aqueduto do Lazareto, construído em 1896 foi edificado com pedras e óleo de baleia. Localiza-se na Praia Preta, costa sul de São Sebastião no Rio de Janeiro. Fonte: Internet. Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho – Aqueduto da Carioca,mais conhecido como Arcos da Lapa. Construído no Rio de Janeiro (1719-1725) com 270 m de extensão e 17 m de altura. Fonte: Internet. Uma Breve História Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Uma Breve História Fonte: Çengel & Cimbala (2015). – O exemplo de engenharia mais impressionante do ponto de vista técnico encontra-se na cidade helenística de Pergamon. Entre 283 e 133 a.C, foi construído uma série de tubulações de chumbo e argila pressurizadas, com até 45 km de comprimento e que operavam com pressão maior que 1,7 MPa (180 m de altura de carga). Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho • Tubulação ► APLICAÇÕES: – Distribuição de água potável ou de processos industriais; – Distribuição de vapor para força e/ou para aquecimento; – Distribuição de óleos combustíveis ou lubrificantes; – Distribuição de ar comprimido; – Distribuição de gases e/ou líquidos industriais. ► DEFINIÇÃO: Conjunto de tubos e de seus diversos acessórios. Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho – A necessidade da existência das tubulações decorre principalmente do fato de o ponto de geração ou de armazenagem dos fluidos estar, em geral, distante do seu ponto de utilização. – Usam-se tubulações para o transporte de todos os materiais capazes de escoar, em toda a faixa de variação de pressões e temperaturas usuais na indústria: desde o vácuo absoluto até cerca de 1000 MPa, e desde próximo do zero absoluto (-273 ºC) até as temperaturas de metais em fusão. ► CARACTERÍSTICAS: • Tubulação Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho ► Os tubos de aço, que hoje dominam largamente quase todos os campos de aplicação industrial, são de desenvolvimento relativamente recente, datando de 1825 o primeiro tubo de aço, fabricado na Inglaterra. ► Só em 1886, com a primeira patente dos irmãos Mannesmann, do “laminador oblíquo” foi possível produzir economicamente tubos de aço sem costura. Nessa época os tubos de aço eram necessários principalmente para resistir às pressões cada vez mais altas das tubulações de vapor. • Tubos de Aço Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Um dos motores a vapor do Titanic (1911). Fonte: Internet. Conceitos e Definições Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Conceitos e Definições ► Nessas indústrias, o valor das tubulações representa, em média, 20 a 25% do custo total da instalação industrial; ► A montagem das tubulações atinge, em média, 45 a 50% do custo total da montagem de todos os equipamentos; ► O projeto das tubulações vale, em média, 20% do custo total do projeto da indústria. Obs: “Industria de processo” é um nome genérico para designar as indústrias em que materiais fluidos sofrem transformações físicas e/ou químicas, ou as que se dedicam à armazenagem, manuseio ou distribuição. Dentre essas indústrias encontram-se, por exemplo, muitas indústrias de alimentos. • Tubulações na Indústria de Processo Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Classificação das Tubulações CLASSIFICAÇÃO DAS TUBULAÇÕES Tubulações dentro de instalações industriais Tubulações fora de instalações industriais Tubulações de utilidades Tubulações de instrumentação Tubulações de transmissão hidráulica Tubulações de drenagem Tubulações de transporte Tubulações de distribuição Tubulações de processo • Classificação das Tubulações Industriais quanto ao Emprego Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Classificação das Tubulações CLASSIFICAÇÃO DAS TUBULAÇÕES VAPOR ÓLEOS AR GASES ESGOTOS E DRENAGEM FLUIDOS DIVERSOS ÁGUA • Classificação das Tubulações Industriais quanto ao Fluido Conduzido Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Exemplo de Tubulações Tubulação de processo. Fonte: Çengel & Cimbala (2015). Notas de Aula: Prof. Geraldo Dantas Silvestre Filho Exemplo de Tubulações Tubulação de utilidades. Fonte: Çengel & Cimbala (2015).
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