Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 1 Sistemas Prediais de Suprimento de Água Fria – Dimensionamento da Rede de Distribuição Dimensionamento Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 2 Dimensionamento As tubulações da rede de água fria trabalham como condutos forçados, razão pela qual é necessário dimensionar e caracterizar os quatro parâmetros hidráulicos, a saber: • vazão (Q); • velocidade (v); • perda de carga (h); e a • pressão (p). A vazão (Q) é um dado estabelecido, a priori, em função dos consumos dos diversos pontos de utilização e a outra variável adotada é a velocidade, fixada no valor máximo de 3,0 m/s, visando minorar os ruídos nas tubulações e sobrepressões (golpes de aríete). Toda a instalação de água fria deve ser calculada trecho a trecho, visando economia e racionalização e de acordo com as unidades de medida e com a Tabela Parâmetros Hidráulicos de Escoamento da NBR 5626/98. Dimensionamento Não há fixação de velocidades mínimas, mas a velocidade máxima em uma tubulação não deve exceder a equação abaixo, e nem a 3,0 m/s. � � 14 � � � ���� ����, �� �/� � � � â����� ��� ���, �� � Essa velocidade máxima tem por finalidade limitar o ruído nas tubulações, especialmente nos locais em que o ruído possa perturbar as atividades do imóvel ou repouso dos usuários. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 3 Dimensionamento Diâmetro Velocidade Máxima (m/s) Vazão Máxima (l/s) DE (mm) DN (mm) DI (mm) e (mm) D Ref (pol) 20 15 17,0 1,5 ½ 1,60 0,20 25 20 21,6 1,8 ¾ 1,95 0,60 32 25 27,8 2,1 1 2,25 1,20 40 32 35,2 2,4 1 ¼ 2,50 2,50 50 40 44,0 3,0 1 ½ 2,50 4,00 60 50 53,4 3,5 2 2,50 5,70 75 65 66,6 4,2 2 ½ 2,50 8,90 85 75 75,6 4,7 3 2,50 12,00 110 100 97,8 6,1 4 2,50 18,00 NBR 5626:1998 item 3.2: Diâmetro nominal (DN): Simples número que serve como designação para projeto e para classificar, em dimensões, os elementos de tubulação (tubos, conexões, dispositivos e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao diâmetro interno dos tubos, em milímetros. NOTA - O diâmetro nominal (DN) não deve ser objeto de medição nem deve ser utilizado para fins de cálculos. Dimensionamento A vazão em toda a rede de água fria deve ser tal que atenda às condições mínimas estabelecidas no projeto, evitando que o uso simultâneo de peças de utilização possa acarretar desconforto para o usuário. Para se garantir a suficiência do abastecimento de água, deve-se determinar a vazão em cada trecho da tubulação corretamente. Isso pode ser feito através de dois critérios: o do consumo máximo possível e o do consumo provável. 1) Consumo Máximo Possível consiste na soma das vazões de todos os aparelhos ligados ao ramal (vazão máxima possível). Baseia-se no fato de que a vazão no ramal de distribuição deve ser do uso simultâneo de todos os aparelhos que ele alimenta. O uso simultâneo ocorre em geral em instalações onde o regime de uso determina essa ocorrência, como por exemplo em fábricas, escolas, quartéis, instalações esportivas etc. onde todas as peças podem estar em uso simultâneo em determinados horários. Supor o funcionamento simultâneo de todos os aparelhos na maioria dos casos é inadequado, uma vez que a probabilidade de que isto ocorra é bastante reduzida, conduzindo a sistemas anti-econômicos. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 4 Dimensionamento 2) Consumo Provável é o critério que se baseia na hipótese de que o uso simultâneo dos aparelhos de um mesmo ramal é pouco provável, e na probabilidade do uso simultâneo diminuir com o aumento do número de aparelhos. Incorpora-se à vazão máxima de projeto fatores que representem a probabilidade de ocorrência de uso simultâneo de diferentes pontos do sistema (vazão provável). Este critério conduz a diâmetros menores do que pelo critério pelo consumo máximo possível. Existem diferentes métodos que poderiam ser utilizados para a determinação dos diâmetros das tubulações através desse critério. O método recomendado pela NBR 5626:1998, e que atende ao critério do consumo máximo provável, é o Método da Soma dos Pesos. Dimensionamento Ponto de Utilização Diâmetro Ref (pol) DE (mm) Aquecedor (alta pressão) ½ 20 Aquecedor (baixa pressão) ¾ 25 Banheira ½ 20 Bebedouro ½ 20 Bidê ½ 20 Caixa de descarga ½ 20 Chuveiro ½ 20 Filtro de pressão ½ 20 Lavatório ½ 20 Lavador de pratos ou roupas ¾ 25 Pia de cozinha ½ 20 Tanque ¾ 25 Válvula de descarga 1 ¼ 40 Diâmetros mínimos de subramais Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 5 Método da Soma dos Pesos 1. Verificar o peso relativo de cada aparelho sanitário conforme indicado na Tabela. 2. Somar os pesos dos aparelhos alimentados em cada trecho de tubulação, obtendo o somatório dos pesos (ΣP). 3. Calcular a vazão em cada trecho da tubulação através da equação na qual o somatório é convertido na demanda simultânea total do grupo de peças de utilização considerado, que é expressa como uma estimativa da vazão. � � � Σ� � � ���ã�, �� �/� � � ��� ���� �� ��� ���� � 0,3 �/� Σ� � �����ó� � ��� !���� �� ��� "� ���� ���� 4. Determinar o diâmetro de cada trecho da tubulação através do ábaco. Aparelho Sanitário Peça de utilização Vazão (l/s) Peso Bacia sanitária com caixa de descarga Caixa de descarga 0,15 0,3 Bacia sanitária com vávula de descarga Válvula de descarga 1,70 32 Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0 Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1 Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1 Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4 Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1 Lavadora de pratos e roupas Registro de pressão 0,30 1,0 Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3 Mictório com sifão Válvula de descarga 0,50 2,8 Mictório sem sifão Caixa de descarga, registro de pressão ou válvula de descarga 0,15 0,3 Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 por metro 0,3 Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7 Pia Torneira elétrica 0,10 0,1 Tanque Torneira 0,25 0,7 Torneira jardim ou lavagem em geral Torneira 0,20 0,4 Fonte: NBR 5626 (ABNT, 1998) Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 6 Diâmetros e vazões em função dos pesos Fair Whipple Hsiao Fonte: CREDER, 2006. EXERCÍCIOS 1. Dimensionar as colunas e o barrilete pelo método do Consumo Máximo Possível para sistema de medição coletiva. 2. Dimensionar as colunas e o barrilete pelo método do Consumo Provável (Soma dos Pesos) para sistema de medição coletiva. 3. Dimensionar as colunas e o barrilete pelo método do Consumo Provável (Soma dos Pesos) para sistema de medição individualizada. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 7 EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS Planta Baixa Pvto Tipo (lavanderia e cozinha). Semelhante ao exemplo, apenas demostrativo. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 8 Sistemas Prediais de Suprimento de Água Fria – Dimensionamento Alimentador Predial Alimentador Predial Alimentador predial é a ligação do hidrômetro ao reservatório inferior. Seu dimensionamento é feito do consumo médio diário do imóvel. A velocidade média da água por alimentador predial deve estar entre os limites de 0,6 m/s e 1,0 m/s. Assim, fixando-se a velocidade e de posse do CD, pode-se calcular o diâmetro do alimentador predial, aplicando-se a equação da continuidade. Instalações Prediais Hidrossanitárias Prof. Gabriela Schneider de Sousa Bottega 9 Alimentador Predial AlimentadorPredial 1) Vazão no alimentador predial # � $% & Q: l/s CD: consumo diário (L) T: 1 dia (s) 2) Cálculo da área da seção transversal # � ' × ) Q: vazão do alimentador predial (m³/s) v: velocidade média do alimentador predial (m/s) S: área transversal do alimentador (m²) 3) Diâmetro do alimentador predial ' � *%+ , S: área transversal do alimentador (m²) D: diâmetro do alimentador predial (m) DNmin = 20 mm
Compartilhar