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Introdução A palavra petróleo vem do latim petroleum, petrus, pedra e oleum, óleo, do grego (petrelaion) óleo da pedra. Uma das principais fontes de energia no planeta Terra nos tempos modernos, o petróleo tem seus primeiros registros históricos há 4000 anos a.C, quando apareceram as primeiras exsudações e afloramentos no Oriente Médio nove onde estão algumas das maiores reservas do mundo). Há diversas teorias a respeito do surgimento do petróleo no mundo, porém, a mais aceita é a de que ele surgiu do acumulo de restos orgânicos de animais e plantas (plâncton marinho e lacustre; algas, diatomáceas, peixes, moluscos, plantas superiores, etc.) no fundo de lagos e mares, sofrendo transformações químicas ao longo de milhares de anos. Na indústria do petróleo mobilizam-se somas gigantescas de recursos econômicos e humanos para sustentas as operações de exploração e produção de óleo e gás, insumos industriais que marcaram indelevelmente o século XX e transformaram de modo definitivo, a vida da humanidade, a ponto de transformarem-se em bens estratégicos para a segurança nacional dos mais importantes países do mundo. Deter reservas de óleo e gás e dominar tecnologias para produzi-las é, igualmente, fator crítico de desenvolvimento para países periféricos ou emergentes. Assim ao longo do tempo o petróleo foi se impondo como fonte de energia. Hoje, com o advento da petroquímica, além da grande utilização dos seus derivados, centenas de novos compostos são produzidos, muito deles diariamente, utilizados, como plásticos, borrachas sintéticas, tintas , corantes , adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos, cosméticos, etc. Com isso, o petróleo além de produzir combustível, passou a ser imprescindível Às facilidades e comodidades da vida moderna. Entendendo seu processo Bacias sedimentares As rochas sedimentares são derivadas de restos e detritos de outras rochas preexistentes. Condições para formação Inicialmente deve haver a matéria orgânica adequada à geração do petróleo. Este material orgânico deve ser preservado da ação de bactérias aeróbias. O material orgânico depositado não deve ser movimentado por longos períodos. A matéria orgânica em decomposição por bactérias anaeróbias deve sofrer a ação de temperatura e pressão por períodos longos.O início do processo de formação do petróleo está relacionado com o início da decomposição dos primeiros vegetais que surgiram na Terra. Grande parte dos compostos identificados no petróleo é de origem orgânica, mas até que a matéria chegue ao estado de extração são necessárias condições especiais – e o ambiente marinho reúne tais condições. No ambiente marinho está a plataforma continental, a região que mais produz matéria orgânica. O intemperismo faz com que as rochas magmáticas, metamórficas ou sedimentares estejam constantemente sendo alteradas. O material resultante é transportado pela água, pelo vento ou pelo gelo e, por fim, depositado como um sedimento. Deve haver, então, uma compactação ou cimentação do material para ele se transformar em rocha sedimentar. Onshore – quando a bacia é terrestre. São originadas de antigas bacias sedimentares marinhas. Offshore – quando a bacia está na plataforma continental ou ao longo da margem continental. Migração e reservatórios Chamamos de „migração‟ o caminho que o petróleo faz do ponto onde foi gerado até onde será acumulado. Devido à alta pressão e temperatura, os hidrocarbonetos são expelidos das rochas geradoras, e migram para as rochas adjacentes.A partir da migração é que o petróleo terá chances de se acumular em um reservatório e formar reservas de interesse econômico. A migração ocorre em dois estágios: Migração primária: movimentação dos hidrocarbonetos do interior das rochas fontes epara fora destas; Migração secundária: em direção e para o interior das rochas-reservatórios. A próxima etapa é a acumulação. Devido a falhas estruturais no subsolo, ou então devido a variações nas propriedades físicas das rochas, o processo de migração é interrompido e os hidrocarbonetos vão se acumulando nas rochas-reservatórios, as quais devem ser porosas e permeáveis, pois o petróleo pode ser encontrado nos espaços existentes nestas rochas, e ele só poderá ser extraído se a rocha for permeável. A rocha, ou conjunto de rochas, que deverá ser capaz de aprisionar o petróleo após sua formação,evitando que ele escape, são as "armadilhas". Exploração O ponto de partida na busca do petróleo é a exploração, atividade em que se realizam os estudos preliminares para a localização de uma jazida. Para identificar a localização do petróleo e decidir qual a melhor forma de extraí-lo de poços em terra ou no mar, o homem usa conhecimentos de Geologia e Geofísica. Refino Apesar de a separação da água, óleo, gás e sólidos produzidos ocorrer em estações ou na própria unidade de produção, é necessário o processamento e refino da mistura de hidrocarbonetos provenientes da rochareservatório, para a obtenção dos componentes que serão utilizados nas mais diversas aplicações (combustíveis, lubrificantes, plásticos, fertilizantes, medicamentos, tintas, tecidos, etc.). As técnicas mais utilizadas de refino são: 1. destilação, 2. craqueamento térmico, 3. alquilação 4. craqueamento catalítico. Transporte Pelo fato de os campos petrolíferos não serem localizados, necessariamente, próximos dos terminais e refinarias de óleo e gás, é necessário o transporte da produção por embarcações, caminhões, vagões ou tubulações (oleodutos e gasodutos). Distribuição Os produtos finais das estações e refinarias (gás natural, gás residual, GLP, gasolina, nafta, querosene, lubrificantes, resíduos pesados e outros destilados) são comercializados com as distribuidoras, que se incumbem de oferecê-los, na sua forma original ou aditivada, ao consumidor final. A indústria do óleo no contexto internacional 1. Histórico O registro da participação do petróleo na vida do homem remonta a tempos bíblicos. NA antiga Babilônia, os tijolos eram assentados com asfalto e o betume era largamente utilizado pelos fenícios na calafetação de embarcações. Os egípcios o usaram na pavimentação de estradas para embalsamar os mortos e na construção de pirâmides, enquanto gregos e romanos dele lançaram mão para fins bélicos. No Novo Mundo, o petróleo era conhecido pelos índios pré – colombianos, que o utilizavam para decorar e impermeabilizar seus potes de cerâmica. Os incas, os maias e outras civilizações antigas também estavam familiarizados com o petróleo, dele se aproveitando para diversos fins. O petróleo era retirado de exsudações naturais encontradas em todos os continentes. A história do petróleo no mundo começa em Tittusville, Pensilvânia (EUA), em 1859, onde o primeiro poço de petróleo foi descoberto pelo Cel. Drake. Ele foi encontrado em uma região de pequena profundidade (21m), perfurado com um sistema de percussão movido a vapor, ao contrário das escavações realizadas hoje, que chegam a milhares de metros. Em princípio era extraído apenas o querosene para iluminação, mas com o advento da indústria automobilística (Ford fabrica o primeiro modelo em 1896) e do avião, somado à sua utilização nas guerras, tornou-se o principal produto estratégico do mundo moderno. As maiores cem empresas do nosso século estão ligadas ao automóvel ou pelo petróleo. Eos nomes de John Rockeffeler (que fundou a Standard Oil em 1870), Paul Getty, Leopold Hammer, Alfred Nobel, Nubar Gulbenkian e Henry Ford tornaram-se mundialmente conhecidos por estarem associados ao petróleo ou ao automóvel. A fim de contextualizar o leitor, seguem abaixo ressaltados fatos históricos apontados no artigo, relevantes para as relações das atividades petrolíferas mundiais importantes para um melhor entendimento. A saber: Início do século XX – Utilização do Petróleo como combustível automobilístico. Inicia nos EUA por intermédio de pequenos produtores. Início do século XX – Início da realização de concessões petroleiras em países vizinhos. 1870 – Fundação da Standard Oil (atuais Exxon, Móbil e Chevron). 1908 – Fundação da Anglo-Persian Oil Company (atual BP) devido à histórica utilização da Rota das Índias pela Inglaterra. 1911 – 1924 – Primeiro conflito geopolítico realizado por petróleo. Este deu-se entre EUA e México,e possuiu um boicote ao petróleo mexicano. 1925 – Expansionismo alemão com a fundação da Turkish Petroleum Company no Golfo do México. 1933 – EUA e Inglaterra financiam rivalidade na Arábia Saudita visando lucros com exploração e produção de petróleo. 1938 – Nacionalização de companhias petroleiras. Os principais interlocutores nas negociações passam a ser os chefes de Estado e os diretores das empresas (constitui-se geralmente como cargo político, sendo indicado pelo Poder público). 1944 – Aliança política e militar entre EUA e Arábia Saudita. Em 1947, como contrapartida, 40% do capital da Esso (Exxon) e Móbil seria alocado na Aramco. Pós Segunda Guerra Mundial – Aumento da produção mundial. Pós Segunda Guerra Mundial – Crise provocada pela nacionalização do petróleo do Iran. 1960 – Formação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), representando um cartel primeiramente entre Arábia saudita, Venezuela, Kuwait, Irã e Iraque. Atualmente possui como membros Angola, Argélia, Líbia Nigéria, Venezuela, Equador, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Kuwait e Qatar. 1973 – Primeiro Choque Petroleiro – Devido à Guerra do Yom Kipur, OPEP realizou um embargo de petróleo aos países ocidentais, quadruplicando o preço do petróleo. Tal fato gerou em contrapartida a redução do consumo nos países da Europa Ocidental. 1973 – Nacionalização progressiva do petróleo dos países membros da OPEP. 1973 – Ingresso dos chamados “Independentes” no mercado, a saber: italianos, japoneses e empresas do Texas. 1979 – Segundo Choque Petroleiro – Revolução Islamista no Irã com fortes repercussões no preço do petróleo. Décadas de 1970 e 1980 – Contrachoque Petroleiro – alta na produção devido ao ingresso da produção de Petróleo offshore. 1991 – Desmembramento da União Soviética e descoberta de jazidas ide amplo interesse econômico na Rússia. 1998 – A crise financeira da Ásia resulta em sérios problemas econômicos. O preço do petróleo vai para U$ 15,20 o barril. 2005 – Cotação chega a níveis recordes e atinge U$ 70,85 o barril, com a passagem do furacão Katrina pelo Golfo do México, nos EUA, e pelo crescimento econômico da China. 2006 – A cotação do barril do petróleo manteve-se acima de U$ 70 a partir de abril, atingindo o recorde de U$ 78, em maio, em função do conflito entre Israel e o Hezbollah, no sul do Líbano. Outros fatores, como a crescente tensão entre Estados Unidos, Coréia do Norte e Irã também influenciam no preço do óleo no mundo. 2007 – O preço do barril do petróleo atinge, em setembro,novo recorde, cotado acima dos 90 dólares na Bolsa de Nova York. A alta do petróleo é impulsionada por temores em relação ao fornecimento do produto,associados às tensões na fronteira da Turquia com o Iraque e pela desvalorização do dólar frente ao euro. A cotação do barril já vinha sendo crescente desde agosto,com a crise das hipotecas imobiliárias de alto risconos Estados Unidos (o subprime). 1.1 Condições Atuais O questionamento acerca da flutuação de preços do petróleo no mercado financeiro atual é passível de ser interpretada através de uma ótica da chamada “geopolítica dura”, sendo conseqüência da passagem de um período no qual o balanceamento de oferta e demanda era baseado na dinâmica do mercado (tratando o petróleo como uma commodity como outra qualquer) e após o qual os aspectos geopolíticos da oferta estariam retornando sua relevância na determinação dos preços. Para tanto, são apontados condicionantes, a saber: Recrudescimento da demanda do petróleo (principalmente EUA, China e Índia); Maturidade e/ou declínio de produção de petróleo de bacias sedimentares fora da OPEP; Realinhamento político estratégico dos países da OPEP a partir do ano de 2000. A conjunção dos itens citados acima permitiu não somente manter os preços da cesta de referência da OPEP, mas também orientar uma estabilidade ao mercado de petróleo aceitável para produtores e consumidores. Tal fato permitiu um crescimento econômico global e contínuo no período de 2000 até 2005. No início de 2005, observa-se o desenlace de algumas crises que já estavam em cena em 2004, e que apresentam enorme importância no cenário geopolítico internacional, especialmente no que concerne a seus impactos nos mercados energéticos. Os EUA novamente anunciaram um aumento de pressão política e diplomática sobre o Irã, tendo como foco a aquisição e desenvolvimento por esse último país de tecnologia nuclear. No Iraque, foi eleito no início desse ano o novo governo, em meio a uma situação caracterizada por intensos combates entre as tropas dos EUA, baseadas nesse país, e a resistência iraquiana. Enquanto isso, na Arábia Saudita, leves tremores políticos internos e mudanças nas relações exteriores desse país levam os analistas a se preocuparem com o destino de sua tradicional aliança com os EUA. Assim, para fundamentar o retorno da geopolítica dura foi utilizado o apoio retórico de governantes e dirigentes dos países-membro aliado a eventos geopolíticos, tais como greves, tumultos sociais, atentados a instalações petrolíferas, guerras e tensões diplomáticas no Oriente Médio. No entanto, não há evidências palpáveis de que a OPEP estaria simulando uma crescente escassez para viabilizar um patamar mais elevado de preço, posto que possível provar que o mesmo controle eventos e tensões sociais por mais que esses culminem por beneficiar a organização. A partir da priorização de estudos com esse escopo, podemos argüir que o petróleo possui pontos de atenção econômicos cada vez mais delicados, tanto no tocante às reservas estratégicas quanto no que se refere à estratégia de imagem e simpatia das empresas em relação aos clientes e às comunidades do entorno (aliadas ao poder local). Embora este seja um tema de interesse, não irei me ater a discussões de cunho de Responsabilidade Social Corporativa e suas ligações com o Poder público e com a decorrente valorização das ações de empresas de todas as áreas de negócio. Um fator primordial nas discussões desse plano de negócios são os chamados “problemas da cadeia do petróleo”, os quais são constituídos por externalidades negativas, destacando-se os fatores de mudanças climáticas e de emissão dos gases do efeito estufa pelo consumo de combustíveis fósseis. Podemos acompanhar a realização de diversas reuniões com chefes de Estado para debater esse assunto e realizar a elaboração de diretrizes para a sua diminuição, com a transição de uma economia de hidrogênio e bicombustíveis. A história do petróleono Brasil A história do petróleo no Brasil começa em 1858, quando o Marques de Olinda assina o decreto nº2.266 cocedendo a José Barros Pimentel o direito de extrair mineral betuminoso para a fabricação de querosene, em terrenos situados Às margens do Rio Marau, na então província da Bahia. No ano seguinte, o inglês Samuel Allport, durante a construção da estrada de Ferro Leste Brasileiro, observa o gotejamento de óleo em Lobato, no subúrbio de Salvador. Em 1930 o ano mais conhecido como “A Lama Preta”, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos toma conhecimento de que os moradores de Lobato (BA) usam uma “lama preta”, oleosa, para iluminar suas residências. Realiza várias pesquisas e coletas de amostras da lama oleosa. Não obtém êxito em chamar a atenção de pessoas influentes é considerado “maníaco”. Contudo, as primeiras notícias sobre pesquisas diretamente relacionadas ao petróleo ocorrem em Alagoas em 1891, em função da existência de sedimentos argilosos betuminosos no litoral. O primeiro poço brasileiro com intuito de encontrar petróleo, porém, foi perfurado somente em 1897, por Eugênio Ferreira Camargo, no município de Bofete, no estado se São Paulo. Em 1919 foi criado o Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, que perfura sem sucesso, 63 poços nos estados do Paraná, Alagoas, Pará, Bahia Sergipe, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em 1938 sob a jurisdição do recém – criado Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), inicia-se a perfuração do poço DNPM-163, em Lobato, BA, que viria a ser descobridor do petróleo no Brasil, no dia 21 de janeiro de 1939. Apesar de ter sido considerado antieconômico, os resultados do poço goram de importância fundamental para o desenvolvimento das atividades petrolíferas no país. Conselho Nacional Do Petróleo Ainda nesse ano, em 29 de abril de 1938, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo. O decreto que instituiu o CNP também declarou de utilidade pública o abastecimento nacional de petróleo e regulou as atividades de importação, exportação, transporte, distribuição e comércio de petróleo e derivados e o funcionamento da indústria do refino. Mesmo ainda não localizadas, as jazidas passaram a ser consideradas como patrimônio da União. A criação do CNP marca o início de uma nova fase da história do petróleo no Brasil. Até o final de 1939 aproximadamente 80 poços haviam sido perfurados. O primeiro campo comercial, entretanto, foi descoberto somente em 1941, em Candeias, BA. A partir de 1953, no governo Vargas foi instituído o monopólio estatal do petróleo com a criação da Petrobras, que deu partida decisiva nas pesquisas do petróleo brasileiro. Desde sua criação a cada década da empresa tem sido marcada por fatos de grande relevância na exploração de petróleo no país. Ainda em Sergipe, um marco notável dessa década foi a primeira descoberta no mar, o campo de Guaricema. O grande fato dos anos 70, quando os campos de petróleo no Recôncavo Baiano entravam, na maturidade, foi a descoberta da província petrolífera da Bacia de Campos, RJ, através do campo da Garoupa. Nessa mesma década outro fato importante foi a descoberta de petróleo na plataforma continental do Rio Grande do Norte através do campo de Ubarana. A importação estava mais interessante do que a produção uma vez que as reservas terrestres estavam diminuindo, e a produção marítima era muito baixa não valendo a pena. Ampliou-se os financiamentos ao Downstream (refino, transporte e petroquímica), criando-se a Braspetro em 1972 para obter alternativas de abastecimento petrolífero em outro países. Um dos grandes propulsores da industria petroquímica aqui fora a crise econômica em 1973, modificando as relações entre as multinacionais e os países produtores e compradores de petróleo. Em 1975, os primeiros tratados de riscos foram assinados, nos quais constava-se que as multinacionais poderiam explorar o nosso petróleo em troca trouxessem aporte financeiro significativos. Não se teve nem a produção nem o capital financeiro prometido. Outra crise em 1978 fez acreditar que a indústria estaria condenada. Entretanto com os preços quintuplicados, ela fora revitalizada, fazendo com que grandes investimentos fossem feitos nas prospecções a fim de reduzir as dependências das importações A década de 80 foi marcada por três grandes fatos de relevância: a constatação de ocorrências de petróleo em Mossoró, apontado para o que viria a se constituir, em pouco tempo, na segunda maior área produtora de petróleo do país, as grandes descobertas dos gigantes Marlim e Albacora em águas profundas na Bacia de Campos, e as descobertas do Rio Urucu. Com a instituição da atual Carta Magma, em 1988, ficou findado os contratos de riscos. Com todo o conhecimento que os engenheiros e geólogos já tinham, eles utilizam a sísmica tridimensional nos métodos de pesquisas. Diminuindo os custos exploratórios e trazendo descobertas de gás e petróleo. A produção de petróleo no Brasil cresceu de 750m/dia na época da criação da Petrobras para mais de 182.000m/ dia no final dos anos 90, graças aos contínuos avanços tecnológicos de perfuração e produção na plataforma continental. Em 1997 foi criada a Lei do Petróleo nº 9478, já prevista na Constituição, pela sua emenda nº 09/95. Esta lei previa a criação da ANP (Agencia Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis), dando-a a responsabilidade de fiscalizar, gerenciar, e internacionalizar o petróleo. Tornando-se assim a agência reguladora do segmento no Brasil. Assim, a ANP começou a gerenciar os campos de petróleo, proceder com as pesquisas, que até então eram da responsabilidade da Petrobras, e para dirimir riscos à Estatal, começar a proceder com os certames licitatórios dos blocos candidato a produzirem petróleo, alem de cuidar do interesse nacional sobre o abastecimento dos derivados. O fim do monopólio A flexibilização do monopólio foi outro fato importante da história recente do petróleo no Brasil. No dia 6 de agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei 9478 que permitiu a presença de outras empresas para competir com a Petrobras em todos os ramos da atividade petrolífera. O seu crescimento do segmento se deu de tal forma que hoje a Petrobras tem tecnologia própria, sendo a pioneira, e atualmente a única, a ter condições tecnológicas para perfurações em águas profundas. Um dos seus recordes é perfuração no mar, sob uma lâmina de água de 2.777 m. Atualmente exportando a tecnologia de exploração nesses ambientes. Não poderia deixar de falar sobre do afamado “Pré-Sal”. Entretanto, por não se ter fatos mais contundentes, restringindo assim ao comentário de que em 2000 fora encontrado uma possível jazida cuja produção talvez seja 2000000 barril/dia. Conclusão das análises no segundo poço do bloco BM-S-11 (Tupi) indica volumes recuperáveis entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Veja o cronograma cronológico abaixo. A Maior Jazida de Gás Natural Em 2003 houve a descoberta da maior jazida de gás natural na plataforma continental brasileira, o Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos (SP). Produção no Brasil e no exterior supera a marca de dois milhões de barris de óleo equivalente por dia. Auto-Suficiência A decreto de nacionalizaçãode Evo Morales, presidente da Bolívia acabou ofuscando as comemorações do governo brasileiro pela auto-suficiência em petróleo no Brasil, anunciada 10 dias antes, em 21 de abril de 2006, durante o início das operações da plataforma P-50, na Bacia de Campos, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estrutura é a maior em operação no Brasil, acrescentando à produção nacional 180 mil barris de petróleo diariamente. Unidade flutuante do tipo FSPO (produz, processa, armazena e escoa o óleo e o gás), a P-50 responde sozinha por 11% de todo o óleo extraído no país. Além de produzir petróleo, a plataforma tem capacidade de comprimir seis milhões de metros cúbicos de gás natural e de estocar outros 1,6 milhão de barris de petróleo. Problemas na plataforma, porém, atrasaram em dois meses a tão sonhada autosuficiência sustentada. A estatal fechou o ano com produção de quase 2 milhões de barris por dia – 200 milhões a mais que o consumo médio do país, de 1,8 milhão de barris por dia. De acordo com o conceito adotado pela Petrobras, a autosuficiência é conquistada a partir do momento em que há disponibilidade de petróleo produzido nos campos nacionais em volume igual ou superior ao consumo e à capacidade de refino do país para atender à demanda do mercado brasileiro. Em 1º de maio de 2009, tem inicio a produção de petróleo na área de Tupi. As jazidas do pré – sal podem mudar o perfil das reservas da Companhia, que em sua maior parte é de petróleo pesado, reduzindo a importação de óleo leve e gás natural. A meta de produção nacional estabelecida no Plano Estratégico Petrobras 2015 é de 2,3 milhões de barris por dia em 2010. Em 2010 estima-se que a produção de petróleo em Tupi chegará a 100mil barris/dia. Em 2013 a previsão é de que a produção de biodiesel no Brasil seja de 640 milhões de litros. Para o segmento de etanol, a meta é atingir em parceria a produção de 1,9 bilhão de litros neste ano voltada para o mercado externo e 1,8 bilhão de litros para o mercado interno. By Gabriela Alves HTTP://www.fenix-eng.info
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