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Introdução 
 
 A palavra petróleo vem do latim petroleum, petrus, pedra e oleum, óleo, do grego 
(petrelaion) óleo da pedra. 
 
 Uma das principais fontes de energia no planeta Terra nos tempos modernos, o 
petróleo tem seus primeiros registros históricos há 4000 anos a.C, quando apareceram 
as primeiras exsudações e afloramentos no Oriente Médio nove onde estão algumas 
das maiores reservas do mundo). 
 Há diversas teorias a respeito do surgimento do petróleo no mundo, porém, a mais 
aceita é a de que ele surgiu do acumulo de restos orgânicos de animais e plantas 
(plâncton marinho e lacustre; algas, diatomáceas, peixes, moluscos, plantas 
superiores, etc.) no fundo de lagos e mares, sofrendo transformações químicas ao 
longo de milhares de anos. 
 
 Na indústria do petróleo mobilizam-se somas gigantescas de recursos econômicos 
e humanos para sustentas as operações de exploração e produção de óleo e gás, 
insumos industriais que marcaram indelevelmente o século XX e transformaram de 
modo definitivo, a vida da humanidade, a ponto de transformarem-se em bens 
estratégicos para a segurança nacional dos mais importantes países do mundo. Deter 
reservas de óleo e gás e dominar tecnologias para produzi-las é, igualmente, fator 
crítico de desenvolvimento para países periféricos ou emergentes. 
 
 Assim ao longo do tempo o petróleo foi se impondo como fonte de energia. Hoje, 
com o advento da petroquímica, além da grande utilização dos seus derivados, 
centenas de novos compostos são produzidos, muito deles diariamente, utilizados, 
como plásticos, borrachas sintéticas, tintas , corantes , adesivos, solventes, 
detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos, cosméticos, etc. Com isso, o petróleo 
além de produzir combustível, passou a ser imprescindível Às facilidades e 
comodidades da vida moderna. 
 
 
 
 
Entendendo seu processo 
 
Bacias sedimentares 
 
 As rochas sedimentares são derivadas de restos e detritos de outras rochas 
preexistentes. 
 
Condições para formação 
 
 Inicialmente deve haver a matéria orgânica adequada à geração do petróleo. Este 
material orgânico deve ser preservado da ação de bactérias aeróbias. 
 
 O material orgânico depositado não deve ser movimentado por longos períodos. A 
matéria orgânica em decomposição por bactérias anaeróbias deve sofrer a ação de 
temperatura e pressão por períodos longos.O início do processo de formação do 
petróleo está relacionado com o início da decomposição dos primeiros vegetais que 
surgiram na Terra. Grande parte dos compostos identificados no petróleo é de origem 
orgânica, mas até que a matéria chegue ao estado de extração são necessárias 
condições especiais – e o ambiente marinho reúne tais condições. 
 No ambiente marinho está a plataforma continental, a região que mais produz 
matéria orgânica. 
 
 O intemperismo faz com que as rochas magmáticas, metamórficas ou sedimentares 
estejam constantemente sendo alteradas. O material resultante é 
transportado pela água, pelo vento ou pelo gelo e, por fim, depositado como um 
sedimento. Deve haver, então, uma compactação ou cimentação do 
material para ele se transformar em rocha sedimentar. 
 
Onshore – quando a bacia é terrestre. São originadas de antigas bacias sedimentares 
marinhas. 
 
Offshore – quando a bacia está na plataforma continental ou ao longo da margem 
continental. 
 
 
Migração e reservatórios 
 
 Chamamos de „migração‟ o caminho que o petróleo faz do ponto onde foi gerado até 
onde será acumulado. Devido à alta pressão e temperatura, os 
hidrocarbonetos são expelidos das rochas geradoras, e migram para as rochas 
adjacentes.A partir da migração é que o petróleo terá chances de se 
acumular em um reservatório e formar reservas de interesse econômico. A migração 
ocorre em dois estágios: 
 
 Migração primária: movimentação dos hidrocarbonetos do interior das rochas 
fontes epara fora destas; 
 
 Migração secundária: em direção e para o interior das rochas-reservatórios. 
 
A próxima etapa é a acumulação. Devido a falhas estruturais no subsolo, ou então 
devido a variações nas propriedades físicas das rochas, o processo de migração é 
interrompido e os hidrocarbonetos vão se acumulando nas rochas-reservatórios, as 
quais devem ser porosas e permeáveis, pois o petróleo pode ser encontrado nos 
espaços existentes nestas rochas, e ele só poderá ser extraído se a rocha for 
permeável. A rocha, ou conjunto de rochas, que deverá ser capaz de aprisionar 
o petróleo após sua formação,evitando que ele escape, são as "armadilhas". 
 
Exploração 
 
 O ponto de partida na busca do petróleo é a exploração, atividade em que se 
realizam os estudos preliminares para a localização de uma jazida. Para 
identificar a localização do petróleo e decidir qual a melhor forma de extraí-lo de poços 
em terra ou no mar, o homem usa conhecimentos de Geologia e 
Geofísica. 
 
Refino 
 Apesar de a separação da água, óleo, gás e sólidos produzidos ocorrer em 
estações ou na própria unidade de produção, é necessário o processamento e refino 
da mistura de hidrocarbonetos provenientes da rochareservatório, para a obtenção dos 
componentes que serão utilizados nas mais diversas aplicações (combustíveis, 
lubrificantes, plásticos, fertilizantes, medicamentos, tintas, tecidos, etc.). As técnicas 
mais utilizadas de refino são: 
1. destilação, 
2. craqueamento térmico, 
3. alquilação 
4. craqueamento catalítico. 
 
Transporte 
 Pelo fato de os campos petrolíferos não serem localizados, necessariamente, 
próximos dos terminais e refinarias de óleo e gás, é necessário o transporte da 
produção por embarcações, caminhões, vagões ou tubulações (oleodutos e 
gasodutos). 
 
Distribuição 
 Os produtos finais das estações e refinarias (gás natural, gás residual, GLP, 
gasolina, nafta, querosene, lubrificantes, resíduos pesados e outros destilados) são 
comercializados com as distribuidoras, que se incumbem de oferecê-los, na sua forma 
original ou aditivada, ao consumidor final. 
 
A indústria do óleo no contexto internacional 
 
 
1. Histórico 
 
O registro da participação do petróleo na vida do homem remonta a tempos 
bíblicos. NA antiga Babilônia, os tijolos eram assentados com asfalto e o betume era 
largamente utilizado pelos fenícios na calafetação de embarcações. Os egípcios o 
usaram na pavimentação de estradas para embalsamar os mortos e na construção de 
pirâmides, enquanto gregos e romanos dele lançaram mão para fins bélicos. No Novo 
Mundo, o petróleo era conhecido pelos índios pré – colombianos, que o utilizavam para 
decorar e impermeabilizar seus potes de cerâmica. Os incas, os maias e outras 
civilizações antigas também estavam familiarizados com o petróleo, dele se 
aproveitando para diversos fins. 
O petróleo era retirado de exsudações naturais encontradas em todos os 
continentes. 
 A história do petróleo no mundo começa em Tittusville, Pensilvânia (EUA), em 
1859, onde o primeiro poço de petróleo foi descoberto pelo Cel. Drake. Ele foi 
encontrado em uma região de pequena profundidade (21m), perfurado com um sistema 
de percussão movido a vapor, ao contrário das escavações realizadas hoje, que 
chegam a milhares de metros. 
 Em princípio era extraído apenas o querosene para iluminação, mas com o 
advento da indústria automobilística (Ford fabrica o primeiro modelo em 1896) e do 
avião, somado à sua utilização nas guerras, tornou-se o principal produto estratégico 
do mundo moderno. As maiores cem empresas do nosso século estão ligadas ao 
automóvel ou pelo petróleo. 
Eos nomes de John Rockeffeler (que fundou a Standard Oil em 1870), Paul 
Getty, Leopold Hammer, Alfred Nobel, Nubar Gulbenkian e Henry Ford tornaram-se 
mundialmente conhecidos por estarem associados ao petróleo ou ao automóvel. 
 
A fim de contextualizar o leitor, seguem abaixo ressaltados fatos históricos 
apontados no artigo, relevantes para as relações das atividades petrolíferas mundiais 
importantes para um melhor entendimento. A saber: 
 
 Início do século XX – Utilização do Petróleo como combustível automobilístico. 
Inicia nos EUA por intermédio de pequenos produtores. 
 Início do século XX – Início da realização de concessões petroleiras em países 
vizinhos. 
 1870 – Fundação da Standard Oil (atuais Exxon, Móbil e Chevron). 
 1908 – Fundação da Anglo-Persian Oil Company (atual BP) devido à histórica 
utilização da Rota das Índias pela Inglaterra. 
 1911 – 1924 – Primeiro conflito geopolítico realizado por petróleo. Este deu-se 
entre EUA e México,e possuiu um boicote ao petróleo mexicano. 
 1925 – Expansionismo alemão com a fundação da Turkish Petroleum Company 
no Golfo do México. 
 1933 – EUA e Inglaterra financiam rivalidade na Arábia Saudita visando lucros 
com exploração e produção de petróleo. 
 1938 – Nacionalização de companhias petroleiras. Os principais interlocutores 
nas negociações passam a ser os chefes de Estado e os diretores das 
empresas (constitui-se geralmente como cargo político, sendo indicado pelo 
Poder público). 
 1944 – Aliança política e militar entre EUA e Arábia Saudita. Em 1947, como 
contrapartida, 40% do capital da Esso (Exxon) e Móbil seria alocado na Aramco. 
 Pós Segunda Guerra Mundial – Aumento da produção mundial. 
 Pós Segunda Guerra Mundial – Crise provocada pela nacionalização do petróleo 
do Iran. 
 1960 – Formação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de 
Petróleo), representando um cartel primeiramente entre Arábia saudita, 
Venezuela, Kuwait, Irã e Iraque. Atualmente possui como membros Angola, 
Argélia, Líbia Nigéria, Venezuela, Equador, Arábia Saudita, Emirados Árabes 
Unidos, Irã, Iraque, Kuwait e Qatar. 
 1973 – Primeiro Choque Petroleiro – Devido à Guerra do Yom Kipur, OPEP 
realizou um embargo de petróleo aos países ocidentais, quadruplicando o preço 
do petróleo. Tal fato gerou em contrapartida a redução do consumo nos países 
da Europa Ocidental. 
 1973 – Nacionalização progressiva do petróleo dos países membros da OPEP. 
 1973 – Ingresso dos chamados “Independentes” no mercado, a saber: italianos, 
japoneses e empresas do Texas. 
 1979 – Segundo Choque Petroleiro – Revolução Islamista no Irã com fortes 
repercussões no preço do petróleo. 
 Décadas de 1970 e 1980 – Contrachoque Petroleiro – alta na produção devido 
ao ingresso da produção de Petróleo offshore. 
 1991 – Desmembramento da União Soviética e descoberta de jazidas ide amplo 
interesse econômico na Rússia. 
 1998 – A crise financeira da Ásia resulta em sérios problemas econômicos. O 
preço do petróleo vai para U$ 15,20 o barril. 
 2005 – Cotação chega a níveis recordes e atinge U$ 70,85 o barril, com a 
passagem do furacão Katrina pelo Golfo do México, nos EUA, e pelo 
crescimento econômico da China. 2006 – A cotação do barril do petróleo 
manteve-se acima de U$ 70 a partir de abril, atingindo o recorde de U$ 78, em 
maio, em função do conflito entre Israel e o Hezbollah, no sul do Líbano. Outros 
fatores, como a crescente tensão entre Estados Unidos, Coréia do Norte e Irã 
também influenciam no preço do óleo no mundo. 
 2007 – O preço do barril do petróleo atinge, em setembro,novo recorde, cotado 
acima dos 90 dólares na Bolsa de Nova York. A alta do petróleo é impulsionada 
por temores em relação ao fornecimento do produto,associados às tensões na 
fronteira da Turquia com o Iraque e pela desvalorização do dólar frente ao euro. 
A cotação do barril já vinha sendo crescente desde agosto,com a crise das 
hipotecas imobiliárias de alto risconos Estados Unidos (o subprime). 
1.1 Condições Atuais 
 
 O questionamento acerca da flutuação de preços do petróleo no mercado 
financeiro atual é passível de ser interpretada através de uma ótica da chamada 
“geopolítica dura”, sendo conseqüência da passagem de um período no qual o 
balanceamento de oferta e demanda era baseado na dinâmica do mercado (tratando o 
petróleo como uma commodity como outra qualquer) e após o qual os aspectos 
geopolíticos da oferta estariam retornando sua relevância na determinação dos preços. 
 
Para tanto, são apontados condicionantes, a saber: 
 
 Recrudescimento da demanda do petróleo (principalmente EUA, China e Índia); 
 Maturidade e/ou declínio de produção de petróleo de bacias sedimentares fora 
da OPEP; 
 Realinhamento político estratégico dos países da OPEP a partir do ano de 2000. 
A conjunção dos itens citados acima permitiu não somente manter os preços da 
cesta de referência da OPEP, mas também orientar uma estabilidade ao mercado de 
petróleo aceitável para produtores e consumidores. Tal fato permitiu um crescimento 
econômico global e contínuo no período de 2000 até 2005. 
No início de 2005, observa-se o desenlace de algumas crises que já estavam em 
cena em 2004, e que apresentam enorme importância no cenário geopolítico 
internacional, especialmente no que concerne a seus impactos nos mercados 
energéticos. Os EUA novamente anunciaram um aumento de pressão política e 
diplomática sobre o Irã, tendo como foco a aquisição e desenvolvimento por esse 
último país de tecnologia nuclear. 
No Iraque, foi eleito no início desse ano o novo governo, em meio a uma 
situação caracterizada por intensos combates entre as tropas dos EUA, baseadas 
nesse país, e a resistência iraquiana. Enquanto isso, na Arábia Saudita, leves tremores 
políticos internos e mudanças nas relações exteriores desse país levam os analistas a 
se preocuparem com o destino de sua tradicional aliança com os EUA. 
Assim, para fundamentar o retorno da geopolítica dura foi utilizado o apoio 
retórico de governantes e dirigentes dos países-membro aliado a eventos geopolíticos, 
tais como greves, tumultos sociais, atentados a instalações petrolíferas, guerras e 
tensões diplomáticas no Oriente Médio. 
 No entanto, não há evidências palpáveis de que a OPEP estaria simulando uma 
crescente escassez para viabilizar um patamar mais elevado de preço, posto que 
possível provar que o mesmo controle eventos e tensões sociais por mais que esses 
culminem por beneficiar a organização. 
A partir da priorização de estudos com esse escopo, podemos argüir que o 
petróleo possui pontos de atenção econômicos cada vez mais delicados, tanto no 
tocante às reservas estratégicas quanto no que se refere à estratégia de imagem e 
simpatia das empresas em relação aos clientes e às comunidades do entorno (aliadas 
ao poder local). Embora este seja um tema de interesse, não irei me ater a discussões 
de cunho de Responsabilidade Social Corporativa e suas ligações com o Poder público 
e com a decorrente valorização das ações de empresas de todas as áreas de negócio. 
 Um fator primordial nas discussões desse plano de negócios são os chamados 
“problemas da cadeia do petróleo”, os quais são constituídos por externalidades 
negativas, destacando-se os fatores de mudanças climáticas e de emissão dos gases 
do efeito estufa pelo consumo de combustíveis fósseis. 
 Podemos acompanhar a realização de diversas reuniões com chefes de Estado 
para debater esse assunto e realizar a elaboração de diretrizes para a sua diminuição, 
com a transição de uma economia de hidrogênio e bicombustíveis. 
 
 
 
 A história do petróleono Brasil 
 
 A história do petróleo no Brasil começa em 1858, quando o Marques de Olinda 
assina o decreto nº2.266 cocedendo a José Barros Pimentel o direito de extrair mineral 
betuminoso para a fabricação de querosene, em terrenos situados Às margens do Rio 
Marau, na então província da Bahia. No ano seguinte, o inglês Samuel Allport, durante 
a construção da estrada de Ferro Leste Brasileiro, observa o gotejamento de óleo em 
Lobato, no subúrbio de Salvador. 
 
 Em 1930 o ano mais conhecido como “A Lama Preta”, o engenheiro agrônomo 
Manoel Inácio Bastos toma conhecimento de que os moradores de Lobato (BA) usam 
uma “lama preta”, oleosa, para iluminar suas residências. Realiza várias pesquisas e 
coletas de amostras da lama oleosa. Não obtém êxito em chamar a atenção de 
pessoas influentes é considerado “maníaco”. 
 
 
 
 Contudo, as primeiras notícias sobre pesquisas diretamente relacionadas ao 
petróleo ocorrem em Alagoas em 1891, em função da existência de sedimentos 
argilosos betuminosos no litoral. O primeiro poço brasileiro com intuito de encontrar 
petróleo, porém, foi perfurado somente em 1897, por Eugênio Ferreira Camargo, no 
município de Bofete, no estado se São Paulo. 
 
 Em 1919 foi criado o Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, que perfura sem 
sucesso, 63 poços nos estados do Paraná, Alagoas, Pará, Bahia Sergipe, São Paulo, 
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
 
 Em 1938 sob a jurisdição do recém – criado Departamento Nacional de Produção 
Mineral (DNPM), inicia-se a perfuração do poço DNPM-163, em Lobato, BA, que viria a 
ser descobridor do petróleo no Brasil, no dia 21 de janeiro de 1939. Apesar de ter sido 
considerado antieconômico, os resultados do poço goram de importância fundamental 
para o desenvolvimento das atividades petrolíferas no país. 
 
 
Conselho Nacional Do Petróleo 
 
 Ainda nesse ano, em 29 de abril de 1938, foi criado o Conselho Nacional do 
Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo. 
O decreto que instituiu o CNP também declarou de utilidade pública o abastecimento 
nacional de petróleo e regulou as atividades de importação, exportação, transporte, 
distribuição e comércio de petróleo e derivados e o funcionamento da indústria do 
refino. Mesmo ainda não localizadas, as jazidas passaram a ser consideradas como 
patrimônio da União. A criação do CNP marca o início de uma nova fase da história do 
petróleo no Brasil. 
 
 Até o final de 1939 aproximadamente 80 poços haviam sido perfurados. O primeiro 
campo comercial, entretanto, foi descoberto somente em 1941, em Candeias, BA. 
 
 A partir de 1953, no governo Vargas foi instituído o monopólio estatal do petróleo 
com a criação da Petrobras, que deu partida decisiva nas pesquisas do petróleo 
brasileiro. 
 
 Desde sua criação a cada década da empresa tem sido marcada por fatos de 
grande relevância na exploração de petróleo no país. Ainda em Sergipe, um marco 
notável dessa década foi a primeira descoberta no mar, o campo de Guaricema. 
 
 O grande fato dos anos 70, quando os campos de petróleo no Recôncavo Baiano 
entravam, na maturidade, foi a descoberta da província petrolífera da Bacia de 
Campos, RJ, através do campo da Garoupa. Nessa mesma década outro fato 
importante foi a descoberta de petróleo na plataforma continental do Rio Grande do 
Norte através do campo de Ubarana. 
 
 A importação estava mais interessante do que a produção uma vez que as 
reservas terrestres estavam diminuindo, e a produção marítima era muito baixa não 
valendo a pena. Ampliou-se os financiamentos ao Downstream (refino, transporte e 
petroquímica), criando-se a Braspetro em 1972 para obter alternativas de 
abastecimento petrolífero em outro países. Um dos grandes propulsores da industria 
petroquímica aqui fora a crise econômica em 1973, modificando as relações entre as 
multinacionais e os países produtores e compradores de petróleo. 
 
 Em 1975, os primeiros tratados de riscos foram assinados, nos quais constava-se 
que as multinacionais poderiam explorar o nosso petróleo em troca trouxessem aporte 
financeiro significativos. Não se teve nem a produção nem o capital financeiro 
prometido. Outra crise em 1978 fez acreditar que a indústria estaria condenada. 
Entretanto com os preços quintuplicados, ela fora revitalizada, fazendo com que 
grandes investimentos fossem feitos nas prospecções a fim de reduzir as 
dependências das importações 
 
 A década de 80 foi marcada por três grandes fatos de relevância: a constatação de 
ocorrências de petróleo em Mossoró, apontado para o que viria a se constituir, em 
pouco tempo, na segunda maior área produtora de petróleo do país, as grandes 
descobertas dos gigantes Marlim e Albacora em águas profundas na Bacia de Campos, 
e as descobertas do Rio Urucu. Com a instituição da atual Carta Magma, em 1988, 
ficou findado os contratos de riscos. Com todo o conhecimento que os engenheiros e 
geólogos já tinham, eles utilizam a sísmica tridimensional nos métodos de pesquisas. 
Diminuindo os custos exploratórios e trazendo descobertas de gás e petróleo. 
 
 A produção de petróleo no Brasil cresceu de 750m/dia na época da criação da 
Petrobras para mais de 182.000m/ dia no final dos anos 90, graças aos contínuos 
avanços tecnológicos de perfuração e produção na plataforma continental. 
 
 Em 1997 foi criada a Lei do Petróleo nº 9478, já prevista na Constituição, pela sua 
emenda nº 09/95. Esta lei previa a criação da ANP (Agencia Nacional do Petróleo Gás 
Natural e Biocombustíveis), dando-a a responsabilidade de fiscalizar, gerenciar, e 
internacionalizar o petróleo. Tornando-se assim a agência reguladora do segmento no 
Brasil. Assim, a ANP começou a gerenciar os campos de petróleo, proceder com as 
pesquisas, que até então eram da responsabilidade da Petrobras, e para dirimir riscos 
à Estatal, começar a proceder com os certames licitatórios dos blocos candidato a 
produzirem petróleo, alem de cuidar do interesse nacional sobre o abastecimento dos 
derivados. 
 
 
 
 
 
O fim do monopólio 
 
 A flexibilização do monopólio foi outro fato importante da história recente do 
petróleo no Brasil. No dia 6 de agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique 
Cardoso sancionou a lei 9478 que permitiu a presença de outras empresas para 
competir com a Petrobras em todos os ramos da atividade petrolífera. 
 
 O seu crescimento do segmento se deu de tal forma que hoje a Petrobras tem 
tecnologia própria, sendo a pioneira, e atualmente a única, a ter condições tecnológicas 
para perfurações em águas profundas. Um dos seus recordes é perfuração no mar, sob 
uma lâmina de água de 2.777 m. Atualmente exportando a tecnologia de exploração 
nesses ambientes. Não poderia deixar de falar sobre do afamado “Pré-Sal”. Entretanto, 
por não se ter fatos mais contundentes, restringindo assim ao comentário de que em 
2000 fora encontrado uma possível jazida cuja produção talvez seja 2000000 barril/dia. 
 
 Conclusão das análises no segundo poço do bloco BM-S-11 (Tupi) indica volumes 
recuperáveis entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. 
Veja o cronograma cronológico abaixo. 
 
 
A Maior Jazida de Gás Natural 
 Em 2003 houve a descoberta da maior jazida de gás natural na plataforma 
continental brasileira, o Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos (SP). Produção no 
Brasil e no exterior supera a marca de dois milhões de barris de óleo equivalente por 
dia. 
 Auto-Suficiência 
 
 A decreto de nacionalizaçãode Evo Morales, presidente da Bolívia acabou 
ofuscando as comemorações do governo brasileiro pela auto-suficiência em petróleo 
no Brasil, anunciada 10 dias antes, em 21 de abril de 2006, durante o início das 
operações da plataforma P-50, na Bacia de Campos, que contou com a presença do 
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estrutura é a maior em operação no Brasil, 
acrescentando à produção nacional 180 mil barris de petróleo diariamente. 
 Unidade flutuante do tipo FSPO (produz, processa, armazena e escoa o óleo e o 
gás), a P-50 responde sozinha por 11% de todo o óleo extraído no país. Além de 
produzir petróleo, a plataforma tem capacidade de comprimir seis milhões de metros 
cúbicos de gás natural e de estocar outros 1,6 milhão de barris de petróleo. Problemas 
na plataforma, porém, atrasaram em dois meses a tão sonhada autosuficiência 
sustentada. A estatal fechou o ano com produção de quase 2 milhões de barris por dia 
– 200 milhões a mais que o consumo médio do país, de 1,8 milhão de barris por dia. 
De acordo com o conceito adotado pela Petrobras, a autosuficiência é conquistada a 
partir do momento em que há disponibilidade de petróleo produzido nos campos 
nacionais em volume igual ou superior ao consumo e à capacidade de refino do país 
para atender à demanda do mercado brasileiro. 
 Em 1º de maio de 2009, tem inicio a produção de petróleo na área de Tupi. As 
jazidas do pré – sal podem mudar o perfil das reservas da Companhia, que em sua 
maior parte é de petróleo pesado, reduzindo a importação de óleo leve e gás natural. 
 A meta de produção nacional estabelecida no Plano Estratégico Petrobras 2015 é 
de 2,3 milhões de barris por dia em 2010. Em 2010 estima-se que a produção de 
petróleo em Tupi chegará a 100mil barris/dia. 
 Em 2013 a previsão é de que a produção de biodiesel no Brasil seja de 640 
milhões de litros. Para o segmento de etanol, a meta é atingir em parceria a produção 
de 1,9 bilhão de litros neste ano voltada para o mercado externo e 1,8 bilhão de litros 
para o mercado interno. 
 
By Gabriela Alves 
 
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