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Apelação.pdf Direito Processual Civil RECURSO DE APELAÇÃO Prof. Alexandre Quintino Santiago Roteiro 1. Introdução 2. Tratamento legislativo 3. Tratamento no novo CPC Introdução • É o recurso cabível contra sentença proferida em qualquer tipo de processo (conhecimento, execução, cautelar) e qualquer tipo e de jurisdição (c0ntenciosa ou voluntária) e qualquer tipo de procedimento (comum ou especial) - MOURA, Heloísa Couto Monteiro de, Recursos no Processo Civil, 1ª ed., Editora Mandamentos, Belo Horizonte, 2007, p. 54. Tratamento legislativo • No CPC atual a matéria é tratada entre os artigos 513 e 521. • No projeto do novo CPC a matéria é trabalhada entre os artigos 1009 e 1014 APELAÇÃO • Recurso cabível contra sentença; ➢Exceções: Hipóteses previstas nas Leis 6830, art. 34 (Lei das execuções fiscais) e 9.099, art. 41 (Lei dos Juizados Especiais) • Tem como objetivo a invalidação (anulação ou cassação), ou a reforma, parcial ou total, da SENTENÇA; • Recurso dirigido aos tribunais de segundo grau, ou seja, na Justiça Estadual – Tribunais de Justiça dos Estados, Distrito Federal e Territórios, ou na Justiça Federal - Tribunais Regionais Federais. APELAÇÃO • A apelação pode ser considerada como o “recurso tipo”, por ser aquele de conteúdo mais amplo, permitido ampla atividade cognitiva pelo órgão ad quem, levando a efeito, de forma cabal, o princípio devolutivo. prazo • Em regra geral - 15 dias. ➢Exceções: ✓Quando o recorrente for: Fazenda Pública, MP (art. 188) e litisconsortes, com advogados diversos (art. 191), casos em que conta-se o prazo em dobro. ✓Lei 1060, art. 5 par 5 ✓Nos feitos da infância juventude, cujo prazo para apelação será de 10 dias, conforme disposto na Lei 8.069/90, art. 198, II. Preparo • É exigido o prepara nos termos do art. 511, doCPC, sob pena de deserção. ➢Exceções: ✓Quando os recorrentes forem: ✓Estado ✓ MP ✓Parte amparada pela gratuidade judiciária Efeitos • Em regra recebida no duplo efeito, salvo exceções previstas no art. 520, do CPC. – O juiz ao analisar a apelação, quando do juízo de admissibilidade, no primeiro grau de jurisdição, deverá declarar em quais efeitos recebe o recurso. 6 - Recurso adesivo.pdf Direito Processual Civil Recurso Adesivo Prof. Alexandre Quintino Santiago □ Previsão legislativa – art. 500, caput, CPC) – Não há previsão no novo CPC □ É o recurso contraposto ao da parte adversa, por aquela que se dispunha a não impugnar a decisão, e só veio a impugná-la porque o fizera o outro litigante. □ Não se trata de uma espécie de recurso independente. Cabimento □ Somente é possível a sua interposição em casos de sucumbência recíproca, ou seja, quando ambos os l i t igantes forem vencidos e vencedores simultaneamente. □ Somente podem ser apresentados na forma adesiva os recursos de APELAÇÃO, EMBARGOS INFRINGENTES, RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO (art. 500, II). □ Recurso Ordinário Constitucional, nos casos que for utilizado como apelação (art. 539, II, b). Prazo □ O recurso adesivo deverpa ser apresentado no prazo que a parte dispõe para apresentar suas contrarrazões ao recurso principal.(art. 500, I) 6 - Recursos Nominados.pdf Direito Processual Civil Recursos Prof. Alexandre Quintino Santiago Roteiro □ Apelação □ Agravo □ Embargos de Declaração □ Embargos Infringentes □ Recurso Especial □ Recurso Extraordinário □ Recurso Ordinário APELAÇÃO - arts. 513 a 521 □ É o recurso cabível contra sentença proferida em qualquer tipo de processo (conhecimento, execução, cautelar) e q u a l q u e r t i p o e d e j u r i s d i ç ã o (c0ntenciosa ou voluntária) e qualquer tipo de procedimento (comum ou especial) - MOURA, Heloísa Couto Monteiro de, Recursos no Processo Civil, 1ª ed., Editora Mandamentos, Belo Horizonte, 2007, p. 54. APELAÇÃO □ Recurso cabível contra sentença; ➢ Exceções: Hipóteses previstas nas Leis 6830, art. 34 (Lei das execuções fiscais) e 9.099, art. 41 (Lei dos Juizados Especiais) □ Tem como objetivo a reforma, parcial ou total, ou a invalidação (cassação) da SENTENÇA; □ Recurso dirigido aos tribunais de segundo grau, ou seja, Tribunal Justiça dos Estados, Distrito Federal e Territórios, ou Tribunal Regional Federal. APELAÇÃO □A apelação pode ser considerada como o “recurso tipo”, por ser aquele de conteúdo mais amplo, permitido ampla atividade cognitiva pelo órgão ad quem, levando a efeito, de forma cabal, o princípio devolutivo. Apelação □ Prazo: 15 dias. ➢ Exceções: ✓ Quando o recorrente for: Fazenda Pública, MP (art. 188) e litisconsortes, com advogados diversos (art. 191), casos em que conta-se o prazo em dobro. ✓ Lei 1060, art. 5 par 5 ✓ Nos feitos da infância juventude, cujo prazo para apelação será de 10 dias, conforme disposto na Lei 8.069/90, art. 198, II. Apelação □ Efeitos: suspensivo e devolutivo. ➢ Exceção : Art. 520, além dos recursos nas ações loca t í c i as , no Mandado de Segurança e nas interdições. □ Só existirá juízo de retratação, ou seja, possibilidade de o juiz rever a decisão antes de remeter o recurso ao Tribunal, no caso de a inicial ser indeferida antes da citação do réu. Agravo - arts. 522 a 529 □ Recurso apropriado para enfrentar decisão interlocutória. □ Prazo para interposição: 10 dias ➢ Exceção: Agravo retido apresentado contra decisão p ro fe r ida em AI J , que deverá se r in te rpos to imediatamente, em razão dos prazos em audiência serem instantâneos. □ Modalidades: ➢ Retido: nos próprios autos. Somente será apreciado se existir apelação, se for reiterado nas razões de apelação e em preliminar do julgamento da apelação. Não haverá agravo retido em execução, pois neste não há sentença, logo, não haverá apelação. ➢ De Instrumento: dirigido diretamente ao Tribunal □ Juízo de Retratação – próprio dos agravos Agravo de Instrumento □ Forma-se o instrumento do agravo com a apresentação de peças indispensáveis e, se for o caso, poderá o agravante trazer documentos opicionais. ■ Cópia da decisão agravada ■ Cópia da certidão de intimação da decisão agravada ■ Cópia das procurações outorgadas aos advogados das partes ■ Documentos não obrigatórios à escolha do recorrente Agravo de Instrumento □ O recorrente deve comunicar ao Juizo recorrido a interposição do agravo, no prazo de 03 dias. □ O r e l a t o r p o d e r á , e n t e n d e n d o necessário, requisitar informações ao juiz prolator da decisão recorrida. □ O agravado será intimado, através de seu advagado, para ofertar contra razões, no prazo de 10 dias Agravo de Instrumento □ A o t o m a r c o n h e c i m e n t o d a interposição do recurso o juiz prolator da decisão recorrida deverá utilizar-se do juízo de retratação. □ Havendo a retratação o processo no Tribunal será extinto. □ Não havendo comunicação ao juízo recorrido o processo será extinto. EMBARGOS DECLARATÓRIOS - arts. 535 a 538 □ Recurso próprio para enfrentar sentença e acórdão, vem sendo utilizado também, por criação jurisprudencial contra as decisões interlocutórias □ Prazo: 5 dias □ Cabimento: ➢ Obscuridade ➢ Contradição ➢ Omissão Não há contraditório Embargos de declaração □Efeito: suspensivo, ou seja, não permite que a decisão produza seus efeitos. □ I n t e r r o m p e m o p r a z o p a r a interposição de outros recursos, ou seja, após a sua apreciação o przo para a apresentação de outros recursos se reinicia. Embargos de Declaração □ É também utilizado, por criação jurisprudencial, nos Tribunais com efeitos infringentes, ou seja pode modificar o resultado. □ Pode também ser utilizado para fazer o prequestionamento de matéria que será discutida nos REX e RESP. Embargos Infringentes – arts. 530 a 534 □ Prazo para interposição: 15 dias □ Cabimento: ■ contra acórdão de mérito não unânime ■ que tenha reformado a decisão de 1° grau, em apelação ■ julgar procedente ação rescisória □ Apresentadas as razões recursais será o embargado intimado para ofertar as contra razões. □ Os autos serão conclusos ao relator para que se faça o juízo de admissibilidade do recurso. ➢ Se inadmitido podera a parte recorrente apresentar recurso de agravo ➢ Se admitido haverá redistribuição para um novo desembargador/juiz, preferencialmente que não tenha atuado no julgamento embargado. OBSERVAÇÕES □ A a p e l a ç ã o e o a g r a v o d e instrumentos são julgados por 3 desembargadores □ Embargos infringentes são julgados por 5 desembargadores . □ Câmara dos Tribunais – formada por 5 desembargadores . RECURSO ESPECIAL - arts 541 a 546 □ Artigo 105, III, da Constituição Federal. □ Artigos 255 a 257, do Regimento Interno do STJ. □ Cabimento contra decisão de Tribunal, quando: ➢ Contrariar tratado ou Lei Federal; ➢ Negar vigência a tratado ou à Lei Federal; ➢ Julgar válido ato de governo local contestado em face de Lei Federal; ➢ Divergência jurisprudencial entre Tribunais. □ Prazo: 15 dias. □ Competência: STJ. □ Função: manutenção da autoridade e unidade da Lei Federal □ OBS: Recurso criado pela CF/88. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – arts. 541 a 546 □ Artigo 102, III, da Constituição Federal. □ Artigos 541 a 546, do CPC. □ Artigos 321 a 324, do Regimento Interno do STF. □ Cabimento contra decisão que: ➢ Contrariar dispositivo da CF; ➢ Declarar inconstitucionalidade de tratado ou Lei Federal; ➢ Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF – declaração de inconstitucionalidade incidental. ➢ Julgar validade de lei local contestada em face de lei federal □ Prazo: 15 dias □ Competência: STF □ Recurso constitucional. PROCEDIMENTO DOS RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO □ Juízo de admissibilidade: ■ Verificar: □ Tempestividade □ Regularidade do preparo □ Cabimento ➢ Exercido no Tribunal de origem ➢ Competência para verificação no Tribunal de origem: Presidente ou Vice-presidente, conforme Regimento Interno. ➢ Se inadmitido cabe agravo de instrumento no prazo de 10 dias. □ Efeito devolutivo apenas. Poderá ser recebido no efeito suspensivo se entender que for necessário □ Prazo para contra-razões: 15 dias □ Admitem recurso adesivo. □ No STF ou STJ: distribuição. Recurso Ordinário Constitucional (arts. 102, II e 105, II, da CF, reproduzidos no art. 539, do CPC) □ Recurso dirigido ao STF e ao STJ □ Cabimento ■ Para o STF – Pode ser interposto contra decisões denegatórias proferidas em MS, habeas data e Mandado de injunção, julgados em instancia única pelos tribunais superiores. ■ Para o STJ – Poderá ser interposto para enfrentar decisões denegatórias dde mandado de segurança proferidas pelos TRF e TJ, quando for o caso de competência originária. 4 - Recursos - Introdução 1.pdf Direito Processual Civil Aula Tema: Recursos - Introdução Prof. Alexandre Quintino Santiago Noções Gerais ! Introdução ! Conceito ! Duplo Grau de Jurisdição ! Objetivos - Atos Recorríveis ! Classificação Introdução ! A matéria encontra-se alocada no Livro I, Título X, Capítulos I a VI, artigos 496 a 546 do CPC atual. ! O Senado Federal, em 17/12/2014, aprovou o Projeto de Lei do Senado 166/2010, que se encontra em fase de redação final no Senado Federal, que cuida do Projeto do Novo Código de Processo Civil, tratou da matéria . ! O Projeto de Lei será encaminhado para análise da Presidente da República, para sanção ou veto e posterior publicação – vacatio legis – 1 ano Conceito ! “Meios de impugnação de decisões judiciais, voluntários, internos ã relação jurídica processual em que se forma o ato atacado, aptos a obter deste a anulação, a reforma ou o aprimoramento” (Marinoni, Luiz Gulherme e Arenhart, Sérgio Cruz, Curso de Processo Civil, v. 2 – Processo de Conhecimento, 6a ed., RT, São Paulo, 2007, p. 499) ! “recurso em direito processual tem acepção técnica e restrita, podendo ser definido como o meio ou remédio impugnativo apto para provocar, dentro da relação processual ainda em curso, o reexame de decisão judicial, pela mesma autoridade judiciária, ou por outra hierarquicamente superior, visando a obter-lhe a reforma, invalidação, esclarecimento ou integração” (Theodoro Júnior, Humberto, Curso de Direito Processual Civil, v I, 47a ed., Forense, Rio, 2007, p. 628) Conceito ! “Recurso é o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se impugna” (Moreira, José Carlos Barbosa, Comentários ao Código de Processo Civil, v. 5, 5a ed., p. 229) ! Recurso, em direito processual, é o procedimento através do qual a parte, ou quem esteja legitimado a intervir na causa, provoca o reexame das decisões judiciais, a fim de que elas sejam invalidadas ou reformadas pelo próprio magistrado ou por algum órgão de jurisdição superior” (Silva, Ovídio A. Batista da, Curso de Processo Civil, v. 1, 4a ed., Forense, Rio, 1998, p. 409). Princípio do duplo grau de jurisdição ! O princípio do duplo grau é uma garantia fundamental de boa justiça (NERY JR., Nelson, Princípios Fundamentais – Teoria Geral dos Recursos, 5ª ed., RT, 2000, p. 39) ! Nasceu em Roma, em razão da necessidade de haver novo julgamento sobre causas já decididas, em razõ da falibilidade do ser humano; ! Sentimento psicológico contrario a decisões desfavoráveis; ! Risco do juiz único tornar-se despótico. Princípio do duplo grau de jurisdição ! Este princípio está implícito na Constituição Federal, no artigo 5º, LV. – A Constituição nos artigos 92 a 126 trata do Poder Judiciário e das competências dos Tribunais. ! Possibilita que a parte submete a matéria já decidida a novo julgamento, por órgão jurisdicional hierarquicamente superior. ! Não se trata de garantia constitucional absoluta, tem aplicação limitada. Objetivos ! O principal objetivo do recurso é o enfrentamento dos atos do juiz que não forem aceitos pela parte, ou por terceiro legitimado para intervir no processo, buscando: ! Reforma ! Invalidação ! Esclarecimento ! Integração Atos Recorríveis ! Decisão Interlocutória - Ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente (art. 162, II) ! Sentença - Ato do Juiz que implica algumas das situações previstas nos arts. 267 e 269 (art. 162, I) Os recursos existentes no CPC ! Apelação ! Agravo ! Embargos Declaratórios ! Embargos Infringentes ! Recurso Especial ! Recurso Extraordinário ! Recurso Ordinário ! Embargos de Divergência no REX e RESP Os recursos contemplados pelo projeto do novo CPC (art. 1007) ! apelação; ! agravo de instrumento; ! agravo interno; ! embargos de declaração; ! recurso ordinário; ! recurso especial; ! recurso extraordinário; ! agravo extraordinário; ! embargos de divergência. Classificação ! Segundo Humberto: A- Quanto ao fim desejado 1. De reforma 2. De invalidação 3. De Esclarecimento B – Quanto ao juiz que o decide: 1. Devolutivo ou reiterativo 2. Não Devolutivo ou interativo 3. Misto C – Quanto a marcha processual: 1. Suspensivo 2. Não suspensivo 5 - Recursos - Efeitos e Princípios.pdf Direito Processual Civil Aula 17/20 Tema: Recursos Prof. Alexandre Quintino Santiago Roteiro ! Efeitos ! Requisitos - Objetivos - Subjetivos ! Princípios - Correspondência - Legalidade (Taxatividade) - Unirrecorribilidade (Unicidade ou Singularidade) - Fungibilidade - Non reformatio in peius - Duplo grau de jurisdição Juízo de admissibilidade ➢ O juízo de admissibilidade recursal é exercido em dois momentos distintos, o primeiro no juízo que proferiu a decisão recorrida e o segundo no juízo que deve julgá-lo. ➢ À semelhança do que ocorre com a AÇÃO, o RECURSO somente terá seu mérito analisado, caso estiverem presentes todos os pressupostos para o seu conhecimento (sua admissibilidade). Requisitos / Pressupostos ! Objetivos ➢ Recorribilidade da decisão ➢ Tempestividade do recurso ➢ Singularidade do recurso ➢ Adequação do recurso ➢ Preparo ➢ Motivação ➢ Forma ➢ Não estar a decisão recorrida em consonância com súmula do STF ou STJ ! Subjetivos ➢ Sucumbência ➢ Legitimidade ➢ Interesse Efeitos ! IMPEDIMENTO AO TRANSITO EM JULGADO ! DEVOLUTIVO ! Regressivo ou de retratação ! SUSPENSIVO (efeito obstativo) ! Substitutivo ! Expansivo Efeitos ! IMPEDIMENTO AO TRANSITO EM JULGADO ➢ Efeito comum a todos os recursos, desde que seja superado o juízo de admissibilidade; ➢ A interposição do recurso obsta o transito em julgado da decisão, em relação ao recorrente; ➢ Prolonga a litispendência, porém em nova instância; ➢ Obsta a ocorrência da preclusão e a formação da coisa julgada Efeitos ! DEVOLUTIVO ➢ Abre-se a oportunidade de reapreciação das questões já decididas, pelo Tribunal ou pelo mesmo juiz. ➢ Efeito atinente a todo e qualquer recurso, vez que é da essência do recurso provocar o reexame da decisão. Efeitos ! Regressivo ou de retratação ➢ Permite que o órgão a quo reveja sua decisão após a interposição do recurso; ➢ Ocorrencia: ➢ Agravo ➢ apelação ➢ contra sentença que indefere petição inicial ➢ e nas causas propostas segundo o ECA (LF 8.069/90, art. 198, VII) ➢ Contra sentença proferida com base no art. 285-A. Efeitos ! SUSPENSIVO (efeito obstativo) ➢ Impede que o ato decisório impugnado produza seus naturais efeitos, enquanto não solucionado o recurso interposto. ➢ Exceção - O recurso não será recebido no efeito suspensivo (arts. 497 e 520). ➢ O juiz/tribunal poderá emprestar efeito suspensivo a recurso que não o tenha, para evitar prejuízo Efeitos ! Substitutivo ➢ A decisão proferida no julgamento de mérito do recurso substitui aquela que lhe deu ensejo (art. 512); ➢ Se opera em todos os recursos e pode ser total ou parcial (ocorre quando o tribunal se limita a conhecer parcialmente o recurso u quando a impugnação e parcial). Efeitos ! Expansivo ! Produz a extensão dos efeitos do julgamento do recurso ➢ Extensão subjetiva: ➢ A interposição tempestiva do recurso por um dos litisconsortes é eficaz para todos os demais ➢ A extensão subjetiva abrange todos os efeitos que a lei atribua ao recurso interposto. (J.C. Barbosa Moreira, O Novo Processo Civil Brasileiro, 25ª ed., Forense, Rio, 2007, p. 124) ➢ Extensão objetiva: ➢ Consiste na possibilidade de o julgamento do recurso ensejar decisão mais abrangente do que o reexame da matéria impugnada, qua o mérito do recurso. (Elpídio Donizeti Nunes, Curso Didático de Direito Processual, 7ª ed., Lumen Juris, Rio, 2007, p. 411) Princípios Norteadores dos Recursos ➢Duplo grau de jurisdição ➢Legalidade (Taxatividade) ➢Unirrecorribilidade (Singularidade ou Unicidade) ➢Correspondência ➢Fungibilidade ➢Non reformatio in peius Princípio do duplo grau de jurisdição ! O princípio do duplo grau é uma garantia fundamental de boa justiça (NERY JR., Nelson, Princípios Fundamentais – Teoria Geral dos Recursos, 5ª ed., RT, 2000, p. 39) ! Nasceu em Roma, em razão da necessidade de haver novo julgamento sobre causas já decididas, em razõ da falibilidade do ser humano; ! Sentimento psicológico contrario a decisões desfavoráveis; ! Risco do juiz único tornar-se despótico. Princípio do duplo grau de jurisdição ! Este princípio está implícito na Constituição Federal, nos artigos 92 a 126. ! Possibilita que a parte submete a matéria já decidida a novo julgamento, por órgão jurisdicional hierarquicamente superior. ! Não se trata de garantia constitucional absoluta, tem aplicação limitada.(Art. 518, p. 1º) Princípio da Legalidade (taxatividade) ! Consiste na exigência de que a enumeração dos recursos seja exatamente aquela prevista em lei federal. ! Não cabendo a interpretação extensiva da lei que cria os recursos, ou por analogia. ! O rol legal dos recursos é numerus clausus. ! Não se pode criar recursos através de lei estadual ou nos regimentos dos Tribunais, ou seja, os recurso somente são criados por Lei Federal. Princípio da unirrecorribilidade (unicidade ou singularidade) ! Não é possível a utilização simultânea de dois recursos contra a mesma decisão ! Para cada caso existe apenas um recurso adequado ! Exceção - Recurso Extraordinário e Recurso Especial (art. 543) – Ambos serão apresentados no mesmo prazo, porém, se recebidos o julgamento do R. Ex. ficará sobrestado até a apreciação do R. Esp. Princípio da Correspondência ! Correspondência do tipo de recurso com o tipo de decisão a ser enfrentada. ! É necessário saber-se e identificar-se previamente o pronunciamento jurisdicional, eu será alvo da insurgência, para que se escolha o recurso apropriado. Princípio da Fungibilidade recursal ! Permite a conversão de um recurso em outro, no caso de equívoco escusável da parte ! Constitui derivação do princípio da instrumentalidade das formas - Fredier Didier Jr. e Leonardo José Carneiro da Cunha, Curso de Direito Processual Civil, vol. 3, 5ª ed., Edições JusPODIVM, Salvador, 2007, p. 40 – reputam-se válidos os atos realizados de modo distinto daquele previsto na lei se alcançar a sua finalidade (art. 244) -. ! Requisitos: ➢ Que exista dúvida razoável sobre qual o recurso cabível (dúvida objetiva) ➢ Que não haja erro grosseiro ➢ Que o recurso tenha sido interposto no prazo daquele que seria o meio correto de impugnação da decisão. Princípio do Non reformatio in peius ! Proíbe que julgamento do recurso, interposto exclusivamente por uma das partes, venha a tornar a situação pior do que aquela existente antes da insurgência (Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart, Curso de Direito Processual Civil, vol. 2, 6ª ed., RT, São Paulo, 2007, p. 506). ! Exceção – Quanto à daquelas matérias que o juiz deve conhecer de ofício (art. 301, salvo IX).
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