Buscar

Noções de Criminologia e Politica Criminal

Prévia do material em texto

Aula 05
Criminologia e Legislação Específica p/ DEPEN (Agente Penitenciário Federal - Área 3)
Professor: Alexandre Herculano
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 50 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Noções de Criminologia e Política Criminal. 2 
3. Questões propostas 32 
4. Questões comentadas 38 
5. Gabarito 50 
 
 Olá, meus amigos! 
 Então, hoje, vou abordar os seguintes tópicos do último edital: 
Noções de Criminologia e Política Criminal. Teorias penais e 
teorias criminológicas contemporâneas. 
 
 Noções de Criminologia e Política Criminal 
 
 A origem da palavra Criminologia, hibridismo greco-latino. Esse 
vocábulo, a princípio reservado ao estudo do crime, ascendeu à ciência 
geral da criminalidade, antes denominada Sociologia Criminal ou 
Antropologia Criminal. 
Aula 05 - Noções de Criminologia e Política Criminal. 
Teorias penais e teorias criminológicas 
contemporâneas. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 50 
 A criminologia é uma ciência social, filiada à Sociologia, e não uma 
ciência social independente, desorientada. Em relação ao seu objeto ² a 
criminalidade ² a criminologia é ciência geral porque cuida dela de um 
modo geral. Em relação a sua posição, a Criminologia é uma ciência 
particular, porque, no seio da Sociologia e sob sua égide, trata, 
particularmente, da criminalidade. 
 É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do estudo 
do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do 
comportamento delitivo, que trata de atestar uma informação válida e 
contrastada sobre o gênese, dinâmica e variáveis do crime, contemplando 
este como problema individual e social, buscando programas de 
prevenção eficazes e técnicos de intervenção positiva no homem 
delinquente conforme os diversos modelos ou sistemas de respostas ao 
delito. 
 A criminologia é a ciência que estuda: 
 
9 As causas e as concausas da criminalidade e da 
periculosidade preparatória da criminalidade; 
9 As manifestações e os efeitos da criminalidade e da 
periculosidade preparatória da criminalidade; 
9 A política a opor, assistencialmente, à etiologia da 
criminalidade e da periculosidade preparatória da 
criminalidade, suas manifestações e seus efeitos. 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 50 
 A Criminologia é um conjunto de conhecimentos que estudam o 
fenômeno e as causas da criminalidade, a personalidade do delinquente e 
sua conduta delituosa e a maneira de ressocializá-lo. É a definição de 
Sutherland. Ciência que como todas as que abordam algum aspecto da 
criminalidade deve tratar do delito, do delinquente e da pena. Segundo a 
Unesco, a criminologia se divide em geral (sociológica) e clínica. 
 A criminologia radical busca esclarecer a relação 
crime/formação econômico-social, tendo como conceitos fundamentais 
relações de produção e as questões de poder econômico e político. Já a 
criminologia da reação social é definida como uma atividade intelectual 
que estuda os processos de criação das normas penais e das normas 
sociais que estão relacionados com o comportamento desviante. 
 O campo de interesse da criminologia organizacional 
compreende os fenômenos de formação de leis, o da infração às mesmas 
e os da reação às violações das leis. A criminologia clínica destina-se 
ao estudo dos casos particulares com o fim de estabelecer diagnósticos e 
prognósticos de tratamento, numa identificação entre a delinquência e a 
doença. Aliás, a própria denominação já nos dá ideia de relação médico-
paciente. 
 Antes de continuarmos, vamos a uma questão sobre o assunto: 
 
(VUNESP - PCSP - 2014) Para a aproximação e verificação de seu 
objeto de estudo, a Criminologia dos dias atuais vale-se de um 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 50 
conceito 
A) empírico e interdisciplinar. 
B) dedutivo e dogmático. 
C) dedutivo e interdisciplinar. 
D) dogmático e lógico-abstrato 
E) empírico e lógico-abstrato. 
 
Comentários: 
A criminologia é uma ciência empírica, uma vez que faz uso da 
experiência e da observação detida dos fatos sociais; e interdisciplinar, já 
que relaciona-se com outros ramos científicos que auxiliam na tarefa de 
estudar os fatos criminosos nos seus pormenores. 
Gabarito: A 
 
 
 O objeto da moderna criminologia é o crime, suas 
circunstâncias, seu autor, sua vítima e o controle social. Deverá ela 
orientar a política criminal na prevenção especial e direta dos crimes 
socialmente relevantes, na intervenção relativa às suas manifestações e 
aos seus efeitos graves para determinados indivíduos e famílias. Deverá 
orientar também a Política social na prevenção geral e indireta das ações 
e omissões que, embora não previstas como crimes, merecem a 
reprovação máxima. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 50 
 Dessa forma meus caros, a Criminologia fundamenta o seu 
0bjeto no estudo de alguns pontos fundamentais como o delito, o 
delinquente, a vítima e o controle social. Vejamos: 
¾ crime: pode ser entendido como fato típico, antijurídico e 
culpável. O agente só pode ser condenado por uma 
conduta que seja perfeitamente adequada a um tipo penal. 
Essa conduta é chamada de típica. Se não houver 
correspondência entre o fato praticado e a descrição legal, 
a conduta será atípica e portanto, não será considerado 
crime; 
¾ deliquente: é a pessoa que infringe a norma penal, sem 
justificação e de forma reprovável. Aos delinquentes 
condenados e submetidos a um devido processo legal 
aplica-se uma sanção criminal, uma pena (privativa de 
liberdade, restritiva de direitos, multa) que tem como 
função prevenir e também a repressão do delito. 
 
 Tipos de delinquentes mais comuns: 
 
9 ladrão ± aquele que se apropria indevidamente de 
algo que pertence a outros; 
9 assassino ± aquele que tira a vida de outra pessoa, 
sem estar em situação de legítima defesa; 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 50 
9 estuprador ou violador ± aquele que força outra 
pessoa a manter relação sexual; 
9 estelionatário ± aquele que se aproveita da 
ignorância de uma ou mais pessoas para obter 
vantagem para si próprio; 
9 sequestrador ± aquele que rapta uma pessoa e 
exige da família um pagamento em troca da 
libertação dessa. 
9 falsário ± aquele que produz dinheiro falso. 
 
¾vítima: a criminologia busca descobrir as consequências 
da pratica do crime em relação a pessoa da vítima. Vítima 
é a pessoa que, individual ou coletivamente, tenha sofrido 
danos, inclusive lesões físicas ou mentais, sofrimento 
emocional, perda financeira ou diminuição substancial de 
seus direitos fundamentais, como consequências de ações 
ou omissões que violem a legislação penal vigente, nos 
Estados membros, incluída a que prescreve o abuso de 
poder. A vítima é entendida como um sujeito capaz de 
influir significativamente no fato delituoso, em sua 
estrutura, dinâmica e prevenção. São apontados algumas 
variáveis que intervêm nos processos de vitimização, 
como por exemplo a cor, raça, sexo, condição social; 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 50 
¾ controle social: é o conjunto de instituições, estratégias e 
sanções sociais que pretendem promover à obediência dos 
indivíduos aos modelos e regras comunitárias. Encontra-se 
dividido em: 1. Controle social formal: polícia, judiciário, 
administração penitenciária etc.; 2. Controle social 
informal: família, escola, igreja. 
 
 Quando nasceu, a criminologia tratava de explicar a origem da 
delinquência utilizando o método das ciências, o esquema causal e 
explicativo, ou seja, buscava a causa do efeito produzido. Pensou-se que 
erradicando a causa se eliminaria o efeito, como se fosse suficiente fechar 
as maternidades para o controle da natalidade. 
 Academicamente a criminologia começa com a publicação da obra 
de Cesare Lombroso chamada de L"Uomo Delinquente, em 1876. Sua 
tese principal era a do delinquente nato. Já existiram várias tendências 
causais na criminologia. Baseado em Rousseau, a criminologia deveria 
procurar a causa do delito na sociedade, baseado em Lombroso, para 
erradicar o delito deveríamos encontrar a eventual causa no próprio 
delinquente e não no meio. Um extremo que procura as causas de toda a 
criminalidade na sociedade e o outro, organicista, investiga o arquétipo do 
criminoso nato (um delinquente com determinados traços morfológicos). 
 Isoladamente, tanto as tendências sociológicas quanto às 
orgânicas fracassaram. Hoje em dia fala-se no elemento biopsicosocial. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 50 
Volta a tomar força os estudos de endocrinologia que associam a 
agressividade do delinquente à testosterona (hormônio masculino), os 
estudos de genética ao tentar identificar no genoma humano um possível 
"gene da criminalidade", juntamente com os transtornos da violência 
urbana, de guerra, da forme, etc. 
 De qualquer forma, a criminologia transita pelas teorias que 
buscam analisar o crime, a criminalidade, o criminoso e a vítima. 
Passa pela sociologia, pela psicopatologia, psicologia, religião, 
antropologia, política, enfim, a criminologia habita o universo da ação 
humana. 
 Um dos aspectos da Criminologia são os distúrbios da 
personalidade. Dentre os mais frequentes desses distúrbios, podemos 
citar as neuroses, as psicoses, as personalidades psicopáticas e os 
transtornos da sexualidade ou parafilias. Neuroses são estados mentais 
da pessoa humana, que a conduzem à ansiedade, a distúrbios emocionais 
como: medo, raiva, rancor, sentimentos de culpa. 
 Pode-se afirmar que as neuroses são afecções muito difundidas, 
sem base anatômica conhecida e que, apesar de intimamente ligadas à 
vida psíquica do paciente, não lhe alteram a personalidade como as 
psicoses, e consequentemente se acompanham de consciência penosa e 
frequentemente excessiva do estado mórbido. Nessa perspectiva, de 
acordo com Newton e Valter Fernandes, podemos citar as neuroses 
obsessivas, caracterizadas pela constante de obsessões, fobias e tiques 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 50 
obsessivos, cujas formas de projeção alinham-se á cleptomania, à 
piromania, ao impulso ao suicídio e ao homicídio. 
 O termo psicose surgiu para enfatizar as afecções mentais 
mais graves. As psicoses são conjuntos de doenças caracterizadas por 
distúrbios emocionais do indivíduo e sua relação com a realidade social, 
com o convívio em sociedade. Citamos, dentre outras, a paranóica, a 
maníacodepressiva e a carcerária. 
 Segundo Genival França, "as psicoses paranóicas são transtornos 
mentais marcados por concepções delirantes permitindo manifestações de 
autofilia e egocentrismo, conservando-se claros pensamento, vontade e 
ações". Os paranóicos fantasiam, e nos seus delírios relacionam o seu 
bem-estar ou a dor com as pessoas que lhes rodeiam, atribuindo a estas 
a causa de seu estado. Temos por exemplo, a paranóia do ciúme, a de 
perseguição, a erótica. Seriam paranóicos os assassinos de Abraham 
Lincon, Gandhi, John Lennon e o que atentou contra a vida do Papa João 
Paulo II. 
 A psicose maníaco-depressiva, hoje estudada como transtorno 
bipolar do comportamento, é marcada por crises de excitação 
psicomotora e estado depressivo. A fase maníaca é caracterizada por 
hiperatividade motora e psíquica, com agitação e exaltação da afetividade 
e do humor. O maníaco não permanece quieto, é eufórico. A melancólica 
ou depressiva caracteriza-se pela inibição ou diminuição das 
funções psíquicas e motoras. O indivíduo apresenta um quadro 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 50 
marcado pela tristeza, pessimismo, sentimento de culpa. As tentativas de 
suicídio são frequentes nesta fase melancólica. 
 A psicose carcerária é decorrente da privação da liberdade do 
indivíduo submetido a estabelecimentos carcerários que não dispõem, em 
sua grande maioria, de condições adequadas de espaço, iluminação e 
alimentação. A pessoa acometida deste mal manifesta a "síndrome 
crepuscular de Ganser", apresentando sintomas com as seguintes 
características: estranhas alterações da conduta motora e verbal do 
indivíduo que, quando interrogado, encerra-se em impenetrável mutismo 
ou passa a exibir para respostas, como se estivera acometido de um 
estado deficitário orgânico, não raro acompanhado de sintomas 
depressivos ou catatônicos. 
 A personalidade psicopática é caracterizada por uma distorção do 
caráter do indivíduo. Os indivíduos acometidos por tal personalidade 
geralmente apresentam o seguinte quadro característico: são 
inteligentes, amorais, inconstantes, insinceros; faltam-lhes 
vergonha e remorso; são egocêntricos, inclinados à condutas 
mórbidas. Citamos como tipos, dentre outros: os explosivos ou 
epileptóides, os perversos ou amorais, os fanáticos e os mitomaníacos. 
 Os explosivos ou epileptóides são indivíduos que manifestam 
em seu comportamento a habitualidade de um estado colérico, raivoso, 
agressivo, tanto verbalmente como fisicamente. 
 Os perversos ou amorais são maldosos, cruéis, destrutivos. Tais 
característicasrevelam-se precocemente em crianças, nas tendências à 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 50 
preguiça, inércia, indocilidade, impulsividade, indiferença, propensos à 
criminalidade infanto-juvenil. Na fase adulta, o indivíduo possui grau 
elevado de inteligência, podendo ser observadas mentiras, calúnias, 
delações, furtos, roubos. Encontram-se no rol dos amorais os 
incendiários, os vândalos, os "vampiros" e os envenenadores. 
 Os fanáticos tendem a um ânimo constante de euforismo, 
extrema exaltação daquilo que desejam. Lutam por seus ideais de forma 
impulsiva, sem limites, sem controle. São capazes de praticar qualquer 
ato delinquente na busca incessante por seus objetivos. Os 
mitomaníacos, por sua vez, são acometidos de um desequilíbrio da 
inteligência no tocante à realidade. São propensos à mentira, à 
simulação, à fantasia. Conseguem distorcer, de forma quase convincente, 
a realidade dos fatos, podendo chegar a extremos de delírios e devaneios. 
 O estudo da sexualidade anômala ou transtornos da sexualidade 
interessa à medicina legal, são distúrbios caracterizados por degeneração 
psíquica ou por fatores orgânicos glandulares. Citamos como exemplo o 
sadismo, o masoquismo, a pedofilia, o vampirismo e a necrofilia. O 
sadismo, também chamado algolagnia ativa, é transtorno sexual em que 
o indivíduo inflige sofrimentos físicos à parceira para obter o prazer 
sexual. 
 Já o masoquismo é algolagnia passiva, isto é, o indivíduo só 
consegue sentir prazer sexual ao sofrer, ao ser humilhado. A pedofilia é 
parafilia caracterizada pela atração por parceiros sexuais crianças ou 
adolescentes. O vampirismo é a aberração venérea na qual a 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 50 
gratificação é alcançada com o degenerado sugando obsessivamente o 
sangue de seu parceiro sexual. A necrofilia, por sua vez, trata-se de 
transtorno caracterizado por prática de relações sexuais com cadáver. 
 
 Seguindo, e conforme já podemos perceber, a criminologia tem 
como finalidade transmitir para a sociedade e os poderes públicos sobre o 
delito, o delinquente, a vítima e o controle social, reunindo todo o 
contexto do fato criminoso e não apenas o crime em si. Busca-se 
compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e 
intervir com eficácia e de modo positivo no homem delinquente. A 
investigação criminológica, enquanto atividade científica, reduz ao 
máximo a intuição e o subjetivismo, submetendo o problema criminal a 
uma análise rigorosa, com técnicas empíricas. 
 Dessa forma, verifica-se que a criminologia tem como finalidade 
uma análise completa, abordando todos os aspectos de um fato criminoso 
e não apenas o crime em si. Vale ressaltar que a criminologia estuda o 
crime como fato biopsicossocial e o criminoso em sua integralidade, vida 
e histórico social, biológico, psicológico, psiquiátrico do indivíduo, e não 
ficando adstrito ao terreno científico. 
 Vitorino Prata, que reconhecendo a condição de ciência da 
Criminologia, salienta: ³(PERUD� R� KRPHP� VHMD� R� PHVPR� HP� TXDOTXHU 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 50 
parte do mundo, os crimes têm características diferentes em cada 
continente, devido à cultura, à história própria de cada um. Há, pois, uma 
criminologia iugoslava, criminologia brasileira, chinesa, enfim, uma 
criminologia própria de cada raça ou cada nacionalidadH´� 
 
 Política Criminal 
 
 Quanto à Política Criminal compreende dois momentos: 
9 o primeiro é a montagem de estratégias de prevenção da 
criminalidade; 
9 o segundo, quando a prevenção não alcançou os seus 
objetivos, é o da repressão racionalmente programada de 
forma a obter os resultados por ela colimados, que é, 
através dos métodos aplicados, evitar a reincidência 
delituosa. 
 
 Segundo J. Anton Oneca, a Política Criminal é "a crítica das 
instituições vigentes e preparo de sua reforma, consoantes os ideais 
jurídicos que se vão formando à medida que o ambiente histórico-cultural 
sofre modificações". 
 Já, Jimenez de Asúa afirma que a Política Criminal não é uma 
ciência autônoma, e sim método de trabalho e arte. Ela é uma parte do 
Direito Penal, como o corolário da dogmática-crítica. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 50 
 Assim, variando do conceito de ciência, para uns, a apenas uma 
técnica ou um método de observação e análise crítica do Direito Penal, 
para outros, parece que política criminal é uma maneira de raciocinar e 
estudar o Direito Penal, fazendo-o de modo crítico, voltado ao direito 
posto, expondo seus defeitos, sugerindo reformas e aperfeiçoamentos, 
bem como com vistas à criação de novos institutos jurídicos que possam 
satisfazer as finalidades primordiais de controle social desse ramo 
do ordenamento. 
 A política criminal se dá tanto antes da criação da norma penal 
como também por ocasião de sua aplicação. Ensina Heleno Fragoso que o 
nome de política criminal foi dado a importante movimento doutrinário, 
GHYLGR�D�)UDQ]�YRQ�/LV]W��TXH�WHYH�LQIOXrQFLD�FRPR�³WHQGrQFLD�WpFQLFD��HP�
face da luta de escolas penais, que havia no princípio do século XX na 
Itália e na Alemanha. Essa corrente doutrinária apresentava soluções 
legislativas que acolhiam as exigências de mais eficiente repressão à 
FULPLQDOLGDGH�� PDQWHQGR� DV� OLQKDV� EiVLFDV� GR� 'LUHLWR� 3HQDO� FOiVVLFR´�� (�
continua o autor, afirmando que o termo passou a ser utilizado pela ONU 
SDUD�GHQRPLQDU�R�³FULWpULR�RULHQWDGRU�GD legislação, bem como os projetos 
e programas tendentes a mais ampla prevenção do crime e controle da 
FULPLQDOLGDGH´�� 
 E para fecharmos esta parte, Sérgio Salomão Shecaira estabelece 
a diferença entre política criminal e criminologia, dia o autor: que a 
primeira é ³DTXHOD�LPSOLFD�DV�HVWUDWpJLDV�D�DGRWDUHP-se dentro do Estado 
no que concerne à criminalidade e a seu controle; já a criminologia 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 50 
converte-se, em face da política criminal, em uma ciência de referências, 
na base material, no substrato teórico dessa estratégia. A política 
criminal, pois, não pode ser considerada uma ciência igual à criminologia 
e ao direito penal. É uma disciplina que não tem um método próprio e que 
está disseminada pelos diversos poderes da União, bem como pelas 
diferentes esferas de atuação do SUySULR�(VWDGR´. 
 
 Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
(2013 ± MPE-SC ± Promotor de Justiça) Julgue os itens, com base 
na Criminologia. 
A política criminal do Direito Penal Funcional sustenta, como 
PRGHUQL]DomR�IXQFLRQDO� QR� FRPEDWH� j� ³FULPLQDOLGDGH� PRGHUQD´�� XPD�
mudança semântico-GRJPiWLFD�� WDO� FRPR�� ³SHULJR´� HP� YH]� GH� GDQR��
³ULVFR´�HP�YH]�GH RIHQVD�HIHWLYD�D�XP�EHP�MXUtGLFR��³DEVWUDWR´�HP vez de 
FRQFUHWR��³WLSR�DEHUWR´�HP�YH]�GH�IHFKDGR��H�³EHP�MXUtGLFR�FROHWLYR´�HP�
vez de individual. 
Gabarito: C. 
 
 
 Teorias penais e teorias criminológicas contemporâneas 
 
 Pessoal, iniciando esta parte, vamos abordar as principais teorias 
sociológicas da criminalidade. Uma coisa que você devem saber para a 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 50 
prova de vocês é que as teorias criminológicas, em geral, têm como 
objeto quatro elementos: a lei, o criminoso, o alvo e o lugar. A forma 
como são classificadas diz respeito aos diversos níveis de explicação, que 
variam do individual ao contextual. 
 As teorias criminológicas que adotam o nível individual de análise 
partem do pressuposto de que o crime se deve aos fatores internos aos 
indivíduos que os motivam. A maioria das teorias criminólogicas mais 
importantes são explicações relativamente precisas que procuram propor 
dedutivamente hipóteses claras e consistentes entre si e que possam ser 
submetidas a propósitos de refutação e superá-los com êxito. 
 
 A Escola de Chicago se tornou de fundamental importância 
para o estudo da criminalidade urbana. As teorias estabelecidas por seus 
seguidores ± sociólogos durante aquele período influenciaram estudos 
urbanos sobre o crime, mais tarde seriam conduzidos nos Estados Unidos 
e Inglaterra. Sua atuação foi marcada pelo pragmatismo, e, dentre 
outras inovações que preconizou, destacam-se o método da observação 
participante e o conceito de ecologia humana. 
 
 Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social (Escola de 
Chicago) ± 1920/1940: Segundo esta teoria, a ordem social, estabilidade 
e integração contribuem para o controle social e a conformidade com as 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 50 
leis, enquanto a desordem e a má integração conduzem ao crime e à 
delinquência. Tal teoria propõe ainda que quanto menor a coesão e o 
sentimento de solidariedade entre o grupo a comunidade ou a sociedade, 
maiores serão os índices de criminalidade. 
 A teoria ecológica explica o efeito criminógeno da grande 
cidade, valendo-se dos conceitos de desorganização e contágio 
inerentes aos modernos núcleos urbanos e, sobretudo, invocando o 
debilitamento do controle social desses núcleos. Com a escola de Chicago, 
a Criminologia abandonou o paradigma até então dominante do 
positivismo criminológico, do delinquente nato de Lombroso, e girou para 
as influências que o ambiente, e no presente caso, que as cidades podem 
ter fenômeno criminal. Ganhou-se qualidade metodológica. Com os 
estudos da escola de Chicago criou-se também o ambiente cultural para 
as teorias que se sucederam e que são a feição da moderna criminologia. 
 A Teoria da Associação Diferencial parte da ideia segundo a 
qual o crime não pode ser definido simplesmente como disfunção ou 
inadaptação das pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele 
exclusividade dessas. A vantagem dessa teoria é que, ao contrário do 
positivismo, que estava centrado no perfil biológico do criminoso, tal 
pensamento traduz uma grande discussão dentro da perspectiva social. O 
homem aprende a conduta desviada e a associa como referência. 
 Há, em verdade, inúmeras teorias englobadas dentro da 
terminologia, talhada por Edwin Sutherland, representante mais 
conhecido dessas teorias e a quem de atribui o nome teoria da associação 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 50 
diferencial propriamente dita. Partindo dos preceitos de Chicago, 
Sutherland notabilizou-se por buscar uma explicação para a criminalidade 
de colarinho branco. Segundo ele, os conceitos de desorganização social, 
falta de controle social informal e distribuição ecológica não seriam 
capazes de explicar a criminalidade dos poderosos, uma vez que estes 
residiam nas melhores regiões da cidade e não tinham qualquer 
desadaptação social ou cultural. 
 A transição de modelos econômicos, conclusivamente, poderia 
indicar uma situação tal que não permitisse ao homem de negócio 
compreender os limites do ético e do ilícito. De qualquer forma, esse 
negociante não poderia ser entendido com inadaptado socialmente 
tampouco como ecologicamente desfavorecido como pretendiam os 
sociólogos de Chicago. 
 A Teoria da Anomia é uma das mais tradicionais explicações de 
cunho sociológico acerca da criminalidade é a teoria da Anomia, de 
Merton (1938). Segundo essa abordagem, a motivação para a 
delinquência decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas 
desejadas por ele, como sucesso econômico ou status social. É uma 
situação social onde falta coesão e ordem, especialmente no tocante a 
normas e valores. Então as normas são definidas de forma ambígua ou 
são implementadas de maneira causal e arbitrária. Por exemplo, uma 
calamidade como a guerra subverte o padrão habitual da vida social e cria 
uma situação em que torna obscuro as normas que têm aplicação, ou se 
um sistema é organizado de tal maneira que promove o isolamento e a 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 50 
autonomia do indivíduo a ponto das pessoas se identificarem muito mais 
com seus próprios interesses do que com os do grupo ou da comunidade 
como um todo. 
 A teoria da anomia não interpreta o crime como uma anomalia. 
Existem dois autores que falam sobre anomia: Émile Durkheim e Robert 
Merton. A teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas como 
funcionalistas. 
 O pensamento funcionalista considera a sociedade como um todo 
orgânico, que tem uma articulação interna. Sua finalidade é a reprodução 
através do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. Isto 
pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da 
sociedade e que compartilhem os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem 
as regras sociais vigentes e se comportem de forma adequada às mesas. 
 Para Durkheim, a palavra "função" é empregada de duas 
maneiras diferentes. Designa ora um sistema de movimentos vitais, 
abstração feita de suas consequências, ora a relação de correspondência 
que existe entre estes movimentos e alguma necessidades do organismo. 
 Tais acertivas oriundas da análise orgânica do ser humano foram 
transpostas para as ciências sociais. A "maquina social" deve encontrar 
meios de autopreservação; toda vez que não encontrar, no entanto, 
estar-se-á diante de uma disfunção. Em face dessa disfunção, a sociedade 
deve reagir para que a falha desse sistema seja corrigida e para que se 
possa voltar ao normal funcionamento da sociedade como um todo. 
c
Agente PenitenciárioFederal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 50 
 O interessante dessa perspectiva é que o combate à disfunção far-
se-á não pelo estudo de suas causas, mas sim pelo exame de suas 
consequências exteriores. 
 A Teoria da Subcultura Delinquente desenvolvida por Wolfgang 
e Ferracuti (1967), esta teoria defende a existência de uma subcultura da 
violência, que faz com que alguns grupos passem a aceitar a violência 
como um modo normal de resolver os conflitos sociais. Mais que isso, 
sustenta que algumas subculturas, na verdade, valorizam a violência, e, 
assim como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que deixam 
de cumprir as leis, a subcultura violenta pune com o ostracismo, o 
desdém ou a indiferença os indivíduos que não se adaptam aos padrões 
do grupo. 
 É uma cultura associada a sistemas sociais e categorias de 
pessoas. As teorias subculturais sustentam três ideias fundamentais: o 
caráter pluralista e atomizado da ordem social, a cobertura normativa da 
conduta desviada e a semelhança estrutural, em sua gênese, do 
comportamento regular e irregular. A premissa dessas teorias 
subculturais é, antes de tudo, contrária à imagem monolítica da ordem 
social que era oferecida pela criminologia tradicional. 
 A Teoria do labelling aproach ou etiquetamento, essa teoria 
considera que as questões centrais da teoria e da prática criminológicas 
não se relacionam ao crime e ao delinquente, mas, particularmente, ao 
sistema de controle adotado pelo Estado no campo preventivo, no campo 
normativo e na seleção dos meios de reação à criminalidade. No lugar de 
9
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 50 
se indagar os motivos pelos quais as pessoas se tornam criminosas, deve-
se buscar explicações sobre os motivos pelos quais determinadas pessoas 
são estigmatizadas como delinquentes, qual a fonte da legitimidade e as 
consequências da punição imposta a essas pessoas. São os critérios ou 
mecanismos de seleção das instâncias de controle que importam, e não 
dar primazia aos motivos da delinquência. A tese central dessa corrente 
pode ser definida, em termos muitos gerais, pela afirmação de que cada 
um de nós se torna aquilo que os outros veem em nós e, de acordo com 
essa mecânica, a prisão cumpre uma função reprodutora: a pessoa 
rotulada como delinquente assume, finalmente, o papel que lhe é 
consignado, comportando-se de acordo com o mesmo. Todo o aparato do 
sistema penal está preparado para essa rotulação e para o reforço desses 
papéis. 
 Teoria crítica ou radical, a criminologia radical recusa o estatuto 
profissional e político da criminologia tradicional, considerada como um 
operador tecnocrático a serviço do funcionamento mais eficaz da ordem 
vigente. O criminólogo radical se recusa a assumir esse papel de 
tecnocrata, desde logo porque considera o problema criminal insolúvel 
numa sociedade capitalista; depois, e sobretudo, porque a aceitação das 
tarefas tradicionais é absoluto incompatível com as metas da criminologia 
radical. Como poderiam os criminólogos propor-se a auxiliar a defesa da 
sociedade contra o crime, se o seu último propósito é defender o homem 
contra esse tipo de sociedade. 
7
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 50 
 Antes de passarmos para as teorias penais, vamos a uma questão 
para aprendermos mais sobre o tema: 
 
(2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os 
itens, com base na Criminologia. 
O surgimento das teorias sociológicas em criminologia marca o fim da 
pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo positivista. 
 
Comentários: 
A Criminologia é a pesquisa da etiologia do delito. Logo não marca o fim. 
Só para reforçar, a etiologia é a ciência das causas, ou melhor o estudo! 
Gabarito: E. 
 
 
 Entrando, agora, nas teorias penais criminológicas, vamos 
começar falando sobre a Escola Clássica. A Escola Clássica nasceu entre 
o final do século XVIII e a metade do século XIX como reação ao 
totalitarismo do Estado Absolutista, filiando-se ao movimento 
revolucionário e libertário do Iluminismo. Vivia-VH� R� ³VpFXOR� GDV� OX]HV´� 
Seus fundamentos tiveram origem nos estudos de Beccaria e foram 
lapidados e desenvolvidos, principalmente, pelos italianos Francesco 
8
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 50 
Carrara, Carmignani, e Rossi. Outros famosos representantes da Escola 
Clássica foram Mittermaier e Birkmeyer, na Alemanha, Ortolan e Tissot, 
na França, e F. Pacheco e J. Montes, na Espanha. 
 Todos eles tinham em comum a utilização do método racionalista e 
lógico e eram, em regra, jusnaturalistas, ou seja, aceitavam que 
normas absolutas e naturais prevalecessem sobre as normas do 
direito posto. 
 
 Basicamente, suas notas fundamentais eram: 
9 entendiam o crime como um conceito meramente jurídico, 
tendo como sustentáculo o direito natural. Para Francesco 
&DUUDUD�� FULPH� p� ³D� LQIUDomR� GD� OHL� GR� (VWDGR� SURPXOJDGD�
para proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um 
ato externo do homem, positivo ou negativo, moralmente 
LPSXWiYHO�H�SROLWLFDPHQWH�GDQRVR´� 
9 predominava a concepção do livre-arbítrio, isto é, o homem 
age segundo a sua própria vontade, tem a liberdade de 
escolha independentemente de motivos alheios 
(autodeterminação). Logo, por ser possuidor da faculdade de 
agir, o homem é moralmente responsável pelos seus atos; e 
9 por ser responsável, àquele que infringiu a norma penal deve 
a
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 50 
ser imposta uma pena, como forma de retribuição pelo crime 
cometido. Se, ao contrário, o agente não estava em suas 
perfeitas condições psíquicas, não pode ser punido. 
 
 A Escola Clássica havia conseguido enfrentar com êxito as 
barbáries do Absolutismo, e o respeito do indivíduo como ser humano já 
despontava nos países civilizados. Entretanto, os ambientes político e 
filosófico, em meados do século XIX, revelavam grande preocupação com 
a luta eficiente contra a crescente criminalidade. Manifestava-se a 
necessidade de defesa da sociedade e os estudos biológicos e sociológicos 
assumiam relevante importância, principalmente com as doutrinas 
evolucionistas de Darwin e Lamarck e sociológicas de Comte e Spencer. 
 Nasce, então, a Escola Positiva, também denominada Positivismo 
Criminológico, despontando os estXGRV� GRV� ³WUrV� PRVTXHWHLURV´� Cesare 
Lombroso, Enrico Ferri e Rafael Garofalo. Chamou-se positiva pelo 
método, e não por aceitar a filosofia do positivismo de Augusto 
Comte. Cesare Lombroso, médico, representou a fase antropológica da 
Escola Positiva, a ele se imputa o ensinamentode que o homem não é 
livre em sua vontade. Ao contrário, sua conduta é determinada por forças 
inatas. 
 Com ele se iniciou, de forma científica, a aplicação do método 
experimental no estudo da criminalidade. Também ofereceu à 
comunidade jurídica a teoria do criminoso nato, predeterminado à prática 
de infrações penais por características antropológicas, nele presentes de 
==c978a==
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 50 
modo atávico. Em seguida, acrescentou ao atavismo, como causas do 
crime, também a loucura moral e a epilepsia larvada e, finalmente, por 
influência de Ferri, alia às causas antropológicas também os fatores 
físicos e sociais. Enrico Ferri empunha a bandeira da fase sociológica 
no Positivismo Criminológico, destacando-se VXDV� REUDV� ³6RFLRORJLD�
FULPLQDO´��������H�³3ULQFtSLRV�GH�GLUHLWR�FULPLQDO´�������� 
 Já Rafael Garofalo é a "fortaleza" da fase jurídica da Escola 
Positiva. Empregou e LPRUWDOL]RX� D� H[SUHVVmR� ³&ULPLQRORJLD´�� WtWXOR� GH�
sua principal obra, publicada em 1885, conferindo aspectos estritamente 
jurídicos ao movimento. Atribui-se a ele o conceito de delito natural, 
FRPSUHHQGLGR�FRPR�³DomR�SUHMXGLFLDO�H�TXH�IHUH�DR�PHVPR�WHPSR�DOJXQV�
desses sentimentos que se convencionou chamar o senso moral de uma 
DJUHJDomR� KXPDQD´� Influenciado pela teoria da seleção natural, 
sustentava que os criminosos não assimiláveis deveriam ser eliminados 
pela deportação ou pela morte. 
 
 Na Escola Positiva, destacou-se o método experimental, no qual o 
crime e o criminoso deveriam ser estudados individualmente, inclusive 
com o auxílio de outras ciências. Ganhou relevo o determinismo, 
negando-se o livre-arbítrio, haja vista que a responsabilidade penal 
fundamentava-se na responsabilidade social, no papel que cada ser 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 50 
humano desempenhava na coletividade. 
 
 
 Quanto ao Correcionalismo Penal, também chamado de Escola 
Correcionalista, surgiu na Alemanha, em 1839, com a publicação da obra 
³&RPHQWDWLR�QD�SRHQD�PDOXP�HVVH�GHEHDW´��GH�.DUO�'DYLG�$XJXVW Röeder, 
professor da Universidade de Heidelberg. 
 Esse posicionamento surgiu de forma inovadora e revolucionária 
em relação às tendências da época, submetendo a uma detalhada análise 
as teorias fundamentais sobre o delito e a pena. Para Röeder, a pena tem 
a finalidade de corrigir a injusta e perversa vontade do criminoso e, dessa 
forma, não pode ser fixa e determinada, como na visão da Escola 
Clássica. 
 Ao contrário, a sanção penal deve ser indeterminada e passível de 
cessação de sua execução quando se tornar prescindível. Este foi o 
grande mérito do jurista: ter lançado no Direito Penal a semente da 
sentença indeterminada. Com efeito, o fim da pena jamais seria a 
repressão ou a punição, afastando destarte as teorias absolutistas. 
Também não seria a prevenção geral, mas apenas a prevenção especial. 
Destaca-se a FpOHEUH� IUDVH� GH� &RQFpSFLRQ� $UHQDO�� ³QmR� Ki� FULPLQRVRV�
LQFRUULJtYHLV��H�VLP�LQFRUULJLGRV´��%XVFD-se, assim, a emenda de todos os 
delinquentes. Curioso anotar que o penalista alemão não ganhou partido 
em seu país. Contudo, sua teoria disseminou-se pela Europa, 
principalmente na Espanha, com importantes cultores, destacando-se 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 50 
Pedro Dorado Montero, Concepción Arenal, Alfredo Calderón, Giner de los 
Rios, Romero y Girón e Rafael Salillas. 
 Já o Tecnicismo Jurídico iniciou-se na Itália. Arturo Rocco 
delimitou o método de estudo do Direito Penal como o positivo, restrito às 
leis vigentes, dele abstraindo o conteúdo causal-explicativo inerente à 
antropologia, sociologia e filosofia. 
 O mérito do movimento, atualmente dominante na Itália e 
abraçado pela maioria das nações, foi excluir do Direito Penal toda carga 
de investigação filosófica, limitando-o aos ditames legais. Com efeito, o 
jurista deve valer-se da exegese para concentrar-se no estudo do direito 
positivo. As preocupações causais explicativas pertencem a outros 
campos, filosóficos, sociológicos e antropológicos, que se valem do 
método experimental. 
 Por sua vez, o Direito Penal tem conteúdo dogmático, razão pela 
qual seu intérprete deve utilizar apenas o método técnico-jurídico, cujo 
objeto é o estudo da norma jurídica em vigor. Em sua origem, o 
tecnicismo jurídico, liderado por Arturo Rocco, Vicenzo Manzini, Massari e 
Delitala, entre outros, todos eles inspirados nos estudos de dogmática 
jurídico-penal elaborados por Karl Binding, negava a abordagem do livre-
arbítrio, bem como a existência do direito natural, sustentando ser a 
sanção penal mero meio de defesa do Estado contra a periculosidade do 
agente. Assim, Aníbal Bruno concluiu que o tecnicismo juríGLFR� ³p� XPD�
forma de classicismo, grandemente influenciada pela doutrina alemã, 
VREUHWXGR�GHSRLV�GH�%LQGLQJ´��(QWUHWDQWR, em uma segunda etapa, mais 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 50 
moderna, capitaneada por Maggiore, Giuseppe Bettiol, Petrocelli e Giulio 
Battaglini, o tecnicismo jurídico acabou acolhendo a existência do 
direito natural, admitindo o livre-arbítrio como fundamento do direito 
punitivo, voltando a pena a assumir sua índole retributiva. 
 
 No estudo do Direito Penal, há três ordens de pesquisa e 
investigação. A primeira delas é a exegese, na opinião de Rocco 
utilizada sempre de forma restrita e limitada ao aspecto gramatical, ao 
passo que se deveriam buscar o alcance e a vontade da lei. A segunda é 
a dogmática, que, responsável pela exposição dos princípios 
fundamentais do direito positivo, oferece critérios para a integração e 
criação do Direito pela sistematização dos princípios. Constitui-se na 
conjunção sistemática das normas jurídicas postas em relações 
recíprocas, abstraindo conceitos até o mais geral, retornando, em 
seguida, ao particular. 
 Por último, a terceira ordem de pesquisa e investigação apontada 
é a crítica, que estuda o Direito como ele deveria ser, buscando a sua 
construção e apresentando propostas de reforma. Atua em dois âmbitos, 
quais sejam, direito penal positivo vigente e política criminal, com os 
contornos da filosofia do Direito. 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 50 
 Para Arturo Rocco, o tecnicismo jurídico seria o equilíbrio 
resultante do embate entre a lenta evolução da Escola Clássica e a 
violenta reação da Escola Positiva. O tecnicismo jurídico representou um 
movimento de restauração metodológica sobre o estudo do Direito Penal. 
Dessa forma, não constituiu uma nova Escola Penal, haja vista que não se 
preocupoucom as questões inerentes à etiologia do delito, à natureza da 
criminalidade e ao fundamento da responsabilidade penal, nem com o 
conceito acerca da pessoa do delinquente. 
 Para fecharmos esta parte, vou falar um pouco sobre a Defesa 
Social! A verdadeira ideia de defesa social surgiu no início do século XX, 
em decorrência dos pensamentos da Escola Positiva do Direito 
Penal. Ou melhor, não é possível conceber uma teoria da defesa social 
sem considerar a revolta positivista. Entretanto, a defesa social não 
se confunde com a doutrina positivista e, como teoria autônoma, não se 
inclui nos ensinamentos do Positivismo. Em verdade, surge como uma 
reação anticlássica, reforçada pelas ideias delineadas pelos 
representantes do Positivismo: Lombroso, Ferri e Garofalo. Era uma 
doutrina preocupada unicamente com a proteção da sociedade contra o 
FULPH�� 1HVVH� VHQWLGR�� RV� SRVLWLYLVWDV� IDODP� HP� ³PRYLPHQWR� GD defesa 
VRFLDO´� 
 Essa função de defesa social deveria ser garantida da forma mais 
eficaz e integral possível, repudiando a imposição de penas insuficientes, 
rotineiramente abrandadas pela indulgência dos tribunais. O combate à 
periculosidade tornara-se a principal finalidade do Direito Penal. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 50 
 Pessoal, para reforçar mais um pouco, vou abordar, agora, um 
tópico ligado, também, a criminologia contemporânea, e que pode ser 
abordado na prova de vocês. Lembrando que na criminologia 
contemporânea temos o salto qualitativo consubstanciado na 
passagem de um paradigma baseado na investigação das causas 
da criminalidade a um paradigma baseado na investigação das 
condições da criminalização, que se ocupa hoje em dia, 
fundamentalmente, da análise dos sistemas penais vigentes (natureza, 
estrutura e funções). 
 Outra coisa, a criminologia contemporânea desenvolvida na base 
deste paradigma, especialmente a criminologia crítica, tende a 
transformar-se, assim, de uma teoria da criminalidade em uma teoria 
crítica e sociológica do sistema penal, conforme estudamos acima. 
 Naquela ideia, ou seja, sobre o tópico a mencionar, é preciso 
destacar o Bullying! Essa palavra tem sido utilizada para descrever o 
comportamento agressivo nas instituições de ensino. São agressões 
físicas, assédios, ofensas, etc. É preciso ressaltar que esse tipo de 
"criminalidade" não se limita a menores em estabelecimento de ensino. 
Pode surgir no trabalho, ambiente familiar, etc. Assim, o bullying pode ser 
praticado de muitas formas. A violência pode ser física, como chutes, 
socos, empurrões, etc. Os desdobramento dessa prática criminosa variam 
conforme o caso e a vítima. Algumas pessoas apresentam sintomas 
psicossomáticos, como dores de cabeça, náuseas, cansaço, tonturas, e 
tensão muscular que se manifestam de maneira isolada ou múltipla. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 50 
 Não esqueçam que existe, também, o cyberbulling, que é o 
bullying praticado na internet. Esta forma de violência apresenta uma 
peculiaridade que a torna difícil de combater, o anonimato! Pois os bullies 
se valem de apelidos, nomes de personalidades ou de outras pessoas. 
 Meus amigos (as), hoje, ficaremos por aqui. Como a próxima aula 
é continuidade dessa, inicio falando sobre mecanismos institucionais de 
criminalização, ok? 
 Vamos, agora, fazer algumas questões para reforçar o 
aprendizado. 
 Grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 50 
 
 
 
Questões propostas 
 
1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) 
Contemporaneamente, a criminologia é conceituada como 
A) uma ciência empírica e social que estuda o criminoso, a pena e 
o controle social. 
B) uma ciência empírica e multidisciplinar que estuda as formas 
como os crimes são cometidos. 
C) uma ciência empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o 
criminoso, a vítima e o controle social. 
D) uma ciência jurídica e interdisciplinar que estuda as formas 
como os crimes são cometidos. 
E) uma ciência jurídica e multidisciplinar que estuda o crime, o 
criminoso, a pena e a vítima. 
 
2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Os métodos 
científicos utilizados pela criminologia são 
A) métodos experimental e dedutível, como ciência jurídica que 
são. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 50 
B) métodos psicológico e sociológico, como ciências empírica e 
exata que são. 
C) métodos físico e individual, como ciências social e dedutível 
que são. 
D) métodos físico e biológico, como ciência jurídica que são. 
E) métodos biológico e sociológico, como ciências empírica e 
experimental que são. 
 
3) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) O estudo da 
vitimologia atual, baseada numa tendência política criminal 
eficiente, privilegia 
A) a assistência social ao delinquente, bem como um atendimento 
eficiente do poder público. 
B) a assistência psicológica à vítima e tratamento adequado ao 
delinquente, para sua recuperação. 
C) uma pena que recupere o delinquente, sociabilizando-o, com 
trabalho e educação. 
D) uma punição exemplar para o delinquente, de forma que se 
cumpra a função retributiva da pena. 
E) a reparação dos danos e indenização dos prejuízos da vítima. 
 
4) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 50 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio 
do trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da 
sociedade, por meio de ação policial, programas de apoio e 
controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens 
patrimoniais e nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como 
educação, moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, 
assistindo o recluso com programas psicológicos e de assistência 
social. 
 
5) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) É correto afirmar 
que a Criminologia 
A) é uma ciência do dever-ser. 
B) não é uma ciência interdisciplinar. 
C) não é uma ciência multidisciplinar. 
D) é uma ciência normativa. 
E) é uma ciência empírica. 
 
6) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) É correto afirmar 
que a Criminologia contemporânea tem por objetos 
A) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3)ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 50 
B) a tipificação do delito e a cominação da pena. 
C) apenas o delito, o delinquente e o controle social. 
D) apenas o delito e o delinquente. 
E) apenas a vítima e o controle social. 
 
 
7) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) Entende(m)-se 
por prevenção primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua 
reinserção familiar e/ou social. 
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno 
criminal, em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na 
iminência de seu acontecimento. 
 
8) (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Com o surgimento 
das Teorias Sociológicas da Criminalidade (ou Teorias 
Macrossociológicas da Criminalidade), houve uma repartição 
marcante das pesquisas criminológicas em dois grupos principais. 
Essa divisão leva em consideração, principalmente, a forma como 
os sociólogos encaram a composição da sociedade: Consensual 
(Teorias do consenso, funcionalistas ou da integração) ou 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 50 
Conflitual (Teorias do conflito social). Neste contexto são 
consideradas Teorias Consensuais: 
A) Escola de Chicago, Teoria da Anomia e Teoria da Associação 
Diferencial. 
B) Teoria da Anomia, Teoria Crítica e Teoria do Etiquetamento. 
C) Teoria Crítica, Teoria da Anomia e Teoria da Subcultura 
Delinquente. 
D) Teoria do Etiquetamento, Teoria da Associação Diferencial e 
Escola de Chicago. 
E) Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Rotulação e Teoria 
da Anomia. 
 
9) (FCC - 2013 - AL-PB ± Procurador) A avaliação do espaço 
urbano é especialmente importante para compreensão das ondas 
de distribuição geográfica e da correspondente produção das 
condutas desviantes. Este postulado é fundamental para 
compreensão da corrente de pensamento, conhecida na literatura 
criminológica, como 
A) teoria da anomia. 
B) escola de Chicago. 
C) teoria da associação diferencial. 
D) criminologia crítica. 
E) labelling approach. 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 50 
10) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue 
os itens. 
A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida 
por Emile Durkheim no século XIX, contrapunha à ideia da 
propensão ao crime como patologia a noção da normalidade do 
desvio como fenômeno social, podendo ser situada no contexto da 
guinada sociológica da criminologia, em que se origina uma 
concepção alternativa às teorias de orientação biológica e 
caracterológica do delinquente. 
 
11) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue 
os itens. 
O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, 
pela negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela 
adoção do método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, 
também apresentado como indutivo-quantitativo, embasado na 
observação dos fatos e dos dados, independentemente do 
conteúdo antropológico, psicológico ou sociológico, como também 
a neutralidade axiológica da ciência. 
 
 
 
 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 50 
 
Questões comentadas 
 
1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) 
Contemporaneamente, a criminologia é conceituada como 
A) uma ciência empírica e social que estuda o criminoso, a pena e o 
controle social. 
B) uma ciência empírica e multidisciplinar que estuda as formas como os 
crimes são cometidos. 
C) uma ciência empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o 
criminoso, a vítima e o controle social. 
D) uma ciência jurídica e interdisciplinar que estuda as formas como os 
crimes são cometidos. 
E) uma ciência jurídica e multidisciplinar que estuda o crime, o criminoso, 
a pena e a vítima. 
 
Comentários: 
 Para a Criminologia Científica Moderna, a Criminologia é ciência 
empírica e interdisciplinar, com informação válida e segura, relacionada 
ao fenômeno delitivo, entendido sob o prisma individual e de problema 
social, como também formas de preveni-lo. Portanto, o crime é fenômeno 
humano, cultural e complexo. 
Gabarito: C. 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 50 
2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Os métodos 
científicos utilizados pela criminologia são 
A) métodos experimental e dedutível, como ciência jurídica que são. 
B) métodos psicológico e sociológico, como ciências empírica e exata que 
são. 
C) métodos físico e individual, como ciências social e dedutível que são. 
D) métodos físico e biológico, como ciência jurídica que são. 
E) métodos biológico e sociológico, como ciências empírica e experimental 
que são. 
 
Comentários: 
 A criminologia se utiliza dos métodos biológico e sociológico. 
Como ciência empírica e experimental que é, a criminologia utiliza-se da 
metodologia experimental, naturalística e indutiva para estudar o 
delinquente, não sendo suficiente, no entanto, para delimitar as causadas 
da criminalidade. 
Gabarito: E. 
 
3) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) O estudo da 
vitimologia atual, baseada numa tendência política criminal 
eficiente, privilegia 
A) a assistência social ao delinquente, bem como um atendimento 
eficiente do poder público. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 50 
B) a assistência psicológica à vítima e tratamento adequado ao 
delinquente, para sua recuperação. 
C) uma pena que recupere o delinquente, sociabilizando-o, com trabalho 
e educação. 
D) uma punição exemplar para o delinquente, de forma que se cumpra a 
função retributiva da pena. 
E) a reparação dos danos e indenização dos prejuízos da vítima. 
 
Comentários: 
 A vitimologia está a serviço do restabelecimento da paz social, 
pois tanto a vítima como a sociedade, em virtude da reparação do dano 
social provocado, sentem realizadas suas expectativas de reparação, bem 
como de uma eficaz ressocialização. 
Gabarito: E. 
 
4) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção 
criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do 
trabalho e estudo, evitando sua reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por 
meio de ação policial, programas de apoio e controle das comunicações.C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e 
nos direitos individuais e sociais. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 50 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, 
moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o 
recluso com programas psicológicos e de assistência social. 
 
Comentários: 
 Vou falara mais sobre isso na próxima aula. Vejamos as três: 
 Prevenção primária: 
9 Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo 
antes que ocorra; 
9 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os 
cidadãos; 
9 Reclama prestações sociais e intervenção comunitária; 
9 Limitações práticas: falta de vontade política e de 
conscientização da sociedade. 
 Prevenção secundária: 
9 Política legislativa penal, ação policial, políticas de 
segurança pública; 
9 Atua na exteriorização do conflito; 
9 Opera a curto e médio prazo; 
9 Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 Prevenção terciária: 
9 Destinatário: população carcerária; 
9 Caráter punitivo; 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 50 
9 Objetivo: evitar a reincidência; 
9 Intervenção tardia, parcial e insuficiente. 
 
Gabarito: B. 
 
 
5) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) É correto afirmar 
que a Criminologia 
A) é uma ciência do dever-ser. 
B) não é uma ciência interdisciplinar. 
C) não é uma ciência multidisciplinar. 
D) é uma ciência normativa. 
E) é uma ciência empírica. 
 
Comentários: 
 É uma ciência empírica e interdisciplinar que se ocupa do 
estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do 
comportamento delitivo. 
Gabarito: E. 
 
 
6) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) É correto afirmar 
que a Criminologia contemporânea tem por objetos 
A) o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 50 
B) a tipificação do delito e a cominação da pena. 
C) apenas o delito, o delinquente e o controle social. 
D) apenas o delito e o delinquente. 
E) apenas a vítima e o controle social. 
 
Comentários: 
 É uma ciência empírica e interdisciplinar, tem por objetos: o 
delito, o delinquente, a vítima e o controle social. 
Gabarito: A. 
 
 
7) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) Entende(m)-se 
por prevenção primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção 
familiar e/ou social. 
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, 
em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de 
seu acontecimento. 
 
Comentários: 
 Vejamos, novamente, as três: 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 50 
 Prevenção primária: 
9 Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo 
antes que ocorra; 
9 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os 
cidadãos; 
9 Reclama prestações sociais e intervenção comunitária; 
9 Limitações práticas: falta de vontade política e de 
conscientização da sociedade. 
 Prevenção secundária: 
9 Política legislativa penal, ação policial, políticas de 
segurança pública; 
9 Atua na exteriorização do conflito; 
9 Opera a curto e médio prazo; 
9 Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 Prevenção terciária: 
9 Destinatário: população carcerária; 
9 Caráter punitivo; 
9 Objetivo: evitar a reincidência; 
9 Intervenção tardia, parcial e insuficiente. 
 
Gabarito: D. 
 
8) (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Com o surgimento 
das Teorias Sociológicas da Criminalidade (ou Teorias 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 50 
Macrossociológicas da Criminalidade), houve uma repartição 
marcante das pesquisas criminológicas em dois grupos principais. 
Essa divisão leva em consideração, principalmente, a forma como 
os sociólogos encaram a composição da sociedade: Consensual 
(Teorias do consenso, funcionalistas ou da integração) ou 
Conflitual (Teorias do conflito social). Neste contexto são 
consideradas Teorias Consensuais: 
A) Escola de Chicago, Teoria da Anomia e Teoria da Associação 
Diferencial. 
B) Teoria da Anomia, Teoria Crítica e Teoria do Etiquetamento. 
C) Teoria Crítica, Teoria da Anomia e Teoria da Subcultura Delinquente. 
D) Teoria do Etiquetamento, Teoria da Associação Diferencial e Escola de 
Chicago. 
E) Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Rotulação e Teoria da 
Anomia. 
 
Comentários: 
Gabarito: A. 
 São teorias do consenso: Escola de Chigaco; Teoria da Associação 
Diferencial; Teoria da Anomia; Teoria da Subcultural Delinquente. São 
teorias do conflito: Teorias do Labelling; Teoria Crítica. 
 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 50 
9) (FCC - 2013 - AL-PB ± Procurador) A avaliação do espaço 
urbano é especialmente importante para compreensão das ondas 
de distribuição geográfica e da correspondente produção das 
condutas desviantes. Este postulado é fundamental para 
compreensão da corrente de pensamento, conhecida na literatura 
criminológica, como 
A) teoria da anomia. 
B) escola de Chicago. 
C) teoria da associação diferencial. 
D) criminologia crítica. 
E) labelling approach. 
 
Comentários: 
 A Escola de Chicago se tornou de fundamental importância para 
o estudo da criminalidade urbana. As teorias estabelecidas por seus 
seguidores ± sociólogos durante aquele período influenciaram estudos 
urbanos sobre o crime, mais tarde seriam conduzidos nos Estados Unidos 
e Inglaterra. 
Gabarito: B. 
 
10) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue 
os itens. 
A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida por Emile 
Durkheim no século XIX, contrapunha à ideia da propensão ao crime 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 50 
como patologia a noção da normalidade do desvio como fenômeno social, 
podendo ser situada no contexto da guinada sociológicada criminologia, 
em que se origina uma concepção alternativa às teorias de orientação 
biológica e caracterológica do delinquente. 
 
Comentários: 
 A Teoria da Anomia é uma das mais tradicionais explicações de 
cunho sociológico acerca da criminalidade é a teoria da Anomia, de 
Merton (1938). Segundo essa abordagem, a motivação para a 
delinquência decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas 
desejadas por ele, como sucesso econômico ou status social. É uma 
situação social onde falta coesão e ordem, especialmente no tocante a 
normas e valores. Então as normas são definidas de forma ambígua ou 
são implementadas de maneira causal e arbitrária. Por exemplo, uma 
calamidade como a guerra subverte o padrão habitual da vida social e cria 
uma situação em que torna obscuro as normas que têm aplicação, ou se 
um sistema é organizado de tal maneira que promove o isolamento e a 
autonomia do indivíduo a ponto das pessoas se identificarem muito mais 
com seus próprios interesses do que com os do grupo ou da comunidade 
como um todo. 
 A teoria da anomia não interpreta o crime como uma anomalia. 
Existem dois autores que falam sobre anomia: Émile Durkheim e Robert 
Merton. A teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas como 
funcionalistas. 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 50 
 O pensamento funcionalista considera a sociedade como um todo 
orgânico, que tem uma articulação interna. Sua finalidade é a reprodução 
através do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. Isto 
pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da 
sociedade e que compartilhem os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem 
as regras sociais vigentes e se comportem de forma adequada às mesas. 
 Para Durkheim, a palavra "função" é empregada de duas maneiras 
diferentes. Designa ora um sistema de movimentos vitais, abstração feita 
de suas consequências, ora a relação de correspondência que existe entre 
estes movimentos e alguma necessidades do organismo. 
Gabarito: C. 
 
11) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue 
os itens. 
O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, pela 
negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do 
método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, também 
apresentado como indutivo-quantitativo, embasado na observação dos 
fatos e dos dados, independentemente do conteúdo antropológico, 
psicológico ou sociológico, como também a neutralidade axiológica da 
ciência. 
 
Comentários: 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 50 
 Vamos lembrar os principais pontos sobre o positivismo 
criminológico: 
‡ Contesta a escola clássica; 
‡ Determinismo - para cada fato a razões que determinaram 
todos os fenômenos do universo, abrangendo a natureza, a 
sociedade e a historia são subordinadas a lei e as causas 
necessárias; 
‡ Responsabilidade social - resultado do simples fato de viver 
o homem em sociedade. A responsabilidade social deriva 
do determinismo; 
‡ Crime como fenômeno natural e social, produto dos fatores 
físicos, sociais e biológicos; 
‡ Pena como meio de defesa. (medida de segurança). 
Visando a recuperação ou a neutralização pelos seus 
crimes. 
‡ Lombroso e Ferri, juntamente com Rafael Garofalo, autor 
de Criminologia, são considerados os fundadores da Escola 
Positivista. 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
Agente Penitenciário Federal ʹ cargo 9 (área 3) ʹ DEPEN 
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 05 
 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 50 
 
Gabarito 
 
1-C 2-E 
3-E 4-B 
5-E 6-E 
7-D 8-A 
9-B 10-C 
11-C

Continue navegando