Buscar

Aula 11 Direitos Fundamentais em espécie - Direito de propriedade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Direitos e garantias fundamentais – Direito
 de propriedade 
Art. 5º XXII - é garantido o direito de propriedade;
1 Direito de propriedade – revela o poder atribuído pela Constituição para o indivíduo usar, gozar e dispor da coisa. O tratamento constitucional dispensado ao direito de propriedade sentiremos a anatomia do Estado, os princípios que o regem. Saberá, por exemplo, se o Estado é capitalista ou socialista.
O direito de propriedade não se reveste de caráter absoluto, eis que, sobre ele, pesa grave hipoteca social, a significar que, descumprida a função social que lhe é inerente, legitimar-se-á a intervenção estatal na esfera dominial privada. O Acesso à terra, a solução dos conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imóvel rural, a utilização apropriada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente constituem elementos de realização da função social da propriedade. ADI 2213. 
2. Casuística
Reforma agrária – Processo de reforma agrária não pode ser realizado pelo uso arbitrário da força, mesmo tratando de propriedade improdutivas. ADI 2213
Criação de reservas florestais – A circunstancia de o Estado dispor de competência para criar reservas florestais não lhe confere, só por si - considerando-se os princípios que tutelam, em nosso sistema normativo, o direito de propriedade -, a prerrogativa de subtrair-se ao pagamento de indenização compensatória ao particular, quando a atividade pública, decorrente do exercício de atribuições em tema de direito florestal, impedir ou afetar a valida exploração econômica do imóvel por seu proprieta
rio.(RE 134297)
Criação de parques – deve respeitar o direito de propriedade. REsp 32222.
Edificação – o proprietário do prédio vizinho não tem o direito de impedir da construção com objetivo de proteger sua vista.
Retenção de dinheiro. Viola o direito de propriedade.
Direitos e garantias fundamentais – Função social da propriedade
Art. 5º. XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
III - função social da propriedade;
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
1. Conceito – Função social da propriedade é a destinação economicamente útil da propriedade, em nome do interesse público. Seu objetivo é otimizar o uso da propriedade, de sorte que não possa ser utilizada em detrimento do progresso e da satisfação da comunidade.
Direito de edificar – o direito de edificar é relativo, dado que condicionado à função social da propriedade. RE 178.836
Função social da propriedade urbana. A única hipótese na qual a Constituição admite a progressividade das alíquotas do IPTU é a do art. 182, §4º, II, destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana – Agl 456.513
Direito de vizinhança – a garantia da função social da propriedade não afeta as normas de composição de conflito de vizinhança. RE 211385.
Direitos e garantias fundamentais – Desapropriação
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
1. Conceito – também chamada de expropriação, é a transferência compulsória de bens privados para o domínio público. Trata-se de um procedimento administrativo com fase inicial e final. Por fim, a desapropriação constitui limite ao caráter perpetuo do direito de
propriedade.
2. Fases – Inicial ou deflagatória e final
2.1 Fase inicial – etapa em que há uma declaração de utilidade, necessidade pública e interesse social, para que fique afastada a hipótese de esbulho da propriedade particular.
2.2 Fases final – etapa em que ocorre a ablação do direito de propriedade, pela série encadeada de ato essenciais, levando ao ato final, que é a adjudicação do bem ao Poder Público ou a seus delegados.
3. Outros limites aos direito de propriedade. 
3.1 Restrições administrativas – requisição, tombamento, ocupação temporária, limitações administrativas
3.2 Servidões administrativas - instalação de redes elétricas e a implantação de gasodutos e oleodutos em áreas privadas para a execução de serviços públicos, colocação em prédios privados de placas com nome de ruas e avenidas e a colocação de ganchos para sustentar fios da rede elétrica.
4. Pressupostos – 
4.1 Necessidade pública – A administração se depara com problemas inadiáveis e prementes, envolvendo situações que não podem ser adiadas, devido à emergência que logram. 
4.2 Utilidade pública – não exige transferência urgente de bens para o domínio estatal
4.3 Interesse social – Art. 184, §§1ªa 5º. Exemplos expostos na Lei 4.132/62
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. 
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. 
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. 
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. 
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
5 Indenização justa. Envolve os danos emergentes, os lucros cessantes, os juros compensatórios e moratórios, despesas judiciais, honorários advocatícios e correção monetária.
6. Indenização prévia – Pagamento antecipado
7 Indenização em dinheiro. Pagamento em moeda corrente. 
Imissão provisória – Só na perda definitiva da propriedade é que está prevista a justa e prévia indenização. RE 141.795
8. Desapropriação-sanção. Pagamento mediante títulos da dívida pública.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,      sob pena, sucessivamente, de:
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valorreal da indenização e os juros legais.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Direitos e garantias fundamentais – Direito de requisição
 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
1. Conceito. Prerrogativa constitucional das autoridades competentes usarem, em caso de iminente perigo público, a propriedade particular, indenizando-se o proprietário, posteriormente, se houver dano. Não se trata de transferência de domínio, mas mera utilização do bem pelo Poder Público, que solicita o bem em situação efêmera.
2. Legislação sobre requisição
Em tempo de Guerra Decreto-lei nº 4.812/42; Decreto-lei 315-A/45
Em tempo de paz. Lei delegada nº 4/62; Decreto-lei nº 2/66; Lei 6.439/77
3. Perigo iminente. É aquele que impossibilita o funcionamento normal das instituições, gerando caos nos serviços e atividades usuais à população. Tudo procedimento de requisição deve estar imune aos abusos de poder. 
4. Competência da União. Art. 22, III, CF. Competência da União para legislar sobre requisições civis e militares em caso de iminente perigo. 
5. Dano. Deve ser efetivamente comprovado.
Direitos e garantias fundamentais – Garantia a pequena propriedade rural
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
1. Conceito de pequena propriedade rural. Consta no Estatuto da Terra. Leiº 4.504/64.

Outros materiais