Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UFMT – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Claudiney Santos Araujo; Valdinéia Moreira de Almeida; Walter Aguiar Martins Júnior. ELETRICIDADE E MAGNETISMO: LABORATÓRIO CUIABÁ – MATO GROSSO 2014 UFMT – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FAET – FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DENE – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA RELATÓRIO AULA PRÁTICA 01: 1 – Resistência Elétrica; 2 – Capacitância Docente: Profª Walkyria K. A. G. Martins SUMÁRIO INTRODUÇÃO Nos estudos das aplicações dos conceitos eletromagnéticos existem alguns parâmetros que necessitam serem dominados, dentre estes, os três parâmetros fundamentais: Capacitância, Resistência e Indutância. Neste trabalho abordaremos uma visão geral dos parâmetros da Resistência e da Capacitância, estudado em sala de aula e trabalhado de forma prática em laboratório. Pretendemos mostrar a relação matemática entre tensão (U), corrente (I) e Resistência (R) verificado em laboratório utilizando instrumentos de medições elétricas, pretendemos também mostrar o funcionamento de um resistor, de dois ou mais resistores em série e em paralelo. Iremos mostrar também, de maneira sucinta, o comportamento de um capacitor ligado a um circuito elétrico, e o comportamento da tensão (U) e da corrente (I) ao carregar/descarregar o capacitor. Inicialmente faremos uma breve abordagem teórica, utilizando notas de aula e livros de apoio, em seguida apresentaremos o roteiro de realização dos experimentos e os materiais utilizados e, por fim, apresentaremos os resultados obtidos. Pretendemos então, com este trabalho, familiarizar com os conceitos aprendidos em sala de aula, e também familiarizar com o ambiente do laboratório. ABORDAGEM TEÓRICA[1: EDMINISTER, Joseph A. Eletromagnetismo. Tradutor José Fabiano Rocha. São Paulo; McGraw-Hill do Brasil, 1980.] Antes de iniciarmos nossos estudos sobre resistência e capacitância faz-se necessário compreender o conceito de Corrente (I) e Densidade de Corrente . Denomina-se corrente elétrica o fluxo de cargas elétricas por determinado ponto ou através de determinada superfície. É comum usar o símbolo I para designar correntes contínuas, e i para as correntes variáveis no tempo. A unidade de corrente é o Ámpère (1 [A] = 1 [C/s]; no sistema SI o ámpère é uma unidade básica, e o coulomb uma unidade derivada). A lei de Ohm relaciona correntes com tensão e resistência. Para os circuitos DC (corrente alternada) simples, I=V/R. Entretanto, quando cargas estão em suspensão num líquido ou num gás, ou onde estão presentes todos os tipos de portadores de cargas positivas e negativas com características diferentes, a forma simples da lei de Ohm é insuficiente. Consequentemente, a densidade de corrente (A/m²) recebe mais atenção no eletromagnetismo do que a corrente I. A densidade de corrente é dada por: onde é a condutividade do material elétrico, comumente expressa em simens por metro (S/m). A relação é denominada forma pontual da Lei de Ohm. O fator leva em conta a dendidade de elétrons livres () e a facilidade relativa com a qual se movem pela estrutura cristalina (. A corrente total I (dado em A) que atravessa uma superfície S é dada por (figura 1):[2: Figura 01 elaborada em software Corel Draw X6 por membro do grupo que realizou este trabalho.] Figura 1 Deve-se associar um versor normal ao elemento diferencial de superfície , de modo que um resultado positivo para I indicará uma corrente atravessando S de acordo com a orientação desse vetor normal. Resistência[3: GUIMARÃES, Geraldo C. Eletromagnetismo: Apostila de Conceitos Teóricos e Exercícios Propostos. Minas Gerais, 2010.] A definição de resistência (R) para um condutor qualquer: Para um condutor reto de seção uniforme (condutor cilíndrico da figura 2, com área S, e comprimento l):[4: Figuras 02 e 03 elaboradas em software Corel Draw X6 por membro do grupo que realizou este trabalho.] Figura 2 Portanto, concluímos que a resistência depende somente dos aspectos construtivos do material por onde está circulando a corrente elétrica. Capacitância³ Qualquer dispositivo formado por dois condutores separados por um dielétrico forma um capacitor (figura 034) cuja Capacitância é definida como: Figura 3 Exemplos de Capacitância: # Cabo ou capacitor coaxial de raio interno a, raio externo b e comprimento L. Figura 4 # Capacitor esférico formado por duas calotas esféricas concêntricas condutoras de raios a e b, b>a. Figura 5 O EXPERIMENTO LABORATÓRIO Nº 01: Lei de Ohm e Resistência Elétrica Material utilizado - 01 Fonte de Alimentação de corrente contínua (fonte CC); - 02 resistores, R1 e R2, de 100 Ω cada; - 02 multímetros; - 01 Ohmímetro; - cabos para ligação. Procedimentos experimentais Inicialmente, com um ohmímetro, verificamos a resistência dos resistores R1 e R2, onde obtivemos os seguintes valores: Resistência Valor [Ω] R1 96,86 R2 93,30 Em seguida, montamos o circuito com a seguinte configuração: Figura 6 - Imagem gerada pelo software NI Multisim 13.0 Comparamos o valor da resistência obtida através do ohmímetro com o valor da resistência baseado na tensão do voltímetro dividido pela corrente lida no amperímetro, no qual obtivemos os seguintes resultados: E (V) I (A) R(E/I) (Ω) Rohmimetro (Ω) (R1) 10 0,102 98,04 96,86 20 0,205 97,56 96,86 Depois, montamos um circuito com dois resistores associados em série, como na figura a seguir: Figura 7 - Imagem gerada pelo software NI Multisim 13.0 Comparamos o valor da resistência obtida através do ohmímetro com o valor da resistência baseado na tensão do voltímetro dividido pela corrente lida no amperímetro, no qual obtivemos os seguintes resultados para esta associação: E (V) I (A) R(E/I) (Ω) Rohmimetro (Ω) (R1+R2) 10 0,057 175,44 190,13 20 0,109 183,49 190,13 Observamos que, na associação em série, mantendo a mesma tensão na fonte, a corrente cai pela metade e a resistência dobra de valor. Por último, montamos um circuito com dois resistores associados em paralelo, como na figura a seguir: Figura 8 - Imagem gerada pelo software NI Multisim 13.0 Comparamos o valor da resistência obtida através do ohmímetro com o valor da resistência baseado na tensão do voltímetro dividido pela corrente lida no amperímetro, no qual obtivemos os seguintes resultados para esta associação: E (V) I (A) R(E/I) (Ω) Rohmimetro (Ω) 10 0,206 48,54 47,54 20 0,418 47,85 47,54 Observamos que, na associação em paralelo, mantendo a mesma tensão na fonte, a corrente dobra de valor e a resistência reduz pela metade. Concluímos portanto que, o objetivo do experimento foi alcançado, ao demonstrar que o valor da resistência de um resistor não depende do valor da tensão na fonte ou da corrente no circuito, mas apenas de seus aspectos construtivos, e também concluímos que existe uma relação matemática no cálculo da resistência onde, para o mesmo resistor, aumentando a tensão, aumentamos a corrente na mesma proporção e, diminuindo a tensão, diminuímos a corrente na mesma proporção, sem modificar o valor da resistência.
Compartilhar