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Bactérias de interesse médico

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BACTÉRIAS
CARACTERISTICAS
Bactérias são procariontes
Procariontes: organismos unicelulares e microscópicos que não possuem núcleo organizado 
O tamanho das bactérias geralmente varia de 0,5 a 5 μm
Só podem ser vistas com microscópio
Sem microscópio é possível ver as colônias
EXISTÊNCIA 
Bactérias existem há mais do que 3,5 bilhões anos.
Graça às estruturas simples, bactérias podem sobreviver em todos ambientes da terra.
Podem ser encontrados por exemplo no ar, no solo, na água, vulcão, no mar profundo, nas fontes quentes, no gelo, no sal, na pele dos homens, etc. 
Em condições desfavoráveis algumas bactérias formam esporos, que podem sobreviver milhões de anos.
ESTRUTURA 
Parede celular - Envoltório extracelular rígido responsável pela 
forma da bactéria constituída por um complexo protéico – glicídico (proteína + carboidrato) com a função de proteger a célula contra agressões físicas do ambiente. Não possui celulose como as das células vegetais.
Cápsula - Camada de consistência mucosa ou viscosa formada por polissacarídeos que reveste a parede celular em algumas bactérias. É encontrada principalmente nas bactérias patogênicas, protegendo-as contra a fagocitose.
Membrana plasmática - Mesma estrutura e função das células 
eucariontes.
Citoplasma - Formado pelo hialoplasma e pelos ribossomos. Ausência de organelas membranosas.
CLASSIFICAÇÃO 
MORFOLOGIA
Esféricas		Cocos
 Forma de bastão	Bacilos
 Forma espiral		Espiroquetas ou Espirilos
 Forma de virgula	Vibrião
Cocos e Bacilos podem unir-se => colônias 
 cadeias	(“estrepto-“)
 grupos	(“estafilo-“)
 pares		(“diplo-“)
As formas não são constantes, podem variar de acordo com o meio e com o tipo de associação. As mudanças de forma podem ser consideradas como:
Involução - mudança de forma devido à condições desfavoráveis, presença ou ausênciade oxigênio, pH, ou por produtos tóxicos, entre outros.
Pleomorfismo - a bactéria não apresenta uma morfologia única, mesmo que se encontre em condições favoráveis à sua sobrevivência.
CORANTE DE GRAM 
Assim designada em memória de Christian Gram, que desenvolveu o procedimento em 1884, a coloração de Gram classifica as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas e continua a ser um dos métodos mais úteis para classificar as bactérias.
Neste procedimento, as bactérias são submetidas primeiro à ação de um corante violeta, seguido de fixação com iodo e depois um agente de descoloração, como o metanol. Seguidamente, são novamente coradas com safranina. 
As bactérias Gram-positivas fixam o primeiro corante, devido à maior espessura da parede celular, e ficam coradas de azul ou violeta, enquanto que as bactérias Gram-negativas, após a descoloração pelo metanol, são coradas pela safranina e ficam vermelhas. As bactérias que retêm a coloração violeta são designadas por Gram-positivas.
As bactérias que perdem a coloração violeta depois de descoloradas, mas que adquirem um corante de contraste (ficando com um tom cor-de-rosa) são Gram-negativas. Esta distinção de manchas é um reflexo das suas diferenças no que diz respeito à composição básica das suas paredes celulares.
São exemplos de bactérias Gram-positivas várias espécies de:
- Estreptococos;
- Estafilococos;
- Enterococos.
São exemplos de bactérias Gram-negativas:
- Vibrão Colérico;
- Colibacilo;
- Salmonelas.
	Bactérias quanto a nutrição
	Tipo de nutrição
	Fonte de energia
	Fonte de carbono
	Exemplos
	Fotoautotrófica
	Luz
	Gás carbônico
	Cianobactérias e Proclorófitas realizam um processo similar a fotossítense
	
	
	
	Sulfobactérias realizam uma fotossíntese onde o enxofre reage no lugar da água, produzido H2S.
	Foto-heterotrófica
	Luz
	Compostos orgânicos
	Bactérias não-sulforosas (anaeróbias), não conseguem converter gás carbônico em moléculas orgânicas, por isso, utilizam compostos orgânicos do meio para produzir os seus.
	Quimioautotrófica
	Elétrons energizados de compostos inorgânicos
	Gás carbônico
	Nitrobactérias e nitrossomonas (fixam o N2) oxidam compostos orgânicos a partir de CO2 e de H, vindos de várias fontes.
	Quimio-heterotrófica
	Elétrons energizados de compostos orgânicos
	Compostos orgânicos
	Maioria das espécies. Saprofágicas ou Parasitas
RESPIRAÇÃO E NUTRIÇÃO
Aeróbicas
podem crescer apenas na presença de oxigénio
 Anaeróbicas
podem crescer apenas na ausência de oxigénio
 Facultativas
podem crescer tanto na presença como na ausência de oxigénio
Heterótrofos - Saprófitos
		 decompõem material orgânico de 
		 animais e plantas mortas
		- Parasitas
		 envenenam o organismo do hospede com
		 os seus produtos de metabolismo
		- Simbióticos
		 vivem por exemplo no intestino dos 
		 animais que comem plantas e quebram 
		 celulose
 Autótrofos	- Fotossintetizantes
		 obtêm a energia na forma de luz, para 
		 a fotossíntese
		- Quimiossintetizantes
		 obtêm energia pela oxidação de 
		 compostos químicos
REPRODUÇÃO
Assexuada
- Bipartição ou cissiparidade - Nesse processo a célula 
bacteriana duplica seu cromossomo e se divide ao meio, 
apoiado no mesossomo, originando duas novas bactérias
idênticas à original.
Sexuada ou Transmissão genética
- Conjugação - Consiste na passagem (ou troca) de material genético entre duas bactérias através de uma ponte citoplasmática formada pelas fímbrias.
- Transformação - A bactéria absorve moléculas de DNA disperso no meio. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas.
- Transdução - As moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores. 
BENEFÍCIO 
Produção de 
	alimentos 
	e bebidas
Degradação de 
	lixo problemático
Produção de medicamentos
Digestão (Escherichia coli)
Fixação do N2 na atmosfera 
PATOGENIDADE
Micróbio patogênico
Estrago dos 
	alimentos
Corrosão
BENEFÍCIOS E PATOGENIDADE 
As bactérias possuem grande importância ecológica, elas fixam o nitrogênio da atmosfera na forma de nitratos, e as bactérias desnitrificantes que devolvem o nitrogênio dos nitratos e da amônia para a atmosfera. 
As bactérias são responsáveis pela decomposição ou deterioração da carne, do vinho, das verduras, do leite e de outros produtos de consumo diário.
A capacidade de fermentação de certas espécies é aproveitada na produção de queijo, iogurtes, temperos e embutidos.
As bactérias também são úteis para o homem, como na indústria farmacêutica que utiliza bactérias para fabricar antibióticos específicos.
De outra maneira as bactérias podem causar grandes prejuízos econômicos, como é o caso do amarelinho (Xylella fastidiosa), que ataca a lavoura da laranja. 
Mas talvez a maior importância das bactérias seja o fato delas serem parasitas humanos, levando a infecções muito graves. 
A infecção é causada porque as bactérias podem produzir toxinas, que são nocivas para as células humanas. Se estas estiverem presentes em número suficiente e a pessoa a ser afectada não dispuser de uma imunização contra elas, o resultado é a doença.
As bactérias podem penetrar no corpo humano, através dos pulmões, por meio da inalação de partículas expulsas pela respiração, tosse ou espirros de uma pessoa infectada.
Pode haver infecção no trato digestivo o qual pode ser infectado através da ingestão de alimentos contaminados. As bactérias podem estar presentes nos alimentos desde o local de produção das matérias primas ou transportadas até eles por moscas ou mãos contaminadas. As bactérias podem ainda invadir o hospedeiro através da pele, como por exemplo, na infecção de uma ferida.
Há o gênero Clostridium que além de esporulado é aneróbio e um potente produtor de toxinas muito prejudiciais ao homem. Seus esporos podemestar presentes em alimentos e resistir a processos de descontaminação podendo causar graves intoxicações como o botulismo (agente Clostridium botulinum), em função da ação neurotóxica de suas toxinas.
Geralmente estão associados a intoxicações por ingestão de palmitos contaminados e podem levar a óbito. É desse grupo também o produtor da toxina tetânica, que provoca o tétano (Clostridium tetani). O esporo contamina o ferimento profundo que ao fechar gera uma atmosfera com baixa tensão de oxigênio, levando a germinação, produção de toxina, e, finalmente a tetania. 
A Escherichia coli é um importante componente da nossa microbiota intestinal, no entanto, fora do intestino pode causar importantes e graves infecções, principalmente nas vias urinárias.
90% das bactérias são benéficas e só 10% patogênicos para o homem. 
O homem não pode sobreviver sem bactérias,
mas as bactérias podem sobreviver sem o homem. 
Microbiologia dos Alimentos
Alimentos 
	► meio adequado para o crescimento microbiano
		- deterioração (“prontos para consumo” - aumento dos custos)
		- disseminação de infecções
		- intoxicações
		- produção de alimentos
		- conservação de alimentos
Composição microbiana dos alimentos
Microbiota própria
Adquirida com o processo/manuseio
Frutos:
	Leveduras na casca das uvas - fermentação para fabricação do vinho
	pH 2,3-5,0 - baixa incidência de bactérias
Carnes:
	Corte e manuseio - bactérias proteolíticas, lipolíticas, fungos e ocasionalmente patógenos (Clostridium perfringens, Staphylococcus aureus)
Leite:
	Microbiota característica do ambiente
	Bactérias do ácido lático, leveduras, coliformes, Pseudomonas
	
	Patógenos: Staphylococcus (mastite), Mycobacterium, Brucella, Salmonella, Coxiella
Microrganismos e a deterioração de alimentos 
Deterioração:
 Qualquer alteração na aparência, odor, sabor decorrentes da atividade metabólica dos microrganismos
O tipo de deterioração depende:
	- tipo de alimento
	- microrganismo envolvido (bactérias entéricas raramente deterioram frutos)
 - número de microrganismos presentes
Principais processos de deterioração de alimentos
Ranço: 
Alimentos ricos em gordura
Microrganismos lipolíticos, principalmente bactérias
Quebra das gorduras	ácidos graxos	glicerol
 Putrefação: 
Alimentos ricos em proteínas (p.ex. carnes)
Bactérias proteolíticas
Proteínas - putrescina, cadaverina, H2S, NH3 
Azedamento (fermentação) e coagulação: 
Leite
Bactérias do ácido lático
Lactose - ácido lático + outros ácidos 
Controle dos microrganismos em alimentos
Inibir o crescimento microbiano 
► preservar a qualidade
O crescimento segue o padrão geral: fase lag, exponencial ...
Depende de condições como temperatura e valor nutritivo do alimento
Somente quando a concentração atingir certo nível a deterioração pode ser observada
Processos de preservação
4.1 Frio
► Forma mais comum de conservação
Refrigeração (4 a 10 ºC): inibição das reações enzimáticas, 
levando à paralisação do crescimento microbiano
- Crescem os psicrotolerantes
Congelamento (-20 ºC): água congelada não está disponível
 para o metabolismo. Formação de cristais de gelo que 
danificam a membrana
 Pode haver crescimento em bolsas de água não congelada
4.2 Calor
► Pasteurização
	63 ºC por 30 min (LTLT: low temperature long time)
	72 ºC por 15 s (HTST: high temperature short time)
O tempo e temperatura, estão definidos para eliminação da Coxiella burnetti (patógeno mais resistente – 61,6 °C)
► Esterilização
 	UHT (ultra-high temperature): 150 ºC por até 3 s
	 sistemas contínuos
	 elimina o gosto de leite cozido
4.3 Redução da atividade água (Aw) 
►Secagem: sol, câmaras secagem, liofilização
	 alimentos perdem água, provocando a inibição do crescimento
►Adição de solutos (elevação da pressão osmótica)
		- adição de açúcar: doces, geléias, 
		- secagem: leite condensado, frutas secas
		- adição de sal: carnes e peixes
		- defumação
6. Doenças transmitidas por alimentos
Importante área emergente
Alimentos processados: grande responsabilidade para as empresas
Infecções e intoxicações originadas por uma única fonte pode afetar grande número de indivíduos
6.1 Infecções
a. Gastroenterites
	Bacillus cereus: toxina liberada no trato intestinal 
	Infecção que atinge o sistema gastrointestinal ocasionando diarréias, cólicas intestinais e vômitos.
	- decréscimo na absorção de fluidos
	- aumento da secreção de fluidos do sangue para o intestino
	Vegetais crus, carnes, leite e derivados, farinhas contendo esporos
b. Salmoneloses
	Salmonella thyphimurium: espécie mais comum, presente 	no intestino dos animais e esgotos.
	S. typhi: febre tifóide
	Carnes, salsichas, aves, ovos, leite e laticínios, 
	produtos à base de ovos crús
	Contaminação: manuseio por indivíduos portadores,
	água contaminada
c. Escherichia coli patogênicas
	Escherichia coli enterotóxica (linhagens ETEC), produtora de enterotoxinas potentes 
	- verotoxina:diarréia hemorrágica e insuficiência renal.
	Linhagem E. coli O157:H7 produz grande quantidade da toxina
	Alimentos crús ou mal cozidos, particularmente carnes moídas processadas em grande escala, água.
d. Campilobacteriose
	Campylobacter jejuni e C. fetus
	Bastonetes Gram negativos, microaerófilos, principais 
	responsáveis por diarréias bacterianas em crianças
	- C. fetus: abortos em bovinos e ovinos
	Aves, porco, mariscos crús
	- todas as carcaças de frango e peru contêm C. jejuni
d. Listeriose
	Listeria monocytogenes – presente em todos os ambientes
	- Bastonetes ácido tolerantes, psicrotolerantes e halotolerantes
	- Pessoas imonocomprometidas: septicemia, meningite, encefalite, infecção 	intra-uterina
	Carne, laticínios, produtos frescos
	Contaminação: solo, água
e. Hepatite A
	Picornavírus (RNA vírus)
	- Inflamação e necrose do fígado
	Frutos do mar coletados em águas poluídas, leite
	Contaminação: contaminação fecal da água ou alimento
Metabolismo Microbiano
Metabolismo: 
grego: metabole = mudança, transformação
Toda a atividade química realizada pelos organismos
São de dois tipos gerais:
 - Aquelas que envolvem a liberação de energia: CATABOLISMO
 - Aquelas envolvidas na utilização da energia: ANABOLISMO
Muitos dos mecanismos metabólicos microbianos são também utilizados pelos macro organismos, inclusive o homem.
Produção de energia
Síntese dos componentes celulares: parede, membrana, etc.
síntese de enzimas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, fosfolipídios
reparos e manutenção da célula
crescimento e multiplicação
acumulação de nutrientes e excreção de produtos indesejáveis
motilidade
Fontes de energia
Para a maioria dos microrganismos a energia é retirada de moléculas químicas (nutrientes, substratos)
Para outros a energia é proveniente da luz.
Principais fontes de energia
Quimiolitotróficos (quimioautotróficos)
	- substâncias inorgânicas:
		Nitrosomonas europaea
		Amônia + CO2 ( nitrito + energia
Quimiorganotróficos (quimioheterotróficos)
	- substâncias orgânicas:
		 Streptococcus lactis
		 glicose ( ácido lático + energia
Produção de ATP pelos microrganismos
Fosforilação em nível de substrato
Fosforilação oxidativa:
	A energia liberada pela oxidação de compostos químicos é utilizada na síntese de ATP
Fotofosforilação
Fosforilação oxidativa
Oxidação: perda de elétrons (ou também perda de H)
 	H ( H+ + e-
	Fe++ ( Fe+++ + e-
	COOH-CH2-CH2-COOH ( COOH-CH=CH-COOH + 2H
	(ácido succínico)
A Fosforilação oxidativa envolve uma cadeia de transporte de elétrons (CTE - série de reações integradas)
► energia liberada aos poucos e mais eficientemente (até 45 %)
 sistema O/R:próximo membro do sistema tem maior capacidade 	 para receber elétrons
 doador ( (O/R)1 ( (O/R)2 ( (O/R)3 ( (O/R)4 ( aceptor
Vias de degradação de nutrientes para produção energia
Microrganismos que obtém energia de nutrientes orgânicos (Quimiotróficos) devem inicialmente decompor os nutrientes em compostos que possam ser utilizados para a produção de energia.
Vias catabólicas
glicólise
regeneração do NAD+
Fermentação:
	O NAD é regenerado utilizando um aceptor produzido pela própria célula
Respiração aeróbia
Respiração anaeróbia
	Todas as vias também fornecem precursores para a biossíntese
Síntese da Fermentação
ausência de aceptores externos de elétrons
reações de oxidação e redução de um composto orgânico balanceadas internamente
fosforilação em nível de substrato
Pouca eficiência na produção de de energia:
	 (2 ATP/mol de glicose)
Maior parte da energia retida no produto final:
	O álcool tem alto teor energético
Vias catabólicas
glicólise
regeneração do NAD+
Fermentação
Respiração aeróbia:
	o NADH doa elétrons para o sistema de transporte de elétrons para regenerar o NAD.
	O aceptor final de elétrons é o oxigênio
	Resulta também na geração da força protomotiva e produção de mais ATP
Respiração anaeróbia
O ciclo de Krebs
(ciclo do ácido cítrico)
A degradação da glicose por organismos aeróbios normalmente não para com a produção do ácido pírúvico.
Cada molécula de NADH pode doar elétrons para o sistema de transporte para geração da força protomotiva e geração de ATP. 
Generalidades sobre as vias biossintéticas:
As vias começam com a síntese das unidades estruturais simples
As unidades estruturais são ativadas com a energia de moléculas como o ATP, GTP, NADH, NADPH
As unidades estruturais são unidas para formar substâncias complexas da célula.
Mecanismo de Patogênese Bacteriana
Patogenia bacteriana:
Mecanismo pelo qual a bactéria causa uma lesão;
Bactéria patogênica: capaz de causar doença
Fator de virulência: qualquer molécula e ou estrutura da bactéria que pode contribuir com o sucesso de uma infecção;
Vários são os fatores de virulência:
Adesinas: qualquer estrutura ou molécula bacteriana que está relacionada com sua adesão nos tecidos do hospedeiro (pêlos, glicocálix etc) 
Mecanismos de invasão bacteriana:
 Shigella.
Algumas bactérias não escapam do fagossomo, porém impedem a fusão deste com o lisossomo, ou ainda em alguns casos ocorre a fusão com o lisossomo porém não ocorre a digestão;
Produção de toxinas: 2 grupos: endotoxinas e exotoxinas
Qualquer produto tóxico elaborado pelo microorganismo
Exotoxinas: produzidas pelos microorganismos e exportadas
Ex: Clostridium tetani, Corynebacterium diphiteriae
Endotoxinas estão no próprio microorganismo ex LPS , LOS;
Bactéria Gram- positivas: não produzem endotoxinas, porém possuem outras moléculas que podem causar choque tóxico, tais como: hialuronidase, lipases etc.
Presença de proteases de IgA
Fatores anti-fagocíticos: cápsulas, produção de moléculas polipeptídicas que interferem na quimiotaxia
Heterogeneidade antigênica
Regulação: os fatores de virulência só são utilizados de acordo a necessidade.
Bactérias de interesse médico:
 Estafilococos
Grande relevância na medicina
Resistência à drogas
33 espécies: 17 associadas à seres humanos, destas 3 são frequentemente relacionados a patologia humana: S. aureus, S. epidermidis e S. saprophyticus
Morfologia: cocos Gram- positivos, imóveis, não esporulam, algumas cepas são capsuladas;
Em esfregaços corados: predominam arrumação sob forma de cachos;
Família: Micrococaceae
Bactérias desta família: catalase +
Cultivo: varios meios podem ser utilizados, até mesmo ágar simples, porém melhor meio para diagnóstico , é o ágar sangue de carneiro a 5%;
Meios seletivos para estafilococos: altas conc. salinas
S. aureus: produz pigmento de cor amarela: daí seu nome, isso ocorre em aerobiose e a cerca de 25 graus
A 37 °C e em meio sólido geralmente são brancas ou acinzentadas
Fatores de virulência do S. aureus: pode possuir cápsula;
Catalase
Fator de agregação: fibrinogênio
Proteina A: secretada ou na superfície: ligação a IgG;
Estafilocoagulase: fibrinogênio em fibrina- antifagocítica
Hialuronidase, proteases, betalactamases etc
Habitat: normalmente vivem na mucosa nasal dos seres humanos, em muitos indivíduos não causam nenhum dano, pode ser encontrado em roupas, poeira, pele humana, poeira hospitalar etc.
Importância médica: foliculite,furunculose,terçol, acne,feridas cirúrgicas e não cirúrgicas, meningite, septicemia, pneumonia, artrite, osteomielite, endocardite etc...
Diagnóstico: clínico-laboratorial
Tratamento: antibioticoterapia( antibiograma)
Mulheres: cuidado com tampões vaginais no período menstrual( risco de choque tóxico)
Enterotoxinas termoestáveis: comer alimentos bem cozidos
S epidermidis: infecções de próteses ortopédicas e cardíacas, peritonites: pacientes em diálise peritoneal. 
Povoam a pele dos humanos
Alto índice de septicemia em pacientes hospitalizados
S saprophyticus: bactéria da “lua de mel”
Infecções urinárias
Streptococos e gêneros afins
Família: streptococacea
Anaeróbios facultativos
Morfologia: cocos Gram- positivos, dispostos em cadeia, são imóveis e não esporulam algumas espécies tem cápsulas, e outras não;
Culturas antigas: coram-se de vermelho( Gram- negativa) devido a ação das autolisinas
Cultivo: ambiente de cerca de 5% de CO2 (capnofilia), utilizando vários meios: ágar sangue de carneiro a 5% é o mais utilizado
Classificação: de acordo a capacidade hemolítica: hemólise total ou ( hemolítica, hemólise parcial ou ( hemolítica ou não hemolítica ou ( hemolítica
Hemólise total: halo claro em torno da colônia
Hemólise parcial: halo esverdeado em volta da colônia
Classificação de acordo R. Lancefield: baseado em antígenos específicos de cada espécie
Divididas em grupos: A, B, C,D,E,F...
Fatores de virulência: hialuronidase, estreptoquinase, toxinas pirogênicas, cápsulas( algumas espécies), proteinases, hemolisinas O e S.
Streptococcus pyogenes- grupo A: 95% sensíveis à bacitracina,
Importância clínica: celulite, erisipela,infecções de feridas, febre puerperal, amigdalite ou faringite, septicemia, abcessos, meningite, glomérulonefrite aguda, febre reumática etc...
Diagnóstico: clínico-laboratorial: cultura e processos de identificação bacteriana, testes imunológicos
Tratamento: antibioticoterapia (antibiograma), penicilina G é a droga mais usada
Habitat: pele humana
Streptococos agalactie – Grupo B
95% resistentes à bacitracina
Infecções neonatais precoces, pneumonias, meningites também em crianças e RNs
Infecções genitais em adultos 
Neisseria
 
 Cocos Gram- negativos
Espécies mais importantes: N. gonorrhoeae , N meningitidis
N. Gonorréia:
Fatores de virulência: pelos,LOS, proteases IgA, proteinas de adesão
Uretrite gonocócica: corrimento purulento típico
Homem forma mais típica- aguda, nas mulhes a sintomatologia é mais rara, coloniza o útero- mulher é a grande responsável pela disseminação da doença
Retite e faringite por Neisseria: comum em homosexuais
Oftalmia por Neisseria: em adultos : auto inoculação/ em no momento do parto
TMT- para cultura de material retal
Coleta de material: 
Uretrite aguda: colher material interno , eliminar o pus exteriorizado
Uretrite crônica: primeiro jato de urina
Mulher: 3 amostras: cérvix, reto e uretra
N meningitidis: portadores sadios: nasofaringe
Portadores com a bactéria no líquor
Cultura: apenas ágar chocolate: LCR é estéril
Fatores de virulência: cápsula, LOS,protease IgA, siderófon
Haemophilus
Bactérias com afinidade por sangue
Bastonetes Gram- negativos pleomórficos
Necessitam de fatores para crescimento:Fator V- NAD (termolábil), staphylococcus, Neisserias,leveduras
Fator X- hemina (termoestável)
Meio de cultura: ágar chocolate
Fatores de virulência: cápsula, protease IgA, LOS etc..
Várias espécies: H influenzae, H ducrey
Importância Clínica: meningite, otite, sinusite, faringite,conjuntivite, infecções puerperais, pneumonia etc ( H influenzae)
Profilaxia: vacinação
H. ducrey: cancro mole
Corynebacterium
Bastonetes Gram-positivos, sem cápsulas, iomóveis, não esporulam, apresentam grânulos de volutina em seu citoplasma, catalase +, arrumam-se de modo que lembram letras chinesas
Difteria: faringite causada pela C. diphteriae, de modo que forma uma zona necrótica , caracterizada pelo aparecimento de uma membrana acinzentada, que quando rompida faz sangrar bastante.
C diphteriae: produz uma toxina potente
Complicações diversas: cardiopatia,asfixia, hipertermia, choque, morte.
Meio de cultura: ACT: ágar chocolate telurito de potássio
Profilaxia: vacinação ( toxóide)
Mycobacterium
 M. tuberculosis
Bacilo fino não se cora pelo Gram, mas sim pelo Ziehl-Neelsen, imóveis,aeróbicos, exigentes quanto ao meio de cultura, resistentes a ácidos, bases, desinfetantes etc.
Uma célula demora cerca de 15-18 h para se dividir
Trasmissão pessoa-pessoa: gotícula de Flugge
Tuberculose: cutânea, pulmonar,urinária, outros órgãos
Necrose caseosa
Tratamento longo: medicamentos (antibioticoterapia), boa alimentação e outros fatores
Profilaxia: BCG
Diagnóstico clínico-laboratorial: culturas, baciloscopias,PPD
Lembrar que exames sorológicos podem indicar por explo vacinação
M. leprae: lepra/Hanseníase
 Enterobactérias
Bastonetes Gram-negativos,não formam esporos, móveis ou imóveis, catalase +, oxidase -, fermentam glicose produzindo ou não gás, reduzem nitrato a nitrito
Meios de cultura utilizados: EMB, Mac Conkey
Gastroenterites, infecções urinárias e outros
Coprocultura, urocultura, hemocultura etc.
Tratamento: antibióticos( antibiograma)
E. coli, S typhi, Shiguellas, K. pneumoniae etc.....
Vibrio cholerae
 Gram- negativos, curvos, móveis: flagelo polar simples
Habitat: água salgada ou salobra
Contágio: água contaminada, peixes e frutos do mar. Contaminação de feridas é pouco frequente
Produz toxina que invade trato gastrintestinal, causa diarréia profusa e grave: indivíduo chega a perder muita água em poucas horas e além disso muitos eletrólitos
Pseudomonas
Bastonetes Gram- negativos, aeróbios, não esporulam, não fermentam glicose
Várias espécies: P. aeruginosa ( destaque)
Infecções de feridas, queimaduras, ceratites, otites ( comuns em nadadores), septicemias, meningites
Importante no âmbito hospitalar ( fenômenos de multiresistência)
Treponema
Espiroqueta, causa a sífilis ou Lues: doença sexualmente transmissível- T. pallidum
Cultivo: homem não desenvolveu um meio capaz de obter crescimento
Trasmissão: sexual, congênita, transfusão, inoculação acidental
Período de incubação: 20 –90 dias
Diagnóstico: imunológico: VDRL, RPR, FTA abs
Sífilis primária:cancro duro
Secundária: infecção nos órgãos e lesões cutâneas
Sífilis terciária: 4 anos ou mais: lesões diversas e pode levar ao óbito
Todas as fases: contagiosa
Clostridium tetani
Anaeróbio, causador do tétano
Bacilo Gram –positivo, móvel, esporula
Forma vegetativa: encontrada em locais com matéria orgânica para fermentar
Fatores de virulência: tetanospasmina e tetanolisina
Tétano: contrai através de lesões
Período de incubação: 7-14 dias porém póde chegar a 24 dias
Atua sobre o SNC: espasmos musculares que podem levar a uma paralisia respiratória
Profilaxia: vacina (toxóide)
Cuidados: ferida contaminada, tirar os corpos estranhos, material necrótico, aplicar toxóide tetânico;
Caso não vacinado: soro antitetânico

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