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Caderno Penal I

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23/02/2018
O Direito Penal é um instrumento de coerção para que as pessoas não façam certas coisas. Estabelece um freio para os indivíduos.
Direito Penal: Circunstância que mostra o que é crime
 
 Propriedade Privada
Bem Jurídico: aquilo que a norma tenta tutelar.
Liberdade Saúde Pub. Vida
	Direito Penal é uma ciência a qual procura primordialmente proteger bens jurídicos importantes para a sociedade, tendo a pena ou na medida de segurança, a resposta aos desvios praticados por aqueles sujeitos que desobedecem às regras de conduta estabelecidas no corpo social. Também, é um instrumento que visa a limitar o exercício do poder político estatal (jus poniendi) (direito de punir). 
	O Direito Penal tem como objetivo coagir a sociedade a não cometer crimes por conta da sanção que tal crime resultaria.
	Direito de Punir => Direito do Estado
	Os bens protegidos pelo direito penal interessam a coletividade, e não somente a um indivíduo. A relação entre o autor do crime e a vítima é secundária, pois ela não tem o direito penal (jus poniendi), de exclusividade estatal e só o Estado que pune, mas tão somente o direito de acusar (jus accusationes).
	1° Ciência Preventiva: Antes de punir, o direito penal se preocupa em motivar para que o sujeito se afaste da ocorrência de infrações, estabelecendo penas e sanções, nas quais atuam como instrumentos de prevenção e garantia da não prática de delitos futuros. Ex: Se tu matares alguém, será preso.
	2° Ciência Finalista: Porque ela protege os bens jurídicos.
	3° Ciência Valorativa: Estabelece uma escala de valores que varia de acordo com o fato que lhe dá conteúdo.
	4° Ciência Normativa: Tem como objeto o estudo da norma penal (direito positivo), do conjunto de preceitos legais, bem como a consequência de seu cumprimento (pena).
5° Ciência Sancionadora: Aplica as sanções, as quais são penas como forma de proteção da ordem jurídica. 
Artigos lidos em aula: Art. 39° / Código penal – Inciso V -> Legalidade
Art. 5° / Código Penal – Inciso 45 e 48
02/03/2018
	História do Direito Penal
Introdução
O que é o direito Penal? O direito penal é uma resposta violenta. É uma sucessão de direitos e acertos.
O que é pena Criminal? É uma tecnologia. 
É importante analisar o direito repressivo a partir de diversos momentos históricos e diferentes períodos da civilização, para compreender novamente o direito penal de hoje. As fases de evolução do direito são disformes, não se tratando de uma evolução sistemática, compreensivos períodos e épocas caracterizadas de cada um de seus estágios.
Vingança Divina – Antiguidade
As sociedades primitivas compreendiam os fenômenos naturais maléficos (tempestades, enchentes, chuvas, incêndios...) como manifestação da ira divina revoltada com ator que exigiam algum tipo de reparação. Tais fenômenos, eram compreendidos como reação de seres superiores aos fatos praticados pelo homem, impondo como necessária a punição dos infratores para que não se repetissem os eventos que atingiam a toda uma comunidade.
Este período inicial já denota uma influência religiosa na aplicação do direito penal, pois, para os antigos, o castigo deve guardas relação com a grandeza do Deus ofendido. A finalidade do direito é a purificação da alma do infrator por meio do castigo.
Ainda na vingança divina, mas em um segundo momento, estabelecem-se sanções para aqueles sujeitos integrantes de tribos. Quando um sujeito cometia um delito contra um integrante de sua própria tribo aplicava-se a “perda da paz”, a qual consistia em expurgar o ofensor daquele grupo social, deixando-o a mercê dos demais grupos existentes, o que, invariavelmente, acabava em sua morte. 
Quando o ofensor praticava um crime contra um membro de outra tribo a pena consistia na “vingança de sangue”, o que autorizava a eliminação do infrator pela tribo oposta. Não há aqui qualquer preocupação com uma justa e igualitária. 
Vingança Privada – Idade Média
Lei do Talião – Cód. De Hamurabi. – Torá Alcorão e XII Tábuas 
Conhecido como Lei de Talião, estabeleceu-se um mecanismo punitivo consistente em retribuição idêntica ao ofensor pelo mal praticado, o chamado “olho por olho, dente por dente”. Com o tempo revelou-se uma ilusão de que a pena deveria igualar o delito e consistir em um mal da mesma natureza e da mesma intensidade, ainda que, inicialmente, buscasse estabelecer critérios de proporcionalidade e pessoalidade.
1° fase -> Lei de Talião e XII Tábuas
2° fase -> Composição (Compositio/revindicta) 
Art. 129 – Lesão Corporal Leve
Com o passar do tempo, evolui-se para um sistema de composição (revindicta), o qual constitui uma possibilidade para que o infrator comprasse sua liberdade para se ver livre do castigo. 
Ao vislumbrar a passagem de um Estado de natureza para um Estado Civil – representado pela transferência do poder punitivo do ente privado ao poder – publica-o homem renunciar as suas liberdades e transfere-as ao Estado. A justiça privada e a vingança privada do recém constituído pela justiça e vingança pública.
Vingança Pública – Idade Moderna
Em um primeiro momento, a vingança pública mantém absoluta identidade entre o poder divino e o político: A segurança do soberano é garantida pela aplicação da sanção penal e denominada pela crueldade e desumanidade. 
	O direito penal revela uma obscura associação com a igreja com destaque com a Santa Inquisição (1232/séc. XV) desencadeando perseguição com acusações absurdas, confissões obtidas mediante tortura, amparadas em duas codificações eclesiásticas.
 # INQUISITIORIUNS – MALEFICARUM
	As penas aplicadas consistiam em suplícios – penas de morte cruéis e infamantes – e estiveram a serviço da intolerância, em nome de interesses políticos e de dominação. Demonstravam o espetáculo do poder punitivo e a demarcação do alvo da punição> o corpo do condenado.
 Época Teocentrista:
	Demonstravam o espetáculo do poder punitivo e a demarcação do poder (alvo): demarcação do corpo do acusado.
-> Estado reforça o poder punitivo.
-> Ser humano como centro do universo.
 Iluminismo:
-> A pena não é mais no corpo e sim na alma.
-> Priva a liberdade, mas o corpo está intacto.
-> O homem fica recluso para pensar em seus atos.
-> O que não é a nossa realidade.
Na Europa surgem reações contra as práticas impostas aos cidadãos, abrindo espaço para movimentos que propunham uma reforma completa do sistema punitivo vigente, os principais marcos que simbolizam a passagem da barbárie para a modernidade são o contrapocentrismo e a racionalidade científica, os quais passaram a projetar as relações humanas; e não mais as leis da inquisição, que não mais permitiam que os homens olhassem a não ser para o céu. 
	 Abre-se espaço para o combate da obscuridade científica e da intolerância religiosa por intermédio de correntes humanitárias iluministas que realizam uma severa crítica aos excessos praticados pela legislação penal. Propõe que as penas não devam consistir em atormentar um “ser sensível”, deve ser proporcional ao crime, levar em consideração seu grau de malícia, produzir a impressão de ser eficaz, mas, ao mesmo tempo, menos cruel para o corpo do delinquente. 
	Inaugura-se o novo direito penal baseado nos princípios a humanidade e proporcionalidade das penas, o que em verdade representava uma nova tecnologia e economia no exercício do poder punitivo.
	Substituiu-se o direito penal do horror, voltado ao suplício do corpo em praça pública por um sistema que levava como alvo principal a alma do indivíduo, estruturado através de penas privativas de liberdade, igualmente eficazes como manifestação do poder punitivo.
09/03/2018
Escolas Penais e suas relações com política criminal e criminologia:
-> Fenômeno crime/criminalização surgem as escolas penais.
-> Grupos de professores que querem entender o fenômeno crime como ciência.
-> Várias bases distintas.
	# Escola Básica = Clássica
	# Escola Positiva = Base de compreensão do crime bio-psicológicos
-> Cada escola
dá a sua compreensão para um todo (DESENHO DAS ESCOLAS):
 
Direito Penal = Elementos que compõem o crime. -> Norma e Ponto jurídico
Criminologia = Comportamento/meio social/ meios biológicos e psicológicos.
Política Criminal = Como o Estado age e combate as drogas e os problemas sociais.
Processo Penal = Discute as questões da Regra -> Direito Constitucional
Escola Clássica:
 -> Postulado consagrado pelo iluminismo.
-> Humanização das ciências Penais através de uma verdadeira revolução no sistema punitivo.
-> Dedicam suas obras a censurar abertamente a legislação penal vigente defendendo a liberdade do indivíduo e enaltecendo os princípios da dignidade do homem.
 Art. 23 e art. 14, II C.P.
-> Construir a elaboração do exame analítico do crime, distinguindo os seus vários componentes.
-> Ponto de partida para toda uma construção da teoria geral do direito.
2 teorias -> Bases teóricas 
Jusnaturalismo Contratualismo
 Decorre da Razão Decorre do pacto social
* Base da Crítica Jurídica
 -> Prevenção Geral = Destinada a afastar o corpo social da prática do crime.
-> Prevenção Especial = Retribuir/trancar o sujeito para que este se recupere (reeducação).
Autores: Cesare Beccaria – Dos delitos e das Penas
~ Marca o início do Direito Penal Moderno.
~ Sem os shows de horror.
~ Sem vingança com o juspuniente. 
~ Beccaria que traz a ideia de prisão com a ideia reformadora.
Francisco Carrara – Sistema Prisional 
~ Ideia de sistematizar o Direito Penal.
~ Dogmática Penal.
# O crime é um ente jurídico – Não é um ente fático
 Prática de uma infração -> Violação do art. 21/art. 55 
# Crime reconhecido quando o ente age para um determinado fim.
Teorias: 
	- Propugnavam pela restauração da dignidade e o direito do cidadão perante o Estado, fundamentando o individualismo que acabaria inspirando o surgimento da escola clássica.
	- Jusnaturalismo (Grócio): Apresenta a ideia de um direito natural, superior e resultante da natureza humana, imutável e eterno. O direito decorre da eterna razão.
	- Contratualismo (Rousseau): O estado. E por extensão a ordem jurídica, resulta de um grande acordo entre os homens, que cedem parte de seus direito e interesses da ordem e segurança comuns.
16/03/2018
Princípios limitadores do poder punitivo estatal (previstos na constituição que determinam limite no poder punitivo do Estado)
A constituição estabelece direitos e garantias fundamentais (da sociedade e do indivíduo).
Constituição Federal
-> Mandado de Criminalização -> Racismo, tortura e supra individuais/coletividade -> Ambiente e Consumidor
Princípios como freios:
Instrumentos contra o abuso que pode vir a ser praticado pelo Estado no exercício do poder punitivo. Limitam o controle penal à serviço dos cidadãos justamente com a finalidade de coibir os excessos por parte do Estado, amparados explícita ou implicitamente na Constituição Federal.
Princípio da Reserva Legal ou da Legalidade (art. 5° XXXIX e art. 1° do CF): Só pode-se considerar como crime aqueles fatos que estiverem descritos como lei.
A elaboração de normas penais é exclusiva da lei, ou seja, nenhum fato deve ser considerado como crime e nenhuma pena pode ser aplicada sem que antes da ocorrência deste fato exista uma lei definindo-o como crime e estabeleça uma sanção como pena (Nullum Crimen, nulla poena sine lege). 
A lei deve definir com precisão e de forma cristalina a conduta proibida, deve conter a descrição hipotética do comportamento não tolerado, como forma de impedir o poder indiscriminado de atribuir a alguém uma punição sem uma correspondente infração. 
Princípio da Intervenção Mínima ou última ratio (racio): O Direito Penal só vai ser acionado quando os outros ramos do direito forem insuficientes para resolver o conflito. 
O Direito Penal deve atuar somente quando os demais ramos do direito revelarem-se incapazes de tutelar devidamente bens relevantes na vida do indivíduo e da sociedade. Se outras formas de sanção ou outros meios de controle se revelarem suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização é inadequada e não recomendada. 
Como consequência, surge o caráter fragmentário do Direito Penal que significa que não deve ele sancionar todas as condutas lesivas a bens jurídicos, mas somente aquelas mais graves, mais perigosas e praticadas contra bens jurídicos mais relevantes. 
Princípio da Culpabilidade (art. 29° do CP): É um elemento subjetivo. É um princípio muito importante que deve ser observado tanto na imposição quanto na mensuração de penas: Qualquer pessoa que concorrer para a prática de um crime, como autor, coautor ou partícipe arcará com as consequências da sua decisão nos limites de sua culpabilidade. O princípio permite considerar as diferenças individuais no momento em que se for mensurar a espécie e quantidade de resposta estatal ao delito. 
Princípio da Humanidade das penas (art. 5° inciso XLIX, XLVII): O poder punitivo não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa ou que lesionem sua constituição físico e psíquica.
Princípio da irretroatividade da lei (art. 2° do CP e art. 5° inciso XL da CF): Quando a lei entra em vigor ela deve reger todos os atos abrangidos para a sua destinação, até que cesse a sua vigência. É o princípio do Tempus Regit Actum, o qual estabelece que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o acusado. Este princípio vige somente em relação à lei mais severa, sendo admitida a retroatividade da lei penal mais branda/benéfica. 
Princípio da Adequação Social: O Direito Penal tipifica somente condutas que tenham certa relevância social; caso contrário, não podem ser delitos. Certos comportamentos, em que pese típicos (descrição da norma da conduta proibida, quando o legislador descreve o crime, ex: “matar alguém” é um tipo penal; comportamento criminal), carecem de relevância por serem correntes no meio social, pois muitas vezes há um descompasso entre as normas penais incriminadoras e o que é socialmente permitido ou tolerado. O comportamento que se amolda a determinada descrição típica formal, porém materialmente irrelevante, adequando-se ao socialmente permitido ou tolerado, não realiza materialmente a descrição típica.
Princípio da insignificância ou bagatela: Muitas vezes a conduta é criminosa, mas a lesão ao bem jurídico tutelado é tão pequena que não é preciso considerar esta conduta como crime. Formalmente ela é criminosa, mas o resultado dela apresentou uma lesão pequena ou insignificante ao bem jurídico tutelado, consequentemente não é necessário considera-la crime. (crimes patrimoniais, desde que não tenha violência ou grave ameaça à pessoa). A tipicidade exige ofensa de alguma gravidade aos bens jurídicos protegidos, pois nem sempre qualquer ofensa é suficiente para configurar o injusto típico: É imperativa uma efetiva proporcionalidade entre a gravidade a conduta e a drasticidade da intervenção penal isso deve se dar àquelas condutas que, em que pese a tipicidade formal, não apresentem relevância material. A irrelevância ou insignificância deve ser aferida não apenas ao bem jurídico tutelado, mas em relação aos grau e intensidade da lesão produzida. 
Princípio da ofensividade: Só pode ser reconhecido como crime aquelas condutas que causam ofensas ao bem jurídico tutelado. Exemplo: ter/portar uma arma sem registro é um crime de perigo abstrato. Segundo o princípio da ofensividade, é imposto limite ao poder punitivo. 
# Só pode reconhecer que determinado fato é crime quando fere o bem jurídico. Se não ofender o bem jurídico deve-se ter uma sanção que não seja penal. #
Matéria a ser dada após a prova: 
Dano
 Concreto Crime
Perigo
 Abstrato 
Perigo Concreto: Posse e porte de arma de fogo. Quando a pessoa tem a posse de uma arma sem registro
guardada em suas vestimentas na rua, é um dano concreto.
Perigo Abstrato: Quando há o porte de arma de fogo em casa sem registro é um dano abstrato. 
A intervenção estatal em termo de intervenção somente se justifica se houver efetivo e concreto ataque a um interesse socialmente relevante, que represente, perigo concreto ao bem jurídico tutelado.
Só pode ser considerado um crime quando há dano ao bem jurídico tutelado a uma coletividade.
Princípio da Proporcionalidade (Art. 5° CP e Incisos 42°, 43° 44°, 46°, 47°; Art. 98°, inciso I da CF): Guarda Relação com a exigência de observar a proporcionalidade entre gravidade do crime e sanção aplicada, eliminando toda e qualquer intervenção desnecessária do Estado na vida dos cidadãos. Preocupa-se com a dignidade da pessoa humana e com a proibição de excessos do poder punitivo Estatal. Passa pela avaliação e observação da necessidade e adequação da criminalização da conduta, entendendo-se por: 
Necessidade: Confrontar a possibilidade de, com meios menos gravosos, atingir com a mesma eficácia os objetivos pretendidos; 
Adequação: Ter a criminalização da conduta aptidão suficiente para atingir seus objetivos;
23/03/2018
	Aplicação da Lei Penal (de que forma é aplicada a lei Penal)
	
	 No tempo No espaço Em relação às pessoas
	Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal: É aquele que assegura que só pode-se considerar como crime aqueles fatos que estão dispostos em lei (descritos como norma penal). Essa norma vai nascer e vai reger os fatos que acontecem durante a sua vigência. 
Conflito infra temporal: A lei que vai incidir o fato, é a que rege no momento em que o fato ocorreu. (A lei não é retroativa, exceto se esta lei favoreça o réu).
	Desde que uma lei entra em vigor ela rege todos os atos abrangidos por sua destinação, até que cesse a sua vigência. A lei anterior, em regra, perde a sua vigência (parar de ter efeitos) quando entra em vigor uma nova lei regulando a mesma matéria. A sua eficácia reside no período entre a entrada em vigor da lei Penal e a cessação de sua vigência, não alcançando fatos cometidos antes ou depois dessa linha temporal. 
	Com o passar o tempo percebeu-se que leis novas são melhores que as antigas, e por isso teriam melhor condições de fazer justiça. Este pensamento consolidou a necessidade de conciliar o princípio de irretroatividade como de aplicação da lei posterior sempre que mais favorável ao indivíduo, instituindo aquilo que conhecemos como o postulado “a lei penal não retroage, salvo para beneficiar o réu” (art. II do CP combinado com o art. V inciso XL da CF). 
1) Abolitio Criminis
2) Novatio Legis Incriminadora Hipóteses de Conflito Intertemporal 
3) Novatio Legis in Mellius
4) Novatio Legis in Pejus 
Crimes Hediondos: Aplica uma série de rigor, onde piora o regime daqueles sujeitos que são condenados como crimes considerados hediondos. Homicídio qualificado é considerado crime hediondo. Condenados pelo crime hediondo teriam que ter boa parte do cumprimento em regime fechado e estabeleceu situações que pioravam a situação do sujeito. A partir disto, todos os sujeitos que cometessem crimes hediondos, teriam esse regime jurídico aplicado a este. 
Abolitio Criminis: Lei Penal posterior que descriminaliza um fato. Tem eficácia retroativa, ou seja, esta lei produz efeitos no passado. Lei nova posterior que beneficia o acusado (abolindo o crime/deixando de considerar a conduta como crime). Permanecem os efeitos civis. 
Novatio Legis Incriminadora: Eficácia irretroativa. Esta lei não produz efeitos no passado, pois ela incrimina o réu (Quem cometeu o ato antes da lei ficar vigente, não é tratado como um criminoso. Apenas quem cometeu o crime depois da vigência da lei, é considerado criminoso). Fato que antes não era considerado crime passa a sê-lo. Princípio da irretroatividade da lei Penal. 
Novatio Legis in Mellius: Eficácia retroativa. A conduta é criminalizada nos dois momentos (passado e futuro) mas a lei posterior é mais benéfica. 
Novatio Legis in Pejus: Eficácia ULTRA-ATIVA (produz efeitos futuros). A Lei anterior criminaliza a conduta sendo que se sucede uma nova lei que piora a situação jurídica do acusado. Ou seja, é aplicada a lei anterior, pois esta lei se torna mais benéfica do que a nova. (A pena de tráfico era de 3 a 5 anos de prisão e a nova lei passa a sentenciar a pena de 5 a 15 anos de prisão).
Exemplo:
Art. 33, lei 11.343/2006 
- Anterior: 3 a 5 anos 
- Posterior: 5 a 15 anos -> Estabeleceu que a pena poderia ser reduzida de 1 a dois terços, se o acusado não participasse de organização criminosa, ou seja, réu primário. Se tornando uma circunstância mais benéfica. 
 Nesses casos a lei benéfica é a anterior. Conjugação de Leis. A corrente predominante diz que não é possível conjugar leis. 
Leis excepcionais: É a lei situacional/emergencial que nasce e morre com um prazo pré-fixado (Ela tem prazo de validade na própria lei, buscar regular duas situações distintas). Exemplo: Guerra, Estados de calamidade, etc...
A lei temporária: É a lei com prazo, mas não está necessariamente vinculada a uma lei emergencial. Exemplo: Lei da copa (vender produtos falsificados da copa era considerado crime). Tem determinado período de vigência. 
 As duas leis (excepcionais e temporárias), produzem efeito mesmo depois de serem cessadas a sua vigência. 
06/04/2018
Aplicação da Lei Penal/Território
-> Local em que a lei penal vai produzir seus efeitos.
-> Regra geral = Aplicação dentro daquele território (em todo o território).
-> Leis penais de fora do território em exceções podem surgir efeito em outro território.
Como toda lei tem princípios = 
	Princípios dominantes: 1° Princípio da Territoriedade (art. 5°)
 2° Princípio Real da Defesa ou Proteção :-> Persiste na extinção da lei penal para fora do território tendo como base a proteção do bem jurídico. Exemplo: Bem jurídico para nação (art. 7°CP) -> Exceção e os dois países aplicam suas leis. 
# Tem como objetivo bens jurídicos que o Estado considera como fundamentais. 
 3° Princípio da Personalidade/Nacionalidade: -> Nacionalidade da vítima ou do agente. 
-> Nacionalidade ativa = Brasileiro sujeito a jurisdição penal do Brasil (em caso cometido fora do Brasil). 
-> Nacionalidade Possiva (posse) = O brasil aplica sua lei penal (possibilidade) => Vítima. Art. 7°.
 4° Princípio da Universalidade ou Cosmopolita: -> Decorre de pagamentos de cooperação jurídica internacional assinados pelo Brasil em que é permitido a todos os Estados que punam com a sua lei todos os crimes que são praticados e forem objetos dessas convenções. -> Para todo pilantra.
 -> Ainda que o fato não tenha ocorrido no território, aplica-se a lei penal do país que prende o sujeito que cometeu o crime.
 5° Princípio da Representação ou da Bandeira: Princípio que se aplica quando não há território vigente com jurisdição.
	Exemplo: Mar Embarcações privadas x Embarcações Públicas – Art. 7° SS 2° C.P.
Território Nacional: 
Conceito: Âmbito especial e sujeito ao poder do Estado que compreende o espaço efetivo e o espaço por extinção ou flutuante. 
=> Mapa/Demarcação
=> Extensivo: mar, ar, rio
=> Espaço aéreo correspondente ao território mais ao mar. 
1° Montanhas: Critério linha das cumeadas, divide o território pela linha imaginária.
2° Divisor de águas: Corregos dividem. 
3° Divisão por rios: 1°critério – margem oposta.

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