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Não é característica da Psicologia Social Comunitária: b) Administração científica dos recursos da comunidade.
Escolha a alternativa correta. São características da Psicologia Comunitária, conforme o modelo proposto pela PSO latino-americana: c) incentivo às relações baseadas na cooperação e comunicação dentro dos grupos
A prática da Psicologia Social Comunitária se desenvolve a partir da crítica aos modelos de trabalho comunitário baseados no Assistencialismo. Assinale abaixo a alternativa cuja proposta não surge a partir desta crítica. E) Elaboração de palestras de especialistas sobre padrões de conduta nas relações pais e filhos e nas relações conjugais.
Marque a alternativa correta sobre a psicologia social comunitária: a) Só existe uma verdadeira psicologia comunitária quando esta se insere na sociedade, por meio da participação do psicólogo nos movimentos sociais. Esta ação se orienta como praxis, ou seja, na superação da alienação.
A partir de uma perspectiva crítica na tradição latino-americana, leia as afirmativas abaixo sobre a Psicologia na Comunidade ou Psicologia Comunitária e responda a seguir:
 I. Um dos objetivos da inserção da Psicologia em comunidades é contribuir para a melhoria na qualidade de vida de pessoas e grupos sociais. 
III. A orientação predominante da psicologia comunitária deve ser no sentido da promoção da saúde, educação, conscientização popular e facilitação das reformas sociais.
 
O modelo de trabalho de intervenção psicossocial na comunidade, entre outras contribuições, pode servir para:
 I – Proporcionar melhores condições de vida para a população inserida na comunidade que recebe a intervenção;
 II – Promover melhoras no quadro de saúde mental de um determinado indivíduo, trabalhando as relações nas quais este indivíduo está inserido.
 III – Garantir condições mínimas de saúde mental para a comunidade sob intervenção.
A Psicologia tem se aproximado, nas últimas décadas, das comunidades e regiões socialmente mais vulneráveis. Dentro deste contexto, a Psicologia Comunitária ganha destaque, ao promover intervenções que rompem com os tradicionais modelos assistencialistas. Aponte a alternativa correta. D) Os psicólogos comunitários propõem que os próprios sujeitos se tornem capazes de transformar o espaço social e as relações ali surgidas.
A partir das leituras e das discussões em sala de aula sobre Psicologia Comunitária, responda: o trabalho do psicólogo tem caráter transformador quando:
 I.	Contribuir para que os sujeitos, coletivamente, superem suas condições de vida marcadas pela desigualdade.
II.	Possibilitar o despertar do sujeito enquanto construtor da própria história como ser coletivo e único. 
o campo de estudo delimitado pela psicologia social, principalmente se aplicado ao estudo e intervenção em comunidades, é constituído, em última análise, pela análise da cultura. O conceito de cultura refere-se, precisamente, a este conjunto de significados compartilhados que orientam a conduta dos indivíduos. Estes significados, se por um lado apresentam as características de homogeneidade e a duração, tendo em vista suas origens na tradição e na história do grupo, são também questionados pelo movimento de construção de novas práticas, que por sua vez, na interação, produzem novos significados.” (CAMPOS, R. H. F., 2007, pág. 173). 
 I. A psicologia social desenvolve conceitos fundamentais de intervenção e visa primordialmente uma adequação homogênea da realidade cultural.
II. Para a psicologia social a consideração da tradição e da história cultural da comunidade serão relevantes a partir do momento em que o escopo teórico de intervenção tenha sido desenvolvido.
III. Para a psicologia social os aspectos de intervenção que considere um distanciamento do pesquisador/observador do seu objeto (a comunidade) configuram a necessária neutralidade para que os instrumentos de intervenção sejam desenvolvidos de maneira a proporcionar transformações significativas.
Considerando-se o Trabalho de Campo na Pesquisa e Intervenção Social, pode-se dizer que:
 I. A entrevista, a visita domiciliar, o atendimento em grupo e o acolhimento são instrumentos tradicionalmente relacionados à atividade de campo.
III. O “campo”, quando se fala em pesquisa de campo, diz respeito ao ambiente simbólico no qual vive o sujeito (ou sujeitos) alvo da investigação.
Em relação às práticas de campo em pesquisa e intervenção, pode-se dizer que: e) A escolha dos instrumentos para a coleta e análise de dados deve ser feita a partir de uma série de condições que incluem o paradigma científico ao qual o pesquisador está associado, o tipo de problema que está sendo investigado e as condições concretas nas quais se dá esta investigação.
Numa perspectiva crítica que considere as dimensões intersubjetivas de uma investigação/intervenção psicossocial, o profissional deve privilegiar: c) a relação que se estabelece entre o profissional e o participante.
Considere as afirmações a respeito das práticas de pesquisa e intervenção numa perspectiva crítica e qualitativa:
 I. a validade de um estudo relaciona-se, fundamentalmente com a frequência e duração das observações, tempo de permanência em campo e confiabilidade dos dados.
IV. a análise dos resultados parte do arcabouço teórico da pesquisa/intervenção e modifica-se ao longo do estudo pelo confronto entre teoria e material empírico.
No que tange à realização de entrevistas, considere as proposições abaixo:
 I. A entrevista deve possibilitar que o entrevistado configure o campo da sua realização.
III. No decorrer da pesquisa, o entrevistador deve, baseado nas observações realizadas, formular hipóteses que, durante a entrevista, serão verificadas e modificadas e enriquecerão as observações subsequentes.
As práticas científicas na perspectiva do positivismo buscam através da precisão metodológica o conhecimento objetivo e verdadeiro, por conseguinte rejeitam e criticam métodos e técnicas imprecisos. Dentre estes está a entrevista psicológica como uma técnica alvo de críticas por sua dita imprecisão. Nas ciências sociais, contudo, existem argumentos bem fundamentados em defesa de técnicas e métodos, como, por exemplo, a entrevista psicológica. Leia atentamente as sentenças abaixo e identifique aquelas que caracterizam e/ou defendem o uso desta técnica:
 II. Temos de nos incluir no processo do conhecimento tal como ele ocorre no âmbito social e este princípio também deve ser seguido para a técnica de entrevista psicológica. 
III. Na pesquisa e intervenção social as qualidades de todo objeto são sempre estabelecidas através das relações.
IV. A entrevista psicológica é original e única como toda e qualquer situação humana.
Para José Bleger em A entrevista psicológica (1986) a entrevista é um instrumento fundamental do método clínico e é, portanto uma técnica de investigação científica em psicologia. A partir desta perspectiva NÃO podemos afirmar que: c) considerando o número de participantes, sejam um ou mais os entrevistadores e/ou os entrevistados, não há nenhuma distinção na condução e interpretação do processo. 
Em relação ao uso da entrevista como método de coleta de dados, identifique abaixo qual a alternativa falsa: d) Uma das dificuldades da entrevista fechada em relação à semiestruturada é o fato dela necessitar maior preparo por parte do entrevistador.
As ciências da natureza buscam, através da precisão metodológica, o conhecimento objetivo e verdadeiro, por conseguinte rejeitam e criticam métodos e técnicas imprecisos. Dentre estes estaria a entrevista psicológica, como uma técnica alvo de críticas por sua dita imprecisão. Nas ciências sociais, contudo, existem argumentos bem fundamentados em defesa de técnicas e métodos como a entrevista psicológica. Leia atentamente as sentenças abaixo e responda:
 I. Temos de nos incluir no processo do conhecimento tal como ele ocorre no âmbito social e este princípio também deve ser seguido para a técnica de entrevista psicológica.
II. A entrevistapsicológica é original e única como toda e qualquer situação humana. IV. O entrevistador, como parte do campo, condiciona e influencia o sujeito que entrevista e os fenômenos que observa.
 
No que tange à realização de entrevistas, considere as proposições abaixo:
II. A entrevista aberta deve possibilitar, em certa medida, que o entrevistado configure o campo da entrevista segundo sua estrutura psicológica particular.
IV. No decorrer da pesquisa, o entrevistador deve, baseado nas observações realizadas, formular hipóteses que, durante a entrevista, serão verificadas e modificadas e enriquecerão as observações subsequentes.
Entre os vários métodos de investigação em Psicologia, a entrevista é um dos recursos que mais têm sido utilizado em diferentes disciplinas. Indique a alternativa correta em relação a qual ou quais das afirmações abaixo é verdadeira:
III.	A entrevista semiestruturada junto com a observação participante estão entre os instrumentos de investigação mais utilizados na pesquisa qualitativa.
A entrevista estruturada se caracteriza fundamentalmente por: b) supor o estabelecimento prévio de um questionário com perguntas
(PROVÃO 2000) O questionário constitui uma técnica de coleta de informação de dados psicológicos que: e) evita, ao máximo, as opiniões subjetivas dos respondentes.
“Falar da inserção ou do processo de entrada, contato e conhecimento do psicólogo com uma dada população...” (FREITAS, 1998). 
 I. Compreende que os aspectos instrumentais e metodológicos da ação ou da intervenção sejam importantes.
III. Implica em saber que a visão de homem e de mundo, assumidas e vividas pelos profissionais, é que se constitui como aspecto crucial na criação ou determinação das possibilidades sobre o como estudar, pesquisar e/ou intervir, assim como na delimitação e seleção das estratégias de intervenção a serem utilizadas. 
Freitas (1998) em artigo que discute sobre os processos de inserção do psicólogo na comunidade comenta que esse trabalho de entrada na comunidade depende de:
 II. tentativas que o próprio psicólogo faz de se fazer conhecer junto à comunidade ou aos seus representantes, tentativas estas orientadas pela preocupação de que é necessário colocar seus serviços à disposição desses setores. Neste tipo de contato, está implícita a aceitação de se submeter à avaliação sobre a necessidade do seu trabalho, com o risco de haver algum tipo de recusa.
III. contatos e conhecimentos que faz quando se depara com a realidade concreta dos setores populares.
O objetivo último da Psicologia Comunitária é o desenvolvimento do sujeito da comunidade. Nas palavras de Góis (2010): “Quando problematizamos a Psicologia Comunitária na América Latina e a Psicologia em geral, no sentido da libertação do povo explorado, é por entendermos que o esforço que o indivíduo realiza para se tornar sujeito da realidade se dá em um contexto de dominação e exploração.” (pág. 59). Diante do exposto é possível compreender que:
 II. A Psicologia Comunitária da América Latina fala de libertação das condições opressoras e, conseqüentemente, da libertação dos sujeitos. 
III. A Psicologia Comunitária da América Latina enfatiza o caráter político e o compromisso social com os pobres.
Como uma das inovações da Política Nacional de Assistência Social, os serviços prescritos por esta Política são organizados em relação à sua complexidade. Desta forma, a Proteção Social Básica “tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, entre outras).” (PNAS, 2004, p. 33). Em relação aos serviços oferecidos na Proteção Social Básica, pode-se dizer que:
 
I.buscam trabalhar na direção do empoderamento e da autonomia das populações atendidas pela Assistência Social;
 II.devem estar articulados a outras Políticas Públicas e seus serviços, como nas áreas de Saúde e Educação, o que contribuirá para compor uma efetiva rede de Proteção Social;
 III.são organizados e executados através do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), serviço público municipal de atuação territorial responsável pela implantação e acompanhamento da Política Nacional de Assistência Social no município;
 IV.atuam com indivíduos e famílias, tendo em vista novos arranjos e referências para o entendimento de diferentes arranjos familiares além do modelo único baseado na família nuclear tradicional.
O psicólogo que atua no CRAS deve atuar em consonância com as diretrizes e objetivos da PNAS e da Proteção Social Básica (PSB). Dentre os princípios que devem orientar a prática do psicólogo no CRAS encontra-se a necessidade de “desenvolver o trabalho social articulado aos demais trabalhos da rede de proteção social, tendo em vista os direitos a serem assegurados ou resgatados e a completude da atenção em rede”. Esse princípio visa atender à diretriz de: a) Intersetorialidade
Tanto o Plano Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004) como o Sistema Único de Assistência Social (SUAS, 2005) constituem políticas recentes. Ambas impõem novos questionamentos para os profissionais envolvidos no campo da proteção social. A respeito das práticas psicológicas, aponte a alternativa correta: d) A conquista da independência dos benefícios sociais é entendida pelo CREPOP como autonomia e fortalecimento de um grupo.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) promove o acesso à assistência social à famílias em situação de vulnerabilidade, como prevê o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Articulada nas três esferas de governo, a estratégia de atuação está hierarquizada em dois eixos: Proteção Social Básica e a Proteção Social Especial.”
(http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaobasica).
II. A proteção Social Básica destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social.
IV. A Proteção Social Especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio-educativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.
 
Os seminários apresentados em sala revelam uma situação preocupante em relação à inserção profissional do(a) psicólogo(a) na Política Nacional de Assistência Social. Se de um lado seu lugar profissional não tem ainda o devido reconhecimento por parte de gestores e de outros profissionais (como o assistente social), também os próprios psicólogos sustentam muitas vezes um estereótipo que não condiz com as demandas e desafios de práticas sociais que pretendem fugir do modelo assistencialista. A partir deste entendimento, qual das alternativas abaixo NÃO compreende uma prática que deve entrar na agenda de preparação do profissional de psicologia dentro da Assistência Social: d) Psicoterapia
Uma entidade socioassistencial realizará um trabalho junto a uma comunidade carente, em parceria com o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da região. As primeiras informações colhidas, através de reuniões com os profissionais do CRAS e contatos com o SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), revelam alto índice de casos de violência contra mulher, uso de drogas por adolescentes, alcoolismo e baixa instrução escolar por parte dos moradores. Como profissional desta entidade socioassistencial, você desenvolverá intervenções pautadas na Psicologia Comunitária, atento,sobretudo, às exigências do Conselho Federal de Psicologia. Acerca do estabelecimento de objetivos da intervenção, aponte a alternativa INCORRETA: a)O bjetivos elaborados apenas pelo pesquisador garantem um olhar mais científico e analítico dos problemas da comunidade.
Uma entidade socioassistencial realizará um trabalho junto a uma comunidade carente, em parceria com o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da região. As primeiras informações colhidas, através de reuniões com os profissionais do CRAS e contatos com o SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), revelam alto índice de casos de violência contra mulher, uso de drogas por adolescentes, alcoolismo e baixa instrução escolar por parte dos moradores. Como profissional desta entidade socioassistencial, você desenvolverá intervenções pautadas na Psicologia Comunitária, atento, sobretudo, às exigências do Conselho Federal de Psicologia. Após reuniões e conversas informais, o profissional se deparou com o universo de representações de seus moradores. As funções sociais das mulheres estavam atreladas às tarefas do lar e criação dos filhos; e a violência era legítima em situações como traições e desobediência dos filhos. Aponte a alternativa CORRETA. B) A equidade, como princípio democrático, orienta ações dos profissionais do SUAS neste caso
A partir das leituras e das discussões em sala de aula, responda: o trabalho do psicólogo tem caráter transformador quando:
 I.Contribuir para que os sujeitos, coletivamente, superem suas condições de vida marcadas pela desigualdade.
II.Possibilitar o despertar do sujeito enquanto construtor da própria história como ser coletivo e único. 
As visitas domiciliares constituem procedimentos importantes para os profissionais que trabalham no Sistema Único de Assistência Social. Nas visitas, a especificidade do trabalho do psicólogo complementa as percepções da equipe, ampliando a leitura do caso atendido. Dentre as alternativas abaixo, não é função do psicólogo: C) Estabelecer categorias de sujeitos, conforme suas condutas.
O pesquisador José Moura Gonçalves Filho pesquisou a experiência da humilhação social, a partir de uma pesquisa com moradores da Vila Joanisa. No trecho, Moura relata as reações de algumas mulheres pobres daquele bairro em ambientes economicamente mais ricos:
 Para os pobres, os ambientes urbanos, se não revelam suficientemente o seu desastre ecológico, revelam facilmente o seu caráter excludente, expulsivo. Para o que se beneficia de privilégios, pode não ser perceptível que os espaços citadinos, para o humilhado, carregam um sofrimento político corrosivo: são espaços imantados pelo poder de segregar, pelo poder de sempre atualizar a desigualdade de classes. Quanto a mim, a percepção só veio – e de forma inegável – em passeios com Natil, Léia e Rose7 para fora da Vila Joanisa – um passeio ao Teatro Municipal, uma passagem pelo bairro em que moro, uma visita à minha casa, uma viagem para Nova Lima (Minas Gerais). Era espantoso como, em algum momento, estes caminhos assumiam necessariamente um caráter doloroso ou até melancólico.
Sofriam. E sofriam de um modo involuntário, muitas vezes invencível, o que contribuía para perturbá-las ainda mais. Não recusavam a graça do passeio, mas não tardava a hora em que amargavam sentimentos desagradáveis e aparentemente sem explicação. Nestes momentos, esforçavam-se por manter a consciência do que fosse bonito e prazeroso mas, sem compreenderem o motivo da dor irreprimível – a dor que, cedo ou tarde, vinha encontrá-las e arrastá-las – desculpavam-se pelo desgosto, desculpavam-se muito, atordoadas.
(...) São fenômenos disparados em ambientes públicos onde a presença dos pobres não pode contar, a não ser como a presença de subalternos, a serviço dos que despendem dinheiro e ordens. Quando se vai ao cinema ou ao teatro, onde costumamos aguardar o encontro com os pobres? Na portaria, onde um deles estará concentrado no depósito de bilhetes. São os faxineiros, os lanterninhas, os bilheteiros. Frequentemente, não assistiram ao filme, sequer imaginam o espetáculo.” (GONÇALVES FILHO, JM. Humilhação social, um problema político em Psicologia. Psicol. USP, v.9 n.2,1998.)
 Tendo como referência o trecho acima, aponte a alternativa que contenha uma prática conflitante aos princípios do Documento de Referências Técnicas para Atuação em CRAS e SUAS.
 B) Tratar a doença emocional daquelas mulheres.
Leia abaixo um fragmento do texto de Paul Singer e responda, em seguida, a questão.
 O desenvolvimento solidário
Desenvolvimento comunitário significa o desenvolvimento de todos seus membros conjuntamente, unidos pela ajuda mútua e pela posse coletiva de certos meios essenciais de produção ou distribuição. Conforme a preferência dos membros, muitos ou todos podem preservar a autonomia de produtores individuais ou familiares. Mas, os grandes meios de produção – silos ou armazéns, frotas de veículos, edificações e 
equipamentos para processamento industrial, redes de distribuição de energia etc. – têm de ser coletivos, pois se forem privados a comunidade se dividirá em classes sociais distintas e a classe proprietária explorará a não proprietária. (...)
O desenvolvimento exige, portanto, que a comunidade encontre (com a assistência dos agentes de desenvolvimento) uma brecha de mercado, que permita que seus membros produzam algo que lhes proporcione ‘boa remuneração’. Esta brecha pode ser criada mediante 1. acentuada melhora da qualidade  de produtos tradicionais, 2. invenção de produtos novos ou semi-novos, 3. detecção de demanda nova ou  em forte expansão por algo que a comunidade pode vir a produzir ou ainda 4. a aplicação de processos de produtividade mais elevada em atividades antigas (para poder vender os seus produtos mais barato). 
Comunidades, principalmente no Nordeste e Norte, desenvolveram carnavais fora de época, festivais religiosos, folguedos tradicionais etc. que atraem grande número de visitantes, com cujos gastos conseguem aumentar a sua renda monetária. Na medida que esta opção depende apenas de inventividade e capacidade administrativa, ela está sempre disponível, embora em algum momento, o crescimento da demanda por este tipo de peregrinação/turismo deve encontrar seus limites. (In: http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/prog_desenvolvimentocomunidadespobre.pdf 
 Aponte a alternativa INCORRETA:
C) A criação de redes de apoio, neste caso, prejudica a autonomia e independência da comunidade. 
Leia o trecho abaixo que se trata de um fragmento do Documento de Referência para atuação do psicólogo no CRAS/SUAS – CREPOP (Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas) – Sistema Conselhos de Psicologia. 
 [...] Compreender como a vulnerabilidade social é produzida [...] compreender o papel ativo do indivíduo e a influência das relações sociais, valores e conhecimentos culturais sobre o desenvolvimento humano pode favorecer a construção de uma atuação profissional que seja transformadora das desigualdades sociais. Ao levar em consideração essa dimensão do desenvolvimento dos sujeitos, contribui-se para a promoção de novos significados ao lugar do sujeito cidadão, autônomo e que deve ter vez e voz no processo de tomada de decisão e de resolução das dificuldades e problemas vivenciados. [...] Num modelo assistencialista, os profissionais são os ‘salvadores’ que fazem de tudo para aliviar a miséria. O problema é que, quando se colocam nesse lugar, invertem a demanda e acham que sabem o que é melhor para o usuário. O importante, no entanto, é compreender a demanda dos usuários, em seus aspectos históricos, sociais, pessoais e contextuais, para se realizar uma intervenção psicológica mais efetiva e resolutiva, com base na demanda planejada construída pelo diálogo entre o saber do técnico e do população referenciada, e não só na demanda espontânea. Na relação com as famílias é importante também estar atento ao processo de culpabilização da família. A extrema valorização da família e a idealizaçãodo núcleo familiar contribuíram para se pensar que “tudo é culpa da família” [...] 
 Os apontamentos constantes neste documento indicam:
 I)A necessidade de transformação da cultura profissional do psicólogo brasileiro, carregada, marcadamente, por uma ideologia individualista que implica em uma ênfase na compreensão do homem e do fenômeno psicológico como problemas de ordem individual, desconsiderando o contexto social e histórico.
II)Que as ideologias tem sido objeto de reflexão da Psicologia em função da necessidade de conhecer aquilo que se oculta sob as práticas psicológicas, bem como sua cumplicidade a interesses específicos.
IV)	Que a Psicologia no contexto das políticas públicas de assistência social funda-se em práticas derivadas do modelo médico de atendimento individual, uma vez a desigualdade social e a opressão produzem, muitas vezes, desencanto, exclusão e violência, trazendo sofrimento a todos que estão a ela vinculados. 
Leia atentamente os trechos extraídos de publicações que tratam do trabalho do psicólogo em contexto comunitário.
 “Os espaços de trabalho do psicólogo no SUAS estão distribuídos na proteção social básica e especial. A proteção básica (CRAS) tem como foco as famílias cujos membros estão em situação de vulnerabilidade social. Nesse nível são priorizadas famílias inseridas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), as beneficiárias do Bolsa Familia e do Benefício de Prestação Continuada. [...] No caso de haver demanda para acompanhamento psicoterapêutico, o CRAS não é o lugar para tal, devendo-se referenciar a demanda para outras instituições que compõem a rede assistencial dentro ou fora da política de assistência social [...] Em 2009, um estudo sobre o trabalho dos psicólogos no CRAS, revela que uma das atividades mais desenvolvidas pelos psicólogos é a psicoterapia, seja individual ou em grupo. Além disso, foi constatado que os referenciais que norteiam as práticas são prioritariamente clínicos e que muito pouco se sabe sobre as ações em comunidades” (YAMAMOTO & OLIVEIRA, 2010) .
 “Numa realidade como a nordestina, carente de recursos que garantam as condições mínimas de sobrevivência e a qualidade de vida da população, a Psicologia Comunitária propõe uma visão de homem e mulher ligada a essa realidade, ou seja, vistos como sujeitos da história, comprometidos com a transformação da própria realidade em que vivem, influenciando-a e sendo influenciados por ela. [...] Um trabalho de alfabetização de adultos, na comunidade de Pixambu (Fortaleza), com estudantes de psicologia, psicólogos, pedagogos e lideranças comunitárias, caracterizado como um trabalho em Psicologia Comunitária [...] começou como estratégia para iniciar uma inserção comunitária [...] partindo das contribuições da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, da Psicologia da Libertação de Martin Baró e da Psicologia Histórico-cultural de Vigotski, buscamos desenvolver uma práxis transformadora das relações de opressão, de servilismo e de violência estruturadas no modo de produção capitalista [...] desenvolvendo ações capazes de contribuir para a construção de sujeitos críticos, que promovam a transformação das condições de miséria econômica e opressão política.” (XIMENES; GÓIS, 2009).
 A partir desta breve descrição, no que se relaciona ao trabalho do psicólogo social comunitário, analise as sentenças abaixo:
 I)	 A prática de psicólogos no CRAS indica uma atuação marcada pela transformação da realidade se comparada com a desenvolvida pelos psicólogos na comunidade de Pixambu por indicar que a  Psicologia Clínica está deixando de ser  privilégio apenas de classes mais abastadas economicamente, estando mais acessível a pessoas com baixo poder aquisitivo.
II)	Tanto a atuação dos psicólogos no CRAS quanto na comunidade de Pixambu pode ser considerada como de grande contribuição para a transformação social.
III)	A prática dos psicólogos do CRAS apresenta-se nitidamente mais capaz de transformar a realidade se comparada à atuação dos psicólogos na comunidade de Pixambu por atender a uma maior quantidade de pessoas quando esta apresenta problemas de ordem emocional e/ou comportamental.
A interface das Políticas Públicas com a Psicologia tem sido um importante campo em construção para atuação dos/as psicólogos. Na Psicologia Social é possível fazer essa interface com as Políticas de Assistência Social e dessa forma o/a profissional deverá ter as seguintes habilidades e competências:
 I. Trabalhar em equipe e em rede;
II. Desenvolver capacidade de intervenção técnica a partir do seu campo de saber, fundamentando-se na teoria e prática clínica;
III. Operacionalizar ações de modo interdisciplinar;
IV. Conhecer as diretrizes das Políticas específicas do seu campo de atuação.  
Leia o texto abaixo e responda a seguir:
 “DIÁLOGOS – A partir da criação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), em 2005, como o senhor analisa hoje a política de assistência social no Brasil?
Fábio Porto – Vejo a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) como uma jovem política, cheia de esperanças e desafios de desenvolvimento. Penso que se encontra em um momento de implementação, ampliação e consolidação na realidade política, governamental e territorial brasileira. A implantação do SUAS contribui enormemente com a conformação de uma organicidade nacional da PNAS, o que é fundamental para seu devido funcionamento. Contudo, como apresenta um forte diferencial discursivo, concernente à superação dos antecedentes históricos da prática socioassistencial(ista), em um país que nunca instalou o tão almejado Estado de Bem-Estar Social, chama para si desafios hercúleos, como pretender a promoção da emancipação social de populações vítimas de uma pobreza crônica e historicamente produzida (com definitiva atuação do próprio Estado, que propõe as políticas públicas). Com Paulo Freire, lembramos que é o sonho que nos alimenta a esperança, que se dá na medida em que buscamos transformar nossa realidade. Creio que passa por aí a trajetória de consolidação da Assistencial Social no Brasil, em nossos dias”. (Entrevista com Psicólogo Fábio Porto. Política de Assistência Social. Revista Diálogos. ed. 7: p.08-11, 2010). 
 Neste cenário, o papel da Psicologia poderia ser entendido como: 
 I.contribuir com o processo de emancipação social previsto na PNAS e no SUAS, que exige a superação das situações de vulnerabilidade e risco social em que as pessoas se encontram há gerações
II.abordar o trabalho com grupos comunitários, a prática da entrevista da visita domiciliar e do acolhimento, por exemplo
III.elaborar metodologias e estratégias de atuação que favoreçam a integração entre o crescimento pessoal e o desenvolvimento comunitário.

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