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Tribunal do Juri - Níkolas

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA
Centro de Ciências Jurídicas
Curso de Direito
Níkolas D’Avila Evangelista
O TRIBUNAL DO JÚRI
	Primeiramente, podemos definir o tribunal do juri como “O órgão do poder judiciário brasileiro em que sete jurados leigos, presididos por um juiz togado, decidem as causas que lhes são apresentadas”. O Tribunal do Júri tem como competência julgar os chamados crimes dolosos contra a vida, ou seja, aqueles em que o agente tem a intenção de produzir determinado resultado ou não se importa com a produção desse resultado. São eles crimes como Homicídio, Infanticídio, Insitação ou auxílio ao suicídio e o aborto. O Julgamento de causas cíveis (como cobrança de dívidas ou indenizações) não é de competência de tal tribunal. 
	São participantes do julgamento: o juiz-presidente; o promotor de justiça; os jurados que formam o Conselho de Sentença; o réu; o escrivão; o advogado; policiais militares; funcionários da justiça. Podem participar também: testemunhas, espectadores e até mesmo a própria vítima. Os jurados são pessoas leigas em matéria jurídica, escolhidas para servir nos julgamentos (geralmente os Tribunais possuem uma lista de cidadãos que são voluntários para servir como jurados). Cada sessão do Tribunal do Júri vinte e um jurados são intimados à comparecer, podendo a audiência somente ter início quando ao menos quinze jurados estiverem presente. O Conselho de Sentença é composto por sete jurados, sendo estes responsáveis pelo julgamento do réu, por definir o mérito da causa, sendo assim definir “qual das partes está com a razão”. Conforme dito, após estarem ao menos quinze dos jurados e a sessão for instalada, dentre os jurados presentes serão sorteados sete pelo juíz-presidente para compor o Conselho de Sentença, aquele que é responsável pela dicisão final. Os jurados podem ser rejeitados, cada parte pode rejeitar até três dentre os sorteados, sem necessidade de motivação. Outras recusas deverão ser motivadas e demonstradas, como por exemplo, a amizade íntima entre o jurado e a vítima. O juiz-presidente tem a função de conduzir o julgamento e resolver eventuais questões incidentalmente arguidas pelas partes, além de lavrar a sentença, e, eventualmente, aplicá-la. O promotor de justiça tem a função de representar o Ministério Público, é ele quem possui a titularidade da ação penal. Porém não possui a obrigação de manter a acusação. Se durante a instução se convencer de que o réu é inocente, pode pedir a absolvição, já que o MP é um órgão que possui a função de zelar por justiça, função essa instituicional. 
	A ordem dos atos processuais é a seguinte: Em primeiro lugar é formado o Conselho de Sentença; logo em seguida o réu é interrogado; depois o juiz-presidente faz um breve relatório do processo e realiza a leitura das peças solicitadas por promotoria e defesa; após a leitura, são interrogadas as testemunhas, e, eventualmente, a própria vítima; finalmente ocorrem os debates orais, em que acusação e defesa terão duas horas para levantar em Plenário todas as matérias de seu interesse, ou seja, é o momento em que as partes podem aduzir e sustentar suas teses com o objetivo de convencer os jurados de que estão com a razão. Quem os inicia é a defesa, se após a sustentação defensiva o promotor tiver o entendimento de que necessita complementar sua fala, o mesmo recebe o direito de uma réplica de meia hora, sendo a tréplica, de também meia hora, um direito da acusação. Acabados os o juiz-presidente elabora os quesitos, que serão votados pelos jurados, decidindo-se assim o mérito da causa.
	Não é permitida a produção de provas surpresa, já que a Carta Magna consagra o princípio do contraditório, e em decorrência desse princípio, tem-se que as partes possuem o direito de conhecer as provas que são produzidas contra elas, e até mesmo as impugnar.
	Os quesitos elaborados pelo juiz-presidente são votados pelos jurados em uma sala secreta, cada jurado recebe uma cédula contendos as palavras “sim” e “não”, a resposta dos mesmos de quesito são colocadas dentro de uma urna, e, posteriormente, lidas em voz alta pelo juiz-presidente. Por serem leigos, os seus votos não precisam ser embasados juridicamente, sendo assim são fundamentos apenas em sua íntima convicção.
	Aparte é o nome dado a uma intervenção na sustentação da parte contrária, não constitui um direito da parte, mas uma faculdade da qual o detentor da palavra pode dispor. Pode-se afirmar assim, que o aparte somente será concedido se a acusação ou a defesa, que estiver com a palavra, permitir.
	O julgamento pode durar alguns dias ou até mesmo algumas horas. Se for demorar mais de um dia, os jurados são hospedados pelo poder público em alojamentos ou estabelecimentos semelhantes. Serão sempre acompanhados por oficiais de justiça, responsáveis por fiscalizar a incomunicabilidade dos jurados.

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