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Metodologia do Ensino das Atividades Aquaticas

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Prévia do material em texto

2017
Metodologia de ensino 
de atividades aquáticas
Prof.ª Giandra Anceski Bataglion
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof.ª Giandra Anceski Bataglion
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
613.707
B328m Bataglion, Giandra Anceski
Metodologia de ensino de atividades aquáticas / Giandra 
Anceski Bataglion. Indaial: UNIASSELVI, 2017.
226 p. : il 
 
ISBN 978-85-515-0126-9
1. Educação Física – Estudo e Ensino.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
III
apresentação
Prezado acadêmico! 
Este livro de estudos foi desenvolvido pela professora Giandra 
Anceski Bataglion, que possui graduação no curso de Licenciatura em 
Educação Física e mestrado em Educação Física, ambos pela Universidade 
Federal de Santa Catarina.
Didaticamente este livro é organizado em três unidades, que 
atendem à ementa da disciplina. A ementa preconiza que sejam abordados 
conteúdos teórico-práticos da natação, apresentando procedimentos para 
o ensino, o planejamento, a organização e a execução de programas para 
a familiarização ao meio líquido, o aperfeiçoamento, o treinamento e a 
melhoria do desempenho.
Ao término dos estudos, espera-se que o acadêmico tenha 
desenvolvido conhecimentos acerca do processo de ensino-aprendizagem 
da natação e compreenda a mecânica dos diferentes tipos de nado, bem 
como as regras da natação de competição, estando aptos a utilizar estes 
conhecimentos na atuação profissional.
Para tanto, na Unidade 1, você aprenderá aspectos históricos e 
fundamentos básicos da natação como a propriedade da água, respiração, 
flutuação e mergulhos. Além disso, a unidade abordará a familiarização 
à natação, apresentando elementos da adaptação ao meio líquido e das 
atividades aquáticas recreativas.
Na Unidade 2, o enfoque será na aprendizagem dos nados crawl e 
costas, contemplando os princípios da pernada, da braçada, da respiração, 
da coordenação e das saídas e viradas do nado costas, além de aspectos 
históricos de ambos os nados.
Por fim, a Unidade 3 trata do histórico e de princípios técnicos dos 
nados peito e borboleta. Ademais, a unidade expõe as regras competitivas 
da natação.
Bons estudos!
Prof.ª Giandra
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 - METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS ...................1
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO À NATAÇÃO .....................................................................................3
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................3
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NATAÇÃO .............................................................5
2.1 A NATAÇÃO NO BRASIL ...........................................................................................................6
2.1.1 O Brasil nas Olimpíadas ......................................................................................................8
3 BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO ..........................................................................................................12
4 ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO ...............................................................................................17
4.1 CARACTERÍSTICAS DO CONTATO COM O MEIO LÍQUIDO ............................................18
4.2 ASPECTOS FÍSICOS E FISIOLÓGICOS .....................................................................................18
4.3 ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS ...................................................................................19
4.4 ASPECTOS TÉCNICOS ................................................................................................................19
4.5 ASPECTOS PEDAGÓGICOS .......................................................................................................20
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................23
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................25
TÓPICO 2 - FUNDAMENTOS BÁSICOS DA NATAÇÃO: PROPRIEDADES
DA ÁGUA, RESPIRAÇÃO, FLUTUAÇÃO E MERGULHO .........................................................29
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................29
2 PROPRIEDADES DA ÁGUA ...........................................................................................................29
2.1 HIDRODINÂMICA .......................................................................................................................29
2.1.1 Viscosidade ............................................................................................................................30
2.1.2 Propulsão ...............................................................................................................................30
2.1.3 Temperatura ..........................................................................................................................31
2.2 HIDROSTÁTICA ..........................................................................................................................31
2.2.1 Densidade relativa ...............................................................................................................32
2.2.2 Pressão hidrostática ..............................................................................................................33
3 FLUTUAÇÃO .......................................................................................................................................33
3.1 CENTRO DE GRAVIDADE E A FLUTUAÇÃO ........................................................................34
3.2 O EQUILÍBRIO NA FLUTUAÇÃO .............................................................................................34
3.3 ASPECTOS PEDAGÓGICOS PARA O ENSINO DA FLUTUAÇÃO .....................................35
4 RESPIRAÇÃO......................................................................................................................................36
5 MERGULHOS .....................................................................................................................................39RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................43
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................45
TÓPICO 3 - NATAÇÃO RECREATIVA .............................................................................................49
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................49
2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DO COMPONENTE
 LÚDICO PARA A NATAÇÃO RECREATIVA ..............................................................................51
3 ATIVIDADES LÚDICAS/RECREATIVAS EM AMBIENTE AQUÁTICO ..............................54
4 NATAÇÃO RECREATIVA A PARTIR DO MÉTODO HALLIWICK .......................................64
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................66
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................67
suMário
VIII
UNIDADE 2 - METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS ...................71
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO AOS NADOS CRAWL E COSTAS ................................................73
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................73
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO NADO CRAWL .....................................................75
3 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO NADO COSTAS ...................................................77
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................78
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................79
TÓPICO 2 - NADO CRAWL ................................................................................................................83
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................83
2 POSICIONAMENTO DO CORPO .................................................................................................84
2.1 O ALINHAMENTO HORIZONTAL .........................................................................................84
2.2 ALINHAMENTO LATERAL .......................................................................................................86
2 PERNADA ............................................................................................................................................87
2.1 FASE DESCENDENTE ..................................................................................................................89
2.2 FASE ASCENDENTE ....................................................................................................................89
3 BRAÇADA ...........................................................................................................................................89
3.1 FASE AÉREA ..................................................................................................................................90
3.1.1 Saída da mão .........................................................................................................................90
3.1.2 Recuperação ...........................................................................................................................90
3.1.3 Entrada da mão na água ......................................................................................................91
3.2 FASE AQUÁTICA ..........................................................................................................................92
3.2.1 Extensão .................................................................................................................................92
 3.2.1.1 Posição inicial ............................................................................................................92
 3.2.1.2 Posição final ...............................................................................................................92
3.2.2 Agarre .....................................................................................................................................92
 3.2.2.1 Postura inicial ............................................................................................................92
 3.2.2.2 Postura final ...............................................................................................................93
3.2.3 TRAÇÃO ................................................................................................................................93
 3.2.3.1 Posição Inicial ............................................................................................................93
 3.2.3.2 Posição final ...............................................................................................................94
3.2.4 Empurre .................................................................................................................................94
 3.2.4.1 Fase inicial ..................................................................................................................95
 3.2.4.2 Fase final .....................................................................................................................95
4 RESPIRAÇÃO......................................................................................................................................95
4.1 INSPIRAÇÃO .................................................................................................................................96
4.2 EXPIRAÇÃO ...................................................................................................................................96
5 COORDENAÇÃO ...............................................................................................................................97
5.1 COORDENAÇÃO ENTRE OS BRAÇOS ....................................................................................97
5.1.1 Coordenação de alcance ou distância por braçada ..........................................................97
5.1.2 Coordenação de superposição ............................................................................................98
5.2 COORDENAÇÃO ENTRE BRAÇOS E RESPIRAÇÃO ............................................................98
5.3 COORDENAÇÃO ENTRE OS BRAÇOS E PERNAS ...............................................................99
5.4 COORDENAÇÃO ENTRE OS BRAÇOS E O TRONCO..........................................................99
6 SAÍDAS E VIRADAS .........................................................................................................................100
6.1 SAÍDA DE AGARRE ....................................................................................................................100
6.2 SAÍDA DE TRACK OU DE ATLETISMO ...................................................................................102
6.3 SAÍDA DE COMPETIÇÃO ...........................................................................................................104
6.4 VIRADA OLÍMPICA DO CRAWL ...............................................................................................108
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................113
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................115
IX
TÓPICO 3 - NADO COSTAS ..............................................................................................................1191 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119
2 POSICIONAMENTO DO CORPO .................................................................................................119
3 PERNADA ............................................................................................................................................120
4 BRAÇADA ...........................................................................................................................................120
4.1 ENTRADA ......................................................................................................................................120
4.2 APOIO OU PRIMEIRA VARREDURA PARA BAIXO .............................................................121
4.3 TRAÇÃO OU PRIMEIRA VARREDURA PARA CIMA...........................................................122
4.4 FINALIZAÇÃO OU SEGUNDA VARREDURA PARA BAIXO .............................................124
4.5 SEGUNDA VARREDURA PARA CIMA ....................................................................................125
4.6 RECUPERAÇÃO ............................................................................................................................127
5 RESPIRAÇÃO......................................................................................................................................127
6 COORDENAÇÃO ...............................................................................................................................127
6.1 A COORDENAÇÃO NOS MOVIMENTOS DE BRAÇOS
 PERNAS NO NADO COSTAS .....................................................................................................128
6.2 A COORDENAÇÃO NOS MOVIMENTOS DOS BRAÇOS NO NADO COSTAS ..............128
6.3 A COORDENAÇÃO NOS MOVIMENTOS DAS PERNAS NO NADO COSTAS ...............129
7 SAÍDAS E VIRADAS .........................................................................................................................129
7.1 A SAÍDA DO NADO COSTAS ....................................................................................................129
7.2 VIRADA DO NADO COSTAS .....................................................................................................134
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................137
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................138
UNIDADE 3 - METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO ..................................................143
TÓPICO 1 - NADO PEITO ..................................................................................................................145
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................145
2 PERNADA DO NADO PEITO .........................................................................................................146
2.1 FASE DE VARREDURA PARA FORA ........................................................................................146
2.2 FASE DE VARREDURA PARA DENTRO ..................................................................................147
2.3 FASE DE SUSTENTAÇÃO E DESLIZAMENTO.......................................................................148
2.4 FASE DE RECUPERAÇÃO ..........................................................................................................148
3 BRAÇADA DO NADO PEITO ........................................................................................................149
3.1 FASE DE APOIO DA BRAÇADA OU VARREDURA PARA FORA ......................................149
3.2 TRAÇÃO OU VARREDURA PARA DENTRO ........................................................................151
3.3 RECUPERAÇÃO ...........................................................................................................................151
4 RESPIRAÇÃO NO NADO PEITO ..................................................................................................151
5 COORDENAÇÃO NO NADO PEITO ...........................................................................................152
5.1 COORDENAÇÃO BRAÇOS/PERNAS ......................................................................................152
6 ESTILOS DE NADO PEITO .............................................................................................................152
6.1 ESTILO PLANO OU CONVENCIONAL ...................................................................................153
6.2 ESTILO ONDULANTE, GOLFINHO OU EUROPEU .............................................................153
7 SAÍDA DO NADO PEITO ................................................................................................................153
8 VIRADA DO NADO PEITO ............................................................................................................155
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................157
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................158
TÓPICO 2 - NADO BORBOLETA ......................................................................................................163
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................163
2 POSICIONAMENTO DO CORPO NO NADO BORBOLETA .................................................163
3 PERNADA NO NADO BORBOLETA ............................................................................................165
4 BRAÇADA NO NADO BORBOLETA ............................................................................................166
X
4.1 ENTRADA ......................................................................................................................................166
4.2 FASE APOIO OU VARREDURA PARA FORA .........................................................................166
4.3 FASE DE TRAÇÃO OU VARREDURA PARA DENTRO ........................................................167
4.4 FASE DE FINALIZAÇÃO OU VARREDURA PARA CIMA ...................................................168
4.5 FASE DE RECUPERAÇÃO ..........................................................................................................169
5 RESPIRAÇÃO NO NADO BORBOLETA ......................................................................................170
6 COORDENAÇÃO NO NADO BORBOLETA ...............................................................................170
6.1 COORDENAÇÃO BRAÇOS/PERNAS NO NADO BORBOLETA .........................................170
7 SAÍDA NO NADO BORBOLETA ...................................................................................................171
7.1 APROXIMAÇÃO ...........................................................................................................................172
7.2 TOQUE/ROTAÇÃO/IMPULSO E DESLIZAMENTO ..............................................................172
7.3 MOVIMENTOS INICIAIS DO NADO ......................................................................................172
8 VIRADA NO NADO BORBOLETA................................................................................................172
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................175
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................176
TÓPICO 3 - REGRAS COMPETITIVAS ...........................................................................................1811 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................181
2 AS REGRAS PARA COMPETIÇÕES DE NATAÇÃO .................................................................181
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................216
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................218
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................223
1
UNIDADE 1
METODOLOGIA DO ENSINO DE 
ATIVIDADES AQUÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo dessa unidade você será capaz de:
• conhecer a história da natação;
• conhecer a história da natação no Brasil;
• conhecer a história do Brasil nas Olimpíadas;
• diferenciar os termos natação e nadar;
• identificar os benefícios da natação para os seres humanos;
• compreender aspectos da adaptação ao meio líquido;
• entender as propriedades da água;
• aprender os fundamentos da flutuação, da respiração e dos mergulhos;
• estudar a natação recreativa;
• compreender a importância do brincar e do lúdico para a natação recreativa;
• conhecer atividades lúdicas/recreativas para o ambiente aquático;
• estudar a natação recreativa a partir do método Halliwick.
Essa unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, você 
encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
TÓPICO 2 – FUNDAMENTOS BÁSICOS DA NATAÇÃO: PROPRIEDADES 
 DA ÁGUA, RESPIRAÇÃO, FLUTUAÇÃO E MERGULHOS
TÓPICO 3 – NATAÇÃO RECREATIVA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A prática de atividades físicas regulares tem sido enfatizada como 
um componente indispensável para a manutenção de um estilo de vida ativo 
e saudável, pois resultam em benefícios biopsicossociais aos que as praticam 
(NAHAS, 2006). 
Neste sentido, a natação é considerada por muitos autores como um 
dos exercícios mais completos, quer pelos seus efeitos terapêuticos, quer pelos 
benefícios utilitários ou pela ludicidade que o meio aquático proporciona. 
Todos são unânimes em afirmar que a água é um excelente meio auxiliar para o 
desenvolvimento global do ser humano. Através da natação, o indivíduo poderá 
melhorar o desenvolvimento total do corpo, incluindo a coordenação motora, 
a força muscular, a resistência dos sistemas cardiovascular e respiratório, bem 
como o seu nível geral de atitude. Neste sentido, a natação, ou as atividades 
aquáticas, são objeto de estudo em muitas vertentes, por exemplo, a educativa, a 
terapêutica, a desportiva e a recreativa. Devido a este fato, existe uma diversidade 
muito ampla de definições e metodologias descritas sobre o assunto em questão.
Reis (1983 apud DAMASCENO, 1992, p. 22) define a natação como "a 
técnica de deslocar-se na água, por intermédio da coordenação metódica de 
certos movimentos", e nadar "como se deslocar na água a seu nível ou através 
da força e adaptações naturais do próprio nadador". Para Andries Junior (2008, 
p. 30), “entendemos que o nadar se refere a formas variadas e diversificadas de 
manifestação do sujeito na água; essas manifestações têm aspectos culturais e 
mudam de um lugar para outro, não têm intenção de resultados esportivos. Já 
a natação carrega um caráter esportivo, busca através de movimentos técnicos e 
preestabelecidos, resultados e vitória”. Para Araújo Júnior (1993), nadar e natação 
também significam ação, exercício, arte, autopropulsão e autossustentação, mas 
deve-se acrescentar a isso o respeito pela individualidade, espontaneidade, 
criatividade e liberdade, fazendo com que a natação solicite exercícios tanto no 
aspecto físico quanto no intelectual, o que torna o processo de aprendizagem uma 
única unidade.
Alguns autores preferem adotar a definição da natação mais voltada para 
o esporte de alto rendimento, o qual está sempre atrás de um melhor desempenho 
e tempos cada vez menores. Assim, para Damasceno (1992, p. 19), “a natação é 
um desporto estruturado e regulamentado que busca obter registros de tempo 
cada vez mais inferiores através de um treinamento metódico, individualizado e 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
4
específico, supondo-se para o mesmo fim, pelo menos, o domínio apropriado das 
técnicas, conhecimento de ritmo, além de urna boa preparação física”. Bonacelli 
(2004, p. 82) diz que "a natação competitiva busca, preferivelmente, o rendimento 
na luta contra o cronômetro, no excesso de treinamento, visando uma adaptação 
superior na padronização dos movimentos".
Em relação à metodologia de ensino da natação, a diversidade entre 
os autores continua. De acordo com Damasceno (1992), o primeiro manual de 
aprendizagem da natação foi escrito por Nikolaus Wynmann em 1538. Depois 
disso, surgiram muitos outros trabalhos, produzindo uma grande diversidade 
sobre o assunto. Hoje em dia, muitos autores defendem a ideia de que o processo 
de aprendizagem da natação deve ser iniciado com a adaptação dos alunos ao 
meio líquido, para depois serem ensinados os nados propriamente ditos. Nesta 
direção, Andries Junior (2008) entende que o homem, como os animais, tem as 
suas habilidades naturais dentro das atividades físicas, sendo-lhe, de um modo 
geral, relativamente fácil correr, saltar, trepar e arremessar. 
Para o nadar essa facilidade não acontece, pois isso é uma habilidade 
adquirida, sendo preciso que se passe por um processo de adaptação e 
aprendizagem. Conforme Damasceno (1992), as adaptações na terra são bem 
diferentes das adaptações na água e, por isso, o homem deve passar por um 
novo processo de adaptação das estruturas de base para aprender a nadar. De 
acordo com Andries Júnior (2008), as fases que se deve dominar antes de iniciar 
a aprendizagem dos nados são: os primeiros contatos com a água, a respiração, 
a flutuação, a propulsão e a entrada na água. Após estas fases é que serão 
introduzidos os nados propriamente ditos.
Todavia, “nadar” não é apenas o nadar indo e vindo, numa piscina artificial 
e regulamentada, tal qual é ensinado e treinado nas escolas e nos clubes em geral. 
A natação é muito mais que nadar rapidamente em linha reta, é a múltipla, pura 
e simples relação com a água e com o próprio corpo. De acordo com Burkhardt 
e Escobar (1985), deve-se compreender a natação como contribuição no processo 
de educação integral dos indivíduos. Além disso, os autores salientam que o 
movimento humano sistematizado em exercícios terapêuticos, definidos como 
movimento do corpo ou das partes do corpo para aliviar sintomas ou melhorar 
as funções, é prática secular em diversas civilizações para corrigir problemas 
variados, como postura, respiração e equilíbrio mental.
Para Catteau e Garoff, (1990, p. 61), “saber nadar é ter resolvido, 
quantitativamente, em qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca 
permanente: melhor equilíbrio, melhor respiração e melhor propulsão, no 
elemento líquido". E continua: "Praticar a natação é ter gosto e a possibilidade, 
ou ainda a obrigação de expressar-se no elemento líquido, dentro de uma certa 
periodicidade, tomando consciência das próprias limitações e capacidade 
de progresso, propondo-se um ou mais objetivos e escolhendo a maneira de 
executá-los".
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
5
Todos os exercícios físicos podem ser considerados uma necessidade aos 
seres humanos, porém a natação é considerada uma abrangente atividade física 
e formativa, pois possibilita a superação do medo e da insegurança, funcionando 
como agente modificador de comportamento. Isto porque a natação trabalha, 
sobremaneira,com as emoções. Uma das emoções evidentes é o medo. A 
pedagogia tradicional da natação considera que um estado emocional particular, 
o medo, acompanha necessariamente o primeiro ou os primeiros contatos do 
aprendiz de natação com a água. Se existe uma área na qual a ênfase tenha sido 
sempre colocada às emoções, é certamente a da natação (MAZARINI, 1992).
Por ser uma atividade altamente recreativa, quer seja pelo seu aspecto 
lúdico que tanto bem-estar proporciona aos seus participantes, permitindo obter 
a inteira cooperação de alunos, habitualmente, com muitos medos e tensão, a 
natação tem sido um elemento fundamental no desenvolvimento social dos 
indivíduos, especialmente das crianças e jovens. Todavia, a natação não é só uma 
excelente forma de exercícios e recreação, mas, também, um meio de sobrevivência. 
É essencial, quando se ensina a natação, ganhar a confiança do aluno e permitir-
lhe muitas oportunidades para que ele esteja cômodo e relaxado na água. Com 
as instruções adequadas e com a prática, o indivíduo pode aprender a utilizar a 
natação com prazer através de sua vida. Há oportunidades ilimitadas para que 
os indivíduos participem da natação por meio de competições ou somente por 
entretenimento e recreação.
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NATAÇÃO
A natação é um dos esportes mais antigos praticados pelo homem. 
Historicamente, pode-se inferir que a natação era praticada desde a Pré-História 
e por absoluta necessidade utilitária. O homem buscava seu alimento nos rios 
e nos mares, em momentos de perigo, buscava refugiar-se transpondo cursos 
d'água ou talvez permanecendo nele, e é bem possível também que tenha se 
utilizado da influência saudável e higiênica que ela traz, e a usasse para se banhar 
(PÁVEL; FERNANDES FILHO, 2004). Pressupõe-se, a partir desta informação, 
que os homens primitivos estavam sempre próximos aos rios e que, em algum 
momento, pescando, caçando ou com finalidades locomotivas, eles entravam na 
água e se deslocavam dentro dela. Pode-se falar, assim, da existência de um nado 
primitivo, como mostra um desenho encontrado em uma gruta do deserto da 
Líbia, de aproximadamente 9000 anos, representando a arte de nadar (ANDRIES 
JÚNIOR, 2008).
Povos como os sumérios, os babilônicos e os assírios, que tinham como 
base econômica a agricultura, davam preferência para a vida próxima aos rios, 
onde tinham terra mais fértil. Sendo assim, pode-se dizer que estes povos deram 
continuidade ao processo de nadar, como comprova uma pintura mural etrusca 
do século IV a.C., que mostra uma pessoa mergulhando de uma encosta para a 
água. Ainda há dados na arqueologia que demonstram que na Índia, há 5000 anos 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
6
a.C., já existiam piscinas aquecidas (ANDRIES JÚNIOR, 2008). De acordo com o 
autor, por volta de 3200 a.C., se desenvolveu a civilização egípcia às margens 
do rio Nilo, que era usado como meio de transporte. Há registros deste povo 
em hieróglifos, mostrando uma pessoa nadando em movimentos alternados de 
braços e pernas, sugerindo o nado crawl.
No período clássico surge a civilização grega, considerada como sendo 
o berço da civilização ocidental, entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, 
possuindo um litoral navegável e excelentes portos naturais. Com o grande 
número de guerras e possuindo tantos mares e rios como obstáculos naturais 
para invadir novos territórios, a natação era utilizada na Grécia e em Roma como 
parte do treinamento dos soldados do império (ANDRIES JÚNIOR, 2008). O autor 
ainda completa: "Platão acreditava que quem não sabia nadar não era educado. 
Em Roma, a natação era vista como símbolo de distinção social; era ensinada às 
crianças".
Durante muitos anos, na Idade Média, a natação deixou de ser praticada, 
pois se acreditava que o que realmente importavam eram as coisas do espírito. 
A valorização do corpo somente retoma suas forças durante o Renascimento, 
tendo como fator de disseminação dessa ideia o aspecto educativo do movimento 
(ANDRIES JÚNIOR, 2008).
Enquanto exercícios terapêuticos na água, as atividades em meio líquido 
encontram-se mencionadas em obras tão antigas como a de Aureliano, da Roma 
Antiga no final do século V, na qual o autor recomenda a natação no mar ou 
em nascentes quentes, e a do médico Jacques Delpcch (1777-1838), que escreveu 
sobre a correlação postural com aparelhos e enfatizou o valor da natação para a 
coluna vertebral, a saber: quando o corpo flutua na posição horizontal, o peso 
deixa de estar colocado sobre a coluna vertebral. A densidade e a temperatura 
da água são mais convenientes que as do ar. Com ação, semelhante a remo, dos 
braços, há uma verdadeira, embora ligeira, tração sobre a coluna vertebral ao 
longo do seu eixo (BURKHARDT; ESCOBAR, 1985).
A natação se organizou na Inglaterra em 1837, quando foi realizada a 
primeira competição pela Sociedade Britânica de Natação, tendo como único 
estilo: o peito. Nas Olimpíadas, a natação teve papel de destaque junto ao atletismo 
e, em 1896, em Atenas, foram disputadas provas de nado crawl e peito. Em 1904, 
o nado costas foi incluído, e o borboleta surgiu em 1940, como uma evolução do 
nado peito (ANDRIES JUNIOR, 2008).
2.1 A NATAÇÃO NO BRASIL
De acordo com Krug e Magri (2012), há indícios de que, há muitos anos, 
os índios que habitavam determinadas regiões do Brasil utilizavam a natação, 
apresentando-se como ótimos nadadores e canoeiros. Em 1557, quando Mem 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
7
de Sá desembarcou no Brasil, foi atacado por índios da retaguarda e, ao tentar 
contra-atacá-los, os mesmos fugiram para o mar valendo-se do nado. Ocorreu, 
então, um combate sobre as águas. Os índios de Felipe Camarão caçavam os seus 
adversários a nado, o que favorecia as suas lutas no meio aquático.
 
Podemos perceber que os nossos primeiros habitantes se valiam dos 
recursos naturais existentes para sobreviver, utilizando-se daquilo que lhes era 
disponível, ou seja, da caça e pesca para alimentação; das cavernas e vegetação 
para abrigo; dos rios para não só matar a sede como, também, para a natação. 
Pela utilidade que esta prática representava, passou a fazer parte da própria 
vida, sendo incorporada aos costumes tribais da época (ARAÚJO JÚNIOR, 1993). 
Partindo-se dessa visão histórica da natação, pode-se perceber que a filosofia que 
nos orienta tem muito a ver com uma prática que, antes de ser utilitária, é saudável 
e possibilita, certamente, a uma grande massa de comunidade, momentos de 
recreação e lazer com a utilização do meio líquido (ARAÚJO JÚNIOR, 1993).
Há uma lenda que envolve a história da natação no Brasil, se trata da lenda 
de Moema, a saber: “Diogo Álvares Correa naufragou ao norte da Baía de Todos-
os-Santos, e foi capturado pelos indígenas. Sobreviveu porque estes o acharam 
muito magro. Enquanto os índios o deixavam engordar, chegou certo dia um 
barril à praia. Diogo encontrou nele uma espingarda e matou um pássaro. Com 
este feito, os índios chamaram-no de Caramuru (Homem do Fogo). Tratado com 
distinção, casou-se com Paraguassu, filha do cacique. Entretanto, uma das índias 
da aldeia, Moema, havia se apaixonado por ele. Mais tarde, Caramuru foi para 
a Europa com a esposa, mas, muitas índias, que por ele haviam se apaixonado, 
seguiram a embarcação a nado. Moema foi uma delas e o seguiu até morrer” 
(KRUG; MAGRI, 2012, p. 65).
Em termos oficiais, há registros da inserção da natação no Brasil a partir de 
31 de julho de 1897. Nesta data, os clubes Botafogo, Gragoatá, Icaraí e Flamengo 
fundaram a União de Regatas Fluminense, no Rio de Janeiro. Posteriormente, 
sua nomenclatura foi alterada para Conselho Superior de Regatas e Federação 
Brasileira das Sociedades do Remo. No ano seguinte ao da sua fundação, em 
1898, o Clube de Natação e Regatas promoveu o primeiro campeonato brasileiro, 
na distância aproximadade 1.500 metros, entre a fortaleza de Villegaignon e a 
praia de Santa Luzia. Esta prova foi repetida até 1912. Em 1913, na Enseada de 
Botafogo, a Federação Brasileira de Sociedade de Remo promoveu a primeira 
competição; Abraão Saliture foi o campeão nos 1.500 metros de nado livre. 
Também foram realizadas as provas de 100 metros para estreantes, 600 metros 
para sêniores e 200 metros para juniores (KRUG; MAGRI, 2012).
 
Em 1915 foi inserida a prova de 600 metros no Campeonato Carioca de 
Natação e a partir de 1916, a Confederação Brasileira de Desportos começou a 
patrocinar o Campeonato Brasileiro de Natação. Em 1920 foi realizada a primeira 
competição com seis provas olímpicas, na qual os cariocas foram os campeões. 
Em 1919, foi inaugurada a primeira piscina de competições no Brasil, sendo 
esta a do Fluminense, no Rio de Janeiro. Em 1923, surgiram, em São Paulo, a 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
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Associação Atlética de São Paulo e o Clube Atlético Paulistano. Antes disso, os 
cariocas nadavam na enseada de Botafogo e os paulistas no rio Tietê (KRUG; 
MAGRI, 2012).
Desde 1908, quando Abraão Saliture venceu as provas de 100 e de 
500 metros em Montevidéu, o Brasil ocupou lugar de destaque na natação da 
América do Sul, mantendo esta posição por muitos anos. Em 1919, os brasileiros 
venceram quatro provas no primeiro Campeonato Sul-americano, realizado no 
Rio de Janeiro. Em 1929, esta competição foi oficialmente regularizada, ocorrendo 
em 1941 em Viña del Mar, em 1950, em Montevidéu, e em 1952 em Lima, nas 
quais o Brasil empatou seus resultados com a Argentina. Em 1954, a competição 
aconteceu em São Paulo e em 1960 em Cáli, em ambas, o Brasil foi campeão 
na categoria masculino. Em 1935, 1941 e 1946, a competição foi realizada no 
Rio de Janeiro, em 1947 em Buenos Aires, em 1954 em São Paulo e em 1958 e 
1960 em Cáli. Nestas sete disputas, o Brasil foi campeão na categoria feminino. 
Faz-se importante ressaltar que Maria Lenk (1915-2007) foi a primeira mulher 
sul-americana a participar de uma olimpíada, sendo grande incentivadora da 
modalidade de natação e precursora do nado borboleta e do nado sincronizado 
no Brasil (KRUG; MAGRI, 2012).
Hoje, a natação é um dos esportes mais praticados no Brasil, tendo, 
aproximadamente, 65 mil atletas federados. No país, a modalidade era controlada 
pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), porém, em 1977 a confederação 
foi desfeita. No dia 21 de outubro deste mesmo ano foi criada a Confederação 
Brasileira de Natação (CBN), que ficou até 1988, ano em que foi fundada a 
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) (MASSAUD, 2004).
UNI
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) responde pelos 
quatro esportes olímpicos: a natação, o polo aquático, o nado sincronizado e os saltos 
ornamentais. Além disso, responde pela natação em águas abertas, as chamadas 
“travessias”. A CBDA é uma entidade que abrange 27 federações, 1.171 clubes filiados e 640 
eventos anuais (MASSAUD, 2004).
2.1.1 O Brasil nas Olimpíadas
O Brasil começou a participar das provas de natação, nas Olimpíadas, 
a partir de 1920, na Antuérpia. Nestas Olimpíadas, a delegação brasileira foi 
composta por 21 atletas, adquirindo destaque na prova de tiro. Em 1924, as 
Olimpíadas foram realizadas em Paris e o Brasil possuía uma delegação composta 
por 11 pessoas, porém, estas competiam nas provas apenas nos momentos de 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
9
folga da Exposição Universal. Em 1928, nas Olimpíadas de Amsterdam, o Brasil 
não participou em decorrência da crise financeira do país (KRUG; MAGRI, 2012).
Em 1932, nas Olimpíadas de Los Angeles, o Brasil ficou em sétimo lugar, 
no revezamento 4x100 metros, com a equipe composta pelos atletas Isaac Novaes, 
Manuel Vilar, Benevenuto Nunes e Manuel Silva. Nesta edição das Olimpíadas, 
Maria Lenk, brasileira, foi a primeira mulher sul-americana a participar de uma 
olimpíada. Participaram da delegação 58 nadadores, dos quais, 45 viajaram até Los 
Angeles em um navio mercante e 13 viajaram por conta própria. Na composição 
da equipe estavam atletas como Havelange, Foisselle, Lenk, Novaes e De Paula 
(KRUG; MAGRI, 2012).
Em 1936, em Berlim, Piedade Coutinho ficou em quinto lugar na prova dos 
400 metros livre; Willy Otto Jordan conquistou o sexto lugar nos 200 metros nado 
peito e a equipe de revezamento 4x200 metros masculino, composta por Sérgio 
Rodrigues, Willy Otto Jordan, Aram Boghossian e Rolf Kestner, ficou em oitavo 
lugar. A equipe de revezamento 4x100 metros nado livre feminino, composta por 
Piedade Coutinho, Talita Rodrigues, Maria Angélica Leão da Costa e Eleonora 
Schimidt, ficou com o sexto lugar (KRUG; MAGRI, 2012).
Destaca-se que, em 1939, na preparação para as Olimpíadas, Maria Lenk 
bateu o recorde mundial nas provas de 400 metros e 200 metros nado peito. 
Contudo, a Olimpíada não aconteceu devido à Segunda Guerra Mundial. A 
próxima edição das Olimpíadas aconteceu em 1948, na cidade de Londres, na 
Inglaterra. Neste ano, o Brasil contou com uma delegação composta por 73 atletas. 
Piedade Coutinho conquistou a vitória nos 200 metros nado peito, 12 anos após 
a sua primeira participação nas Olimpíadas de 1936. Em 1952, as Olimpíadas 
ocorrem em Helsinque, na Finlândia, e o Brasil participou com uma delegação de 
112 atletas. Um destes, Tetsuo Okamoto, mais conhecido como “Peixe Voador”, 
se destacou pela conquista do terceiro lugar nos 1.500 metros nado livre. Sobre a 
Olimpíada de 1956, que foi realizada em Melbourne, na Austrália, não há registro 
das informações sobre os resultados da delegação brasileira (49 atletas que 
participaram dos jogos) (KRUG; MAGRI, 2012).
Em 1960, na Olimpíada de Roma, na Itália, Manuel dos Santos conquistou 
o terceiro lugar nos 100 metros livres após uma chegada polêmica devido à batida 
de mãos de forma simultânea com outro nadador, o qual ficou com o segundo 
lugar. Como o Brasil não tinha tradição de bons resultados na natação, era 
previsto que, em vista do ocorrido, o nadador brasileiro ficaria com o terceiro 
lugar. Em 1961, Manuel dos Santos bateu recorde mundial dos 100 metros livres. 
Contudo, este recorde foi considerado irregular por muitas pessoas devido à alta 
concentração de sal na água, superior ao limite permitido nas piscinas. Neste 
mesmo ano, o atleta foi campeão em Tóquio, no Japão, superando os maiores 
velocistas do mundo. Em seguida, em Osaka, Manuel dos Santos percorreu 100 
metros em 55 segundos, o melhor tempo já alcançado em competições até aquela 
época. Em 20 de setembro do mesmo ano, no Clube Regatas Guanabara, no Rio de 
Janeiro, o atleta nadou 100 metros em 53,6 segundos, marcando um novo recorde 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
10
mundial. Este tempo permaneceu como recorde mundial até 1964, quando o 
francês Alain Gottvales percorreu 100 metros em 52,9 segundos (KRUG; MAGRI, 
2012).
Em 1964, os Jogos Olímpicos aconteceram em Tóquio, no Japão. O Brasil 
participou com uma delegação composta por 69 integrantes, contudo, não 
apresentou resultados expressivos. Em 1968, nos Jogos Olímpicos da Cidade do 
México, no México, o Brasil contou com uma delegação de 82 integrantes, obtendo 
o quarto lugar na prova de 100 metros nado peito. Em 1972, nas Olimpíadas de 
Munique, na Alemanha, o Brasil participou com 12 atletas da natação, entre eles, 
destacam-se José Sylvio Fiolo, de 22 anos, Cristina Bassani, de 13 anos, e Rui 
Aquino, de 19 anos. Fiolo almejava, após os Jogos Olímpicos, cursar Educação 
Física e nadar nos Estados Unidos, porém, ao retornar da Olimpíada, estava com 
idade avançada em relação aos adversários. Fiolo conquistou o sexto lugar nos 
100 metros nado peito e o quinto lugar no revezamento 4x100 metros medley 
(KRUG; MAGRI, 2012).
Na Olimpíada de 1976, que ocorreu em Montreal, no Canadá, o Brasilconquistou o quarto lugar nos 400 e nos 1.500 metros livres com o nadador Djan 
Madruga. Em 1980, os Jogos Olímpicos foram realizados em Moscou, na União 
Soviética, onde os nadadores brasileiros Cyro Delgado, Marcus Matioli, Jorge 
Fernandes e Djan Madruga conquistaram a medalha de bronze na prova de 4x100 
metros livre. Em 1984, na Olimpíada realizada em Los Angeles, nos Estados 
Unidos da América, Ricardo Prado conquistou o segundo lugar nos 400 metros 
medley e o quarto lugar nos 200 metros costas. Em 1988, em Seul, na Coreia, o 
Brasil participou, porém, não conquistou vitórias expressivas (KRUG; MAGRI, 
2012).
Em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, na Espanha, Gustavo Borges 
conquistou a medalha de prata nos 100 metros nado livre. Em 1996, em Atlanta, 
o mesmo atleta de natação conquistou a medalha de bronze para o Brasil nos 100 
metros livre e a medalha de prata nos 200 metros livre. Nesta mesma Olimpíada, 
o atleta Fernando Scherer obteve a medalha de bronze para o Brasil nos 50 metros 
livre (KRUG; MAGRI, 2012).
No ano 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, o atleta 
Gustavo Borges, do Brasil, conquistou a medalha de bronze no revezamento 
4x100 metros livre, tornando-se um dos maiores esportistas da história do país, 
pois foi o primeiro brasileiro a conquistar quatro medalhas olímpicas. Entretanto, 
Gustavo Borges ficou de fora da final da prova dos 100 metros livre, que era a 
sua especialidade. Nesta mesma Olimpíada, Fernando Scherer, também atleta de 
natação brasileiro, teve uma contusão no tornozelo durante o seu treinamento, 
conquistando apenas a medalha de bronze no revezamento 4x100 metros livre 
em companhia de Edvaldo Valério, Carlo Jaime e Gustavo Borges. Nos 50 metros 
livre, Fernando Scherer não se classificou para a semifinal. O atleta também 
disputou o revezamento 4x100 metros medley, não conseguindo vaga para a 
semifinal (KRUG; MAGRI, 2012).
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
11
Ainda nas Olimpíadas de 2000, em Sydney, Rogério Romero, aos 31 anos, 
disputou a sua quarta olimpíada, chegando à final e conquistando o sétimo lugar. 
Apontado como a maior revelação da natação brasileira, Alexandre Massura não 
conseguiu repetir, em Sydney, o bom resultado que havia tido no Pan-Americano de 
Winnipeg. Nas duas provas de que participou, 100 metros costas, sua especialidade, 
e revezamento 4x100 medley, não conseguiu chegar à prova final. Leonardo Costa, 
por sua vez, no Pan-Americano de 1999, ganhou o ouro, garantindo a sua vaga na 
Olimpíada de 2000, nos 200 metros costas. O atleta fez o tempo de 1min59s33, em 
Winnipeg, batendo o americano Aaron Peirson, que era o atual líder do ranking. 
Em Sydney, o norte-americano deu o troco e o brasileiro não chegou à final nas 
duas provas que disputou, 200 metros costas e revezamento 4x200 metros nado 
livre. Luiz Lima ficou em sexto lugar nas eliminatórias dos 400 metros livre e em 18o 
nas eliminatórias dos 1.500 metros livre. Edvaldo Valério, revelação do Troféu José 
Finkel, aparece como a esperança brasileira para as próximas Olimpíadas. Seu bom 
desempenho assegurou a medalha de bronze no revezamento 4x100 metros livres. 
Nas outras provas de que participou, 50 metros livre e revezamento 4x200 metros 
nado livre, não se saiu muito bem e foi eliminado na fase classificatória. Fabíola 
Molina, a única representante feminina da natação brasileira nas Olimpíadas de 
Sydney, foi eliminada na fase classificatória dos 100 metros borboleta e dos 100 
metros costas. Carlos Jaime fez uma boa prova no revezamento 4x100 metros livre 
e conquistou a medalha de bronze para o Brasil. Eduardo Fischer nadou o estilo 
peito no revezamento 4x100 metros medley, além dos 100 metros peito, mas não 
conseguiu passar da fase classificatória em ambas. Rodrigo Rocha Castro competiu 
na equipe de revezamento 4x200 metros, contudo, também não conseguiu passar 
das eliminatórias. Além disso, o atleta participou dos 200 metros costas, sendo 
eliminado na semifinal (KRUG; MAGRI, 2012).
Nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, na Grécia, foram a mulheres que se 
destacaram na delegação brasileira de natação. Com as três finais que alcançaram, 
elas superaram o desempenho masculino pela primeira vez desde os jogos de 
Berlim, em 1938. Os destaques foram Joanna Maranhão, que chegou à final dos 
400 metros medley, e Flávia Delaroli, que chegou à final dos 50 metros livres. Elas 
superaram uma lacuna de 56 anos sem mulheres brasileiras em finais olímpicas. 
Outro resultado positivo foi o da equipe de revezamento 4x200 metros livre, 
onde conquistaram o sétimo lugar. Nesta edição das Olimpíadas, a participação 
masculina do Brasil não teve o sucesso das outras edições. Os destaques foram 
Thiago Pereira e Gabriel Mangabeira, únicos finalistas masculinos. Foi a primeira 
vez, desde as Olimpíadas de Seul, em 1988, que a natação não trouxe medalhas 
para o Brasil e, por isso, o resultado não pode ser considerado satisfatório (KRUG; 
MAGRI, 2012).
Em 2008, em Pequim, na China, a delegação brasileira foi composta por 
27 nadadores. No feminino, o destaque foi para o número de participantes, 
12, entre elas, quatro atletas de maratona aquática. No masculino, a primeira 
medalha de ouro em Olimpíadas foi conquistada por César Cielo na prova dos 
50 metros nado livre, a mais rápida disputada em competições de natação. O 
mesmo atleta conquistou para o Brasil a medalha de bronze nos 100 metros nado 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
12
livre (KRUG; MAGRI, 2012). Nas Olimpíadas de 2012, em Londres, na Inglaterra, 
César Cielo trouxe para o Brasil a medalha de bronze conquistada na prova dos 
50 metros livre. Na mesma Olimpíada, o atleta Thiago Pereira conquistou, para 
o país, a medalha de prata na prova de 400 metros medley. Na última edição das 
Olimpíadas, realizada no Rio de Janeiro, a conquista do Brasil, na natação, foi 
na maratona dos 10 km feminino, na qual a atleta Poliana Okimoto conquistou a 
medalha de bronze.
 
3 BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO
Apesar da literatura conter diversas definições para a natação e métodos 
bem diversificados para seu ensino, todos os autores concordam em um ponto: 
este é um esporte excelente devido ao seu caráter formativo e totalizador. 
Qualquer corpo no meio aquático esforça-se para superar as perturbações 
causadas pela água, o que caracteriza uma de suas vantagens em relação aos 
outros esportes (DAMASCENO, 1992). Para Araújo Júnior (1993), a natação é 
considerada uma das atividades físicas mais completas que existe na atualidade 
e, através dela, se obtém benefícios que auxiliam o praticante a ter uma vida mais 
saudável, buscando a otimização e o desenvolvimento das capacidades físicas, 
flexibilidade, força, resistência muscular, e da capacidade cardiorrespiratória. 
Além disso, dependendo da forma como for praticada, a natação pode vir a ser 
uma atividade de integração das pessoas que a praticam, muito mais voltada ao 
aspecto socializador, usada com prazer, onde e quando o ser descobre e aprimora 
a sua personalidade (ARAÚJO JÚNIOR, 1993). Nesse sentido, Carvalho et al. 
(2008) também apresentam algumas finalidades da natação, são elas: obtenção 
das habilidades básicas fundamentais, conhecimentos sobre a segurança no 
ambiente aquático e boa conduta social.
Para Catteau e Garoff (1990), saber nadar é ter resolvido, qualitativa e 
quantitativamente, em qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca 
permanente: melhor equilíbrio, melhor respiração e melhor propulsão, no elemento 
líquido". E continua: "Praticar a natação é ter gosto e a possibilidade, ou ainda a 
obrigação de expressar-se no elemento líquido, dentro de uma certa periodicidade, 
tomando consciência das próprias limitações e capacidade de progresso, propondo-
se um ou mais objetivos e escolhendo a maneira de executá-los.
Para Araújo Júnior (1993), nadar e natação também significamação, 
exercício, arte, autopropulsão e autossustentação, mas deve-se acrescentar a 
isso o respeito pela individualidade, espontaneidade, criatividade e liberdade, 
fazendo com que a natação solicite exercícios tanto no aspecto físico quanto no 
intelectual, o que torna o processo de aprendizagem uma única unidade.
O trabalho com programas de natação e atividades aquáticas 
proporciona ao indivíduo envolver-se mais plenamente, melhorando tanto a sua 
participação e interação social, como também o desenvolvimento da linguagem 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
13
e do autoconceito. Neste sentido, a natação, como uma modalidade desportiva 
considerada de grande utilidade por proporcionar benefícios orgânicos e sociais, 
se bem desenvolvida, segundo o ponto de vista de Pável (1992), provoca uma 
grande procura por um número expressivo de pessoas. As aulas de natação 
oferecem um novo ambiente social, vivência de situações que são importantes na 
formação do indivíduo, como ganhar e perder, circunstâncias de aprendizagem 
diversificadas, como aulas individuais e em grupo, uma gama de informações 
que passam pelas regras básicas do esporte à prática da modalidade como um 
todo, pela aquisição de novos hábitos e gestos motores, pelas trocas interpessoais 
e muitos outros fatores motivacionais.
 
No esporte aquático, o indivíduo se vê confrontado com um meio 
multidimensional, no qual ele pode explorar, descobrir e realizar possibilidades 
ainda desconhecidas. As atividades destinadas a desenvolver a noção espacial, 
a percepção do corpo como objeto e a noção do próprio corpo podem ser 
perfeitamente integradas na exploração dentro da água (ADAMS et al., 1985), 
A atividade na água, ou o movimento de nadar, significa um momento de 
liberdade e independência, momento este em que consegue movimentar-se 
livremente. O movimento livre lhe propicia a possibilidade de experimentar 
suas potencialidades, de vivenciar suas limitações, isto é, conhecer a si próprio, 
confrontar-se consigo mesmo, quebrar as barreiras com o seu “eu” próprio. A 
partir do momento em que a pessoa descobre suas potencialidades, descobrindo 
sua capacidade de se movimentar na água, sem auxílio, inicia seu prazer 
em desfrutar a água, aumentando sua autoestima, sua autoconfiança e sua 
independência (GRASSELI; PAULA, 2002). O fato de poder ser independente na 
água, de atingir as habilidades que podem ser impossíveis ou difíceis no solo, só 
pode ter efeitos psicológicos favoráveis e duradouros, que elevam a confiança e 
a autoestima, e isso pode ser transferido para a vida em terra (CAMPION, 2000).
A água apresenta propriedades físicas que facilitam para o indivíduo sua 
locomoção sem grande esforço, pois sua propriedade de sustentação (empuxo) 
e eliminação quase que total da força da gravidade podem, segundo Campion 
(2000), aliviar o estresse sobre as articulações que sustentam o peso do corpo, 
auxiliando no equilíbrio estático e dinâmico, propiciando, dessa forma, maior 
facilidade de execução de movimentos que, em terra, seriam muito difíceis de 
serem executados. Segundo Mazarini (1992), os exercícios no meio líquido 
oferecem aos participantes a oportunidade de executarem livremente os mais 
diferentes movimentos, graças à flutuação do corpo. Essa movimentação poderá 
ser beneficiada ainda mais, se a temperatura da água for mantida em torno de 28 
a 34 graus centígrados. A água aquecida proporciona um aumento da circulação 
sanguínea e da sensibilidade neurossensorial, que, juntamente com a diminuição 
dos efeitos da gravidade, são responsáveis pela melhora do tônus muscular 
postural. Nesse caso, favorecem uma adequada mobilidade articular e uma 
melhora da elasticidade muscular. 
Segundo Catteau e Garoff (1990), uma das propriedades do tecido muscular 
é a de reagir a certo número de estimulações, e o meio aquático proporciona 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
14
diversos estímulos com características mecânicas, térmicas, químicas, acústicas, 
ópticas, de influxo nervoso, levados aos músculos pelos nervos motores. Tsutsumi 
et al. (2004) afirmam que com o desenvolvimento da musculatura, há juntamente 
a melhora da postura corporal.
De acordo com Adams et al. (1985), o calor da água favorece o relaxamento 
dos músculos e anima o indivíduo a continuar explorando a movimentação dentro 
da água. Este relaxamento melhora o tônus postural e resulta em movimentos 
mais eficientes. O aumento da capacidade para o relaxamento, combinado com a 
diminuição da ação da gravidade, melhora a mobilidade e aumenta o potencial 
motor nos indivíduos. A força de empuxo é uma propriedade física da água, 
assim descrita pelo princípio de Arquimedes: "Um corpo imerso parcial ou 
completamente dentro de um líquido em repouso, recebe um impulso de baixo 
para cima, igual ao peso do volume do líquido deslocado". O autor ressalta que esta 
propriedade contribui de diversas maneiras para favorecer os movimentos dos 
indivíduos, pois a diminuição da gravidade reduz a resistência aos movimentos 
do corpo, além disso, a amplitude dos movimentos do nadador aumenta dentro 
da água, em consequência do princípio de Arquimedes.
Para Duffield (1985), quando na água ficamos em posição vertical, a 
pressão sofrida pelas articulações é mínima. A redução do peso nas articulações 
vai facilitar o principal aspecto da aplicabilidade de natação na correção das 
deformidades posturais (MAZARINI, 1992). Para Carmona (2001), a sensação 
da água envolvendo todo nosso corpo pode ter efeitos táteis cinestésicos e 
proprioceptivos incríveis, auxiliando na construção de nossa imagem corporal. 
Lopes e Pereira (2004) afirmam que a prática da natação pode ocasionar 
redução não só de pequenos distúrbios neuromotores, como também facilitar 
a aquisição do conhecimento de novas habilidades. A estimulação das 
potencialidades motoras e cognitivas dos indivíduos no meio aquático favorece 
seu autoconhecimento, sua conscientização corporal, o que facilita também o 
aprendizado de novas habilidades, partindo-se do conhecimento por ele iniciado. 
Para Reis (1987), gera-se melhoria da coordenação de movimentos a partir de 
sensações e percepções decorrentes da prática da natação. Velasco (1994) diz que 
o meio aquático é um meio rico para esse tipo de vivência e propício para que a 
pessoa organize as informações e sensações recebidas em seu cérebro, transferindo-
as para o movimento realizado na água, enriquecendo suas experiências motoras.
Vale destacar que os aspectos motivacionais e as propriedades terapêuticas 
da água estimulam o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva e o poder de 
concentração, pois o aprendiz busca compreender o movimento do seu próprio 
corpo explorando as várias formas de se movimentar, adaptando suas limitações 
às propriedades da água (LÉPORE et al., 1999).
Campion (2000) chama atenção para os benefícios no sistema de regulação 
térmica, salientando que quando o corpo está exposto a um estímulo frio, por 
exemplo, em água de temperatura fria, estes vasos se contraem, evitando que seja 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
15
liberado calor interno; ao contrário, se o estímulo de calor é maior que a temperatura 
interna, há uma vasodilatação para que o calor seja liberado e a temperatura se 
mantenha em equilíbrio. Com as mudanças constantes de temperatura interna da 
água, este mecanismo é constantemente acionado, fazendo com que o organismo 
adquira uma maior resistência contra mudanças bruscas de temperatura externa, 
proporcionando ao indivíduo, também, maior resistência contra as doenças 
provocadas pelas intempéries do meio.
"As atividades em meio aquático constantes da natação trarão ainda 
modificações sensíveis na capacidade pulmonar do indivíduo, provocando assim 
efeitos estimulantes sobre o coração e a circulação dos praticantes" (BELLENZANI; 
MAZARINI, 1986, p. 18).De acordo com Maglischo (1986), ocorre aumento da 
capacidade de funcionamento do sistema cardiopulmonar, gerando maior aporte 
sanguíneo para o corpo e, consequentemente, maior trabalho fisiológico.
Campion (2000) explica que a natação proporciona grandes benefícios ao 
sistema circulatório e coração, pois a pressão e a resistência exercidas pela água 
sobre o corpo, juntamente com esforço exigido na execução dos movimentos, agem 
diretamente sobre o sistema, uma vez que provocam o aumento do metabolismo, 
promovendo o fortalecimento da musculatura cardíaca, o aumento do volume 
do coração e uma consequente melhoria no sistema circulatório; já no sistema 
respiratório provocará o fortalecimento dos músculos respiratórios, aumento do 
volume máximo respiratório e consequente melhoria, também, na elasticidade da 
caixa torácica. 
As atividades desenvolvidas com a água na altura do peito provocam 
o aumento da pressão hidrostática durante a respiração nas paredes peitorais 
e abdominais, havendo, assim, uma resistência na respiração, aumentando a 
capacidade respiratória, assim como também exercícios respiratórios imersos na 
água (MASSAUD, 2004). O autor destaca os baixos riscos de lesão e a sensação 
de bem-estar devido às substâncias químicas liberadas após a prática da natação.
Damasceno (1992, p. 24) listou, resumidamente, os principais benefícios 
da natação para os seres humanos:
• Musculatura e aparelho locomotor:
• Melhor capilarização da musculatura;
• Aumento da secção transversal;
• Desenvolvimento geral da musculatura, levando a uma melhor postura.
• Coração e circulação:
• Aumento do volume do coração;
• Hipertrofia;
• Menor frequência cardíaca;
• Maior transporte de oxigênio;
• Menor esforço cardíaco;
• Maior elasticidade dos vasos sanguíneos.
• Sistema respiratório:
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
16
• Maior absorção de 02 máxima (maior volume nos pulmões);
• Maior difusão de 02;
• Mais hemoglobina;
• Maior irrigação sanguínea da musculatura envolvida;
• Auxilia no combate às doenças do aparelho respiratório.
• Metabolismo:
• Mobilização de muita energia para execução dos movimentos;
• Sistema nervoso:
• Desenvolve o Sistema Nervoso de forma global.
Faz-se pertinente destacar que a natação proporciona, aos seus praticantes, 
um desenvolvimento global e equilibrado, não ocorrendo em cada parte deste 
separadamente. Para Damasceno (1992, p. 32), a natação promove:
• Percepção e controle do próprio corpo;
• Equilíbrio postural; 
• Lateralidade bem definida;
• Independência dos segmentos em relação ao tronco e uns em relação aos 
outros;
• Controle e equilíbrio das contrações ou inibições estreitamente associadas ao 
esquema corporal e ao controle da respiração.
Dentre a grande diversidade de benefícios que a natação pode trazer 
ao indivíduo, damos destaque para a estruturação do esquema corporal. Para 
Damasceno (1992, p. 30), o esquema corporal é a "experiência do corpo com a 
maneira com que este se põe no meio ambiente". Portanto, o autor diz que para 
que um indivíduo se adapte ao meio, ele primeiro deve conhecer e dominar o 
seu próprio corpo. Já para Bonacelli (2004, p. 96), o esquema corporal se define 
como a "representação que a pessoa tem do próprio corpo, num certo espaço, 
num certo tempo". É a relação com o mundo e consigo mesmo na generalidade 
(BONACELLI, 2004).
Segundo Catteau e Garoff (1990), o esquema corporal que reflete o 
equilíbrio entre as funções psicomotoras e sua maturidade (depende de um 
conjunto funcional organizado através da relação mútua organismo-meio) é 
o núcleo central da personalidade, motivo pelo qual a metodologia do ensino 
esportivo deve permitir ao aluno a exploração e manejo do meio com atividades 
motoras que contribuam para a estruturação desta imagem corporal. A construção 
dos esquemas específicos no meio aquático depende dos aspectos psicomotores 
que dizem respeito ao conhecimento do próprio corpo, do mundo exterior e de 
alguns fatores de execução, como força, resistência, flexibilidade e velocidade. 
Assim, a natação permite ao indivíduo a exploração e manejo do meio, através 
de atividades motoras, que contribuem para a estruturação do seu esquema 
corporal. Ela ajuda cada um a ter noção perceptiva do espaço à sua volta, pois 
exige a execução de movimentos em diferentes posições (DAMASCENO, 1992). 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
17
De acordo com Bonacelli (2004), é muito importante o conhecimento 
do próprio corpo quando se está no meio líquido, pois quando realizamos um 
movimento fora da água, podemos ver este movimento, mas quando estamos na 
água, ao nadar, isto é praticamente impossível. Então, a necessidade de conhecer 
o próprio corpo é bem maior. Vale lembrar, também, que na natação se exige que 
o aluno redobre sua atenção a todo o momento para estabilizar sua postura dentro 
da água e desenvolver os exercícios. Isso permite que sua capacidade mental seja 
ampliada, favorecendo a aquisição de novas posturas e desenvolvimento global 
de seu corpo (LOPES; PEREIRA, 2004).
Lopes e Pereira (2004, p. 205) afirmam que a prática da natação pode 
ocasionar redução não só de pequenos distúrbios neuromotores, como também 
facilitar a aquisição do conhecimento de novas habilidades. A estimulação das 
potencialidades motoras e cognitivas dos indivíduos no meio aquático favorece 
seu autoconhecimento, sua conscientização corporal, o que facilita também 
o aprendizado de novas habilidades, partindo-se do conhecimento por ele 
iniciado. Araújo Júnior (1993, p. 33) ainda diz: "além disso, o aspecto segurança 
faz com que o 'nadador' se sinta à vontade dentro do meio líquido, propiciando o 
desenvolvimento da autoconfiança para enfrentar algum tipo de dificuldade que 
eventualmente possa encontrar". Assim, a natação pode ser considerada como 
um esporte completo que possibilita o desenvolvimento total dos indivíduos que 
a praticam. Ela pode ser praticada por qualquer pessoa, independentemente do 
sexo, da idade e da condição física ou mental.
4 ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
Não sendo o ambiente próprio do ser humano, qualquer atividade 
dentro da água exige uma série de condutas adaptativas à sua especificidade, 
representada pelos problemas de equilíbrio, respiração e propulsão. A superação 
destes problemas permite a aquisição da habilidade de "nadar", ou seja, manter-se 
sobre a água e ir por ela sem tocar no fundo. Esta habilidade, portanto, comprova 
a completa ambientação do indivíduo no meio aquático, mas também coloca 
em evidência que a habilidade de nadar pode ser executada sem preencher os 
requisitos dos nados esportivos. Assim, o processo de ambientação se organiza 
em níveis que conduzem a execução de um nado de características utilitárias 
(BURKHARDT; ESCOBAR, 1985).
Segundo Catteau e Garoff (1990), a boa adaptação ao meio líquido é 
o resultado de um número considerável de dias e horas em que o grupo ou o 
indivíduo passa na água, não sendo uma adaptação espontânea e instantânea. 
Segundo os autores, para o primitivo, da mesma forma que para o principiante, 
aprender a nadar representa uma sucessão de problemas que se apresentam a 
ele em ordem definida e imutável, porque estão ligados, de início, ao equilíbrio 
vertical do bípede e à necessidade de sobreviver à experiência. "Devemos a George 
Herbert observações notáveis pela exatidão e precisão feitas ao longo de suas 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
18
peregrinações sobre o comportamento do homem primitivo que tinha de resolver 
um problema de aprendizagem da natação. Essas observações constituem uma 
preciosa contribuição ao estudo do comportamento psicológico do não nadador 
a ponto de servir de base à orientação de toda a pedagogia moderna" (CATTEAU; 
GAROFF, 1990, p. 32).
4.1 CARACTERÍSTICAS DO CONTATO COM
O MEIO LÍQUIDO
O contato como meio líquido gera inúmeros benefícios ao ser humano, 
dos quais se pode destacar a remoção das impurezas da pele, a desobstrução dos 
poros, facilitando a transpiração e a eliminação de toxinas. Ademais, os exercícios 
no meio líquido reduzem o peso corporal entre oito e doze kg devido à ação da 
gravidade, desta forma, a natação é uma excelente atividade física para as pessoas 
que possuem excesso de peso, problemas articular ou ligamentar, uma vez que 
diminui o impacto nos tornozelos, nos joelhos e na articulação coxofemoral 
(KRUG; MAGRI, 2012). 
A prática da natação exige o aumento do ritmo respiratório do nadador, 
assim, faz com que o sistema respiratório passe a reagir às mudanças em um 
curto período de tempo, promovendo a melhora da eficiência e da capacidade 
respiratória. Assim, a natação reeduca movimentos e educa o ritmo da respiração. 
Além disso, aumenta a potência do coração, auxilia na recuperação de membros 
lesionados, de entorses, atrofias, fraturas, bem como no tratamento de asma. 
Além disso, a prática desta modalidade esportiva ajuda no desenvolvimento 
das musculaturas dos ombros, do dorso, das pernas e da caixa torácica devido 
à utilização de forças em diferentes direções, com o uso de diferentes grupos 
musculares nos variados tipos de nados. Ainda, pode-se destacar a reeducação 
dos movimentos de membros atingidos pela poliomielite. Por fim, trata-se de um 
componente educativo e de segurança para as pessoas (KRUG; MAGRI, 2012). 
Entretanto, para que estes benefícios sejam desfrutados pelos praticantes, alguns 
pré-requisitos devem ser considerados, a saber: condições de temperatura, 
claridade, tratamento químico e profundidade. Estas condições são fundamentais 
para que o aprendiz se sinta e tenha um aprendizado seguro, de acordo com as 
suas necessidades. Ademais, os aspectos físico-fisiológicos, sociais, psicológicos e 
técnicos devem ser contemplados. 
4.2 ASPECTOS FÍSICOS E FISIOLÓGICOS
A condição orgânica, dos músculos, do coração, dos pulmões e dos órgãos 
em geral necessitam de avaliação prévia ao início da prática da natação. Quanto 
maior for a dedicação do sujeito à prática esportiva, seja nas aulas, em treinamentos, 
ou em competições, quando altas demandas energéticas são solicitadas, a 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
19
resistência, a flexibilidade, a flutuabilidade e a eficiência mecânica serão cada vez 
mais acompanhadas, avaliadas e estimuladas (KRUG; MAGRI, 2012).
 
No início da aprendizagem, o aspecto que mais facilita ou dificulta é a 
flutuabilidade do corpo do indivíduo na água. Isto possui relação direta com a 
posição dos segmentos corporais, com a composição corporal (densidade) e com 
a inter-relação das forças de impulsão hidrostática (empuxo) e de gravidade, as 
quais permitirão que o corpo flutue mais ou menos paralelo à linha da superfície 
da água. Os corpos que flutuam bem na água são considerados de flutuabilidade 
positiva, ao passo que os corpos que não flutuam bem na água são considerados de 
flutuabilidade negativa. Neste sentido, há indícios de que haja diferenças entre os 
sexos, sendo que as mulheres parecem apresentar melhor flutuabilidade em função 
do seu biótipo e do percentual de gordura, enquanto os homens apresentam melhor 
desempenho em termos de força e potência (KRUG; MAGRI, 2012). As autoras 
acrescentam que a posição do corpo mais paralela à linha da superfície da água 
contribuirá para um melhor resultado em termos de propulsão, isto é, mais rápido 
será o deslocamento do corpo na água, pois quanto menor for a intensidade da 
resistência hidrodinâmica oposta à direção de deslocamento do sujeito, maior será 
a velocidade de nado, conforme a intensidade da força aplicada. 
4.3 ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS
Não é comum que os seres humanos apresentem aversão à água, a menos 
que isto seja provocado por uma experiência negativa, porém, para “nadar”, é 
necessário que o indivíduo tenha uma motivação, uma vez que o aprendizado 
da natação depende muito do fator motivacional, o qual pode ser desencadeado 
pela expectativa de sucesso ou pelo medo do fracasso. Para isto, metas atingíveis 
devem ser estabelecidas e os objetivos devem estar de acordo com a idade, com as 
possibilidades e com as potencialidades do aprendiz. Isto definirá a maturidade 
e a prontidão para o envolvimento nos distintos níveis, o que, atrelado à atenção 
do indivíduo, poderá resultar em muitos avanços. Para tanto, o trabalho do 
professor é imprescindível desde o início da aprendizagem, pois é ele quem 
planejará os procedimentos didático-metodológicos, conforme o perfil do aluno, 
organizando a progressão das etapas de ensino e lidando com a ansiedade e com 
o medo do aprendiz no meio líquido. Por sua vez, o interesse do indivíduo que 
está aprendendo pelos ensinamentos disponibilizados pelo professor é de suma 
importância para que haja uma aprendizagem de sucesso (KRUG; MAGRI, 2012).
4.4 ASPECTOS TÉCNICOS 
Os fatores técnicos são de fundamental importância para favorecer a 
aprendizagem da natação, visto que ela depende muito do conhecimento do 
professor, da sua experiência, além do seu empenho e da adequação dos objetivos 
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
20
em função das etapas e dos respectivos conteúdos de aprendizagem. Para o ensino 
da natação, a literatura apresenta a possibilidade da utilização de diferentes 
métodos de ensino, são eles: global, parcial ou partes progressivas. Cada um deles 
parece ser mais indicado para o ensinamento de determinadas técnicas ou nados. 
Para tanto, o professor deverá ter absoluto domínio da área, dos métodos e das 
técnicas a serem utilizadas, bem como controle das condições de aprendizagem, 
ou seja, do local, das condições de prática, da frequência semanal e da duração 
das aulas, da temperatura da água, do número de aprendizes ou de sujeitos em 
treinamento, das condições e do nível de cada um deles, da assiduidade, da 
responsabilidade e do interesse dos mesmos. Estes são alguns dos aspectos que 
estão envolvidos no ensino ou no treinamento da natação (KRUG; MAGRI, 2012).
 
Faz-se pertinente destacar que as experiências iniciais devem ser ricas, 
contemplando diferentes gestos propulsivos, visando favorecer a aprendizagem 
por meio de diversificadas possibilidades, de retenção e de transferências 
positivas. Esta variedade de oportunidades é importante no início de qualquer 
aprendizagem. Para a escolha do primeiro estilo da natação a ser ensinado, deve-
se observar as potencialidades do aprendiz, assim será mais perceptível a sua 
evolução na aprendizagem do nado (KRUG; MAGRI, 2012).
4.5 ASPECTOS PEDAGÓGICOS
Ensinar a nadar é fácil, mas nadar não o é. Por isso, o aprendiz deve ser 
iniciado gradativamente, seja qual for a sua idade ou sexo. O ensino deve ser 
lento, gradual em intensidade, complexidade e, principalmente, do conhecido 
para o desconhecido. Motive mesmo no último minuto da sua aula, pois é 
importante que o aluno tenha a vontade de voltar. Além disso, sempre garanta 
a segurança do seu aluno (FARIAS, 1988). Para o autor, é essencial que alguns 
cuidados sejam tomados durante a realização das atividades para o ensino da 
natação, quais sejam: 
• Sempre apresente e coloque os exercícios de maneira clara, despertando, assim, 
a atenção, o interesse e a vontade de realizá-los;
• Sempre que possível, demonstre ou facilite a compreensão do movimento com 
explicações claras;
• Nunca coloque movimentos difíceis no início das aulas, ou aqueles para os 
quais os alunos não estão preparados;
• Procure iniciar as atividades com exercícios gradativos;
• Dose sempre as repetições mais ou menos pela maioria;
• Nunca coloque os alunos diretamente de frente para o Sol;
• Se o local possuir ducha, oriente os alunos para que passem por ela antes de 
entrarem na piscina;
• Corrija os erros com muito cuidado,

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