Buscar

Apostila de Ciências

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

APOSTILA 
D E C I Ê N C I A S
GUIADOVESTIBULINHO
provas de BOLSA
cursos técnicos ETEC
escolas da EMBRAER
cursos do SENAI
colégios MILITARES
e muito mais!
O que você vai aprender nessa 
apostila?
Nessa apostila você vai aprender sobre as matérias mais 
importantes e que mais caem nos vestibulinhos de todo o país, e 
mais especificamente nas provas da ETEC, Colégio Embraer, 
Senai, Colégios da UNESP, Unicamp e USP, Colégios 
Militares e provas de bolsa.
Resumi e organizei os principais assuntos que você precisa saber 
para garantir uma vaga nos melhores colégios e cursos técnicos 
do Brasil.
Está fácil, está resumido e está divertido para você aprender tudo e 
mandar bem nas provas para o Ensino Médio.
#boraestudar
#japassei
Essa apostila que você tem em mãos vai te ajudar a se 
preparar para todas as provas!
Por isso conto com seu esforço e 
entusiasmo para estudar bastante. 
Tudo o que você precisa está aqui, 
agora é com você.
Bons Estudos :)
Quem sou eu?
Meu nome é Diego William, e minha missão esse ano é fazer 
você passar em um vestibulinho de Ensino Médio!
Sou Engenheiro de Materiais de formação e professor de 
coração... 
Sou de São José dos Campos/SP, vim de escola pública, nunca 
tive dinheiro pra pagar um colégio particular, por 
isso sempre lutei para passar em um 
vestibulinho e mudar minha vida.
E deu certo! Passei em 6 vestibulinhos 
e em 8 vestibulares!
Desde 2013 trabalho como professor
e mentor para alunos que sonham em
passar em um vestibulinho...
Mas em 2018 resolvi fazer diferente:
fundei o Guia do Vestibulinho, que já 
ajuda literalmente milhares de alunos 
a se prepararem para as provas de bolsa e 
vestibulinhos das maiores e melhores 
escolas do país. 
você não 
precisa
ser rico
para estudar 
nas
melhores 
escolas
do Brasil!
APOSTILA 
D E C I Ê N C I A S
O desenvolvimento sustentável é um conceito elaborado para fazer 
referência ao meio ambiente e à conservação dos recursos naturais. 
Entende-se por desenvolvimento sustentável a capacidade de utilizar 
os recursos e os bens da natureza sem comprometer a 
disponibilidade desses elementos para as gerações futuras. Isso 
significa adotar um padrão de consumo e de aproveitamento das 
matérias-primas extraídas da natureza de modo a não afetar o futuro da 
humanidade, aliando desenvolvimento econômico com responsabilidade 
ambiental.
Sabemos que existem os recursos naturais não renováveis, ou seja, 
aqueles que não podem renovar-se naturalmente ou pela intervenção 
humana, tais como o petróleo e os minérios; e que também existem os 
recursos naturais renováveis. No entanto, é errôneo pensar que 
esses últimos sejam inesgotáveis, pois o seu uso indevido poderá 
extinguir a sua disponibilidade na natureza, com exceção dos ventos e da 
luz solar, que não são diretamente afetados pelas práticas de exploração 
econômica.
Dessa forma, é preciso adotar medidas para conservar esses recursos, 
não tão somente para que eles continuem disponíveis futuramente, mas 
também para diminuir ou eliminar os impactos ambientais gerados pela 
exploração predatória. 
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
dicas, sacadas, entrevistas, resoluções de provas anteriores, aulas completas 
e notícias sobre os maiores vestibulinhos do Brasil
Inscreva-se no meu canal!
youtube.com/c/guiadovestibulinho
Assim, o ambiente das florestas e demais áreas naturais, além dos cursos 
d'água, o solo e outros elementos necessitam de certo cuidado para 
continuarem disponíveis e não haver nenhum tipo de prejuízo para a 
sociedade e o meio ambiente.
A história do conceito de Desenvolvimento Sustentável
O conceito de desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado na 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, 
realizada em 1972, na cidade de Estocolmo, Suécia, e, por isso, também 
chamada de Conferência de Estocolmo. A importância da elaboração do 
conceito, nessa época, foi a de unir as noções de crescimento e 
desenvolvimento econômico com a preservação da natureza, questões 
que, até então, eram vistas de forma separada.
Em 1987, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais 
conhecido como Relatório Brundtland, que formalizou o termo 
desenvolvimento sustentável e o tornou de conhecimento público 
mundial. Em 1992, durante a ECO-92, o conceito “satisfazer as 
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações 
futuras de suprir suas próprias necessidades” tornou-se o eixo principal 
da conferência, concentrando os esforços internacionais para o 
atendimento dessa premissa. Com esse objetivo, foi elaborada a Agenda 
21, com vistas a diminuir os impactos gerados pelo aumento do consumo 
e do crescimento da economia pelo mundo.
Medidas sustentáveis
Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto pelos governos quanto 
pela sociedade civil em geral para a construção de um mundo pautado na 
sustentabilidade, podemos citar:
- redução ou eliminação do desmatamento;
- reflorestamento de áreas naturais devastadas;
- preservação das áreas de proteção ambiental, como reservas e 
unidades de conservação de matas ciliares;
- fiscalização, por parte do governo e da população, de atos de 
degradação ao meio ambiente;
- adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) ou dos 5Rs 
7
(repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar);
- contenção na produção de lixo e direcioná-lo corretamente para a 
diminuição de seus impactos;
- diminuição da incidência de queimadas;
- diminuição da emissão de poluentes na atmosfera, tanto pelas 
chaminés das indústrias quanto pelos escapamentos de veículos e 
outros;
- opção por fontes limpas de produção de energia que não gerem 
impactos ambientais em larga e média escala;
- adoção de formas de conscientizar o meio político e social das 
medidas acimas apresentadas.
Essas medidas são, portanto, formas viáveis e práticas de se construir uma 
sociedade sustentável que não comprometa o meio natural tanto na 
atualidade quanto para o futuro a médio e longo prazo.
8
Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente por determinada 
ação ou atividade. Atualmente o planeta Terra enfrenta fortes sinais de 
transição, o homem está revendo seus conceitos sobre natureza. Esta 
conscientização da humanidade está gerando novos paradigmas, 
determinando novos comportamentos e exigindo novas providências na 
gestão de recursos do meio ambiente.
Um dos fatores mais preocupantes é o que diz respeito aos recursos 
hídricos. Problemas como a escassez e o uso indiscriminado da água 
estão sendo considerados como as questões mais graves do século XXI. 
É preciso que tomemos partido nesta luta contra os impactos 
ambientais, e para isso é importante sabermos alguns conceitos 
relacionados ao assunto.
Poluição é qualquer alteração físico-química ou biológica que venha a 
desequilibrar um ecossistema, e o agente causador desse problema é 
denominado de poluente.
Como já era previsto, os principais poluentes têm origem na atividade 
humana. A Indústria é a principal fonte, ela gera resíduos que podem ser 
eliminados de três formas:
Na água: essa opção de descarte de dejetos é mais barata e mais 
cômoda, infelizmente os resíduos são lançados geralmente em recursos 
hídricos utilizados como fonte de água para abastecimento público.
Na atmosfera: a eliminação de poluentes desta forma só é possível 
quando os resíduos estão no estado gasoso.
Em áreas isoladas: essas áreas são previamente escolhidas, em geralsão aterros sanitários.
9
IMPACTOS AMBIENTAIS
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Classificação dos resíduos:
Resíduos tóxicos: são os mais perigosos e podem provocar a morte 
conforme a concentração, são rapidamente identificados por provocar 
diversas reações maléficas no organismo. Exemplos de geradores desses 
poluentes: indústrias produtoras de resíduos de cianetos, cromo, chumbo 
e fenóis.
Resíduos minerais: são relativamente estáveis, correspondem às 
substâncias químicas minerais, elas alteram as condições físico-químicas e 
biológicas do meio ambiente. Exemplos de indústrias: mineradoras, 
metalúrgicas, refinarias de petróleo.
Resíduos orgânicos: as principais fontes desses poluentes são os 
esgotos domésticos, os frigoríficos, laticínios, etc. Esses resíduos 
correspondem à matéria orgânica potencialmente ativa, que entra em 
decomposição ao ser lançada no meio ambiente.
 
Resíduos mistos: possuem características químicas associadas às de 
natureza biológica. As indústrias têxteis, lavanderias, indústrias de papel e 
borracha, são responsáveis por esse tipo de resíduo lançado na natureza.
Resíduos atômicos: esse tipo de poluente contém isótopos radioativos, é 
um lixo atômico capaz de emitir radiações ionizantes e altamente nocivas 
à saúde humana.
Resíduos atômicos: esse tipo de poluente contém isótopos radioativos, 
é um lixo atômico capaz de emitir radiações ionizantes e altamente 
nocivas à saúde humana.
10
Entende-se por desmatamento, também chamado de desflorestamento 
ou desflorestação, o processo de remoção total ou parcial da vegetação 
em uma determinada área. Geralmente, esse processo ocorre para fins 
econômicos, visando à utilização comercial da madeira das árvores e 
também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária. 
A atividade mineradora e a construção de barragens para hidrelétricas 
também aparecem como causas de tal ocorrência.
No mundo, os primeiros a praticarem de forma intensiva o 
desmatamento foram os países desenvolvidos. Para o soerguimento de 
suas economias, sobretudo após o advento do sistema capitalista, algumas 
nações exploraram intensamente os seus recursos naturais, avançando 
essa exploração também para outras áreas. Com isso, muitas florestas do 
hemisfério norte foram praticamente dizimadas.
Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias 
emergentes, pois, embora tentem controlar esse problema, o 
desmatamento de suas florestas avança à medida que seus sistemas 
econômicos evoluem. Até bem pouco tempo atrás, o campeão mundial 
de desmatamento era o Brasil, principalmente em razão do crescimento 
da fronteira agrícola sobre as áreas da Floresta Amazônica. No entanto, 
recentemente, o país foi ultrapassado pela Indonésia, que possui uma 
ampla área verde, mas que vem desflorestando duas vezes mais do que é 
desmatado anualmente no território brasileiro.
Segundo levantamentos realizados pela Organização das Nações Unidas 
(ONU), atualmente são desmatados quase sete milhões de hectares 
por ano. Isso significa a perda não tão somente de vegetações, mas 
também de várias espécies animais, pois o seu habitat encontra-se cada 
vez mais diminuto. Com isso, o equilíbrio ecológico pode tornar-se 
ameaçado.
Dentre as consequências do desmatamento, podemos citar: o 11
DESMATAMENTO
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
esgotamento dos solos com a intensificação de processos de erosão e 
desertificação; a extinção ou degradação de rios e lagos, graças ao maior 
acúmulo de sedimentos gerados; a ocorrência de desequilíbrios 
climáticos em razão da ausência das florestas que tinham como função 
gerar mais umidade do ar e absorver o calor atmosférico, dentre outros 
problemas.
Para combater o desmatamento no mundo e também no território 
brasileiro, é necessária a adoção de medidas em diferentes escalas, do 
individual ao governamental. Cada cidadão deve fazer sua parte, evitando 
que, nas áreas urbanas, o número de árvores por habitante não seja 
muito pequeno, preservando a vegetação existente e procurando cultivar 
novas espécies. Os governos também possuem a função de adotar 
medidas de conservação das áreas naturais com vigilância, fiscalização e 
repressão dos agressores a áreas de reservas naturais.
No Brasil, vários domínios naturais foram muito devastados. O primeiro 
a sofrer com esse processo foi a Mata Atlântica, que hoje conta com 
cerca de 7% de sua área original. Os Pampas e a Mata de Araucária 
também passaram por graves processos de desmatamento, o que 
também vem ocorrendo no bioma Cerrado, esse último profundamente 
devastado durante a segunda metade do século XX. A Amazônia parece 
ser o próximo alvo e, embora os últimos anos o desmatamento tenha 
apresentando diminuições, a floresta ainda sofre com o corte de milhares 
de hectares de árvores a cada ano.
12
Os problemas sociais provocados pela desigualdade de renda e o 
desemprego têm aumentado ao passo que cresce o intenso processo de 
globalização da economia e dos meios de produção no mundo.
As desigualdades sociais e econômicas fazem parte de todos os países, 
independentemente de ser rico ou pobre, embora seja mais efetivo em 
nações subdesenvolvidas que sofrem com as consequências oriundas do 
período colonial. São várias as causas que contribuem para a condição de 
subdesenvolvimento em que se encontram muitos países. Dentre elas, as 
principais são:
- Disparidade em relação à distribuição da renda, ou seja, uma 
grande parcela da população recebe baixos rendimentos, o que contribui 
para o agravamento da pobreza. Geralmente a riqueza permanece nas 
mãos de uma minoria, enquanto a maioria vive com sérios problemas 
sociais.
- Nível baixo de escolaridade: esse item é resultado das diferenças de 
rendimento, desse modo, muitas crianças em idade escolar são forçadas a 
deixar os estudos para desenvolverem algum tipo de trabalho, com a 
finalidade de contribuir com a renda familiar.
- Condições extremamente precárias de moradia: O modo de 
moradia das pessoas reflete a classe à qual a pessoa pertence, os bairros 
da periferia são desprovidos dos serviços públicos básicos (água tratada, 
esgoto, iluminação, entre outros). A partir da segunda metade do século 
XX, os centros urbanos tiveram um vultoso crescimento, no entanto, o 
aumento não foi acompanhado pela infraestrutura, formando bairros 
marginalizados. Esse processo foi proveniente do êxodo rural (migração 
de trabalhadores rurais em direção às cidades).
- A fome e a subnutrição: em muitos países que se enquadram na 
condição de subdesenvolvidos, a população enfrenta a falta parcial ou 13
SUBDESENVOLVIMENTO
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
total de alimentos, muitas vezes uma parcela da população não possui 
recursos financeiros suficientes que garantem o acesso à quantidade de 
calorias diárias que uma pessoa necessita.
- Problemas relacionados à saúde: em nações de extrema pobreza, o 
acesso aos cuidados médicos é bastante restrito. A situação de saúde 
precária na qual se encontram milhões de pessoas espalhadas pelo 
mundo é proveniente da falta de alimentação equilibrada, de médicos, de 
saneamento básico, de água tratada entre muitos outros motivos. Saúde 
precária ocasiona um elevado índice de mortalidade infantil e uma baixa 
expectativa de vida.
14
Todos os seres vivos relacionam-se uns com outros, tanto da mesma 
espécie (relações intraespecíficas) quantode espécies distintas (relações 
interespecíficas). Essas relações podem ser harmônicas, quando não há 
prejuízo para nenhum dos indivíduos envolvidos, ou desarmônicas, 
quando pelo menos um se prejudica.
 
RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS:
Sociedade: indivíduos da mesma espécie que se mantêm 
anatomicamente separados e que cooperam entre si por meio de divisão 
de trabalho. Geralmente, a morfologia corporal está relacionada com a 
atividade que exercem. Ex.: abelhas, cupins, formigas, etc.
Colônia: indivíduos associados anatomicamente. Eles podem apresentar-
se semelhantes (colônias isomorfas) ou com diferenciação corporal de 
acordo com a atividade que desempenham (polimorfas). Ex.: 
determinadas algas e caravela-portuguesa.
 
RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:
Canibalismo: ato no qual um indivíduo alimenta-se de outro(s) da 
mesma espécie.
Competição: disputa por territórios, parceiros sexuais, comida etc.
 
RELAÇÕES INTER-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS:
Mutualismo: indivíduos de espécies diferentes que se encontram 
intimamente associados, criando vínculo de dependência. Ambos se 
beneficiam. Ex.: líquens (fungo + cianobactéria), cupim e protozoário, que 
digere a celulose em seu organismo; micorrizas (fungos + raízes de 
plantas) etc.
15
RELAÇÕES ECOLÓGICAS
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Protocooperação: indivíduos que cooperam entre si, mas não são 
dependentes um do outro para sobreviver. Ex.: peixe-palhaço e anêmona 
(o primeiro ganha proteção, e o segundo, restos de alimentos); pássaros 
que se alimentam de carrapato bovino etc.
Inquilinismo: uma espécie usa a outra como abrigo, mas somente ela se 
beneficia, mas sem causar prejuízos à outra. Exemplo: orquídeas e 
bromélias associadas a árvores de grande porte.
Comensalismo: relação na qual apenas uma espécie beneficia-se, mas 
sem causar prejuízos à outra. Exemplo: o peixe-piloto prende-se ao 
tubarão para se alimentar dos restos de comida dele e também se 
locomover com maior agilidade.
 
RELAÇÕES INTER-ESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:
Amensalismo: uma espécie inibe o desenvolvimento de outra. Ex.: 
liberação de antibióticos por determinados fungos, causando a morte de 
certas bactérias.
Predatismo: um indivíduo mata outro para alimentar-se. Ex.: serpente e 
rato.
Parasitismo: o parasita retira do corpo do hospedeiro nutrientes para 
garantir a sua sobrevivência, debilitando-o. Ex.: lombriga e ser humano, 
lagarta e folhagens, carrapato e cachorro etc.
Competição: disputa por recursos (território, presas, etc).
16
A agricultura orgânica, também chamada de biológica, é um tipo de 
agricultura alternativa que prioriza a qualidade do alimento. Ela não utiliza 
agrotóxicos, fertilizantes sintéticos e pesticidas nas plantações.
O termo surgiu na década de 20 aliado a diversos movimentos contrários 
a agricultura tradicional e o uso de produtos químicos. Além disso, foi um 
alerta à população para o consumo de alimentos mais saudáveis.
Principais Características
A agricultura orgânica diversifica os produtos cultivados com o intuito de 
garantir o equilíbrio ambiental, sobretudo do solo.
Nessa perspectiva, a manutenção dos nutrientes da terra é uma 
importante característica. Portanto, adubos de origem orgânica são os 
meios mais indicados para afastar as pragas.
Com a valorização de alimentos mais saudáveis, hoje em dia, esse tipo de 
sistema tem sido um grande aliado da saúde da população bem como do 
meio-ambiente.
A agricultura orgânica utiliza técnicas de baixo impacto ambiental com 
foco na sustentabilidade e ainda, na preservação dos recursos naturais.
Por outro lado, a agricultura mecanizada e com foco na alta produção, 
utiliza produtos tóxicos nas plantações para acelerar o processo de 
cultivo.
Esse tipo de sistema tem agravado os problemas ambientais bem como 
afetado a saúde e o bem-estar da população.
Estudos comprovam que o consumo desses alimentos leva a diversos 
problemas de saúde. Destacam-se as disfunções hormonais, problemas 17
AGRICULTURA ORGÂNICA
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
cognitivos, má formação do feto e ainda, o aparecimento de diversas 
doenças, como o câncer.
Em suma, mesmo depois de lavados, os alimentos de origem não orgânica 
carregam os produtos que são utilizados nas culturas.
Vantagens da Agricultura Orgânica
- Preservação dos recursos naturais
- Produção de alimentos saudáveis e de maior qualidade
- Sustentabilidade e baixo impacto ambiental
- Manutenção da biodiversidade
- Uso de adubos naturais (compostagem, minhocultura, etc.)
- Rotatividade de culturas (policultura)
- Solo saudável e rico em nutrientes
- Utilização de energias renováveis
Desvantagens da Agricultura Orgânica
- Mais dispendiosa e demorada
- Menor produção, se comparada a agricultura tradicional
- Impacto ambiental com o uso pesticidas e agrotóxicos de origem 
orgânica
- Produtos mais caros que os convencionais
Agricultura Orgânica no Brasil
No Brasil, a agricultura orgânica está intimamente relacionada com a 18
agricultura familiar. Dados apontam que 70% dos alimentos consumidos 
no País são fruto da agricultura familiar.
Cerca de 120 países do mundo adotam esse tipo de sistema, sendo que 
o Brasil é o décimo maior país em área destinada à agricultura orgânica. 
Ele está atrás dos Estados Unidos, China, Austrália, Espanha, dentre 
outros.
Entretanto, o Brasil é o segundo maior produtor do mundo sendo que 
mais da metade da produção é dedicada ao mercado externo.
Nesse sistema, técnicas tradicionais de cultivo manuais e apropriadas à 
realidade do local de produção são utilizadas.
Ainda que isso pareça ser positivo, a agricultura tradicional e mecanizada 
tem ganhado força no Brasil nos últimos anos. Ela prioriza a otimização 
dos processos de produção agrícola e está baseada nos latifúndios e 
monoculturas.
As técnicas artificiais utilizadas são nocivas à saúde humana e causa 
grandes impactos ao meio-ambiente. Um exemplo notório é a produção 
de um único produto (monocultura) em grandes extensões de terra, por 
exemplo, a soja.
Isso empobrece e contamina o solo, ao contrário da orgânica que está 
baseada na policultura e rotatividade de espécies que mantém a saúde 
do solo.
Sendo assim, ainda temos caminhos a percorrer para que os produtos 
que chegam à nossa mesa sejam os mais saudáveis e sem produtos 
químicos.
Para isso, o País precisa investir mais em políticas públicas conscientes 
que priorizem a saúde da população e do meio-ambiente.
 
19
Todo ecossistema é constituído por componentes bióticos (seres vivos e 
sua relações) e abióticos (elementos não vivos do ambiente). Um 
ecossistema pode ser tanto uma floresta como um pequeno aquário e os 
elementos físicos e químicos do ambiente (fatores abióticos) 
determinam, em larga escala, a estrutura e o funcionamento das 
comunidades vivas (fatores bióticos).
Fatores Bióticos
Os fatores bióticos são o resultado da interação entre os seres vivos em 
uma determinada região, constituindo uma comunidade biológica ou 
biota, assim como a sua influência no ecossistema do qual fazem parte. 
Por exemplo, em um manguezal todas as espécies animais, como 
caranguejos, guarás, lontras e vegetais, como o mangue preto e o mangue 
vermelho, compõem a biota daquele ambiente.
Cadeias Alimentares
São as relações entre os organismos autótrofos (que produzem o 
próprio alimento) e os heterótrofos (que precisam ingerir outros 
organismos para se alimentar). O mangue vermelho é um produtorno 
manguezal, o caranguejo que se alimenta de suas folhas o consumidor 
primário e a ave guará e o guaxinim que comem os caranguejos, são os 
consumidores secundários. Além dos produtores e consumidores, é de 
fundamental importância também os decompositores que fazem a 
ciclagem dos restos orgânicos.
Relações Ecológicas
São as interações que ocorrem dentro da mesma espécie 
(intraespecífica) ou entre espécies diferentes (interespecífica). Essas 
relações podem ser positivas, beneficiando uma ou ambas as espécies 
envolvidas (mutualismo, sociedades, entre outras), ou negativas, trazendo 
desvantagens para uma ou ambas as partes (parasitismo, predação, etc). 
O manguezal é considerado um berçário de muitas espécies marinhas, 20
FATORES BIÓTICOS 
E ABIÓTICOS
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
pois muitos peixes e crustáceos utilizam essa região para se reproduzir.
Fatores Abióticos
Os fatores abióticos são os elementos não vivos do ambiente que afetam 
os organismos vivos da biota. Esses elementos podem ser físicos ou 
químicos.
Fatores físicos
Constituem o clima do ecossistema, determinado principalmente pela 
radiação solar que chega à Terra. As radiações além de proporcionar a luz, 
que é fundamental para que ocorra fotossíntese (produção de alimento 
pelos organismos autótrofos), também influenciam na temperatura, que é 
uma condição ecológica decisiva para a vida na superfície terrestre. A 
temperatura influencia outros fatores climáticos tais como ventos, 
umidade relativa do ar e pluviosidade.
No caso do manguezal, a variação das marés é um fator que afeta 
bastante a vida dos organismos que existem ali. Na alta da maré os 
terrenos ficam alagados e com a maré mais baixa ficam expostos. As 
plantas que vivem aí tem as raízes adaptadas para se fixar bem ao terreno 
lamacento, são as raízes escoras que ficam expostas na maré baixa.
Fatores químicos
Alguns elementos químicos, como os sais minerais são nutrientes 
importantes e essenciais para garantir a sobrevivência dos organismos. 
Os fosfatos, por exemplo, são importantes para a formação dos ácidos 
nucleicos, o magnésio participa da clorofila. Os ciclos biogeoquímicos, do 
nitrogênio, do oxigênio, do carbono contribuem com a ciclagem dos 
nutrientes e o fluxo de energia para a manutenção do equilíbrio dos 
ecossistemas.
O manguezal é um ecossistema formado em locais onde há mistura de 
água doce com água salgada. A concentração dos sais varia nesses 
ambiente e é outro fator abiótico que influencia a vida da comunidade 
biótica.
21
A reciclagem é o processo de reaproveitamento do lixo 
descartado, dando origem a um novo produto ou a uma nova matéria-
prima com o objetivo de diminuir a produção de rejeitos e o seu 
acúmulo na natureza, reduzindo o impacto ambiental. Pratica-se, então, 
um conjunto de técnicas e procedimentos que vão desde a separação 
do lixo por material até a sua transformação final em outro produto.
Apesar de não ser a única medida a ser realizada para a diminuição do 
lixo produzido pela sociedade, a reciclagem possui um importante papel, 
uma vez que, além de reduzir a quantidade de rejeitos, também diminui a 
procura por novas matérias-primas. Dessa forma, quanto mais se 
recicla, mais se reaproveita e, consequentemente, menor é a 
necessidade de extrair novos materiais da natureza.
Soma-se aos benefícios da redução do lixo e desoneração dos recursos 
naturais o fato de o processo de reciclagem ajudar a movimentar a 
economia, pois empresas especializadas nesse processo passam a atuar, 
gerando, inclusive, mais emprego e renda. Um exemplo também é a 
formação de cooperativas de reciclagem, como a dos catadores de 
papel, que, embora trabalhem quase sempre em regime informal de 
trabalho, conseguem adquirir uma renda para sustentar suas famílias.
Há alguns casos em que a reciclagem também reduz o consumo de 
energia. O exemplo mais clássico nesse sentido é o alumínio, um 
material quase que totalmente reciclável, pois a sua produção a partir da 
bauxita (recurso mineral não renovável extraído do solo) demanda o 
consumo de uma grande quantidade de energia elétrica em uma 
indústria de base. Dessa forma, em alguns casos, é mais vantajoso 
economicamente o reaproveitamento das latas e outros produtos de 
alumínio do que a produção de novos materiais.
O primeiro passo para a realização do processo de reciclagem é a 
coleta seletiva, ou seja, a separação do lixo por material, com o seu 22
LIXO E RECICLAGEM
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
posterior destino para o reaproveitamento. Geralmente, divide-se 
primeiramente o material reciclável do não reciclável e, em seguida, 
separa-se o que é reciclável em metais, plástico, papel e vidro.
Fonte: https://cincoerres.wordpress.com/2010/05/06/decomposicao-do-lixo-na-natureza/
Embora a reciclagem, como vimos, seja muito importante, ela apresenta 
algumas limitações. A primeira delas é a de que, mesmo que exista 
uma grande eficiência na sociedade para a realização desse processo, ele 
não será o suficiente para diminuir em níveis aceitáveis a produção de 
lixo. Esse problema eleva-se quando o consumismo é desenfreado e a 
consequente geração de rejeitos é acentuada, sendo impossível para a 
reciclagem absorver tudo isso. O mais importante, na verdade, é adotar a 
política dos 3Rs ou, até mesmo, a política dos 5Rs, que envolve repensar, 
reduzir, recusar, reutilizar e reciclar.
Outra das limitações da reciclagem envolve os problemas ambientais por 
ela gerados, isto é, os danos causados pela má utilização das técnicas e 
procedimentos envolvidos. Na reciclagem do papel, por exemplo, gera-se 
um lodo ou lama proveniente de vários produtos químicos que nem 
sempre é descartado da forma correta.
Por todos esses motivos, devemos sempre incentivar a reciclagem, mas 
também precisamos entender que ela, sozinha, não resolverá os 
problemas da sociedade e os impactos gerados sobre o meio ambiente. 23
Portanto, reduzir o consumo, optar por materiais mais duráveis e 
reaproveitar ao máximo um determinado produto antes de descartá-
lo são medidas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das 
pessoas e também a conservação da natureza. 
acesse o blog e saiba mais
sobre os vestibulinhos
- dicas e sacadas -
- notícias sobre as inscrições -
- novos materiais de estudo -
- entrevistas com ex-alunos -
- provas anteriores -
guiadovestibulinho.com.br
A biosfera é um dos níveis de organização estudados em Ecologia e é o 
local onde a vida é possível
Ao estudar Biologia, percebemos que existem diferentes níveis de 
organização biológica. Esses níveis ajudam-nos a compreender melhor os 
sistemas biológicos. São eles:
Átomos - Moléculas - Células - Tecido - Órgão - Sistema - 
Organismo - População - Comunidade - Ecossistema - Biosfera
Em Ecologia, o estudo baseia-se, em geral, nesses últimos quatro níveis, 
os quais serão explicados a seguir.
População
Dá-se o nome de população ao conjunto de indivíduos de uma mesma 
espécie que vive em uma determinada área, em um determinado período 
de tempo. A ênfase na área e no período de tempo é essencial para 
entender que organismos de uma mesma espécie, que vivem em locais 
distantes, não constituem uma população. Como exemplo de população, 
podemos citar um grupo de elefantes que vive em uma área da Savana 
africana.
Comunidade
Chamamos de comunidade o conjunto de várias populações que vive em 
uma determinada área, em um determinado período de tempo. Nesse 
caso, observamos quea comunidade é formada por uma variada 
quantidade de organismos, diferentemente da população. Assim como no 
conceito de população, devemos ter em mente que todas as populações 
devem estar em uma mesma área, no mesmo período. Como exemplo 
de comunidade, podemos citar as populações de elefantes, zebras, gnus e 
leões que vivem em uma área da Savana africana.
25
NÍVEIS EM ECOLOGIA
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Ecossistema
O ecossistema, por sua vez, é um nível hierárquico que engloba a 
comunidade e considera, além desses organismos, o ambiente físico onde 
os seres vivos estão. Sendo assim, no ecossistema, consideramos tanto 
fatores bióticos quanto abióticos. Como exemplo, podemos citar a Savana 
africana, com todos seus fatores abióticos (água , solo e luminosidade) e a 
comunidade ali existente.
Biosfera
Por fim, temos a biosfera, a qual é definida como a região do planeta onde 
encontramos os seres vivos. De uma maneira simplificada, podemos dizer 
que a biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas existentes na Terra 
e é considerada por alguns o maior ecossistema existente.
26
O estudo da causa do movimento dos corpos é algo que tem fascinado e 
aguçado a curiosidade de muitos desde os tempos de Aristóteles. 
Aristóteles viveu por volta do século IV a.C e, com base em seus estudos 
acerca da natureza do movimento dos corpos, concluiu que um corpo só 
se movimenta se uma força estiver sendo aplicada sobre ele.
Sendo assim, segundo a proposição aristotélica, para empurrar um 
caixote de madeira de um lugar a outro, o movimento prevalece somente 
se uma força estiver atuando diretamente no caixote, ou seja, enquanto 
ele estiver sendo empurrado. Outros cientistas também procuraram 
estabelecer leis físicas que descrevessem os movimentos dos corpos, 
como Galileu Galilei e Isaac Newton.
A explicação de Galileu para a Inércia
As interpretações sobre os movimentos feitas por Aristóteles 
perduraram até o Renascimento(século XVII), quando Galileu, por meio 
de um método baseado em experimentação, propôs ideias que 
revolucionaram o que se pensava até então sobre a causa do movimento 
dos corpos. 
PRIMEIRA LEI DE NEWTON
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
está com dúvida?
fala comigo!
estamos juntos nessa jornada, pode
falar comigo sempre que precisar:
https://m.me/guiadovestibulinho
Realizando uma série de experiências, Galileu observou que, quando um 
caixote sobre o solo é empurrado, além da força para deslocar o caixote 
de uma posição para outra, existem outras forças atuantes, mas estas se 
opõem ao movimento do corpo.
Essas forças contrárias ao movimento ocorrem em razão da resistência 
encontrada pelo corpo em contato com o ar que o circunda e do atrito 
com o solo. Logo, a partir de experimentações e reflexões sobre o que 
vinha sendo seu objeto de estudo, Galileu chegou à conclusão de que, se 
não houvesse forças contrárias ao movimento do caixote (se fosse 
possível eliminar a força de resistência do ar e a força de atrito com o 
solo), ele não cessaria o movimento, ou seja, continuaria infinitamente em 
movimento retilíneo e com velocidade constante após o início do 
movimento. 
Esse fato opunha-se ao que pensava Aristóteles, que dizia que, quando não 
existisse força aplicada no objeto, consequentemente, a sua tendência 
seria voltar para o estado de repouso. 
A propriedade de permanecer em repouso quando em repouso e 
em movimento quando se movendo é conhecida como inércia.
Inércia: a primeira lei de Newton
Também no século XVII, após estabelecido o conceito de inércia por 
Galileu, Newton, em seu livro Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, 
formulou as leis básicas da mecânica, que hoje levam seu nome e são 
conhecidas como as Leis de Newton. Essas leis, também conhecidas como 
as leis dos movimentos, relacionam movimento e força. Concordando 
com as ideias de Galileu, de que um corpo pode estar em movimento 
mesmo que nenhuma força atue sobre ele, Newton tomou-as como base 
para o enunciado de sua primeira lei, conhecida como Lei da Inércia.
Lei da Inércia: tendência que os corpos possuem em permanecer em 
seu estado natural de repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.
Para exemplificar, imaginem a seguinte situação: quando uma família viaja 
em um automóvel em movimento retilíneo e uniforme em relação à Terra 28
e, por algum motivo, o motorista freia bruscamente, todos que estão no 
carro são atirados para frente em relação ao carro. Isso ocorre em 
virtude da inércia, isto é, da tendência que todos têm de manter a 
velocidade constante em que o carro vinha trafegando em relação à Terra.
Em resumo, na ausência de forças:
Um corpo ou objeto parado, em razão de sua inércia, tende a permanecer 
em repouso;
Uma vez iniciado o movimento, a tendência do corpo é permanecer em 
movimento retilíneo e uniforme.
29
De acordo com a Segunda Lei de Newton:
A força resultante que atua sobre um corpo é proporcional ao 
produto da massa pela aceleração por ele adquirida.
Essa relação pode ser descrita com a equação:
Fr = m . a
sendo:
Fr – Força resultante;
m – massa;
a – aceleração.
De acordo com essa Lei, para que se mude o estado de 
movimento de um objeto, é necessário exercer uma força sobre 
ele que dependerá da massa que ele possui. A aceleração, que é 
definida como a variação da velocidade pelo tempo, terá o mesmo 
sentido da força aplicada, conforme mostra a figura abaixo:
Ao aplicar uma força sobre um objeto, imprimimos sobre ele uma 
aceleração que será dependente de sua massa.
30
SEGUNDA LEI DE NEWTON
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Podemos ver a partir da figura que, ao aplicar uma força de 2N sobre 
um objeto, ele adquirirá uma aceleração maior quando a massa for 0,5 kg 
e uma aceleração menor quando a massa for 4 kg. Isso significa que, 
quanto maior a massa de um corpo, maior deve ser a força aplicada para 
que se altere seu estado de movimento.
Sendo a inércia definida como a resistência de um corpo para alterar seu 
estado de movimento, podemos dizer que a Segunda lei de Newton 
também define a massa como a medida da inércia de um corpo.
A força é uma grandeza vetorial, pois é caracterizada por módulo, 
direção e sentido. A unidade no Sistema Internacional para força é o 
Newton (N), que representa kg m/s2.
A Segunda Lei de Newton também é chamada de Princípio 
Fundamental da Dinâmica, uma vez que é a partir dela que se define 
a força como uma grandeza necessária para se vencer a inércia de um 
corpo.
Força Peso
A partir da Segunda Lei de Newton, também chegamos à outra 
importante definição na Física: o Peso.
A Força Peso corresponde à atração exercida por um planeta sobre um 
corpo em sua superfície. Ela é calculada com a equação:
P = m . g
*g é a aceleração da gravidade local.
Apesar de a massa de um corpo ser fixa, não é o que ocorre com o 
peso. Veja um exemplo:
Um corpo de massa 20 kg no planeta Terra, onde a aceleração da 
gravidade é 9,8 m/s2, possui o seguinte peso:
P = 20. 9,8
P = 196 N 31
O mesmo corpo em Marte, onde g = 3,711 m/s2, possui o peso:
P = 20.3,711
P = 74,22 N
Vemos que o peso no planeta Marte é bem menor que na Terra, pois a 
gravidade em Marte é menor. Isso ocorre porque a gravidade de um 
determinado local depende da massa do corpo. Como a massa de Marte 
é menor que a da Terra, ele também terá gravidade menor.
32
A Terceira leide Newton descreve o resultado da interação entre duas 
forças. Ela pode ser enunciada da seguinte maneira:
Para toda ação (força) sobre um objeto, em resposta à 
interação com outro objeto, existirá uma reação (força) de 
mesmo valor e direção, mas com sentido oposto.
A partir desse enunciado, podemos entender que as forças sempre 
atuam em pares. Nunca existirá ação sem reação, de modo que a 
resultante entre essas forças não pode ser nula, pois elas atuam em 
corpos diferentes.
Imagine a situação em que alguém leva uma bolada no rosto. A ação seria 
a força feita pela bola sobre o rosto da pessoa, e a reação seria a força 
feita pelo rosto sobre a bola. Mesmo que a aplicação da força de reação 
seja involuntária, ela sempre acontece. As duas forças possuem 
exatamente o mesmo valor, mas são aplicadas em sentidos opostos. Na 
imagem abaixo, FBR é a força da bola sobre o rosto, e FRB é a força do 
rosto sobre a bola.
33
TERCEIRA LEI DE NEWTON
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
O caso do lançamento de foguetes
Outro exemplo de aplicação da terceira lei de Newton é o caso do 
lançamento de foguetes. No momento em que ocorre a queima dos 
combustíveis na base do foguete, uma enorme quantidade de energia é 
liberada. Assim sendo, uma enorme força é feita contra o chão e, em 
reação a essa força aplicada ao chão, o foguete é impulsionado para cima.
O Peso e a Normal
Ao colocar um corpo sobre uma superfície, a força peso força a 
superfície de modo que ela responde com uma força vertical e para cima 
a fim de suportar o peso do objeto. O nome dessa força é Normal.
34
A Astronomia é estudada há milhares de anos, por isso é uma das mais 
antigas ciências. Povos como os maias e os astecas por exemplo tiveram 
grande destaque no estudo da astronomia.
Considerada uma ciência natural, a astronomia estuda os diversos 
fenômenos que acontecem no espaço, assim como corpos celestes que lá 
existem, como os planetas, cometas, estrelas, entre outros.
Universo
Sem sobra de dúvidas é um dos locais mais misteriosos e desconhecido 
para o ser humano, uma vez que nosso conhecimento ainda é muito 
pequeno sobre ele, por isso ainda é muito difícil encontrar uma definição 
para o universo, visto que muitos pesquisadores e cientistas acreditam 
que ele seja infinito e sem limites, já outros, inclusive Einstein, dizia que o 
Universo seria finito, porém sem uma fronteira definida. O que se tem 
certeza a respeito do espaço, é que nele estão localizados todos os 
astros.
Astros luminosos e iluminados
Como o universo é a “casa” dos astros, estes são divididos em dois tipos:
– Astros luminosos: São os que possuem luz própria, as estrelas são 
exemplos de astros luminosos, o Sol sendo uma estrela é um Astro 
luminoso;
– Astros iluminados: Ao contrário dos luminosos, os astros iluminados 
não possuem luz, própria, como por exemplos os planetas, e satélites 
naturais como a lua.
Cometa é um astro luminoso ou iluminado? Essa é uma dúvida que 
muitas pessoas possuem quando estão estudando o assunto, uma vez que 
quando observamos a passagem de algum cometa próximo a Terra, 
vemos a sua calda brilhante. 35
NOÇÕES DE ASTRONOMIA
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Os cometas são astro iluminados, pois não possuem luz própria, e brilho 
que vemos quando algum passa próximo ao nosso planeta na verdade são 
partículas sólidas que acabam se desprendendo e refletem a luz solar.
Já a sua calda, é formada pelo derretimento e vaporização do gelo 
existente em seu corpo.
Galáxias
De forma bastante resumida as galáxias são agrupamentos de astros 
(estrelas, planetas, etc), além de gás e poeira.
Elas são categorizadas em galáxias elípticas, galáxias espirais e irregulares, 
recebem essa classificação devido a sua forma, as elípticas tem a forma de 
uma elipse, as aspirais possuem forma de disco, enquanto as irregulares 
não possuem nenhum desses dois formatos.
A galáxia onde o planeta Terra e todo o sistema solar esta é a Via-Láctea, 
ela é um tipo de galáxia espiral.
Nebulosas
São formadas pela concentração de poeira, plasma e hidrogênio, são 
categorizadas em nebulosas de emissão(são compostas por gases com 
alta temperatura), reflexão(compostas por nuvens de poeira que 
simplesmente refletem a luz das estrelas), escura(compostas de gases e 
poeira, refletem muito pouca luz) e planetária(são chamadas assim por 
serem semelhantes a um planeta).
Estrelas
Como já comentado anteriormente, as estrelas são astro luminosos que 
possuem luz própria, são gasosos e possui alta temperatura, sendo que a 
sua energia vem através da fusão nuclear de átomos de hidrogênio.
Classificação estelar: As estrelas são classificadas pelo seu tamanho, brilho 
e cor.
Sendo o que o brilho é um dos critérios mais adotados para classificação 
estelar, no qual as estrelas são classificadas através de sua grandeza, que 
pode variar de 1° até 21 ° grandeza. 36
O Sol por exemplo é uma estrela de 5° grandeza, e é só mais uma estrela 
como as outras que vemos à noite, existindo, portanto, estrelas menores 
e maiores também. As figuras a seguir dão uma ideia dos tamanhos de 
algumas estrelas, incluindo o Sol. A maioria dessas estrelas podem ser 
observadas no céu a olho nu.
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e pelo conjunto dos corpos 
celestes localizados no mesmo campo gravitacional. Fazem parte do 
Sistema Solar os planetas, planetas anões, asteroides, cometas e os 
meteoroides (meteoritos). 
Existem inúmeras teorias que tentam explicar como o Sistema Solar foi 
formado, entretanto a mais aceita é a da Teoria Nebular ou Hipótese 
Nebular onde diz que a formação do sistema se deu através de uma 
grande nuvem formada por gases e poeira cósmica que em algum 
momento começou a se contrair acumulando matéria e energia dando 
assim origem ao Sol. 
Os planetas realizam sua órbita em torno do sol de forma elíptica cada 
qual com suas próprias características como, por exemplo, massa, 
tamanho, gravidade e densidade. Os planetas que estão mais próximos do 
sol possuem composição sólida enquanto os planetas menos próximos 
possuem composição gasosa. 37
Entre os outros corpos celestes, os asteroides são menores que os 
planetas e são compostos por minerais não-voláteis. Os cometas são 
compostos por gelos voláteis que se estendem pelo núcleo, cabeleira e 
cauda. Meteoroides são compostos por minúsculas partículas que ao 
chegar ao solo, caso isso ocorra, recebe o nome de meteorito. 
Planetas do Sistema Solar
Oito planetas orbitam em torno do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, 
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Podemos classificar os planetas como 
sólidos ou gasosos, ou, mais especificamente, de acordo com suas 
características físico-químicas, como os planetas mais próximos do Sol 
sendo sólidos e densos, mas de insignificante massa; e os planetas mais 
distantes sendo gasosos massivos de baixa densidade. 
Desde a sua descoberta em 1930 até 2006 Plutão foi considerado como 
o nono planeta do Sistema Solar. Porém em 2006, a União Astronômica 
Internacional criou a classificação de planeta anão. Atualmente, o Sistema 
Solar possui cinco planetas anões: Plutão, Eris, Haumea, Makemake, e 
Ceres. Todos estão depois de Netuno, com exceção de Ceres, localizado 
no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. 
As massas de todos estes objetos constituem em conjunto apenas uma 
pequena porção da massa total do Sistema Solar (0,14%), com o Sol 
concentrando a maior parte da massa total do Sistema Solar (99,86%).O 
espaço entre corpos celestes dentro do Sistema Solar não é vazio, sendo 
preenchido por plasma proveniente do vento solar, bem como poeira, gás 
e partículas elementares, que constituem o meio interplanetário.
38
O método científico pode ser definido como um conjunto de 
procedimentos por meio dos quais um cientista consegue propor um 
conjunto de explicações para fenômenos, constituição e formação de 
materiais etc. De forma geral, o método científico pode apresentar as 
seguintes etapas:
1º - Observação
É a etapa em que o pesquisador observa uma determinada matéria ou 
fenômeno.
2º - Elaboração do problema (fase do questionamento)
Nessa etapa, o cientista ou pesquisador elabora perguntas sobre o 
fenômeno ou material analisado, tais como:
- Por que esse fenômeno ocorre?
- Como esse fenômeno ocorre?
- Quais são os fatores que originaram esse fenômeno?
- Qual é a composição do material?
- Que substâncias formam esse material?
- Qual é a importância desse material?
3º - Hipóteses
É a etapa em que o pesquisador responde às perguntas feitas na etapa 
anterior. Essas respostas podem ser pautadas em seu conhecimento 
prévio sobre materiais ou fenômenos semelhantes.
A elaboração das hipóteses deve ser feita com muita cautela porque é 
por meio delas que a fase da experimentação será realizada, ou seja, elas 
serão o ponto de partida da experimentação.
4º - Experimentação
Nessa etapa, experimentos e pesquisas bibliográficas são realizados com 
base nas hipóteses levantadas. O objetivo é encontrar a resposta para 
cada um dos questionamentos que foram elaborados.39
MÉTODO CIENTÍFICO
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Cada cientista desenvolve essa etapa de acordo com os conhecimentos 
que possui e as práticas que são necessárias para o esclarecimento de 
cada hipótese.
5º - Análise dos resultados
Após a fase da experimentação, o pesquisador analisa cada um dos 
resultados para verificar se eles são suficientes para explicar cada um dos 
problemas levantados e também se estão de acordo com as hipóteses.
Caso os resultados não sejam satisfatórios, novas hipóteses podem ser 
levantadas para que novas experimentações ocorram. Se os resultados da 
experimentação forem satisfatórios, o cientista parte para a etapa da 
conclusão.
6º - Conclusão
A conclusão é a etapa em que o cientista verifica se os experimentos e 
pesquisas realizados respondem aos questionamentos levantados e 
permitem que ele faça afirmações acerca dos fenômenos ou materiais 
analisados.
Todas as afirmações realizadas após a utilização do método científico são 
chamadas de teorias. Quando diferentes hipóteses e experimentações são 
realizadas e o resultado é sempre o mesmo, passamos a ter uma lei.
Finalizando:
O método científico não necessariamente deve apresentar as etapas 
descritas anteriormente. Um cientista possui toda liberdade de lidar com 
o método científico da forma que lhe convém
40
A matéria é composta por pequenas partículas e, de acordo com o maior 
ou menor grau de agregação entre elas, pode ser encontrada em três 
estados: sólido, líquido e gasoso.
O volume, a densidade e a forma de um composto podem variar com a 
temperatura, sendo assim, os compostos apresentam características de 
acordo com o estado físico em que se encontram, veja as características 
de cada um:
Estado Sólido: as moléculas da matéria se encontram muito próximas, 
sendo assim possuem forma fixa, volume fixo e não sofrem compressão. 
Por exemplo: em um cubo de gelo as moléculas estão muito próximas e 
não se deslocam.
Estado Líquido: as moléculas estão mais afastadas do que no estado 
sólido e os elementos que se encontram nesse estado possuem forma 
variada, mas volume constante. Além dessas características, possui 
facilidade de escoamento e adquirem a forma do recipiente que os 
contém.
Estado Gasoso: a movimentação das moléculas nesse estado é bem 
maior que no estado líquido ou sólido. Se variarmos a pressão exercida 
sobre um gás podemos aumentar ou diminuir o volume dele, sendo 
assim, pode-se dizer que sofre compressão e expansão facilmente. Os 
elementos gasosos tomam a forma do recipiente que os contém.
Mudanças de estado físico
Assim, quando uma substância muda de estado físico sofre alterações nas 
suas características microscópicas (arranjo das partículas) e 
macroscópicas (volume, forma), porém a composição continua a 
mesma.
41
ESTADOS FÍSICOS
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
A pressão e a temperatura, que são as variáveis de estado, influenciam no 
estado físico em que uma substância se encontra e ao receber ou perder 
certa quantidade de calor ela pode sofrer uma mudança/transição desse 
estado. A figura mostra o nome que se dá às transições de fase:
Fusão: passagem da fase sólida para a líquida. Exemplo: o gelo 
derretendo e se transformando em água líquida.
Vaporização: passagem da fase líquida para a gasosa. Exemplo: a água 
fervendo e se transformando em vapor de água, como a vaporização dos 
rios, lagos e mares.
Solidificação: passagem da fase líquida para a sólida. Exemplo: água 
líquida colocada no congelador para formar gelo.
Condensação: passagem da fase gasosa para a líquida. Exemplo: o vapor 
da água se transformando em gotículas de água quando sua temperatura 
fica abaixo de 100 ºC.
Sublimação: passagem que se dá de forma direta, da fase sólida para a 
gasosa ou da fase gasosa para a sólida; como acontece com a naftalina, 
por exemplo.
Observação: a condensação também pode ser chamada de liquefação.
Como dito acima, tanto a pressão quanto a temperatura influenciam no 
estado físico que se encontra determinada substância. A água, por 
exemplo, em condições normais de pressão, 1 atm, está na fase sólida a 
temperaturas abaixo de 0 ºC; na fase líquida em temperaturas entre 0 ºC 
e 100 ºC e no estado gasoso para temperaturas acima de 100 ºC.42
A densidade é uma propriedade específica de cada material que serve 
para identificar uma substância. Essa grandeza pode ser enunciada da 
seguinte forma:
A densidade (ou massa específica) é a relação entre a massa (m) 
e o volume (v) de determinado material (sólido, líquido ou 
gasoso).
Matematicamente, a expressão usada para calcular a densidade é dada 
por:
Unidades de medida para a densidade
A unidade de medida da densidade, no Sistema Internacional de Unidades, 
é o quilograma por metro cúbico (kg/m3), embora as unidades mais 
utilizadas sejam o grama por centímetro cúbico (g/cm3) ou o grama por 
mililitro (g/mL). 
Para gases, ela costuma ser expressa em gramas por litro (g/L).
Interpretação da expressão matemática da densidade
Conforme se observa na expressão matemática da densidade, ela é 
inversamente proporcional ao volume. Isso significa que, quanto menor o 
volume ocupado por determinada massa, maior será a densidade.
Para entendermos como isso ocorreu na prática, pense, por exemplo, na 
seguinte questão: o que pesa mais, 1 kg de chumbo ou 1 kg de 
algodão? 43
PESO E DENSIDADE
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Na realidade, eles possuem a mesma massa, ou seja, o “peso” deles é o 
mesmo. A diferença entre 1 kg de chumbo e 1 kg de algodão consiste na 
densidade, pois 1 kg de chumbo concentra-se em um volume muito 
menor que 1 kg de algodão. A densidade do algodão é pequena porque 
sua massa espalha-se em um grande volume.
Desse modo, vemos que a densidade de cada material depende do 
volume porele ocupado. E o volume é uma grandeza física que varia com 
a temperatura e a pressão. Isso significa que, consequentemente, a 
densidade também dependerá da temperatura e da pressão do material.
Um exemplo que nos mostra isso é a água. Quando a água está sob a 
temperatura de aproximadamente 4ºC e sob pressão ao nível do mar, 
que é igual a 1,0 atm, a sua densidade é igual a 1,0 g/cm3. No entanto, no 
estado sólido, isto é, em temperaturas abaixo de 0ºC, ao nível do mar, a 
sua densidade mudará – ela diminuirá para 0,92 g/cm3.
Note que a densidade da água no estado sólido é menor que no estado 
líquido. Isso explica o fato de o gelo flutuar na água, pois outra 
consequência importante da densidade dos materiais é que o material 
mais denso afunda e o menos denso flutua.
Para compararmos essa questão, veja a figura abaixo, na qual temos um 
copo com água e gelo e outro copo com uma bebida alcoólica e gelo:
Observe que o gelo flutua quando colocado na água e afunda quando 
colocado em bebidas alcoólicas. A densidade é a grandeza que explica 44
esse fato. 
Conforme já dito, a densidade do gelo (0,92 g/cm3) é menor que a da 
água (1,0 g/cm3); já a densidade do álcool é de 0,79 g/cm3, o que significa 
que é menor que a densidade do gelo, por isso, o gelo afunda.
Densidades de alguns materiais
A seguir temos as densidades de algumas substâncias do nosso cotidiano:
Leite integral...........................1,03 g/cm3
Alumínio ................................ 2,70 g/cm3
Diamante .................................3,5 g/cm3
Chumbo...................................11,3 g/cm3
Mercúrio .................................13,6 g/cm3
45
Temperatura e calor são conceitos fundamentais da Termologia, que é a 
área da Física que estuda os fenômenos associados ao calor, como a 
temperatura, dilatação, propagação de calor, comportamento dos gases, 
entre outros. Muitas vezes, esses dois conceitos são utilizados como 
sinônimos, porém, apesar de estarem associados, são aspectos distintos.
Temperatura
A temperatura é uma grandeza física utilizada para medir o grau de 
agitação ou a energia cinética das moléculas de uma determinada 
quantidade de matéria. Quanto mais agitadas essas moléculas estiverem, 
maior será sua temperatura.
O aparelho utilizado para fazer medidas de temperatura é o termômetro, 
que pode ser encontrado em três escalas: Celsius, Kelvin e Fahrenheit.
A menor temperatura a que os corpos podem chegar é chamada de 
Zero Absoluto, que corresponde a um ponto em que a agitação 
molecular é zero, ou seja, as moléculas ficam completamente em 
repouso. Essa temperatura foi definida no século XIX pelo cientista 
inglês Willian Thompson, mais conhecido como Lord Kelvin. O zero 
absoluto tem os seguintes valores: 0K – escala Kelvin e -273,15 ºC – na 
escala Celsius.
Calor
O calor, que também pode ser chamado de energia térmica, corresponde 
à energia em trânsito que se transfere de um corpo para outro em razão 
da diferença de temperatura. Essa transferência ocorre sempre do corpo 
de maior temperatura para o de menor temperatura até que atinjam o 
equilíbrio térmico.
É muito comum ouvirmos algumas expressões cotidianas associando 
calor a altas temperaturas. Em um dia quente, por exemplo, usa-se a 46
TEMPERATURA E CALOR
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
expressão “Hoje está calor!”. Porém, corpos com baixas temperaturas 
também possuem calor, só que em menor quantidade. Isso quer dizer 
apenas que a agitação das moléculas é menor em corpos “frios”.
A unidade de medida mais utilizada para o calor é a caloria (cal), mas a 
sua unidade no Sistema Internacional é o Joule (J). A caloria é definida 
como a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1g 
de água em 1ºC.
A relação entre a caloria e o Joule é dada por: 1 cal = 4,186 J
47
Matéria é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço e possui massa. Porém, 
cada matéria pode apresentar uma ou mais características (propriedades 
da matéria) que são diferentes de outra matéria, como também pode 
apresentar características semelhantes.
Quando misturamos óleo na água, ambos no estado líquido, percebemos 
rapidamente que um não se dissolve no outro e posiciona-se de forma 
diferente no recipiente.
Essa simples mistura é suficiente para visualizarmos diversas 
propriedades da matéria, como a solubilidade (por não se dissolverem) e 
a densidade (por se posicionarem de forma diferente).
De uma forma geral, as propriedades da matéria estão divididas em dois 
grupos, as gerais e as específicas, todas exploradas a seguir:
Propriedades gerais da matéria
São as características que toda matéria apresenta, independentemente do 
seu estado físico (sólido, líquido ou gasoso).
Inércia
Uma matéria sempre apresenta a tendência de manter o seu estado, seja 
de repouso, seja de movimento, a não ser que uma força externa 48
PROPRIEDADES DA MATÉRIA
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
influencie.
Massa
Fisicamente, massa é uma grandeza que indica a medida da inércia ou da 
resistência de um corpo de ter seu movimento acelerado. Porém, 
podemos, de uma forma geral, associar a massa à quantidade de partículas 
existentes em uma matéria.
Volume
É o espaço que uma matéria ocupa independentemente do seu estado 
físico.
Impenetrabilidade
Duas matérias não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. 
Para enchermos uma garrafa com água, por exemplo, o ar tem que sair 
dela.
Compressibilidade
É a característica que a matéria apresenta de diminuir o espaço que 
estava ocupando quando submetida a uma força externa. Isso pode ser 
visto quando tampamos a ponta de uma seringa e empurramos o gás em 
seu interior com o êmbolo.
Elasticidade
É a característica que uma matéria tem de voltar à sua forma original 
quando uma força externa a estica ou comprime.
Divisibilidade
É a capacidade que a matéria possui de ser dividida inúmeras vezes sem 
deixar de ser o que ela é, isto é, não há modificação de sua composição 
química.
Propriedades específicas da matéria
São características próprias de cada matéria, ou seja, se uma matéria 
apresenta, não quer dizer que outra também apresentará a mesma 
característica.
49
Propriedades químicas
É a característica que uma matéria apresenta de se transformar em outra, 
em um processo denominado de fenômeno químico. Muitas vezes um 
fenômeno químico só ocorre quando a matéria é submetida a 
determinadas condições (temperatura, catalisadores, eletrólise etc.).
Uma matéria só se transforma em outra quando apresentam uma 
característica química em comum, principalmente átomos de elementos 
químicos em comum. Se queremos produzir iogurte, é preciso utilizar 
leite, e não suco de uva, por exemplo.
Outro exemplo clássico de fenômeno químico é a formação da água. 
Nesse processo, submetemos os gases oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) a 
altas pressões e temperaturas, sendo o resultado a produção de uma 
substância completamente diferente, a água.
Isso não é possível quando reagimos os gases cloro (Cl2) e hidrogênio 
(H2). Nesse caso, o resultado é a formação de ácido clorídrico (Hcl).
Propriedades físicas
São características da matéria determinadas de forma experimental.
Solubilidade (S)
É a característica que uma determinada matéria apresenta de dissolver 
outra. A água, por exemplo, tem a capacidade de dissolver o cloreto de 
sódio (sal de cozinha). Vale ressaltar que a quantidade de soluto, solvente 
e a temperatura são fatores que influenciam a solubilidade.
Um exemploda influência da temperatura, quantidade de soluto e 
solvente está descrito na tabela a seguir:
Na tabela, podemos observar que, se tivermos 100 mL de água, a 10oC, 
dissolveremos 190,5 g de sacarose. Agora, se essa mesma quantidade de 50
água estiver a 50 oC, a quantidade de sacarose que poderá ser dissolvida 
é de 260,4 g.
Densidade (d)
É a relação entre a massa (m) da matéria e o espaço (volume) que ela 
ocupa. Ela é calculada por meio da seguinte expressão:
d = m 
 V
Ponto de fusão (PF)
É a temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser sólida e 
passa a ser totalmente líquida. O ferro, por exemplo, deixa de ser sólido e 
passa a ser líquido a 1535 oC.
Ponto de ebulição (PE)
É a temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser líquida e 
passa a ser totalmente gasosa. O metal mercúrio, por exemplo, deixa de 
ser líquido e passa a ser gasoso a 356,9 oC.
Tenacidade
É a capacidade que uma matéria tem de resistir ao impacto com outra 
matéria. Quando uma pedra é arremessada no vidro, este se quebra, ou 
seja, a pedra é mais tenaz que o vidro.
Dureza
É a capacidade que uma matéria apresenta de riscar outra. Um exemplo é 
quando uma pedra arranha o vidro de uma janela, ou seja, a pedra é mais 
dura que o vidro.
Propriedades organolépticas
É a característica que a matéria apresenta de estimular pelo menos um 
dos cinco sentidos. Veja alguns exemplos:
Paladar: quando ingerimos cloreto de sódio, sentimos o sabor salgado;
Audição: o som produzido pelo bife sendo frito em uma panela;51
Tato: quando passamos uma toalha no rosto e sentimos que ela é áspera;
Visão: luz percebida a partir da explosão de fogos de artifício;
Olfato: o aroma liberado quando descascamos uma mexerica.
 
52
Antes de iniciarmos o estudo sobre pressão, faça a seguinte experiência: 
Pressione com o dedo a ponta de seu lápis e depois faça do mesmo 
modo, mesma força, com a extremidade não apontada. Você vai perceber 
que sentirá uma dorzinha ao pressionar a extremidade apontada. Mas 
porque só sentimos dor quando pressionamos a extremidade apontada 
se a força aplicada nas duas extremidades foi de mesma intensidade?
Para respondermos a esse questionamento devemos ter conhecimento 
de um conceito físico denominado pressão, o qual relaciona a força e a 
área em que essa força foi aplicada.
Define-se pressão (p) como sendo a razão entre a intensidade da força 
(F), aplicada perpendicularmente a uma superfície, e a área (A) dessa 
superfície:
A unidade de pressão no Sistema Internacional de Unidades, como 
podemos observar se substituirmos as unidades de força (N) e área (m2) 
na definição de pressão, é o newton por metro quadrado (N/m2), 
também conhecida como pascal (Pa). Logo:
1 N/m2 = 1 pascal = 1 pa
Desse modo, é fácil constatar que sentimos dor ao pressionar a 
extremidade do lápis apontada porque a pressão é maior sobre uma 
superfície de área menor.
Outra unidade de pressão comumente usada é a pressão atmosférica 
(atm).
Pressão atmosférica é a pressão que a atmosfera exerce sobre a 
superfície da Terra. Essa pressão se deve ao fato de a atmosfera ser 
composta por uma mistura de gases, sendo a maior parte formada pelos 53
PRESSÃO ATOMOSFÉRICA
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
gases oxigênio e nitrogênio. Esses gases formam o ar que sofre a ação do 
campo gravitacional terrestre e assim exerce pressão em todos os 
corpos na superfície da Terra. 
Normalmente não se sente a pressão atmosférica porque ela se aplica 
igualmente em todos os pontos do corpo, porém, seu valor varia de 
acordo com as condições do tempo e a altitude.
A pressão atmosférica normal ao nível do mar é:
p = 1 atm = 1,013 x 105 pa
Outra unidade usual é o milímetro de mercúrio (mmHg), que é a pressão 
que uma coluna de mercúrio de 1 mm de altura exerce sobre uma 
superfície onde a gravidade g = 9,8 m/s2 e temperatura 00 C. A relação 
entre mmHg e atm é a seguinte:
1 atm = 760 mmHg
Um dos primeiros a verificar a pressão exercida pela atmosfera na 
superfície terrestre foi Torriceli, através de um experimento onde ele 
utilizou um tubo com aproximadamente um metro de comprimento 
cheio de mercúrio, dessa experiência que se originou a unidade mmHg.
54
Fenômeno é o nome dado a toda e qualquer transformaçãoque a matéria 
(tudo aquilo que ocupa lugar no espaço e possui massa) pode sofrer, 
independentemente se a sua composição foi ou não alterada.
Quando pegamos uma folha de papel e simplesmente a rasgamos, 
modificamos seu formato e tamanho, mas ainda temos o papel. Porém, se 
essa folha for queimada, teremos modificação na sua composição.
O exemplo do papel representa os dois tipos de fenômenos que a 
matéria pode sofrer. Vamos entendê-los melhor!
Fenômenos físicos
São alterações sofridas pela matéria que não provocam nenhuma 
modificação na sua composição (substâncias que formam o material), 
ou seja, antes, durante e após a ocorrência de um fenômeno físico, as 
substâncias que constituem a matéria serão exatamente as mesmas.
Exemplos de fenômenos físicos
Produção do suco de tomate
Produção da gasolina a partir do petróleo
Condução da corrente elétrica em um fio de cobre
Decomposição da luz solar em um prisma
Precipitação da chuva
Dissolução do chocolate em pó no leite
Sublimação do gelo seco
Sinais que caracterizam um fenômeno físico
Mudança de estado físico
Mudança no formato ou no tamanho
Solubilidade (quando uma matéria se dissolve em outra)
Condução de calor ou eletricidade
55
FENÔMENOS FÍSICOS
E QUÍMICOS
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Fenômenos químicos
São alterações sofridas pela matéria que provocam modificação na 
sua composição, ou seja, as substâncias que formam a matéria antes da 
ocorrência de um fenômeno químico são diferentes das substâncias que 
compõem a matéria após o fenômeno.
Exemplos de fenômenos químicos
Produção de etanol a partir da cana-de-açúcar
Produção de vinho a partir do suco de uva
Transformação do vinho em vinagre
Apodrecimento de frutas
Amadurecimento de frutas
Cozimento de ovo
Formação da ferrugem em um portão de aço
Comprimido efervescente adicionado à água
Sinais que identificam um fenômeno químico
Mudança de cor
Efervescência (desenvolvimento de bolhas em um líquido)
Liberação de energia na forma de calor ou luz
Formação de um sólido
Produção de fumaça
56
De uma forma geral, as substâncias puras dificilmente são encontradas 
isoladas na natureza, sendo encontradas na forma de misturas, isto é, 
associadas às outras substâncias. Isso quer dizer que nós e quase tudo 
que está a nossa volta são exemplos de misturas das mais variadas 
substâncias puras.
Substâncias puras
Substâncias puras são materiais que possuem composição química e 
propriedades físicas e químicas constantes, já que não se modificam em 
pressão e temperatura constantes.
De uma forma geral, as substâncias puras podem ser classificadas de duas 
formas:
Substâncias simples
São compostos químicos formados por átomos de um mesmo elemento 
químico. Por exemplo:
H (Gás Hidrogênio)
2
As moléculas do Gás Hidrogênio são formadas por dois átomos do 
elemento químico Hidrogênio, por isso, trata-se de uma substância 
simples.
O (Gás Ozônio)
3
As moléculas do Gás Ozônio são formadas por três átomos do elemento 
químico Oxigênio, por isso, trata-se de uma substância simples.
Existe ainda a possibilidade de átomos de um mesmo elemento químico 
formarem substâncias simples completamente diferentes,os alótropos. 57
SUBSTÂNCIAS E MISTURAS
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Um exemplo de alotropia é o caso do elemento químico Oxigênio, o qual 
forma as substâncias gás oxigênio (O ) e gás ozônio (O ).
2 3
Substâncias compostas
São compostos químicos formados por átomos de elementos químicos 
diferentes. Exemplos:
CO (Gás Carbônico ou Dióxido de Carbono)
2
As moléculas do Gás Carbônico são formadas por um átomo do 
elemento carbono e dois átomos do elemento oxigênio. Como os 
elementos químicos são diferentes, trata-se de uma substância composta.
KMnO (permanganato de potássio)
4
O íon-fórmula do permanganato de potássio é formado por um átomo 
do elemento potássio, um átomo do elemento manganês e quatro átomos 
do elemento oxigênio.
Misturas
Mistura é a união de duas ou mais substâncias diferentes 
(independentemente se são simples ou compostas). Ela apresenta 
características físicas (ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, 
tenacidade etc.) diferentes e variáveis (não fixas) em comparação com as 
substâncias que a compõem.
A mistura de água e cloreto de sódio, por exemplo, apresenta um ponto 
de fusão totalmente diferente em relação aos pontos de fusão da água 
o o
(0 C) e do cloreto de sódio (803 C) isoladamente.
Misturas homogêneas
As misturas homogêneas apresentam apenas uma fase (um único aspecto 
visual). São formadas quando um material tem a capacidade de dissolver 
outro. Exemplos: 58
- água e sal;
- água e açúcar;
- gasolina e álcool;
- ar atmosférico (gás oxigênio, gás nitrogênio, gás carbônico, vapor de água 
etc);
- álcool e água;
- petróleo (gasolina, querosene, óleo lubrificante etc.);
Misturas heterogêneas
As misturas heterogêneas apresentam mais de uma fase (dois ou mais 
aspectos visuais). São formadas quando um material não dissolve outro. 
Exemplos:
- granito;
- ferro e ferrugem;
- água com gelo;
- água com óleo;
- água e areia;
- água e gasolina.
59
A natureza, os produtos que adquirimos, os materiais confeccionados pelo 
ser humano, ou seja, de uma forma geral nós e tudo que nos cerca é 
formado por misturas (associação de substâncias). Para utilizarmos uma 
substância qualquer é fundamental realizar a separação de misturas.
Separação de misturas significa isolar um ou mais componentes 
(substâncias) que formam a mistura, seja ela homogênea (que apresenta 
apenas um aspecto visual, fase) ou heterogênea (que apresenta pelo 
menos dois aspectos visuais, fases).
Para realizar a separação dos componentes de uma mistura é necessária a 
utilização de um ou mais métodos. Abaixo, temos uma relação de diversos 
métodos de separação de misturas, porém alguns mais utilizados em 
misturas homogêneas, já outros em misturas heterogêneas:
OBS.: De uma forma geral a separação dos componentes de uma mistura 
quase sempre necessita da utilização de mais de um método.
Para misturas heterogêneas
Catação: método de separação utilizado para separar os componentes 
de uma mistura formada por sólidos de tamanhos diferentes, ou de um 
sólido não dissolvido no líquido, utilizando recursos como as mãos, uma 
pinça, um pegador, etc, para fazer a retirada de um sólido. Exemplo: 
separar pedras dos grãos de feijão.
Levigação: método que utiliza a força da água para arrastar o 
componente menos denso de uma mistura formada por sólidos de 
diferentes densidades. Exemplo: separar o cascalho do ouro.
Ventilação: método que utiliza a força do vento para arrastar o 
componente menos denso de uma mistura formada por sólidos de 
diferentes densidades. Exemplo: separar a casca do grão de amendoim.60
SEPARAÇÃO DE MISTURAS
cai nas provas: ETEC, Colégio Embraer, Provas de Bolsas, 
SENAI, Colégios UNESP, Colégios Unicamp, Colégio USP e Militares
Flotação: método no qual um líquido é adicionado a uma mistura 
formada por dois sólidos, os quais não se dissolvem e um deles é mais 
denso, enquanto o outro é mais denso que o líquido. Em seguida uma 
decantação é realizada. Exemplo: adicionar água em uma mistura formada 
por areia e isopor.
Sifonação: Método no qual utilizamos mangueira, pipeta, canudo, seringa 
e etc, para retirar o líquido mais denso ou o menos denso de uma 
mistura formada por apenas líquidos. Exemplo: Separar os componentes 
da mistura formada por água e óleo.
Filtração: método no qual um filtro de papel retem o componente 
sólido de uma mistura formada por um sólido e um gás, ou um sólido não 
dissolvido em um líquido. Exemplo: separar a areia da água.
Filtração a vácuo: é um método que acelera a velocidade da realização 
deuma filtração. Isto ocorre porque o líquido filtrado não apresenta a 
resistência do ar ao cair dentro do recipiente. Exemplo: separar areia da 
água ou uma mistura pastosa.
Decantação: Método no qual o componente menos denso da mistura 
(formada por um sólido não dissolvido em um líquido, ou entre dois 
líquidos que não se dissolvem) é posicionado encima do componente 
mais denso, devido a ação da gravidade. Exemplo: separar barro da água.
Separação com funil de bromo: é um equipamento específico com o 
qual é possível separar o líquido mais denso do líquido menos denso de 
uma mistura formada por líquidos imiscíveis, após a realização de uma 
decantação dos mesmos. Exemplo: separar água e óleo.
Centrifugação: é um método que acelera o fenômeno da decantação, 
quando a mistura é submetida a movimentos de translação em um 
equipamento denominado centrífuga
Separação magnética: método no qual um ímã é utilizado para retirar 
o componente metálico presente em uma mistura formada por sólidos. 
Exemplo: separar a limalha de ferro da areia.61
Dissolução fracionada: método no qual um líquido é adicionado a uma 
mistura formada por dois sólidos com o objetivo de dissolver apenas um 
deles. Exemplo: adicionar água em uma mistura formada por sal e areia.
Coagulação: método no qual uma substancia é adicionada a uma mistura 
com o intuito de se unir à componentes sólidos que estejam em 
suspensão em um líquido. Exemplo: adicionar sulfato de alumínio na água 
em uma estação de tratamento de água.
Floculação: é um método que complementa a coagulação, já que nele a 
mistura é agitada para favorecer a ação do coagulante.
Tamisação: método no qual utiliza-se um peneira para separar grãos 
sólidos de tamanho maior presentes em uma mistura. Peneirar a farinha 
de trigo.
Para misturas homogêneas
Fusão fracionada: método utilizado para separar os componentes de 
uma mistura homogênea formada apenas por sólidos que apresentam 
diferentes pontos de fusão. A mistura é aquecida até atingir o menor 
ponto de fusão. Assim, em seguida, por filtração ou peneiração, o sólido 
restante é separado do líquido. Exemplo: separação dos componentes do 
ouro 18 quilates.
Solidificação fracionada: método utilizado para separar os 
componentes de uma mistura formada por líquidos miscíveis que 
apresentem diferentes pontos de fusão através do resfriamento da 
mistura. A temperatura é diminuída até o menor ponto de fusão para que 
apenas um dos componentes seja transformado em sólido. Exemplo: 
separar a parafina dos resíduos do petróleo.
Evaporação: método utilizado quando não temos o objetivo de 
reutilizar o líquido presente na mistura. Assim, ao evaporar o sólido é 
separado. Exemplo: separação da água do sal em uma salina.
Destilação simples: método utilizado para separar os componentes de 62
uma mistura formada por um sólido dissolvido em um líquido. Nele o 
líquido é vaporizado e em seguida condensado, sendo recolhido em um 
outro recipiente. Exemplo: separar a mistura água e sal.
Destilação

Outros materiais