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Economia e política em Aristóteles

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Economia e política em Aristóteles[1: Trabalho proposto pelo Professor Thiago Ferrare, na disciplina de Economia Política I.]
 Rodrigo Moreira de Mello[2: Aluno do 1º período (tarde/noite) do curso de graduação da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.]
Aristóteles, em seus escritos, define a “política” como a ciência da felicidade humana já que o homem, para o filosofo, sendo um “animal social por natureza” desenvolve suas potencialidades vivendo em sociedade e organizando-se adequadamente pra seu bem-estar. Para Aristóteles, a meta da “política” é descobrir a melhor maneira de viver que leva a felicidade humana e a melhor forma de organização social que garantiria e preservaria esta maneira de viver. Por isso, na concepção aristotélica, a pólis grega, dada a importância do espaço público, seria o lugar ideal para o desenvolvimento da finalidade do homem, pois propõem ao homem os meios ideais para alcançar sua plenitude.[3: A pólis (πολις) - plural: poleis (πολεις) - era o modelo das antigas cidades gregas, desde o período arcaico até o período clássico, vindo a perder importância durante o domínio romano. Devido às suas características, o termo pode ser usado como sinônimo de cidade-Estado. As poleis, definindo um modo de vida urbano que seria a base da civilização ocidental, mostraram-se um elemento fundamental na constituição da cultura grega.]
Nesse sentido, a cidade se forma na busca de um bem comum. Os homens que vivem nessas comunidade praticam ações que visam alcançar um bem maior que seria a comunidade política. O homem que é incapaz de integra-se à uma comunidade ou que seja autossuficiente a ponto de não querer partilhar a convivência em sociedade seria comparado a um animal selvagem ou a um deus.
Ainda no capítulo I do livro I de Política, Aristóteles define como “natural” o estágio final de uma determinada coisa. Define assim que a natureza de cada coisa é o estágio final, quando o seu crescimento se completa, seu objetivo e finalidade. Portanto, a autossuficiência é a natureza de uma cidade; quando já tem condições de assegurar a vida de seus membros e assegurar-lhes uma vida melhor. Sendo assim, a cidade tem precedência sobre cada família ou indivíduo pois o todo tem precedência sobre as partes. [4: Política (em grego: Πολιτικά ; em latim: Politica) é um texto do filósofo grego antigo Aristóteles. É composto por oito livros (I: 1252a - 1260b, II: 1261a - 1274b, III: 1275a - 1288b, IV: 1289a - 1301b, V: 1301b - 1316b, VI: 1317a - 1323a, VII: 1323b - 1337a, VIII: 1337b - 1342b).]
No capítulo II, ainda do livro I, Aristóteles diz que os bens são um dos elementos constituintes da família e a arte de enriquecer é parte da função do chefe de família pois sem o mínimo necessário à existência não é possível sequer viver, e muito menos viver bem. Para o filósofo, a riqueza é o conjunto de instrumentos que asseguram a vida, bens.
Diante disto, para o filósofo, é natural ao homem enriquecer para assegurar os bens que garantem a autossuficiência da cidade. Ao homem, a economia natural é necessária e louvável pois está diretamente relacionada a política, na medida que garante ao homem os meios ideias para assegurar a melhor maneira de viver e a manutenção da pólis.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARISTÓTELES. Política. Tradução, Introdução e Notas de Mário Gama Kury. Brasília: Universidade de Brasília, 1985.

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