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* * * Parte IV Abordagem Humanística da Administração Capítulo 5 Teoria das Relações Humanas * * * Introdução Surgiu na década de 1930 nos EUA em razão das ciências sociais (Psicologia e Psicologia do Trabalho), com o objetivo de corrigir a desumanização do trabalho. A ÊNFASE SE DESLOCA DA MÁQUINA E DA PRODUÇÃO: para o Homem e seu Grupo Social. DOS ASPECTOS TÉCNICOS: para os aspectos Psicológicos e Sociológicos. * * * Introdução Iniciou após o segundo período da Administração Científica de Taylor (1911). A Teoria das Relações Humanas passou por duas em seu desenvolvimento, são elas: ANÁLISE DO TRABALHO E ADAPTAÇÃO DO TRABALHADOR AO TRABALHO; E ADAPTAÇÃO DO TRABALHO AO TRABALHADOR. * * * Introdução ANÁLISE DO TRABALHO E ADAPTAÇÃO DO TRABALHADOR AO TRABALHO: Predomina o aspecto produtivo, porém com características humanas. Os temas predominantes são a seleção de pessoal, a orientação profissional, treinamento e métodos de aprendizagem, estudos dos acidentes, fadiga humana, entre outros. * * * Introdução ADAPTAÇÃO DO TRABALHO AO TRABALHADOR: Predomina os aspectos individuais e sociais do trabalho, que predominam sobre os aspectos produtivos. Os temas predominantes são as personalidades do trabalhador e do gerente, motivação, incentivos para o trabalho, liderança, relações interpessoais comunicação, entre outros. * * * Origens da Teoria das Relações Humanas A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos: A necessidade de se humanizar e democratizar a Administração. O desenvolvimento das ciências humanas. As idéias da filosofia de John Dewey e da Psicologia de Kurt Lewin. As conclusões da experiência na fábrica de Hawthorne entre 1927 e 1932. * * * Em 1924, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos realizou uma pesquisa para verificar a correlação entre a produtividade e a iluminação do local de trabalho. Pouco antes, Elton Mayo conduziu uma pesquisa em uma Indústria Têxtil. Quais eram os problemas dessa indústria? Rotatividade de pessoas de 250% ao ano. Incentivos salariais sem resultados. Considerações Iniciais * * * Introduziu intervalo de descanso. Deixou a critério dos operários a decisão sobre o horário de produção (ou seja, quando as máquinas deveriam ser paradas). Contratou uma enfermeira. Medidas Adotadas por Elton Mayo na Indústria Têxtil * * * Emergiu um espírito de grupo. Reduziu a rotatividade de pessoal. A produção aumentou. Resultados Obtidos por Elton Mayo * * * Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisas iniciou uma experiência em uma fábrica de Hawthorne da Westerm Electric Company, situada em Chicago. A experiência foi coordenada por Elton Mayo e tinah como objetivo avaliar a correção entre a iluminação e a eficiência dos operários na produção. A Experiência de Hawthorne * * * 1ª FASE: Foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas. Um grupo de observação (Teste) trabalhava sob intensidade de luz (iluminação) variável; e Um grupo de controle (Referência) trabalhava sob intensidade de luz (iluminação) constante. Com isso, pretendia-se verificar o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. A Experiência de Hawthorne Primeira Fase * * * Os observadores não encontraram uma correlação direta entre ambas condições (condições de iluminação variável e constante). Porém, descobriram que os operários se julgavam na obrigação de produzir mais quando a intensidade de luz aumentava. E, o contrário, quando reduzia esta intensidade luminosa. Resultado * * * Comprovou-se a predominância do fator psicológico sobre o fator fisiológico. Desta forma, os pesquisadores eliminaram o fator psicológico, pois consideravam na época uma variável difícil de ser isolada. Assim, estenderam a experiência considerando apenas os fatores fisiológicos, como a fadiga no trabalho, as mudanças de horário e os intervalos de descanso. Resultado * * * Foi criado um grupo de observação (ou grupo experimental): cinco moças montavam os relés enquanto uma sexta operária fornecia as peças para abastecer o trabalho. A sala de provas era separada do departamento (que passou a ser o grupo de controle). O grupo de observação (experimental) tinha um supervisor, como no grupo de controle, e um observador que permanecia na sala (para observar o trabalho). A Experiência de Hawthorne Segunda Fase (1927) * * * A pesquisa sobre o grupo de observação (experimental) foi dividida em 12 PERÍODOS: Estabeleceu a capacidade de produção de 2.400 unidades semanais por operário (utilizado como padrão). O grupo experimental foi isolado. Verificou o efeito da mudança no local de trabalho. A Experiência de Hawthorne Segunda Fase (1927) * * * Modificou-se o sistema de pagamento por grupo. (Resultado: aumento de produção). Intervalo de 5 minutos para descanso (manhã e tarde). Resultado: novo aumento de produção. Dois intervalos de 10 minutos. Resultado: novo aumento de produção. A Experiência de Hawthorne Segunda Fase (1927) * * * Três intervalos de 5 minutos na manhã e três a tarde. Resultado: não aumentou a produção. Voltou a dois intervalos de 10 minutos e um lanche. Resultado: a produção aumentou novamente. Saídas às 16:30 e não às 17:00 horas. Resultado: Acentuado aumento de produção. A Experiência de Hawthorne Segunda Fase (1927) * * * Saída às 16:00 horas. Resultado: a produção não alterou. A saída voltou às 17:00 horas, como no Sétimo Período. Resultado: a produção aumentou bastante. A Experiência de Hawthorne Segunda Fase (1927) * * * Eliminando o Sábado, a produção continuou aumentando. Voltou ao 3º período tirando todos os benefícios. A produção atingiu um índice jamais alcançado (3.000 unidades semanais por operário). A Experiência de Hawthorne Segunda Fase (1927) * * * As moças gostavam de trabalhar na sala de provas porque era divertido e a supervisão era branda. Coma a supervisão branda, trabalhavam com mais liberdade e com menor ansiedade. Ambiente amistoso e sem pressões. Conclusões Segunda Fase (1927) * * * Não havia temor ao supervisor, pois este atuava como um orientador. Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam amizades entre si e tornaram-se uma equipe. O grupo desenvolveu objetivos comuns, como aumentar o ritmo de produção. Conclusões Segunda Fase (1927) * * * Preocupados com a diferença de atitudes entre os Grupos Experimentais e de Controle, os pesquisadores deixaram de verificar as melhores condições físicas e passaram ao estudo das Relações Humanas no Trabalho. No grupo de controle, as moças consideravam humilhante a supervisão vigilante e constrangedora. Conclusões Segunda Fase (1927) * * * Apesar de sua política pessoal e aberta, a empresa pouco sabia sobre fatores determinantes das atitudes das operárias em relação à supervisão, ao trabalho e a própria organização. Conclusões Segunda Fase (1927) * * * Iniciou-se um amplo programa de entrevistas com os empregados para conhecer suas atitudes e seus sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho, tratamento dos supervisores e sugestões ao seu respeito. Assim, em 1928, iniciou-se o PROGRAMA DE ENTREVISTAS. A Experiência de Hawthorne Terceira Fase (1928) * * * Adotou-se a técnica de entrevista não-direcionada, ou seja, informal, na qual os operários podiam falar livremente. A experiência foi suspensa em 1932 por motivos financeiros, porém a sua influência sobre a teoria administrativa foi considerada relevante (“poderosa”). A Experiência de Hawthorne Terceira Fase (1928) * * * O Programa de Entrevistas revelou a existência de um Agrupamento Informal dos operários em defesa do seu bem-estar ameaçado pela Administração. Com a organização informal, os operários se mantêm unidos por meio da lealdade. Porém, quando o operário pretende ser leal à empresa, essa lealdade é dividida e pode trazer conflitos, tensão e descontentamento. Conclusões Terceira Fase (1928) * * * A Organização Informal manifesta-se por meio de alguns fatores, como por exemplo: Padrões de produção que os operários julgam ser a produção que eles deveriam fornecer a empresa. Punição que o grupo aplica aos operários que excedem os referidos padrões de produção. A Experiência de Hawthorne Organização Informal * * * Expressões que fazem transparecer a insatisfação quanto aos resultados do sistema de pagamentos de incentivos por produção. Liderança de alguns operários que mantêm o grupo unido, assegurando o respeito pelas regras de conduta. Com isso, passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. A Experiência de Hawthorne Organização Informal * * * O nível de produção é resultante da integração social: O nível de produção é determinado por normas sociais e expectativas grupais; não pela capacidade física do funcionário . Comportamento social dos empregados: O comportamento do indivíduo se apóia no grupo e, qualquer desvio das normas grupais, o trabalhador sofre punições sociais ou morais dos colegas. Conclusões Finais A Experiência de Hawthorne * * * Recompensas e sanções sociais: Os operários que produziam acima ou abaixo das normas do grupo perdiam o respeito e a consideração dos colegas. Preferiam produzir menos, a pôr em risco suas relações amistosas com o grupo. Conclusões Finais A Experiência de Hawthorne * * * Grupos informais: A Teoria das Relações Humanas se preocupava com os aspectos informais da organização, ou seja, comportamento social, crenças e atitudes. As relações humanas: Interações sociais no local de trabalho. Conclusões Finais A Experiência de Hawthorne * * * Importância do conteúdo do cargo: Na visão dos autores humanistas, a especialização do trabalho proposta pela Teoria Clássica (Taylor e Fayol) não é a maneira mais eficiente de criar uma organização. Ou seja, os operários tracavam de cargos para evitar a monotonia. Estas trocas provocavam efeitos negativos na produção, porém elevavam o moral do grupo. Conclusões Finais A Experiência de Hawthorne * * * Ênfase nos aspectos emocionais: Os elementos emocionais do comportamento humano merecem atenção especial na Teoria das Relações Humanas. Por esta razão, os autores humanistas são considerados os sociólogos da organização. Conclusões Finais A Experiência de Hawthorne * * * A TLT produz telefones fixos e celulares. Seu modelo mais importante é o TLT-5455, cuja produção é realizada por 4 linhas de montagem. Cada linha tem 28 operárias com atividades superespecializadas e fragmentadas. A matéria-prima segue pela linha de montagem e cada operária acrescenta um parafuso ou peça e, na ponta final, sai o produto acabado. A linha 1 produz 480 telefones em média por dia, a linha 2 cerca de 460, a 3 alcança 510 e a 4 chega a 550. Marina Fortes, a gerente de produção do TLT-5455 acha que todas as linhas deveriam apresentar uma média equivalente com um pequeno desvio padrão. O que fazer? Exercício: Linha de Montagem TTL * * * A Teoria das Relações Humanas mostra o esmagamento do homem pelo desenvolvimento da civilização industrializada. Com base em suas experiências em Hawthorne e, a partir de suas conclusões, Mayo e a Teoria das Relações Humanas contribuíram para a Teoria Administrativa de acordo com as seguintes afirmações: A Civilização Industrializada e o Homem * * * A eficiência humana é o resultado de sua interação social e não dos métodos de trabalho impostos. A cooperação humana é resultado da moral do indivíduo. A Civilização Industrializada e o Homem * * * Os métodos de trabalho impostos enfatizam a eficiência da produção e não a cooperação humana. Assim, há um conflito social na civilização industrializada: incompatibilidade entre os objetivos da empresa e os individuais. A solução é uma administração humanizada, com chefes democráticos e simpáticos com todos os operários. A Civilização Industrializada e o Homem * * * Roethlisberger e Dickson, dois relatores da pesquisa sobre a experiência de Hawthorne, concebem a fábrica como um sistema social. Funções Básicas da Organização Industrial * * * Para eles, a organização industrial tem duas funções principais: Produzir bens e serviços (função econômica que busca o equilíbrio externo); e Distribuir satisfações entre seus participantes (função social que busca o equilíbrico interno da organização). Funções Básicas da Organização Industrial * * * Funções Básicas da Organização Industrial * * * A Teoria das Relações Humanas trouxe uma nova linguagem que começou a dominar o estudo da Administração, como por exemplo: Motivação; Liderança; Comunicação; Organização informal; Dinâmica de grupo; entre outras. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Motivação: a experiência de Hawthorne comprovou que a recompensa salarial não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador. Para Elton Mayo, o trabalhador é motivado por recompensas sociais e simbólicas. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Motivação: é o impulso de execer esforços para alcançar os objetivos organizacionais desde que também satisfaça alguma necessidade individual. Havendo a satisfação da necessidade, o indivíduo chega ao seu equilíbrio (temporário). Caso um comportamento ou ação não leve à satisfação da necessidade (barreira), surge a frustração. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Liderança: a experiência de Hawthorne identificou a existência de líderes informais que mantinham o controle do grupo, ajudando a manter os indivíduos como um grupo coeso e integrado. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Liderança: para os humanistas, a liderança pode ser visualizada sob diversos aspectos, como por exemplo: Um fenômeno de influência interpessoal. Um processo de redução da incerteza de um grupo. Uma relação funcional entre líder e subordinados. Um processo em função do líder e dos seguidores (subordinados ou não). A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Liderança: a liderança (L) depende de algumas variáveis, como por exemplo, líder (l), subordinados (s) e situação (v), é possível estabelecer a seguinte função: L = f (l,s,v) A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Comunicação: é a troca de informações entre as pessoas (na Teoria das Relações Humanas). Os humanistas identificaram que o processo de comunicação entre as empresas era falho e alertaram os administradores a assegurar a participação das pessoas na resolução de problemas e a incentivar a confiança entre as pessoas. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Organização informal: Os humanistas (Roethlisberger e Dickson), através da experiência em Hawthorne, verificaram que o comportamento dos operários não poderia ser compreendido e estudado sem considerar a organização informal da fábrica. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Organização informal: os grupos sociais estão condicionados sobre dois tipos de Organização: A Formal: conduzida pelas práticas estabelecidas pela empresa (regras e normas). A Informal: conduzida pelas interações e relacionamentos espontâneos entre as pessoas (conversa sobre esporte e política). A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Origens da Organização Informal: existem quatro fatores causadores da organização informal. São eles: Os interesses comuns aglutinam as pessoas. A interação provocada pela própria organização formal. A flutuação (rotatividade) do pessoal na empresa. Os períodos de lazer. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Dinâmica de grupo: Kurt Lewin foi o fundador da Escola da Dinâmica de Grupo. Para os humanistas, o grupo não é apenas um conjunto de pessoas, mas envolve a interação dinâmica entre as pessoas. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Na dinâmica de grupo, cada grupo de pessoas apresenta as seguintes características: Objetivos comuns. Estrutura dinâmica de comunicações. Coesão interna. A Contribuição da Teoria das Relações Humanas * * * Oposição Cerrada à Teoria Clássica. Inadequada Visualização dos Problemas. Concepção Ingênua e Romântica do Operário. Limitação do Campo Experimental. Parcialidade das Conclusões. Ênfase nos Grupos Informais. Enfoque Manipulativo da Teoria das Relações Humanas. Apreciação Crítica da Teoria das Relações Humanas * * * Apesar das críticas, a Teoria das Relações Humanas abriu novos horizontes à teoria administrativa em duas orientações. São elas: Equação humana – o sucesso das organizações depende das pessoas. Novo papel do administrador – saber se comunicar, liderar, motivar e conduzir as pessoas. Conclusões Teoria das Relações Humanas
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