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Osteologia - Marina Mota

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Monitoria de Anatomia 
MMF-I / 2012.1 
Marina Mota 
 
 
 
 
 
 
 
OSTEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
2 
 
GENERALIDADES 
 
 
Os ossos são órgãos rígidos, mas dotados de certa elasticidade. Suas principais funções são a 
sustentação do organismo, a proteção de partes moles, a movimentação (servem como alavanca para 
os músculos), depósito de cálcio (fosfato de cálcio) e hematopoiese. 
O esqueleto corresponde ao conjunto de ossos e cartilagens que compõem o arcabouço ósseo 
do corpo humano. O sistema esquelético pode ser dividido em dois grupos funcionais: 
o Esqueleto axial: Formado pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco. 
o Esqueleto apendicular: Formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores, juntamente 
com as cinturas escapular e pélvica. 
 
 
Constituição de um osso 
o Periósteo: Tecido conjuntivo fibroso que reveste a superfície externa do osso (exceto as 
superfícies articulares, que são revestidas por cartilagem hialina). 
o Endósteo: Tecido conjuntivo que reveste as cavidades do osso, incluindo os espaços e 
cavidades medulares. 
o Tecido Ósseo Esponjoso: Formado por trabéculas ósseas que delimitam os espaços 
intercomunicantes ocupados pela medula óssea. 
o Tecido Ósseo Compacto: Massa sólida na qual os espaços só são visíveis ao microscópio. 
o Medula Óssea: Tecido gelatinoso que preenche as pequenas cavidades de tecido esponjoso e 
que nos ossos longos está contida numa cavidade central chamada canal medular. 
Compreende dois tipos: 
1. Medula Óssea Amarela: Encontrada na diáfise dos ossos longos, é composta de 
tecido conjuntivo formado por células adiposas. 
2. Medula Óssea Vermelha: Localizada nas epífises de ossos longos, é ricamente 
vascularizada e consiste em células sangüíneas e suas precursoras. 
 
 
Classificações dos ossos 
A) Segundo suas dimensões, os ossos são classificados em longos, planos ou chatos, curtos e 
irregulares. 
1. Longos: O comprimento predomina sobre a largura e a espessura. Estes 
ossos são tubulares, apresentando porções bem definidas: 
a. Diáfise: corpo do osso. 
b. Epífise proximal e distal: extremidades do osso. 
c. Metáfises proximal e distal: região entre a epífise e a diáfise. 
d. Canal medular: cavidade na diáfise do osso que aloja a medula 
óssea. 
Exemplos: Clavícula, úmero, rádio, ulna, ossos metacarpais e metatarsais, 
falanges, fêmur, tíbia e fíbula. 
 
2. Curtos: Equivalência de comprimento, largura e espessura. São 
cubóides e encontrados em regiões de pouca movimentação, mas que 
suportam muita pressão. 
Exemplos: Ossos do carpo e tarso. 
*Há autores que consideram a patela. 
 
3. Planos ou chatos: O comprimento e largura são equivalentes, predominando sobre a espessura. No 
crânio, apresentam em sua composição uma lâmina de osso esponjoso – díploe – revestida superior 
e inferiormente por lâminas de osso compacto – as tábuas interna e externa. Geralmente têm 
funções protetoras e formam a parede de cavidades. 
Exemplos: Frontal, parietal, occipital, nasal, lacrimal, vômer, escápula, esterno, costelas e osso coxal*. 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
3 
 
4. Irregulares: Não se enquadram em nenhuma das classificações anteriores, apresentando formas 
específicas. 
Exemplos: Temporal, esfenóide, zigomático, maxila, mandíbula, palatino, concha nasal inferior, hióide, 
vértebras, sacro e cóccix. 
*O osso coxal também pode ser classificado como irregular. 
 
 
B) Uma outra classificação permite organizar alguns ossos em pneumáticos, sesamóides e 
acessórios ou supranumerários. 
1. Pneumáticos: Alojam ar em cavidades internas. 
Exemplos: Frontal, etmóide, esfenóide, maxila e temporais. 
 
2. Sesamóides: Se desenvolvem em tendões e os protegem do desgaste excessivo. 
Exemplo: Patela. 
 
3. Acessórios ou Supranumerários: São ossos adicionais. Quando se encontram ao longo de suturas 
do crânio são chamados de ossos suturais ou wormianos. Quando se formam em tecidos moles, são 
denominados heterotópicos. 
 
 
 
Tipos de Ossificação 
Embora todos os ossos derivem do mesênquima (tecido conjuntivo embrionário), podem se 
originar por dois tipos de ossificação: intramembranosa ou endocondral. 
 
1. Intramembranosa: Os ossos são precedidos por uma membrana de natureza conjuntiva, sem a 
participação de um modelo cartilagíneo prévio. O processo de ossificação se inicia com a irradiação 
de espículas a partir do centro de ossificação; estes raios formarão uma rede de fibras osteogênicas 
e células granulares. Grânulos calcários começam a se depositar e os osteoblastos iniciam a 
formação dos corpúsculos do futuro osso. À medida que as fibras osteogênicas crescem em direção 
à periferia, novas espículas ósseas se originam, construindo uma rede com vasos e tecido 
conjuntivo repleto de osteoblastos. 
 
- A ossificação direta do mesênquima se inicia no período fetal. 
 
2. Endocondral: Há formação de um modelo cartilaginoso do osso, a partir do qual se inicia a 
ossificação; este modelo explica o crescimento dos ossos longos. As células mesenquimatosas se 
diferenciam em condroblastos, os quais originam o tecido cartilaginoso. Na região intermediária, a 
cartilagem começa a se calcificar devido à deposição de material calcário, à medida que capilares 
periosteais se destinam ao tecido recém-calcificado para irrigá-lo. A calcificação e a irrigação dão 
origem ao centro de ossificação primário, o qual se forma na diáfise dos ossos longos. Os centros de 
ossificação secundários (chamados desta forma por se iniciarem posteriormente) surgem em outras 
partes do osso e são responsáveis pela ossificação das epífises. 
 
- A formação do modelo cartilaginoso do osso a partir do mesênquima se dá no período fetal, assim 
como o surgimento dos centros de ossificação primários. 
- Os centros de ossificação secundários surgem após o nascimento. 
 
 
Crescimento ósseo 
Para que o crescimento aconteça, o tecido ósseo originado na diáfise (a partir do centro de 
ossificação primário) não deve se unir ao gerado na epífise (pelo centro de ossificação secundário). Para 
isto, entre estas duas porções do osso se interpõe um tecido cartilaginoso denominado cartilagem 
epifisial (disco epifisial ou cartilagem de conjunção). Ele permanece até aproximadamente 18 anos nas 
mulheres e 21 anos nos homens. 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
4 
 
Ao atingir seu tamanho adulto, o osso cessa seu crescimento através da ossificação desta 
cartilagem, unindo assim a epífise à diáfise por meio da sinostose (fusão óssea). Nos adultos, a linha 
desta junção – linha epifisial – pode ser evidenciada em radiografias. 
 
*O conhecimento da cartilagem epifisial é importante para que, em radiografias pediátricas, não seja 
confundida com uma fratura óssea. 
 
 
Acidentes e formações ósseas 
 
a. Cabeça: Extremidade articular grande e redonda 
b. Capítulo: Cabeça articular pequena e redonda 
c. Côndilo: Área articular arredondada 
d. Crista: Saliência linear proeminente 
e. Epicôndilo: Eminência superior a um côndilo 
f. Espinha: Uma projeção delgada e pontiaguda 
g. Face: Superfície articular achatada ou pouco profunda 
h. Forame: Passagem através de um osso 
i. Fossa: Área oca ou deprimida 
j. Fóvea: Área plana lisa para articulações 
k. Incisura: Entalhe na borda de um osso 
l. Linha: Elevação linear 
m. Maléolo: Processo arredondado 
n. Meato: Passagem de forma tubular 
o. Processo espinhoso: Parte que se projeta semelhante a um espinho 
p. Protuberância: Projeção de osso 
q. Seio: Cavidade ou espaço oco 
r. Sulco: depressão ou escavação alongada 
s. Trocanter: Elevação arredondada grande 
t. Tróclea: Processo articular semelhante a uma roda ou processo que atua como roldana 
u. Tubérculo: Eminência pequena e elevada 
v. Tuberosidadeou Túber: Grande elevação arredondada 
 
 
 
 
 
Correlações Clínicas 
 
o Fratura Epifisial 
Em casos de excesso de carga, o ponto de articulação 
entre a epífise e a diáfise de um osso longo em 
crescimento pode ser lesionado, principalmente na 
criança nova e no atleta pré-adolescente. Nesses 
indivíduos, a lâmina epifisial pode ser separada da diáfise 
ou epífise, causando uma fratura epifisial. Quando não é 
tratada, a fratura pode inibir o crescimento normal do 
osso. 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
5 
 
COLUNA VERTEBRAL 
 
 
 A coluna vertebral ou espinhal é composta por 33 vértebras, as quais se reúnem em cervicais 
(7), torácicas (12), lombares (5), sacrais (5) e coccígeas (4) de acordo com a região que ocupam. As 
vértebras cervicais, torácicas e lombares são classificadas como verdadeiras ou móveis, pois ao longo da 
vida não se fundem, diferentemente das sacrais e coccígeas – vértebras falsas ou fixas – que originam 
no adulto o sacro e o cóccix. 
 Ao longo da coluna, existem quatro curvaturas: cervical, 
torácica, lombar e pélvica. As curvas torácica e pélvica são 
classificadas como primárias (cifoses), pois estão presentes desde a 
vida fetal. Já as curvas cervical e lombar surgem tardiamente: a 
primeira quando a criança pode sustentar a cabeça e sentar-se 
ereta e a segunda, quando começa a andar. São, assim, curvaturas 
secundárias ou de compensação (lordoses). 
 
*A coluna normalmente apresenta uma leve curvatura lateral. Ela 
não é patológica. 
 
 
Componentes típicos de uma vértebra 
o Corpo – Composto por uma Face Intervertebral (tecido esponjoso) revestida por uma Epífise 
Anular (fina camada de osso compacto). Suas faces cranial e caudal servem para inserção dos 
discos intervertebrais e sua face dorsal apresenta os forames vasculares para a passagem das 
veias basivertebrais. 
o Arco vertebral – Formado pelos pedículos e lâminas. 
o 2 Pedículos – Estreitam-se formando as incisuras vertebrais superior e inferior, as quais 
ajustadas às da vértebra consecutiva formam os forames intervertebrais, que dão passagem 
aos nervos espinhais. 
o 2 Lâminas – Fundem-se na linha 
mediana, formando a base do 
processo espinhoso. 
o 2 Processos Transversos 
o Processo Espinhoso 
o 4 Processos Articulares 
 
 
 
 
Vértebras Cervicais 
o Típicas: C3, C4, C5 e C6. 
 
- Características comuns: 
1. Corpo pequeno e oval apresentando protuberâncias 
laterais em sua superfície cranial (Processos 
uncinados ou uncos dos corpos). 
2. Forame vertebral grande e triangular. 
3. Processo espinhoso curto e bífido. 
4. Presença de Forames Transversários em seus 
processos transversos, dando passagem às artérias e 
veias vertebrais e a um plexo de nervos simpáticos. 
5. Presença de proeminências nos processos 
transversos, denominadas Tubérculos anterior e 
posterior. 
6. Processos transversos ventrais aos processos 
articulares. 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
6 
 
*O tubérculo anterior de C6 é nomeado Tubérculo Carotídeo (de Chassaignac), devido à sua íntima 
relação com a artéria carótida comum. 
 
 
o Especiais: C1, C2 e C7 
 
- C1 (Atlas) 
 
1. Não tem corpo, nem processo espinhoso. 
2. É formado por um arco anterior e um posterior, além de duas massas laterais. 
3. O arco anterior apresenta medialmente uma proeminência – o tubérculo anterior – para inserção 
dos músculos longos do pescoço. Em sua face dorsal há a fóvea do dente, uma faceta para 
articulação com o processo odontóide do áxis. 
4. O arco posterior termina no tubérculo posterior, que dá origem aos músculos retos posteriores 
menores da cabeça. 
5. Atrás de cada processo articular superior, há o Sulco da Artéria Vertebral para passagem da artéria 
vertebral e do primeiro nervo espinhal (nervo suboccipital ou de Arnold). 
6. As facetas articulares superiores e inferiores estão localizadas nas massas laterais. 
 
 
- C2 (Áxis ou Epistrofeu) 
1. O corpo se estende cranialmente formando 
o Processo Odontóide ou dente do áxis. Seu ápice 
dá inserção ao ligamento apical do dente, e suas 
impressões laterais, aos ligamentos alares; Na face 
dorsal do seu colo há um sulco para o ligamento 
transverso do atlas (atlantotransverso), que o 
mantém preso à fóvea do dente. 
2. Cada processo transverso termina em um 
único tubérculo. 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
7 
 
- C7 (Vértebra Proeminente) 
Apresenta um processo espinhoso longo 
e proeminente, não bífido, que termina 
em um tubérculo para inserção do 
ligamento da nuca. 
1. Seu forame transversário, 
diferentemente das demais vértebras 
cervicais, geralmente não serve para 
passagem da artéria e veia vertebrais. 
Estas comumente passam ventralmente 
ao processo transverso, ascendendo 
pelos forames transversários das 
vértebras acima. 
 
 
 
Vértebras Torácicas 
o Típicas: T2, T3, T4, T5, T6, T7 e T8. 
 
- Características comuns: 
1. Corpo cordiforme de tamanho intermediário 
entre os de vértebras cervicais e lombares. 
2. Forame vertebral pequeno e circular. 
3. Presença de facetas nos lados dos corpos (para articulação com as cabeças das costelas) e nos 
processos transversos (para articulação com os tubérculos das costelas). Cada corpo apresenta, de 
cada lado, duas hemifacetas articulares: uma superior e outra inferior. 
4. Processo espinhoso longo, triangular e dirigido para baixo. 
5. Processos transversos dorsais aos processos articulares. 
 
 
o Especiais: T1, T9, T10, T11 e T12. 
 
- T1 
1. Seu corpo ainda se assemelha ao de uma vértebra cervical, se encontrando na transição de 
características da coluna cervical para a torácica. 
2. Diferentemente das torácicas típicas, possui em cada lado do seu corpo uma faceta articular inteira 
(para a cabeça da primeira costela) e uma hemifaceta (para a metade cranial da segunda costela). 
3. Processo espinhoso quase horizontal. 
 
- T9 
1. Geralmente apresenta de cada lado do seu corpo apenas a hemifaceta superior. Contudo, quando 
possui duas hemifacetas, a vértebra seguinte só contém a superior. 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
8 
 
- T10 
1. Geralmente apresenta de cada lado do seu corpo uma faceta articular inteira. Entretanto, quando a 
vértebra acima possui duas hemifacetas, a décima torácica só apresenta uma hemifaceta (como 
citado anteriormente). 
 
- T11 
1. Seus processos transversos não contêm facetas articulares (afinal, os últimos pares de costelas - 
11º e 12º - não possuem tubérculos para que esta articulação ocorra). 
2. Processo espinhoso curto e quase horizontal. 
 
- T12 
1. Além de apresentar as mesmas características de 
T11, seus processos transversos são subdivididos 
nos tubérculos superior, inferior e lateral (os dois 
primeiros corresponderão, respectivamente, aos 
processos mamilares e acessórios das vértebras 
lombares). 
 
 
 
Vértebras lombares 
o Típicas: L1, L2, L3 e L4. 
 
- Características comuns: 
1. Corpo grande e reniforme. 
2. Forame vertebral triangular e de 
tamanho intermediário. 
3. Forames vasculares maiores e mais 
evidentes. 
4. Processos transversos denominados 
processos costiformes por corresponderem a 
costelas rudimentares. 
5. Presença de 2 tubérculos nos processos 
transversos: um superior, o processo mamilar, e 
um inferior, o processo acessório. 
6. Processo espinhoso espesso, largo e 
quadrilátero. 
7. Processos transversos ventrais aos 
processos articulares. 
 
 
o Especial: L5 
- L5 
1. Corpo bem mais baixo ventral do que dorsalmente. 
2. Processo espinhoso menor. 
 
 
 
Sacro 
O sacro é um osso grande e triangular formado pela fusão de 5 vértebras na vida pós-natal, compondo 
juntamente com os ossos do quadril a cintura pélvica. Apresenta uma base, quatro faces– ventral 
(pélvica), dorsal e duas laterais – e um ápice. 
 
o Base 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
9 
 
Possui uma projeção em sua borda ventral – o promontório – enquanto que dorsalmente apresenta 
dois processos articulares superiores. Articula-se com a 5ª vértebra lombar por meio de um disco 
intervertebral. 
 
o Face ventral ou pélvica 
É côncava, o que aumenta a capacidade da cavidade pélvica. Nas áreas correspondentes às 
articulações entre as peças do sacro, encontram-se linhas transversais e nas extremidades destas se 
situam os forames sacrais ventrais para entrada das artérias sacrais laterais e saída da divisão 
ventral dos nervos sacrais. Lateralmente a estes forames, estão as partes laterais do sacro e súpero-
lateralmente ao primeiro par deles se localizam as asas do sacro para origem dos músculos psoas 
maior e ilíaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Face dorsal 
É convexa e apresenta três saliências lineares: a crista sacral mediana (fusão dos processos 
espinhosos rudimentares das vértebras sacrais), as cristas sacrais intermediárias (união dos 
processos articulares) e as cristas sacrais laterais (junção dos processos transversos). A crista sacral 
mediana origina parte do eretor da espinha e do grande dorsal e termina inferiormente no hiato do 
sacro. Entre ela e as cristas intermediárias, a fusão das lâminas forma um sulco raso que dá origem 
ao músculo multífido. As cristas intermediárias terminam nos cornos do sacro (processos articulares 
inferiores de S5) e lateralmente a elas estão os forames sacrais dorsais para passagem da divisão 
dorsal dos nervos sacrais. As cristas laterais, por fim, servem para inserção dos ligamentos 
sacroilíacos dorsais e sacrotuberais. 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
10 
 
o Faces laterais 
Apresentam faces auriculares para articulação com o ílio e 
dorsalmente a elas se encontram as tuberosidades sacrais 
para inserção dos ligamentos sacroilíacos dorsais. 
 
o Ápice 
Contém uma faceta oval para articulação com o cóccix. 
 
*O canal sacral (canal vertebral no sacro) aloja os nervos sacrais 
e termina no hiato sacral, usado para analgesias caudais. Esta 
técnica anestésica é empregada em obstetrícia para bloquear as 
fibras da dor do colo uterino e anestesiar o períneo. 
 
 
 
Cóccix 
Formado geralmente pela fusão de quatro vértebras, o cóccix ainda mantém elementos como corpo e 
processos articulares e transversos rudimentares identificáveis em seus três primeiros segmentos; o 
quarto e último corresponde a um mero nódulo ósseo. Possui duas faces – pélvica e dorsal –, duas 
bordas laterais e um ápice. 
 
o Face pélvica 
Nas três áreas que correspondem a junções entre peças coccígeas, 
encontram-se sulcos. Esta face dá inserção ao ligamento sacrococcígeo 
ventral e aos músculos elevadores do ânus. 
 
 
 
 
o Face dorsal 
Possui duas fileiras de tubérculos que correspondem a processos 
articulares rudimentares. O primeiro par deles recebe a 
denominação de cornos coccígeos e se articula com os cornos 
sacrais formando forames para passagem das divisões dorsais do 5º 
nervo sacral. 
 
 
 
o Bordas laterais 
Contêm os processos transversos rudimentares, os quais formam com as bordas laterais do sacro 
forames para passagem das divisões ventrais do 5º nervo sacral. Recebem ventralmente a inserção 
do músculo coccígeo, lateralmente os ligamentos sacrotuberal e sacroespinhal, e dorsalmente o 
glúteo maior. 
 
o Ápice 
Recebe o tendão do esfíncter externo do ânus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
11 
 
Correlações Clínicas 
 
o Escoliose 
A palavra escoliose deriva do grego e significa sinuoso. Corresponde a 
um desvio tridimensional da coluna, implicando em desvios laterais 
(sinal mais perceptível), rotação e inclinação. Pode ser estrutural 
(escoliose verdadeira, de caráter progressivo) ou não estrututal 
(atitude escoliótica ou funcional, com curva reversível). O diagnóstico é 
feito através de testes clínicos e radiografias; um teste simples é o de 
Adams, no qual se pede ao paciente para que se curve para a frente, 
com os membros superiores alinhados e dedos em direção aos pés, 
evidenciando possíveis convexidades laterais na coluna. O tratamento 
depende do grau de angulação da escoliose, podendo envolver 
fisioterapia e utilização de coletes, adaptação de palmilhas posturais 
ou tratamento cirúrgico. 
 
 
o Fratura do Atlas 
O mecanismo de lesão nas fraturas do atlas costuma ser a compressão axial (vertical) do crânio 
sobre ele, forçando-o sobre o áxis e determinando a sua ruptura nos pontos mais fracos (os arcos 
anterior e posterior), com conseqüente afastamento das massas laterais. Esta fratura é do tipo 
explosão, sendo conhecida como Fratura de Jefferson. Como o canal medular nesta região da 
coluna é muito amplo, as lesões neurológicas são raras. O tratamento é a imobilização. 
 
 
 
 
 
o Hérnia de Disco 
A articulação entre as vértebras da coluna espinhal se dá através de discos intervertebrais. Eles são 
constituídos por um núcleo pulposo central revestido por um anel fibroso externo resistente à 
tração. O núcleo pulposo, por ser gelatinoso, age como 
um amortecedor aquoso para cargas aplicadas ao disco 
enquanto o anel fibroso converte forças de compressão 
em forças de tração. A hérnia de disco surge quando a 
resistência do anel fibroso diminui, levando ao 
extravasamento do núcleo pulposo – o qual migra em 
direção ao canal medular ou aos espaços por onde saem 
as raízes nervosas, ocasionando a compressão destas. 
Este extravasamento é denominado prolapso do disco 
intervertebral e é muitas vezes precedido por protrusões 
(deslocamentos) do disco. Estes eventos podem ocorrer 
como resultado de pequenos traumas na coluna que vão 
lesando as estruturas do disco, ou como conseqüência 
de um trauma severo sobre a coluna. O tratamento envolve uso de medicamentos, repouso nas 
crises, orientação postural, fisioterapia, alongamento muscular e em alguns casos cirurgia. 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
12 
 
TÓRAX 
 
 
 O tórax corresponde à parte superior do tronco, localizada entre o pescoço e o abdome. É 
formado pela cavidade torácica, seu conteúdo e a parede que o circunda (composta pela caixa torácica 
e músculos que nela se inserem). 
A caixa torácica é formada pelo esqueleto do tórax e protege, 
além das vísceras torácicas, parte das abdominais. Sua face dorsal é 
composta pelas doze vértebras torácicas e parte dorsal dos doze pares 
de costelas; a ventral, pelo esterno e cartilagens costais e as faces 
laterais pelas próprias costelas. Apresenta uma abertura superior e outra 
inferior, fechada pelo diafragma. 
 
 
 
Esterno 
É um osso plano e alongado que se articula cranialmente com as clavículas e lateralmente com as 
cartilagens dos sete primeiros pares de costelas. Possui três partes: o manúbrio, o corpo ou gladíolo e o 
processo ou apêndice xifóide. 
 
1. Manúbrio 
É a mais larga e espessa parte do esterno. Sua face 
ventral é lisa para inserção do peitoral maior e 
esternocleidomastóideo, enquanto na dorsal se inserem 
os músculos esterno-hióideo e esternotiróideo. Em sua 
borda cranial há a incisura jugular ou fúrcula esternal e 
lateralmente a esta estão as incisuras claviculares para 
as articulações com as clavículas. Cada borda lateral 
apresenta cranialmente uma depressão para o primeiro 
par de cartilagens costais e caudalmente uma pequena 
faceta para a metade cranial do segundo par. 
 
*A articulação entre o manúbrio e o corpo do esterno 
(sínfise manubrioesternal) se dá no Ângulo esternal (de 
Louis). 
 
 
2. Corpo ou Gladíolo 
No indivíduo jovem (de até 25 anos) é dividido em 
quatro segmentos ou esternébras que posteriormente 
sofrem sinostose e deixam,no adulto, três cristas 
transversais demarcando as linhas de fusão. Sua face ventral dá inserção de ambos os lados ao 
peitoral maior, enquanto a dorsal origina em sua parte caudal o transverso do tórax. Em cada borda 
lateral há uma pequena faceta para a metade caudal da segunda cartilagem costal, quatro 
depressões para as cartilagens seguintes e uma faceta final para a metade cranial da sétima 
cartilagem costal. Sua borda cranial se articula com o manúbrio e a caudal com o processo xifóide. 
 
*A articulação entre o corpo e o processo xifóide (sínfise xifoesternal) acontece no Ângulo infra-esternal 
(subcostal ou de Charpy). 
 
 
3. Processo (ou Apêndice) Xifóide (ou Ensiforme) 
Sua face ventral dá inserção aos ligamentos costoxifóideos ventrais e a parte do reto abdominal; já 
na dorsal se inserem os ligamentos costoxifóideos dorsais, o diafragma e o transverso do tórax. 
Suas bordas laterais apresentam facetas para o sétimo par de cartilagens costais e servem para 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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inserção das aponeuroses dos músculos abdominais. É cartilaginoso em pessoas jovens e se ossifica 
por volta dos 40 anos, podendo em idosos se fundir ao corpo do esterno. 
 
 
 
Costelas 
São ossos planos em forma de arco que compõem a maior parte da caixa torácica. Há doze pares e 
todos eles se articulam dorsalmente com as vértebras torácicas correspondentes, se diferenciando, 
contudo, na extremidade ventral: Os sete primeiros pares se ligam ao esterno (costelas verdadeiras ou 
vertebroesternais ou vertebrocostais) e dos cinco restantes (costelas falsas), os três primeiros têm suas 
cartilagens ligadas à cartilagem costal acima (costelas vertebrocondrais) e os dois últimos estão livres 
(costelas flutuantes ou vertebrais). 
 
 
o Típicas: 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª 
 
- Características comuns: 
1. Cabeça dividida em duas faces por uma 
crista (crista da cabeça da costela), na 
qual se insere o ligamento 
interarticular. Este componente da 
costela se articula com as facetas 
existentes no corpo das vértebras 
torácicas. 
2. Colo com uma face ventral lisa e outra 
dorsal áspera para inserção do 
ligamento do colo. Sua borda cranial 
apresenta uma crista (crista do colo da 
costela) para inserção do ligamento 
costotransversário superior. 
3. Tubérculo com uma porção cranial não articular para inserção do ligamento do tubérculo e uma 
porção mais caudal e medial articular para a extremidade do processo transverso da segunda 
vértebra com quem se articula. 
4. Corpo com uma linha proeminente em sua face externa denominada ângulo e com um sulco na 
superfície interna (sulco costal) para vasos e nervos intercostais. 
 
 
o Especiais: 1ª, 2ª, 10ª, 11ª e 12ª 
 
- 1ª costela 
1. É a mais larga, curva e freqüentemente a mais curta. 
2. Não possui crista da cabeça da costela, ângulo ou sulco costal. 
3. Apresenta em sua face cranial dois sulcos separados por um tubérculo: O sulco ventral dá 
passagem à veia subclávia e o dorsal, à artéria subclávia e ao tronco inferior do plexo braquial. O 
tubérculo escaleno (de LisFranc) serve para inserção do músculo escaleno anterior. Além do sulco 
dorsal há uma área áspera para inserção do escaleno médio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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- 2ª costela 
1. Tem corpo mais fino, menos curvo e 
muito mais longo que o da 1ª costela. 
2. Apresenta uma área rugosa em sua face 
superior – a tuberosidade do músculo 
serrátil anterior – para origem de parte 
deste músculo. 
3. Possui em sua face interna um curto 
sulco costal. 
 
 
 
- 10ª costela 
1. Geralmente só possui uma faceta articular em sua cabeça, ou seja, não possui crista da cabeça da 
costela. 
 
- 11ª e 12ª costelas 
1. Têm apenas uma faceta articular em suas cabeças, não apresentando cristas no local. 
2. Não possuem colo ou tubérculo. 
3. Enquanto a 11ª tem um leve ângulo e um raso sulco costal, a 12ª não os possui em seu corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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CRÂNIO 
 
 
 O Crânio ou esqueleto da cabeça funciona como receptáculo para o encéfalo e órgãos dos 
sentidos, além de contornar a parte inicial das vias digestivas e respiratórias, que se abrem ao exterior. É 
formado por ossos planos ou irregulares que se articulam por meio de suturas, com exceção da 
mandíbula. 
 Divide-se em Neurocrânio ou Crânio propriamente dito, composto por 8 ossos que alojam e 
protegem o encéfalo (frontal, 2 parietais, 2 temporais, esfenóide, etmóide e occipital) e Viscerocrânio 
ou esqueleto da face, formado por 14 ossos que circundam a boca, o nariz e a maior parte das órbitas (2 
nasais, 2 lacrimais, 2 zigomáticos, 2 conchas nasais inferiores, 2 maxilas, 2 palatinos, vômer e 
mandíbula). 
 Para seu estudo, é divido em planos de delimitação denominados normas. 
 
 
*Plano de referência para o estudo do Crânio: 
Plano órbitomeatal ou de Frankfurt - Delimitado dorsalmente pelo pórion (ponto médio da borda 
superior do meato acústico externo) e ventralmente pela margem inferior da órbita. 
 
 
 
Exterior do Crânio 
1. Norma vertical 
Ossos: Frontal, parietais e occipital. 
Corresponde à calvária ou cúpula do 
crânio e seu ponto mais alto é 
denominado vértice. Apresenta as 
suturas sagital (na linha mediana entre 
os parietais), coronal (perpendicular à 
anterior, entre os parietais e o frontal), 
lambdóide (entre os parietais e o 
occipital) e às vezes metópica*. Nas 
suas intersecções estão os pontos 
craniométricos bregma (união da 
sagital com a coronal) e lambda (união 
da lambdóide com a sagital). Eles 
correspondem, respectivamente, às 
fontanelas** anterior e posterior de 
um crânio infantil. Anteriormente estão 
as tuberosidades frontais, acima da 
glabela (pequena depressão entre os 
arcos superciliares). Lateralmente à sutura sagital se encontram as tuberosidades parietais e os 
forames parietais (passagem da veia emissária parietal do couro cabeludo para o seio sagital superior 
[Veia de Santorini]). O ponto da sutura sagital ao nível destes forames é o obélio. 
*A sutura metópica persiste em 8% das pessoas. Ela é um remanescente da sutura frontal, a qual se 
estende da glabela ao bregma em crianças de até 8 anos de idade (quando ocorre a fusão entre as 
partes do frontal). 
 
**Fontanelas ou Fontículos são intervalos membranáceos 
entre os ósseos da calvária de um recém-nascido. São 
elas: Fontanela anterior, ântero-lateral, póstero-lateral e 
posterior; correspondendo no crânio adulto aos pontos 
craniométricos bregma, ptério, astério e lambda, 
respectivamente. 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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2. Norma lateral 
 
Ossos: Frontal, parietal, occipital, temporal, zigomático e asa maior do esfenóide. 
Os ossos estão unidos pelas suturas zigomaticotemporal, zigomaticofrontal, esfenozigomática, 
esfenofrontal, esfenoparietal e esfenoescamosa. Na extremidade dorsal da sutura esfenoparietal está o 
ptério (passagem da artéria meníngea média). Próximo à sutura lambdóide se situa o forame mastóideo 
(passagem da veia emissária do seio transverso e de um ramo da artéria occipital para a dura-máter). O 
ponto de encontro das suturas parietomastóidea, occiptomastóidea e lambdóide é o astério. A fossa 
temporal é circunscrita pelas linhas temporais inferior e superior (o encontro desta última com a sutura 
coronal é chamado estefânio) e contém o músculo temporal com seus vasos e nervos e o nervo 
zigomaticotemporal. Já a fossa infratemporal, situada abaixo da anterior e separada desta pela crista 
infratemporal da asa maior do esfenóide, contém parte do músculo temporal, os pterigóideos medial e 
lateral, os vasos maxilares, os nervos maxilar e mandibular e o plexo venoso pterigóideo.A fossa 
pterigopalatina (de Bichat), por sua vez, é formada pela justaposição de duas fissuras em ângulo reto: a 
fissura orbital inferior (horizontal, para passagem do nervo maxilar, seu ramo zigomático, ramos 
ascendentes do seu ramo esfenopalatino, vasos infra-orbitais e a veia que liga a veia oftálmica inferior 
ao plexo venoso pterigóideo) e a fissura pterigomaxilar (vertical, para passagem da porção terminal da 
artéria e veias maxilares). Ela contém o nervo maxilar, o gânglio pterigopalatino (de Meckel) e a porção 
terminal da artéria maxilar. O arco zigomático, formado pelo processo zigomático do temporal e pelo 
processo temporal do zigomático, na sua borda inferior dá origem ao músculo masseter. Nele está o 
ponto mais lateral do osso zigomático, o zígio. Dorsalmente se encontra o meato acústico externo 
seguido pelo processo estilóide e processo mastóide do temporal (que serão descritos na norma basal). 
 
3. Norma frontal 
Ossos: Frontal, nasais, lacrimais, esfenóide, etmóide, zigomáticos, maxilas, conchas nasais inferiores 
e mandíbula. 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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Superiormente estão as tuberosidades frontais; abaixo delas se situam os arcos superciliares, no meio 
dos quais está a glabela. O ponto logo acima desta última, sobre a linha média da fronte, é denominado 
ófrio; Já abaixo dela se encontra a sutura frontonasal, cujo ponto mediano é chamado násio. Outro 
ponto craniométrico próximo se situa no fim da sutura internasal, o rínio. Acima das órbitas* estão os 
forames supra-orbitais (passagem de vasos e nervo supra-orbitais) e abaixo delas estão os forames 
infra-orbitais (para passagem de vasos e nervo infra-orbitais). 
 
*As órbitas são cavidades compostas por teto, soalho, parede medial, parede lateral, base e ápice. O 
teto apresenta medialmente a fosseta troclear (para inserção da polia cartilagínea do músculo oblíquo 
superior do olho) e lateralmente, a fossa lacrimal (para a glândula lacrimal). O soalho possui próximo à 
borda, medialmente, o canal nasolacrimal e na sua porção média, o sulco infra-orbital (que se continua 
como forame ou canal infra-orbital). A parede medial apresenta anteriormente o sulco lacrimal (para 
alojar o saco lacrimal) e posteriormente, a crista lacrimal posterior (para origem da parte lacrimal do 
músculo orbicular do olho); O ponto de encontro da borda anterior do lacrimal com o frontal chama-se 
dácrio. Ao longo da sutura frontoetmoidal estão o forame etmoidal anterior (para passagem de vasos 
etmoidais anteriores e nervo nasociliar) e o forame etmoidal posterior (para vasos e nervo etmoidais 
posteriores). Já a parede lateral, possui a fissura orbital superior (para entrada dos nervos oculomotor, 
troclear, ramo oftálmico do trigêmeo (nervo de Willis) e abducente, filamentos do plexo cavernoso 
simpático e ramos 
orbitais da meníngea 
média e saída da veia 
oftálmica superior e do 
ramo recorrente da 
artéria lacrimal para a 
dura-máter). Por fim, a 
base é formada pela 
borda orbital e no ápice 
está o canal óptico (para 
passagem do nervo 
óptico e da artéria 
oftálmica). 
 
 
Osteologia 
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Ínfero-medialmente às órbitas, tendo como teto os ossos nasais, está a abertura anterior da cavidade 
nasal (abertura piriforme). Medialmente apresenta o septo nasal ósseo – composto pela lâmina 
perpendicular do etmóide, vômer, esfenóide, palatino e maxila – enquanto na parede lateral estão as 
conchas nasais (apenas as conchas nasais inferiores são consideradas ossos independentes, as 
superiores e médias constituem parte do etmóide). As bordas inferiores terminam medialmente na 
espinha nasal anterior. 
 
Nas faces laterais dos ossos zigomáticos estão os forames zigomaticofaciais (para passagem de vasos e 
nervo zigomaticofaciais). As maxilas formam o esqueleto da arcada dentária superior com seus alvéolos 
(cavidades) e processos alveolares; os dois ossos se articulam através da sutura intermaxilar. O ponto 
médio alveolar é denominado próstio. No corpo da mandíbula se encontram a protuberância 
mentoniana (medialmente), os tubérculos mentonianos (lateralmente), os forames mentonianos (para 
passagem de vasos e nervo mentonianos) e as linhas oblíquas. 
 
 
4. Norma occipital 
Ossos: Occipital, parietais e temporais. 
Apresenta as suturas sagital, lambdóide, parietomastóidea e occipitomastóidea. Às vezes entre as 
suturas se desenvolve um osso acessório (sutural, Do Inca ou Wormiano). Apresenta três linhas 
transversais – as linhas nucais suprema (para inserção da gálea aponeurótica; divide esta norma nos 
planos occipital e nucal), superior e inferior –, a protuberância occipital externa ou ínio (para inserção 
do ligamento nucal), e uma linha longitudinal, a linha nucal mediana. Próximo à sutura 
occipitomastóidea se situa o forame mastóideo (passagem da veia emissária do seio transverso e de um 
ramo da artéria occipital para a dura-máter). 
 
 
5. Norma basal 
Ossos: Maxilas, palatinos, vômer, esfenóide, temporais e occipital. 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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Será descrita nas partes: Palato duro, esfenóide, temporal e occipital. 
 
o Palato duro 
Formado pela lâmina horizontal do palatino e pelo processo palatino da maxila, é a parte anterior 
da norma basal, sendo delimitado anteriormente pelo arco alveolar. É marcado por depressões para 
as glândulas palatinas, sendo atravessado por duas suturas – a palatina mediana e a palatina 
transversa – que em conjunto compõem a sutura cruciforme. Na articulação entre as maxilas, 
próximo ao arco alveolar está a fossa incisiva, onde se abre o forame incisivo. Por ele podem ser 
observados dois canais laterais – canais incisivos ou forames de Stenson ou condutos palatinos 
anteriores – por onde passam os ramos terminais da artéria septal descendente e do nervo 
nasopalatino. Em cada ângulo posterior do palato encontra-se o forame palatino maior (passagem 
de vasos e nervo palatinos maiores). Dorsalmente a este se situa o processo piramidal do palatino, 
perfurado pelos forames palatinos menores (passagem dos nervos palatinos menores). No centro 
da borda posterior está a espinha nasal posterior para inserção do músculo da úvula. 
 
*Às vezes existem dois canais adicionais na linha mediana, os forames de Scarpa para passagem dos 
nervos nasopalatinos. 
 
Atrás e acima do palato duro estão as coanas, as aberturas posteriores da cavidade nasal. Elas estão 
separadas pela borda posterior do vômer e no corpo intato se comunicam com a parte nasal da 
faringe. 
 
o Esfenóide 
Lateralmente às coanas estão os processos pterigóideos, formados por duas lâminas e duas fossas 
entre elas: a lâmina pterigóidea medial (na sua extremidade inferior está o gancho ou hâmulo 
pterigóideo para a curva do tendão do músculo tensor do véu palatino), a lâmina pterigóidea 
lateral (na sua face medial origina o músculo pterigóideo medial e na lateral, o músculo pterigóideo 
lateral) e a fossa pterigóidea (contém os músculos pterigóideo medial e tensor do véu palatino) e a 
fossa escafóide (origem do músculo tensor do véu palatino). Na base da lâmina lateral está o 
Osteologia 
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forame oval (passagem do nervo mandibular, artéria meníngea acessória e às vezes* do nervo 
petroso menor) e lateralmente a este está a espinha do esfenóide (inserção do ligamento 
esfenomandibular e músculo tensor do véu palatino) perfurada pelo forame espinhoso (passagem 
de um ramo recorrente do nervo mandibular e vasos meníngeos médios). 
 
*Algumas pessoas possuem medialmente ao forame espinhoso o Canalículo innominado de Arnold 
para passagem do nervo petroso menor. Nestes casos, o nervo não passa pelo forame oval. 
 
o TemporalLateralmente à espinha do esfenóide se encontra a fossa mandibular, que é dividida pela fissura 
petrotimpânica (fissura de Glaser) em duas porções: uma anterior articular (se articula com o 
côndilo da mandíbula) e uma posterior não articular (aloja parte da glândula parótida). Pela fissura 
citada se exterioriza o nervo corda do tímpano. Medialmente à parte posterior da fossa emerge o 
processo estilóide, onde se inserem os ligamentos estilo-hióide e estilo-mandibular (rosas brancas) 
e os músculos estilo-hióide, estilo-glosso e estilo-faríngeo (rosas vermelhas) que juntos compõem o 
Buquê de Ryoland. Na sua base está o forame estilomastóideo (para saída do nervo facial e entrada 
da artéria estilomastóidea). Dorsalmente a este se encontra o processo mastóide, que serve para 
inserção dos músculos esternocleidomastóideo, esplênio da cabeça e dorsal longo da cabeça. 
Medialmente a este se encontra a incisura mastóidea (ranhura digástrica) para inserção do ventre 
posterior do músculo digástrico e medialmente a esta última está o sulco occipital para a artéria 
occipital. Anteriormente ao sulco se situa o forame jugular, que pode ser dividido em três partes: a 
anterior dá passagem ao seio petroso inferior; a intermediária, aos nervos glossofaríngeo, vago e 
acessório; a posterior, ao seio sigmóide e a ramos meníngeos das artérias occipital e faríngea 
ascendente. Anteriormente a este está o canal carótico para passagem da artéria carótida interna e 
do plexo nervoso carótico. Medialmente ao canal se encontra o forame lácero* (passagem do 
nervo do canal pterigóideo [nervo vidiano] e do ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente). 
 
*No corpo intato, o forame lácero é revestido por uma camada fibrocartilagínea. A artéria carótida 
interna e um plexo de nervos simpáticos passam pela parte superior do forame, mas não o 
atravessam em sua extensão. As únicas estruturas que perfuram a membrana são o nervo do canal 
pterigóideo (nervo vidiano) e o ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente. 
 
o Occipital 
Medialmente aos forames láceros se encontra o tubérculo faríngeo (para inserção da rafe fibrosa 
da faringe e com depressões laterais para os músculos reto anterior da cabeça e longo da cabeça). 
Dorsalmente estão os côndilos occipitais para articulação com as facetas articulares superiores da 
primeira vértebra cervical (Atlas). Entre os côndilos há uma grande abertura – o forame magno – 
para passagem da medula oblonga e suas membranas, nervos acessórios, artérias vertebrais, 
artérias espinhais anteriores e posteriores e ligamentos que unem o occipital à segunda vértebra 
cervical (Áxis). Os pontos medianos das bordas anterior e posterior do forame são denominados, 
respectivamente, básio e opístio. Medialmente a cada côndilo está o canal do hipoglosso para 
saída do nervo hipoglosso e entrada de um ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente. Já 
dorsalmente a cada côndilo se encontra o canal condilar (passagem de uma veia emissária para o 
seio transverso). Posteriormente há a linha nucal mediana, que termina na protuberância occipital 
externa. 
 
 
 
Interior do Crânio 
 
1. Calota craniana 
Anteriormente podem ser vistos o seio frontal (cavidade com ar no osso frontal) e a crista frontal (para 
inserção da foice do cérebro). Em seguida, a calvária é atravessada por um sulco longitudinal, o sulco do 
seio sagital superior, possuindo também sulcos arteriais. Em sua extensão apresenta de ambos os lados 
fovéolas granulares, pequenas depressões criadas por protuberâncias da aracnóide. 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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2. Base do Crânio 
É dividida em três fossas: anterior, média e posterior. As fossas anterior e média são ocupadas pelo 
cérebro, enquanto a posterior serve de receptáculo para o cerebelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fossa anterior Fossa média Fossa posterior 
 
 
o Fossa anterior 
É limitada dorsalmente pela borda posterior da asa menor do esfenóide e pela margem anterior do 
sulco do quiasma. Apresenta impressões digitais e eminências cerebrais bem evidentes. Possui 
lateralmente lâminas orbitais para apoio dos lobos frontais do cérebro. Anteriormente apresenta a 
crista frontal, que termina no forame cego (para passagem de uma veia emissária nasal para o seio 
sagital superior). Logo dorsalmente se encontra a crista etmoidal (crista galli) e em suas laterais é 
observada a lâmina crivosa do etmóide perfurada por pequenos forames para passagem dos 
nervos olfatórios. Mais posteriormente está o sulco do quiasma óptico, cuja margem anterior limita 
dorsalmente a fossa. 
 
o Fossa média 
É limitada anteriormente pelas bordas posteriores das asas menores do esfenóide, apófises 
clinóides anteriores e a margem anterior do sulco do quiasma; posteriormente pelas bordas 
superiores da porção petrosa dos temporais e dorso da sela. Anteriormente está o sulco do 
quiasma óptico, que termina lateralmente nos canais ópticos e dorsalmente no tubérculo da sela. 
Limitadas pelas asas do esfenóide estão as fissuras orbitais superiores, já descritas na norma 
frontal. Posteriormente aos canais estão as apófises clinóides anteriores, que dão inserção à tenda 
do cerebelo; já dorsalmente ao tubérculo está a sela túrcica com uma depressão – a fossa 
hipofisária – para alojar a hipófise. As apófises clinóides médias estão na parede anterior da sela. O 
limite dorsal da sela é feito pelo dorso da sela, que termina lateralmente nas apófises clinóides 
posteriores (inserção da tenda do cerebelo). Lateralmente à sela está o sulco carotídeo (para a 
carótida interna) e lateralmente a este se situa o forame redondo para passagem do nervo maxilar. 
Póstero-medialmente a este se encontra a língula do esfenóide e póstero-lateralmente estão os 
forames oval e espinhoso, descritos anteriormente na norma basal. Medialmente à língula está o 
forame lácero, também já descrito. 
 
*Quando as apófises clinóides anterior e média se unem se forma o forame carotídeo clinóide para 
passagem da artéria carótida interna. 
 
*Algumas pessoas apresentam, entre os forames redondo e oval, o forame venoso (de Vesalius) para 
passagem de uma veia emissária do seio cavernoso para o plexo venoso pterigóideo. 
. 
o Fossa posterior 
É limitada anteriormente pelo dorso da sela do esfenóide e pela borda superior da porção petrosa 
do temporal. Anteriormente apresenta o uma extensa depressão, clivo do esfenóide, e 
lateralmente a este estão os meatos acústicos internos (passagem dos nervos facial e 
vestibulococlear e da artéria labiríntica [ramo auditivo interno da artéria basilar]). Dorsalmente está 
o forame jugular e medialmente a este, o canal do hipoglosso (já descritos). Medialmente a este 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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canal se situa o forame magno; já posteriormente ao forame jugular está o canal condilar. Póstero-
lateralmente a este último se encontra o forame mastóideo. As fossas occipitais posteriores ou 
cerebelares alojam o cerebelo e estão separadas pela crista occipital interna (dá inserção à foice do 
cerebelo e aloja o seio occipital), sendo limitadas dorsalmente pelos sulcos dos seios transversos. 
Estes se continuam ventralmente como sulcos dos seios sigmóides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos do Crânio em particular (Mandíbula e Hióide) 
 
Mandíbula 
Consiste em um corpo e dois ramos. 
- Corpo: 
Em sua face externa é marcada 
medialmente por uma crista que 
indica a sínfise mentoniana fetal e 
inferiormente a esta existe uma 
eminência triangular, a 
protuberância mentual. O ponto 
médio desta protuberância é 
denominado gnátio. Em cada lado da 
base da protuberância existe o 
tubérculo mentoniano e a partir dele 
se dirige posteriormentea linha 
oblíqua, que dá inserção aos 
músculos depressores do lábio 
inferior e do ângulo da boca. 
Apresenta de cada lado um forame 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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mentoniano para passagem de vasos e nervo mentonianos. 
Já em sua face interna, possui medialmente e próximo à sua base as espinhas mentonianas, que 
originam os músculos genioglossos. Inferiormente a estas há uma crista para origem do gênio-hióideo. 
Posteriormente estão as linhas milo-hióideas para origem dos músculos milo-hióideos. 
A borda superior é escavada para recepção dos 16 dentes, enquanto a inferior é arredondada. 
 
- Ramo: 
Inicia-se no ângulo da mandíbula, cujo ponto médio é denominado gônio (onde se insere o ligamento 
estilomandibular). Em sua face lateral é marcado por cristas para inserção do masseter. Já na face 
medial apresenta o forame mandibular (para entrada de vasos e nervo alveolares inferiores), em cuja 
borda de abertura existe uma espinha – a língula da mandíbula – para inserção do ligamento 
esfenomandibular. Inferiormente possui a linha milo-hióidea para origem do músculo milo-hióideo. Na 
sua borda superior apresenta dois processos interpostos por uma incisura: Anteriormente está o 
processo coronóide (inserção do músculo temporal); Posteriormente está o processo condilar, formado 
por um côndilo (que se articula com a parte anterior da fossa mandibular do temporal) e um colo; Entre 
os dois processos está a incisura mandibular, por onde passam vasos e nervos massetéricos. 
 
 
Hióide 
É o único osso que não se articula com nenhum outro. Possui um corpo, dois cornos maiores e dois 
cornos menores. 
 
- Corpo ou Basi-hial: Sua face ventral é convexa e possui 
uma crista transversa, podendo também apresentar uma 
crista longitudinal dividindo-a medialmente. Dá inserção 
medialmente ao músculo gênio-hióide, cranialmente ao 
genioglosso e inferiormente ao milo-hióideo, esterno-
hióideo e omo-hióideo. Sua face dorsal é lisa e a borda 
cranial dá inserção à membrana tiro-hióidea. 
 
- Corno maior ou Tiro-hial: Projeta-se dorsalmente; Dá origem ao músculo hioglosso e inserções 
principais são dos músculos e estilo-hióideo e tiro-hióideo. 
 
- Corno menor ou Cerato-hial: É anterior ao corno maior; Em seu ápice se insere o ligamento estilo-
hióideo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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Correlações Clínicas 
 
o Fraturas da órbita 
A margem orbital é forte para proteção do conteúdo da órbita. Em face da pequena espessura das 
paredes medial e inferior da cavidade orbital, um golpe no olho pode causar fratura das paredes orbitais 
sem que a margem seja danificada. A fratura traumática indireta que desloca as paredes é denominada 
fratura em explosão. As fraturas da parede medial podem acometer o seio esfenoidal e as células 
etmoidais, enquanto as da parede inferior podem trazer danos ao seio maxilar. Muitos casos são 
acompanhados por hemorragia, que exercendo pressão sobre o bulbo do olho causa a exoftalmia 
(protrusão do bulbo do olho). As fraturas podem ser intrasinusais (blow-out) ou intra-orbitárias (blow-
in): As primeiras são resultantes de grandes traumas sobre a região da órbita ou zigomático, 
apresentando fragmentos ósseos e tecidos moles invaginando-se para o seio maxilar; Já as segundas são 
pouco comuns, surgindo de impactos no zigomático no sentido caudo-cranial. 
 
 
 
Aspecto mais comum da fratura explosiva: O terço posterior do assoalho, mais delgado, não resiste ao 
impacto direto sobre a órbita, enquanto a porção anterior, mais espessa, resiste ao trauma se mantendo 
íntegra. (Seta amarela) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
25 
 
OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR 
 
 
Compõem o esqueleto apendicular superior, sendo organizados em cíngulo do membro superior ou 
cintura escapular, braço, antebraço e mão. 
 
 
o Cintura Escapular 
 
Clavícula 
Osso longo e com dupla curvatura, é o primeiro a iniciar sua ossificação (intramembranosa). Forma a 
parte ventral da cintura escapular, articulando-se medialmente com o esterno e lateralmente com a 
escápula. 
 
1. Extremidade esternal 
Convexa ventralmente, corresponde à extremidade medial do osso. Apresenta uma faceta que se 
articula com a incisura clavicular do manúbrio esternal por meio da interposição de um disco 
articular. Caudalmente à faceta há uma pequena área para articulação com a primeira cartilagem 
costal. 
 
2. Face superior 
Dá inserção medialmente ao peitoral maior (ventralmente) e ao esternocleidomastóideo 
(dorsalmente) e lateralmente ao deltóide (ventralmente) e ao trapézio (dorsalmente). 
 
 
 
 
3. Face inferior ou subclávia 
Em sua porção medial apresenta a tuberosidade costal (impressão rombóidea) para inserção do 
ligamento costoclavicular, enquanto que na lateral se situa o tubérculo conóide (tuberosidade 
coracóide) para inserção do ligamento conóide. Entre estes dois acidentes ósseos existe um sulco – 
o sulco subclávio – para inserção do músculo de mesmo nome. Ventral e lateralmente ao tubérculo 
conóide corre a linha ou crista trapezóide, que dá inserção ao ligamento trapezóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Os ligamentos conóide e trapezóide formam juntos o ligamento coracoclavicular, importante na 
estabilização da articulação entre a clavícula e a escápula. 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
26 
 
4. Extremidade acromial 
É côncava ventralmente e corresponde à extremidade lateral do osso. Cranialmente é plana, 
lateralmente apresenta uma faceta articular para o acrômio da escápula e caudalmente possui os 
acidentes ósseos já descritos: tubérculo conóide e linha trapezóide. 
 
 
Escápula ou Omoplata 
Osso chato e triangular, forma a porção dorsal da cintura escapular. Articula-se com a clavícula e com o 
úmero, sendo composta por duas faces, três bordas e três ângulos. 
 
1. Face ventral ou costal 
Possui uma grande concavidade, a fossa 
subescapular, para origem do músculo de 
mesmo nome. Em sua borda medial, 
recebe a inserção do músculo serrátil 
anterior (músculo de Boxer). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Face dorsal 
É convexa e dividida em duas partes desiguais 
por uma crista óssea – a espinha da escápula. 
A porção superior corresponde à fossa supra-
espinhal (para o músculo supra-espinhal) e a 
inferior, à fossa infra-espinhal (para o músculo 
infra-espinhal). Na borda lateral desta última, 
corre uma crista que separa o músculo infra-
espinhal do redondo maior e do redondo 
menor. 
 
*A espinha da escápula constitui o limite 
medial da grande incisura da escápula (a qual é 
fechada pelo ligamento transverso inferior da 
escápula e funciona como uma comunicação 
entre as duas fossas posteriores). Em sua borda dorsal (crista da espinha), existem dois lábios: O cranial 
dá inserção ao trapézio e o caudal, ao deltóide. Termina no acrômio (que se articula com a clavícula) e 
apresenta caudalmente e próximo ao seu centro o forame do canal nutrício para passagem de vasos que 
irrigam o osso. 
 
3. Borda superior 
Estende-se do ângulo medial à base do processo coracóide. Possui lateralmente a incisura da 
escápula, a qual é fechada pelo ligamento transverso superior da escápula formando um forame 
para a passagem do nervo supra-escapular. 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
27 
 
*A artéria supra-escapular passa cranialmente ao ligamento, se unindo posteriormente ao nervo supra-
escapular para passarem juntos pela grande incisura da escápula. Desta forma, é feita a inervação e a 
irrigação dos músculos que se situam na face dorsal do osso – supra-espinhal e infra-espinhal. 
 
4. Borda axilar ou lateral 
Estende-se da cavidade glenóide até o ângulo inferior. Seu ponto de partida é o tubérculo 
infraglenoidal,que dá origem à porção longa do tríceps braquial. 
 
5. Borda vertebral ou medial 
Estende-se do ângulo superior ao inferior. Consiste em dois lábios e uma área entre eles: o lábio 
ventral dá inserção ao serrátil anterior; o dorsal, ao supra-espinhal e ao infra-espinhal; já a área 
intermediária recebe o elevador da escápula, o rombóide menor e o rombóide maior. 
 
6. Ângulo superior ou medial 
Dá inserção a parte do elevador da escápula. 
 
7. Ângulo inferior 
Recebe o redondo maior e fibras do grande dorsal. 
 
8. Ângulo lateral 
Apresenta um processo espesso (cabeça da escápula) que se liga ao restante do osso por um 
estrangulamento (colo da escápula). Este processo é escavado para formar a cavidade glenóide. Ela 
é rasa e desproporcional à cabeça do úmero (com quem se articula), o que proporciona à 
articulação do ombro a execução de muitos movimentos e em grande amplitude. Na tentativa de 
aprofundar e ampliar esta cavidade para maior estabilidade da articulação existe a orla glenoidal, 
um anel fibrocartilagíneo que reveste suas margens. Em seu ápice se localiza o tubérculo 
supraglenoidal, que recebe a porção longa do bíceps braquial. 
 
9. Processo Coracóide 
É um processo curvo e espesso cuja raiz está próxima ao colo da escápula. Serve para inserção dos 
ligamentos coracoacromial e coracoclavicular (trapezóide + conóide) e para origem do músculo 
coracobraquial e da cabeça curta do bíceps braquial. 
 
 
 
o Braço 
 
Úmero 
É um osso longo, o maior do membro superior. Articula-se cranialmente com a escápula e caudalmente 
com o rádio e a ulna. 
 
1. Extremidade proximal 
Apresenta uma cabeça hemisférica que se articula com a cavidade glenóide da escápula. Logo 
adiante se situa o colo anatômico*, um estrangulamento que indica a linha de fixação da cápsula 
articular do ombro. Lateralmente à cabeça está o tubérculo maior, onde se inserem os músculos 
supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor; já o tubérculo menor se projeta anteriormente ao 
osso, servindo para inserção do tendão do subescapular. Entre os tubérculos existe uma depressão 
– o sulco intertubercular – que recebe os tendões do grande dorsal e da porção longa do bíceps 
braquial e serve para passagem de um ramo da artéria circunflexa umeral anterior para a 
articulação do ombro; ele é fechado pelo ligamento transverso do úmero. Em seguida existe um 
segundo estrangulamento, o colo cirúrgico. Caudalmente a cada tubérculo está sua crista 
correspondente: a crista do tubérculo maior para inserção do peitoral maior e a crista do tubérculo 
menor para inserção do redondo maior. 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
28 
 
*Fraturas do colo anatômico são menos freqüentes que as do colo 
cirúrgico e mais graves, pois é lesada a vascularização da superfície 
articular. 
 
 
 
 
 
 
2. Corpo ou Diáfise 
Possui duas bordas e três faces. 
- Borda lateral: Proximalmente apresenta o sulco radial ou 
musculoespiral para passagem do nervo radial. Distalmente forma a 
crista supracondilar lateral, que em seu lábio anterior origina os 
músculos braquiorradial e extensor radial longo do carpo e no 
posterior, recebe o tríceps braquial. 
-Borda medial: Estende-se da crista do tubérculo menor à crista 
supracondilar medial, que em seu lábio anterior origina o músculo 
braquial e no posterior, dá inserção à parte medial do tríceps braquial. 
- Face ventral: Sua porção ventrolateral possui a tuberosidade 
deltóidea para inserção do deltóide; na ventromedial está o sulco 
intertubercular. 
- Face dorsal: É quase totalmente coberta pelo tríceps braquial. 
 
 
 
 
3. Extremidade distal 
Apresenta o côndilo, formado pelo capítulo (porção lateral que se 
articula com a fóvea da cabeça do rádio) e pela tróclea (porção medial 
que se articula com a incisura troclear da ulna). Anteriormente, acima 
do capítulo está a fossa radial (recebe a cabeça do rádio quando o 
antebraço está fletido) e acima da tróclea está a fossa coronóide (aloja o 
processo coronóide da ulna quando o antebraço está fletido). 
Dorsalmente, acima do côndilo há uma única depressão – a fossa do 
olécrano – que recebe a ponta do olécrano quando o antebraço está 
estendido. Nas extremidades medial e lateral se encontram dois 
epicôndilos – o medial, para inserção do ligamento colateral ulnar da 
articulação do cotovelo, origem do pronador redondo e do tendão 
comum de origem dos músculos flexores do antebraço e o lateral, para o 
ligamento colateral radial da articulação do cotovelo e tendão comum 
de origem dos músculos supinador e extensor do antebraço. 
Medialmente à tróclea há o sulco do nervo ulnar. 
 
*Em algumas pessoas as fossas do olécrano e coronóide se comunicam 
por meio de uma abertura, o forame supratroclear. 
 
 
 
o Antebraço 
 
Ulna ou Cúbito 
Osso longo que ocupa o lado medial do antebraço. Articula-se cranialmente com o úmero e 
lateralmente com o rádio. 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
29 
 
1. Extremidade proximal 
Possui duas incisuras, dois processos e 
distalmente uma tuberosidade. A 
incisura troclear (incisura semilunar ou 
cavidade sigmóide maior) é uma 
depressão que se articula com a tróclea 
do úmero, sendo formada pelo 
olécrano (eminência cuja face proximal 
recebe parte do tríceps braquial) e pelo 
processo coronóide (projeção óssea 
cujo ápice é recebido na fossa 
coronóide do úmero na flexão do 
antebraço). Lateralmente a este último 
se encontra a incisura radial (cavidade 
sigmóide menor), depressão que se 
articula com a circunferência da cabeça 
do rádio e em cujas extremidades se 
insere o ligamento anular. Distalmente, 
na tuberosidade da ulna, se inserem o 
músculo braquial e a corda oblíqua 
(corda de Weitbrecht). 
 
2. Corpo ou Diáfise 
Apresenta lateralmente uma crista interóssea para inserção da membrana interóssea. No quarto 
distal da sua borda anterior (volar) está a crista do pronador, saliência óssea que origina o músculo 
pronador quadrado. 
 
3. Extremidade distal 
Possui duas eminências: a lateral corresponde à cabeça da ulna (que se articula com a incisura ulnar 
do rádio e com o disco triangular da articulação do pulso) e a medial, ao processo estilóide 
(proeminência não articular na qual se insere o ligamento colateral ulnar da articulação do pulso). 
 
 
Rádio 
Osso longo que ocupa o lado lateral do antebraço. Articula-se cranialmente com o úmero, medialmente 
com a ulna e caudalmente com o escafóide e o semilunar. 
 
1. Extremidade proximal 
Apresenta uma cabeça cilíndrica que possui 
uma circunferência (que se articula com a 
incisura radial da ulna) e uma fóvea (face 
articular para a fossa radial do úmero). Logo 
abaixo há um estrangulamento – o colo do 
rádio – e mais caudalmente, no lado medial, 
se encontra a tuberosidade radial (bicipital) 
para inserção do tendão do bíceps braquial. 
 
2. Corpo ou Diáfise 
Possui medialmente uma crista interóssea 
para inserção da membrana interóssea. 
 
3. Extremidade distal 
Possui duas faces articulares: uma distal, 
para o carpo (a qual apresenta uma faceta 
lateral para o escafóide e uma medial para o 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
30 
 
semilunar) e outra medial, para a ulna (a incisura ulnar ou cavidade sigmóide). Em sua face lateral 
está o processo estilóide, cuja base dá inserção ao tendão do braquiorradial e cujo ápice recebe o 
ligamento colateral radial da articulação do pulso. Na face dorsal encontra-se o tubérculo dorsal (de 
Lister), onde o tendão do extensor longo do polegar faz uma verdadeira polia. 
 
 
 
o Mão 
 
Carpo (Ossos do pulso) 
Consiste em oito ossos curtos dispostos em duas fileiras. Todos possuem seis faces, com exceção do 
pisiforme. 
 
1. Fileira proximal 
Escafóide 
Sua face proximal é convexa e se articula com o 
rádio, enquanto a distal é dividida emduas facetas 
para as articulações com o trapézio (lateralmente) e 
trapezóide (medialmente). A face palmar é côncava 
e possui um tubérculo, no qual se insere o retináculo 
dos flexores. A face lateral dá inserção ao ligamento 
colateral do pulso e a medial tem duas facetas: a 
proximal para o semilunar e a distal para a cabeça 
do capitato. 
 
- Assim, articula-se com 5 ossos: Rádio, trapézio, 
trapezóide, semilunar e capitato. 
 
 
Semilunar 
Sua face proximal se articula com o rádio, enquanto a distal apresenta uma única faceta para as 
articulações com o capitato e o hamato. A face lateral tem uma face plana para articulação com o 
escafóide e a medial possui uma faceta para articulação com o piramidal. 
 
- Assim, articula-se com 5 ossos:Rádio, escafóide, capitato, hamato e piramidal. 
 
Piramidal 
Sua face proximal se articula com o disco triangular do pulso, enquanto a distal se articula com o 
hamato. A face lateral possui uma faceta para articulação com o semilunar e na medial se insere o 
ligamento colateral ulnar do pulso. A face palmar apresenta uma faceta oval para articulação com o 
pisiforme. 
 
- Assim, articula-se com 3 ossos: Semilunar, hamato e pisiforme. 
 
Pisiforme 
Apresenta uma única faceta, que está localizada na sua face dorsal para articulação com o 
piramidal. Em sua face palmar se inserem o retináculo dos flexores, o flexor ulnar do carpo e o 
abdutor do dedo mínimo. 
 
- Assim, articula-se com 1 osso: Piramidal. 
 
 
2. Fileira distal 
Trapézio ou Multiangular maior 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
31 
 
Sua face proximal se articula com o escafóide, enquanto a distal tem forma de sela* e se articula 
com o 1º metacárpico. A face palmar possui um sulco para o tendão do flexor radial do carpo e um 
tubérculo para inserção do retináculo dos flexores. Já a medial apresenta duas facetas: a proximal 
para o trapezóide e a distal para o 2º metacárpico. 
 
*Devido a este formato diferenciado da face distal do trapézio, a articulação entre ele e o primeiro 
metacárpico (articulação carpometacárpica do polegar) é capaz de executar mais movimentos que as 
demais. (Este assunto será mais bem estudado no bloco de artrologia) 
 
- Assim, articula-se com 4 ossos: Escafóide, trapezóide, 1º e 2º metacárpicos. 
 
Trapezóide ou Multiangular menor 
Sua face proximal se articula com o escafóide, enquanto a distal apresenta facetas para a 
articulação com o 2º metacárpico. A face lateral se articula com o trapézio e a medial, com o 
capitato. 
 
- Assim, articula-se com 4 ossos: Escafóide, trapézio, capitato e 2º metacárpico. 
 
Capitato ou Magno 
Possui uma cabeça (recebida por uma concavidade formada pelo escafóide e o semilunar), um colo 
e um corpo. Sua face proximal se articula com o semilunar, enquanto a distal se articula com o 2º, 
3º e 4º metacárpicos. A face lateral se articula com o trapezóide e o escafóide e a face medial, com 
o hamato. 
 
- Assim, articula-se com 7 ossos: Escafóide, semilunar, trapezóide, hamato, 2º, 3º e 4º metacárpicos. 
Hamato ou Unciforme 
Sua face proximal se articula com o semilunar, enquanto a distal se articula por meio de duas 
facetas com o 4º e 5º metacárpicos. Em sua face palmar se encontra o hâmulo, processo em forma 
de gancho em cujo ápice se inserem o retináculo dos flexores e o flexor ulnar do carpo. A face 
medial se articula com o piramidal e a lateral, com o capitato. 
 
- Assim, articula-se com 5 ossos: Semilunar, piramidal, capitato, 4º e 5º metacárpicos. 
 
*O pisiforme e o hâmulo do hamato delimitam um canal na região do carpo denominado Túnel Ulnar ou 
Canal de Guyon para a passagem do nervo ulnar. 
 
 
 
Metacarpo (Ossos da palma) 
Consiste em cinco ossos longos, 
numerados do sentido lateral para o 
medial. Todos são compostos com uma 
base (extremidade proximal ou cárpica), 
um corpo e uma cabeça (extremidade 
distal ou digital). As bases se articulam 
com o carpo e com os metacárpicos 
adjacentes enquanto as cabeças possuem, 
de cada lado, um tubérculo para inserção 
dos ligamentos colaterais das articulações 
metacarpofalângicas. 
 
1º Metacárpico 
Na borda radial do seu corpo se insere o 
oponente do polegar, enquanto a ulnar 
origina a porção lateral do 1º interósseo 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
32 
 
dorsal. Sua base apresenta, no lado radial, um tubérculo para inserção do abdutor longo do 
polegar. 
 
- Articula-se proximalmente com o trapézio e distalmente, com a 1ª falange proximal. 
 
2º Metacárpico 
Na face dorsal da sua base se insere o extensor longo radial do carpo e na palmar, o flexor radial do 
carpo. 
 
- Articula-se proximalmente com o trapézio, trapezóide, capitato e 3º metacárpico e distalmente, com a 
2ª falange proximal. 
 
3ºMetacárpico 
A face dorsal da sua base apresenta o processo estilóide e distalmente a este se insere o extensor 
radial curto do carpo. 
 
- Articula-se proximalmente com o capitato, 2º e 4º metacárpicos e distalmente, com a 3ª falange 
proximal. 
 
4º Metacárpico 
 
- Articula-se proximalmente com o capitato, hamato, 3º e 5º metacárpicos e distalmente, com a 4ª 
falange proximal. 
 
5º Metacárpico 
Apresenta no lado ulnar um tubérculo para inserção do tendão do extensor ulnar do carpo. 
 
- Articula-se proximalmente com o hamato e o 4º metacárpico e distalmente, com a 5ª falange proximal. 
 
 
 
Falanges (Ossos dos dedos) 
São quatorze: três para cada dedo e 
duas para o polegar, sendo ordenadas 
em falanges proximais, médias e 
distais ou ungueais. Cada falange 
consiste em uma base (extremidade 
proximal), um corpo e uma cabeça 
(extremidade distal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
33 
 
Correlações Clínicas 
 
o Síndrome da Incisura da Escápula 
A borda superior da escápula apresenta uma incisura, a qual 
é transformada em forame pelo ligamento transverso 
superior da escápula, servindo para passagem do nervo 
supra-escapular. Entretanto, em algumas pessoas este 
ligamento sofre um processo de ossificação formando um 
canal ósseo atípico que pode levar à compressão do nervo. 
Movimentos rotacionais do ombro agravam a constrição, 
gerando os sintomas. A conseqüência mais comum é a fraqueza e atrofia dos músculos por 
inervados pelo nervo supra-escapular, o supra-espinhal e o infra-espinhal. 
 
 
o Síndrome do Túnel do Carpo 
O túnel do carpo é um canal delimitado dorsalmente por 
quatro proeminências ósseas (o tubérculo do escafóide, o 
pisiforme, o tubérculo do trapézio e o hâmulo do hamato) e 
ventralmente, pelo retináculo flexor (ligamento transverso do 
carpo). Ele conduz o nervo mediano e os tendões flexores dos 
dedos do antebraço até a mão. Fatores podem levar ao 
estreitamento deste túnel ou ao aumento volumétrico das 
estruturas que por ele passam como sinovites, tumores, 
anomalias musculares e eventos que gerem edemas na região. 
Estas situações levam à compressão do nervo mediano, 
responsável pela sensibilidade e motricidade do polegar e de 
alguns dedos e músculos da mão. Os sintomas são dor 
progressiva, parestesia, diminuição da sensação dos dedos e 
sensação de sudorese na área; por fim, pode ocorrer 
enfraquecimento dos músculos supridos por ele, como o 
abdutor curto do polegar. O diagnóstico é clínico e comprovado por uma eletroneuromiografia. O 
tratamento envolve uso de antiinflamatórios, modificação das atividades do indivíduo, imobilização do 
punho e exercícios de alongamento orientados por um profissional. O tratamento cirúrgico deve ser 
reservado para casos mais graves ou após tratamento conservador ineficaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
34 
 
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR 
 
 
Compõem o esqueleto apendicular inferior, sendoorganizados em cíngulo do membro inferior ou 
cintura pélvica, coxa, perna e pé. 
 
 
o Cintura Pélvica 
 
Osso Coxal ou Osso do Quadril ou Osso Ilíaco ou Osso Inominado 
Osso chato e irregular que juntamente com seu homólogo e o sacro forma a pelve óssea. Consiste em 
três partes – Ílio, Ísquio e Pube – que se encontram em uma cavidade, o acetábulo. 
 
Ílio 
É a porção superior; Possui um corpo e 
uma asa separados internamente pela 
linha arqueada e externamente pela 
margem do acetábulo. 
- Corpo: Compõe menos de 2/5 do 
acetábulo. 
 
- Asa: A face externa ou glútea é 
cruzada pelas linhas glúteas posterior, 
anterior e inferior. Dorsalmente à 
primeira se origina o glúteo máximo, à 
segunda o glúteo médio e à terceira, o 
glúteo mínimo. A face interna ou 
pélvica apresenta a fossa ilíaca, que dá 
origem ao músculo ilíaco. Dorsalmente 
a ela há uma superfície áspera: sua 
parte dorsal (a tuberosidade ilíaca) 
recebe o ligamento sacroilíaco dorsal e 
dá origem ao sacroespinhal e ao multífido, enquanto a ventral (a face auricular) se articula com o 
sacro. Ventralmente a esta última se situa o sulco pré-auricular, onde se insere o ligamento 
sacroilíaco ventral. A crista ilíaca possui um lábio externo (para inserção do músculo oblíquo 
externo e tensor da fáscia lata), uma linha intermédia (para origem do oblíquo interno) e um lábio 
interno (para inserção do transverso do abdome, quadrado lombar, sacroespinhal e ilíaco). A borda 
ventral apresenta duas espinhas separadas por uma incisura: a espinha ilíaca ântero-superior para 
origem do músculo sartório e inserção do tensor da fáscia lata e ligamento inguinal e a espinha 
ilíaca ântero-inferior para inserção do ligamento iliofemoral (em forma de Y ou de Bigelow). A 
borda dorsal semelhantemente apresenta duas espinhas separadas por uma incisura: a espinha 
ilíaca póstero-superior para inserção dos ligamentos sacroilíacos dorsais e multífido e a espinha 
ilíaca póstero-inferior, pertencente à face auricular. 
 
1. Ísquio 
É a porção inferior e dorsal, possuindo um corpo e um ramo. 
- Corpo: Compõe pouco mais de 2/5 do acetábulo. Apresenta na sua borda ventral o tubérculo 
obturatório e na sua borda dorsal, a espinha isquiática, onde se insere o ligamento sacroespinhal. 
Superiormente a esta se encontra a incisura isquiática maior para passagem de muitas estruturas, 
dentre elas o nervo isquiático e o músculo piriforme; já caudalmente está a incisura isquiática 
menor para passagem do obturatório interno. A primeira incisura é fechada pelo ligamento 
sacroespinhal e a segunda, pelos ligamentos sacroespinhal e sacrotuberal. Na junção entre o corpo 
e o ramo do ísquio se projeta a tuberosidade do ísquio ou túber isquiático, que recebe o ligamento 
sacrotuberal e origina os músculos semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral 
(denominados Músculos do Jarrete). É este acidente ósseo que suporta o peso do corpo ao sentar. 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
35 
 
- Ramo: Une-se ao ramo inferior 
da pube. 
 
2. Pube 
É a porção inferior e ventral, 
consistindo em um corpo e dois 
ramos. 
- Corpo: Compõe 1/5 do 
acetábulo. 
 
- Ramo superior: Possui em sua 
borda cranial o tubérculo púbico 
para inserção do ligamento 
inguinal (de Poupart). 
Medialmente a este se encontra a 
crista púbica para inserção do reto 
abdominal e piramidal, enquanto 
lateralmente está o pécten da 
pube, onde se insere o ligamento 
lacunar (de Gimbernat). Sua borda lateral apresenta a crista obturatória para inserção da 
membrana obturatória. 
 
- Ramo inferior: Une-se ao ramo do ísquio. 
 
3. Acetábulo 
Depressão em forma de taça onde as três partes do osso se articulam. Consiste em: limbo (borda 
proeminente onde se insere a orla do acetábulo ou ligamento cotilóide para aprofundamento da 
cavidade), face semilunar (superfície articular que recebe a cabeça do fêmur), fossa do acetábulo 
(depressão não articular que aloja gordura) e incisura do acetábulo (convertida em forame pelo 
ligamento transverso do acetábulo, servindo para passagem de vasos e nervos). 
 
*Ao nascimento, os três ossos primários estão unidos por cartilagem hialina, já na puberdade estão 
separados por uma cartilagem trirradiada em forma de Y centralizada no acetábulo. A fusão óssea 
completa se dá entre 20 e 25 anos. 
 
4. Forame obturado 
Abertura situada entre o ísquio e a pube, servindo para passagem de vasos e nervo obturatórios. É 
fechado pela membrana obturatória. 
 
*Anatomicamente, a pelve é o compartimento circundado pelo cíngulo do membro inferior (pelve 
óssea). A cavidade pélvica é contínua com a cavidade abdominal e é envolvida por partes moles, 
ligamentosas e ósseas que protegem o trato intestinal, urinário e órgãos genitais, além de servir como 
sustentação para o esqueleto axial e membros inferiores. É dividida em pelve maior ou falsa (ocupada 
por vísceras abdominais) e pelve menor ou verdadeira (contendo a bexiga e órgãos reprodutores). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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o Coxa 
 
Fêmur 
Osso mais longo e forte do esqueleto. Articula-se cranialmente com o osso coxal e caudalmente com a 
tíbia. 
 
1. Extremidade proximal 
Apresenta uma cabeça de superfície lisa que possui uma 
depressão – a fóvea – para inserção do ligamento da 
cabeça do fêmur (ligamento redondo ou do acetábulo), 
que prende o osso ao acetábulo. Em seguida um 
estrangulamento, o colo, recebe a cápsula da articulação 
do quadril e conecta a cabeça aos trocanteres. O 
trocanter maior é uma eminência grande onde se 
inserem muitos músculos; principais: Na face lateral se 
insere o glúteo médio; Na borda superior, o piriforme; Na 
face medial, em uma depressão chamada fossa 
trocantérica (fossa digital), o obturatório externo e 
anteriormente a esta, o obturatório interno e os gêmeos. 
O trocanter menor se projeta posteriormente, servindo 
para inserção do psoas maior. Entre os trocanteres, 
anteriormente, corre a linha intertrocantérica (linha 
espiral do fêmur) para inserção do ligamento ileofemoral 
e do vasto medial, enquanto posteriormente está a crista intertrocantérica, que na sua porção 
média apresenta o tubérculo quadrado para inserção do quadrado do fêmur. 
 
2. Corpo ou Diáfise 
Dorsalmente apresenta uma crista longitudinal que se trifurca proximalmente e se bifurca 
distalmente: a linha áspera. No seu terço cranial, possui três ramos: A crista lateral ou tuberosidade 
glútea (para inserção do glúteo máximo), a crista intermédia ou linha pectínea (para inserção do 
músculo pectíneo) e a crista medial (que se continua anteriormente como linha intertrocantérica). 
No terço médio apresenta dois lábios, o medial para origem do vasto medial e o lateral, para origem 
do vasto lateral. Já no terço caudal, possui dois ramos; o 
medial termina no tubérculo adutório, onde se insere o 
adutor magno. A área entre estes ramos é chamada 
superfície poplítea. 
 
3. Extremidade distal 
Possui dois côndilos para articulação com a tíbia; Entre 
eles, anteriormente, se encontra a face patelar (que se 
articula com a patela), enquanto posteriormente está a 
fossa intercondilar para inserção dos ligamentos 
cruzados. Superiormente aos côndilos estão os 
epicôndilos: O lateral recebe o ligamento colateral 
fibular da articulação do joelho e o medial, o ligamento 
colateral medial da articulação do joelho, além de 
possuir o tubérculo adutório. 
 
 
 
o Perna 
 
Patela ou Rótula 
Osso triangular, arredondado e sesamóide que se desenvolve no tendão do quadríceps femoral. 
Articula-se com o fêmur e tem por funções proteger a articulação do joelho e aumentar a alavanca do 
Osteologia 
Marina Mota 
 
 
 
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quadríceps femoral. Sua face anterior é convexa e apresenta aberturas para passagem de vasos; A 
posterior possui uma área articular lisa para

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