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A Era Do Vazio Gilles Lipovetsky

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Narrativas da Mudança
“A Era do Vazio” - Gilles Lipovetsky
ESTAL - Escola Superior de Técnologia e Artes de Lisboa
2º de Design de Comunicação 2ºSemestre
Docente: Arlete Castelo
Aluno: Eunice Simões Nº1026
Resumo
 O livro “ A Era do Vazio” de Gilles Lipovetsky é uma compilação de textos e artigos es-
critos pelo autor ao nos anos 70 e inicio dos anos 80. Este livro foi publicado, em 1983.
Constituido por um prologo e seis capitulos, cada um aborda uma visão sobre a sociedade 
moderna e dos comportamentos existentes.
Capitulo I
Sedução Non-Stop
 Este capítulo fala-nos de uma sociedade pós-industrial que se torna numa sociedade 
de serviços. As sociedades contêmporaneas são governadas por uma relação de sedução 
assimulada ao consumo desenfreado. Essa sedução é o que regula todo o processo de 
consumo,informação, educação e costumes.
 A sociedade passa a ser confrontada com uma politica personalizada correspondendo 
a uma emergência de valores, que são a cordialidade. próximidade, autênticidade, personali-
dade.
	 A	difusão	da	pornografia	faz	com	que	o	papel	da	mulher	seja	modificado	e	não	seja	só	
vista	como	passiva	e	com	a	única	finalidade	de	reproduzir.
Capitulo II
Indiferença Pura
	 O	despejo/vazio	da	sensação,	do	prazer,	o	vazio	dos	sentimentos	e	das	ideias,	faz	com	
que aumente a angústia e o pessimismo. A infelicidade e a indiferença crescem e com isso 
surjem	alguns	problemas	ditos	de	uma	sociedade	morderna,	como	o	caso	do	suícidio.	O	suí-
cidio é incompativel com uma sociedade indiferente e o desespero dessa indiferença faz com 
que	seja	definido	pela	depressão.	O	isolamento	do	individuo	faz	com	que	essa	solidão	seja	
maior	e	que	mesmo	que	peça	para	ficar	sozinho,	este	pode	não	se	suportar.
Capitulo III
Narcisismo ou a estratégia do vazio
	 A	sociedade		pós-moderna	começa	a	ter	um	fascinio	pelo	auto-conhecimento	e	auto-re-
alização.	Começa	a	ter	uma	sensibilidade	terapeutica	e	passa	a	praticar	yoga,	tai-chi,	dança.	
Faz com que o consumo de consciência se torne uma bulimia. Os individuos passam a canali-
zar as paixões e os sentimentos para o sentimento do Eu, tornando um sentimento egocên-
trico, onde obedecem a si mesmos.
Começam	por	ter	uma	obsesão	pela	saúde	e	pelo	culto	do	corpo.	Têm	medo	de	envelhecer,	
de morrer, passando a descartar os idosos para lares, também não mostram qualquer inde-
teresse pelas gereções futuras e necessitam de ser admirados pela Beleza e celebridade.
Capitulo IV
Modernismo e pós-modernismo
 Neste capitulo Lipovetsky, descreve que o modernismo é uma rotura com o passado, 
com as representações clássicas e cria novas obras, trazendo uma lufada de ar fresco, ao 
desligar a arte da tradição ou imitação, legitimando assim todos os temas.
Com	o	modernismo,	o	artista	liberta-se	da	tutela	financeira	das	igrejas,aristocratas	que	desde	
os sustentam desde a Idade Média ao Renascimento.
 Os valores passam a ser o individualismo, a liberdade, igualdade e revolução.
 Como modernismo começa a existir uma distanciação entre a obra e o espectador, 
como consequência desaparece a contemplação estética e interpretação em proveitos da 
“sensação, simultaneidade, caracter imediato e impacto”.
A sociedade passa a ser vazia da função da comunicação e personaliza e dessocializa as 
obras, criando códigos e mensagens por medida, confundidando o espectador através da di-
visão do sentido e do não-sentido. A obra passa a ser aberta de interpretações.
 Numa sociedade moderna da era do consumo liquida os valores, costumes e tradições, 
emancipando	o	individuo,	faz	com	esteja	ao	acesso	de	todos,	reduzindo	a	diferenças	institui-
das entre sexo e gerações.
 O individuo passa a ter necessidad de se redescobrir, ou de se aniquilar enquanto su-
jeito,	exaltando	assim	as	relações	interpessoais.
 Como modernismo existe tambem uma crise espiritual susceptivel de levar ao abalo 
das instituições liberais.
 
Capitulo V
Sociedade humorística
 Numa sociedade moderna existe o culto dos mitos cómicos e o divertimento ocupa um 
lugar fundamental.
A	ironia,	a	sátira	é	um	humor	recorrente	numa	sociedade	moderna.	
Resuscitam	tradições	como	Carnaval,	onde	se	poderá	utilizar	o	humor	satirico	para	criticar	
algo	que	pensam	estar	mal,	embora	o	Carnaval	de	hoje	em	dia	não	tenha	a	mesma	carga	
tradicional como antigamente.
	 Na	publicidade	muitas	das	vezes	também	utilizado	o	humor	direccionado	para	mostrar	
a verdade sobre a publicidade, que é desprovida de mensagem e não é uma narrativa, nem 
uma ideologia, é apenas uma forma vazia de valores sociais e institucionais que fazem com 
que na realidade não transmitam nada.
Capitulo VI
Violências Selvagens, Violências Modernas
	 Por	fim,	neste	capitulo	Lipovetsky	compara	a	violência	numa	sociedade	primitiva	e	na	
actual.
Nas	sociedades	primitivas	existia	o	código	de	honra	e	o	de	vingança.	A	honra	predominava	ao	
longo da vida, tendo como valores a coragem, o desprezo pela morte e a cobardia era des-
prezada. A vingança queria exclusivamente o sangue do inimigo.
Na sociedade moderna a violência para com os outros manifesta-se livremente, através de 
impulsos agressivos, por se terem tornado incompatíveis com a diferenciação das funções 
sociais	e	monopolização	da	coação	fisica	do	Estado	moderno.	
 Na sociedade pós-moderna acentua-se o individualismo, multiplicando assim a auto-
destruição. Por isso assistimos cada vez mais a um sentido de insegurança por parte das 
forças policiais, porque assistimos ao processo de personalização que liberta uma violência 
mais	dura,	que	se	exprime	na	criminalidade	e	na	droga.Daí	assistimos	à	violência	de	jovens	
desclassificados,	que	destroem	os	próprios	bairros,	onde	os	guettos	são	processos	acelerados	
de uma sociedade pós-moderna vazia.
 
Apreciação
 O que Lipovetsky nos mostra é uma sociedade do descartável e do vazio. Os individuos 
preocupam-se cada vez mais com a aparência, com o estatuto, do fútil, com o consumir cada 
vez mais e esquece-se de valores tão simples como o amor, amizade, esquece-se de sentir.
Embora	tenha	sido	escrito	nos	século	XX	e	nos	anos	70	e	80,	este	livro	é	muito	actual,	pois	
retrata exactamente a sociedade em que vivemos.
A sociedade está vazia e cega.
Podemos	ligar	este	livro	ao	filme	“Ensaio	sobre	a	cegueira”,	onde	a	narrativa	retrata	exacta-
mente esta questão, a sociedade vazia a que vivemos.

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