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EV PAYNE

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TÉCNICA DE EVERITT PAYNE
INTRODUÇÃO
Everitt Payne foi quem introduziu o enceramento em cores de cera diferentes e define que as estruturas da face oclusal que têm sentido mésio-distal, são feitas de cor verde, como as vertentes mesiais e distais das cúspides e as que estão no sentido vestíbulo-lingual, são feitas em vermelho, como as cristas transversais. As cristas marginais são feitas em azul e os ápices das cúspides são realizadas em amarelo.
Devemos observar que esta técnica, pelas particularidades que possui, é a ideal para ser usada no enceramento de dentes que vão obedecer ao esquema oclusal dente a dois dentes, ou seja, o esquema oclusal natural.
Em relação à sequência da escultura das estruturas, temos encontrado variações (ARS CURANDI, SANTOS JR, NUNES, SHILLINGBURG). 
Adicionamos ainda os que já havíamos adicionado na descrição da técnica de Thomas, como a localização dos cones, das fossas, a recuperação de contatos e a de esquecimento. Podemos dizer dessa maneira, que a descrição a seguir é de certo modo um “Everitt Payne modificado” (ROCHA R.L.).
Em resumo, os passos que descreveremos têm a seguinte ordem (veja o nº da prancha colorida em frente): 
Preenchimento das caixas;
Levantamento dos cones vestibulares Fig 1;
Localização das fossas (Rocha, R.L).;
Vertentes lisas externas fig 2;
Cristas triturantes fig 3;
Vertentes externas mesiais e distais fig 4;
Vertentes triturantes mesiais e distais fig 5;
Levantamento dos cones linguais fig 6;
Vertentes externas lisas fig 7;
Cristas triturantes fig 7;
Vertentes externas mesiais e distais fig 8;
Vertentes triturantes mesiais e distais fig8;
Cristas marginais fig 9;
Sulcos principais e secundários;
Fase de recuperação de contatos (Rocha, R.L).;
Fase de esquecimento (Rocha, R.L.);
 Legenda e codificação de cores 
Faça neste desenho um colorido correspondente para orientar o seu trabalho
Vértice de cúspide – cone - amarelo 
Vertente vestibular e lingual das cúspides (vermelho)
Vertente mesial e distal das cúspides (verde)				
Crista marginal mesial e distal (azul)		 
Crista secundária (verde)				
Sulco de desenvolvimento vestíbulo-lingual (Preto)
Sulco de desenvolvimento mésio-distal (preto)
Sulco suplementar (marrom) 
Fossa ( branco)					
Contato oclusal (branco)
Fig Cores usadas no enceramento Pela técnica de Everitt Payne.
Preenchimento das caixas
	Este passo só se faz necessário em preparos que contenham caixas proximais a serem preenchidas. Faz-se o preenchimento com a cera verde, utilizando o pingótomo para gotejá-la, ou a espátula 7 para maiores porções.
Devido às características do tipo de preparo que se fez para a prática do enceramento progressivo que é o preparo MOD com proteção de cúspides, teremos que fazer o preenchimento das caixas proximais dos preparos (mesiais e distais) e de parte das caixas oclusais, pois é somente a partir de um “plateau” que iremos entrar mesmo no estudo da oclusão, com o enceramento das faces oclusais propriamente ditas. Faremos então, este nivelamento dos preparos. Se nos depararmos com um preparo para coroa total por exemplo, deveremos agir da mesma maneira ou seja, esculpir as faces vestibular, lingual, mesial e distal até alguns mm aquém do ponto de oclusão, deixando o espaço somente para a face oclusal propriamente dita.Este preenchimento faremos com cera verde, utilizando o pingótomo ou a espátula 7 para levá-la aos locais desejados, em menores ou maiores porções. Iniciando pela caixa proximal mesial do dente a ser esculpido e seguindo em direção posterior. Ao esculpirmos as faces livres e proximais, deveremos abrir os espaços das ameias vestibulares e linguais, diferentemente entre si, sendo que as linguais serão sempre mais profundas e estreitas e as vestibulares mais rasas no sentido vestíbulo-lingual e largas no sentido mésio-distal. No sentido cérvico-oclusal, existe ainda o espaço para as papilas, abaixo do ponto de contato, que no nosso caso, será impossível realizar, pois não estaremos trabalhando ainda com troquéis. No troquel isto é possível de se fazer, pois trabalhamos com cada dente individualmente, fora do modelo, colocando-o no lugar após esculpir.
Este espaço livre, abaixo do contato dentário, é imprescindível em qualquer trabalho restaurador, para acomodar a papila gengival sem comprimi-la. (vide área do “col” no glossário de termos). O desrespeito à gengiva, não deixando espaço para a mesma, pode trazer como conseqüência a instalação de uma gengivite no local, podendo evoluir rapidamente, se não diagnosticado a tempo.
Fig. 11.3 - Preenchimento das caixas proximais – vista oclusal e proximal
Levantamento dos cones vestibulares
Nos dentes inferiores (fig. colorida 1):
Tanto para esculpir dentes inferiores como superiores, os cones vestibulares são feitos primeiro 
Antes de iniciar o levantamento dos cones, demarque com a lapiseira as fossas e as cristas marginais que receberão as cúspides de contenção cêntrica. Esta demarcação tem dupla função: além de nos orientar para que miremos nela ao encerar os cones, estes, ao atingirem a fossa, serão marcados por este grafite, nos indicando que a cera foi ao fundo de fossa ou entre as cristas marginais.
Fig. 11.4 - Demarcando as fossas e cristas marginais que receberão os cones de cera.
O levantamento dos cones vestibulares é iniciado, usando o pingótomo e cera amarela. 
Ao se levantar um cone, deve-se colocar a primeira gota de cera mais quente, para se soldar firme no modelo. Os pingos de cera seguintes; dois ou três, conforme a necessidade, devem ser colocados um encima do outro, mirando em direção ao fundo da fossa à qual se destina e que foram demarcadas anteriormente, se dirigindo para elas.
Quando se perceber que a altura da coluna de cera já for suficiente, fecha-se o articulador sem fazer força, porém com firmeza, até que o pino incisal toque a mesa incisal (este movimento deve ser bem observado quando o professor fizer, pois é um dos pontos “nevrálgicos” para o iniciante, que tem medo de fechar articulador com firmeza – pensa que irá quebrar os modelos, sendo que na verdade, o pino incisal protege-os) para que a fossa antagonista fique impressa na cera mole. Esta impressão tem a forma característica de um chapeuzinho com a pontinha preta, justamente manchada pelo grafite que impregnamos o fundo de fossa, o que vai caracterizar que a cera chegou lá, atingindo o seu objetivo. Manobra posterior a isso é o acabamento deste “chapeuzinho”, retirando suas rebarbas para tomar a forma de um cone, e para isso devemos esculpi-lo: ou com o pgt morno, rodeando-o, ou com o hollembach, amolado, cortando sempre de cima para baixo.
Fig. 11.5 - Seqüência para o levantamento dos cones: o primeiro pingo mais quente para aderir ao gesso, o segundo e terceiro e outro se necessário, até que se feche o articulador e se forme o “chapeuzinho” característico para ser esculpido.
Desde já deixo o lembrete para o iniciante:
“A toda porção de cera adicionada à escultura, o articulador deve ser fechado com a mesma ainda plástica!” Atentem para essa dica desde cedo, pois ela irá lhes poupar tempo e aborrecimentos.
Todos os cones são feitos com cera amarela, dirigindo-os na direção em que deverá ocluir a futura cúspide, onde marcamos com o grafite.
No esquema a seguir, temos as relações dos cones inferiores com os antagonistas, e logo à frente de cada um o número de contatos que terão após concluída a escultura das referidas cúspides.
1- Cúspide V do 1º PMI = Crista marginal mesial do 1º PMS 1 contato
2- Cúspide V do 2º PMI = CM Dt do 1º PMS e CM Ms do 2º PMS 2 contatos
3- Cúspide MV do 1º MI = CM Dt do 2º PMS e CM Ms do 1º MS 2 contatos
4- Cúspide V-mediana do 1º MI = fossa central do 1º MS 3 contatos
5- Cúspide DV do 1º MI = Habitualmente não funciona-
6- Cúspide MV do 2º MI = CM Dt do 1º MS e CM Ms do 2º MS 2 contatos
7- Cúspide DV do 2º MI = = fossa central do 2º MS 3 contatos
Obs: CM – crista marginal; PMS – pré molar superior; MS – molar superior; Dt – distal; Ms – mesial.
Localização das fossas
Localização das fossas ( Rocha, R.L.) 
A localização das fossas nada mais é que localizar, na superfície do dente que fazemos, as fossas que abrigarão as cúspides dos antagonistas, a partir da impressão das suas pontas. Essa fase não é descrita por Everitt Payne e nem por Peter Thomas.
Para isso, marcamos a pontinha de cada cúspide antagonista (superior) com lápis. Logo em seguida, “miramos” onde a ponta da cúspide antagonista irá tocar, dentro da face oclusal que estamos esculpindo e assim, colocamos um pingo de cera exatamente aí neste local. 
Ao fechar o A..S.A., esta localização vai nos informar onde a cúspide do antagonista chega, processo semelhante ao que fizemos com os cones, só que invertido, pois neste caso as cúspides é que virão e não nossos cones. 
Esta localização irá nos auxiliar na próxima fase, onde nos facilitará na localização e direção das cristas triturantes.
 
Fig. 11.11 - Localização das fossas: Marcar com lápis a ponta da cúspide que irá ocluir na fossa; em seguida, coloque cera o local provável em que a fossa irá se localizar; feche articulador e na cera ficará marcado o local exato correspondente à ponta de cúspide.
Por uma variação da descrição de E. Payne, feita por nós (ROCHA,R.L.), localizaremos as fossas centrais e distais dos molares que servirão de pontos de referência para várias estruturas da face oclusal, como angulação horizontal das cristas tritutrantes. 
Nos dentes superiores:
Para nortear o tamanho dos cones vestibulares dos dentes superiores que não têm fossa para serem contidas, podemos fazer uma regrinha simples: Levante o cone do 1º pré-molar superior um pouco menor que o canino; os outros cones são erguidos de maneira que haja a formação da curva de Spee, ou seja, os mais posteriores deverão ser paulatinamente menores. Uma orientação para a localização destes cones é a seguinte:
1- Cone V do 1º PMS - levantado em direção ao espaço entre canino e 1o PMI
2- Cone V do 2º PMS - levantado em direção ao espaço entre 1o PMI e 2º PMI 
3- Cone MV do 1º MS - levantado em direção ao espaço entre 2º PMI e 1o MI
4- Cone DV do 1º MS - levantado em direção ao espaço entre a cúspide MV e a V mediana do 1o MI 
5- Cone MV do 2º MS - levantado em direção ao espaço entre 1o MI e 2º MI 
6- Cone DV do 2º MS - levantado em direção ao espaço entre a cúspide MV e a DV do 2o MI .
Vertentes lisas externas e cristas triturantes das cúspides vestibulares (fig. colorida 2 e 3)
Nota-se a primeira diferença desta técnica para a de Thomas: Não temos o perímetro oclusal. Os contatos são conseguidos nos ápices das vertentes lisas, quando estas forem esculpidas na fase seguinte.
Outra diferença é que já se faz as estruturas todas de uma cor, como nesse caso, as transversais de cor vermelha. e depois as longitudinais de cor verde.
Projeta-se então, estes cones para vestibular, até que se alinhem à superfície externa não preparada, o que será feito com cera vermelha, ou seja, serão as futuras vertentes lisas externas das cúspides. Estas devem conservar a convexidade da parede vestibular original do remanescente dentário.
Faz-se em seguida esta projeção, em direção oclusal, as cristas triturantes.
Vertentes lisas das cúspides
As vertentes lisas das cúspides serão confeccionadas com cera vermelha e são as projeções dos cones nas faces vestibular e lingual dos dentes. Já estaremos encerando e esculpindo parte do contorno externo do dente.
Sendo assim, deve-se então ter o cuidado de fazer com que este contorno em cera seja uma continuação da face não preparada do dente. 
Uma dificuldade neste ponto existe para o aluno que ainda não aprendeu na Dentística preparos cavitários externos, para incrustações metálicas. Concomitantemente à disciplina de Escultura Dental, não é ensinado preparos extracavitários e muitas vezes torna-se difícil visualizar o chamado ângulo cavo-superficial nas faces externas do dente (que neste caso é chamado de término cervical). Para essa visualização, orientaremos a todos a passarem a lapiseira com a ponta grande nas bordas do preparo, de maneira que a lateral da grafite risque justamente o término do preparo, local onde o nosso enceramento deve terminar, posto que foi só até neste ponto que os dentes foram preparados e só até aí deverão ser encerados.
Confecciona-se esta estrutura, utilizando a cera vermelha e colocando-a com o pgt, deslizando desde a ponta até a base de cada cone, projetando-o na vestibular e na lingual, criando pequenos triângulos, que devem terminar em “linha zero” nas bordas do preparo onde foi demarcado com a grafite na face correspondente de cada cone. Estas vertentes devem terminar também em “linha zero” nas pontas dos cones.
Após esta escultura, deve-se colocar o modelo na altura dos olhos e olhar de frente para trás, verificando a uniformidade das curvas esculpidas, se as vertentes não estão retas, se não estão nem com sobrecontorno ou subcontorno, e se qualquer destes defeitos for detectado, corrigi-los.
Fig. 11.13 - Seqüência do enceramento das vertentes externas. Observe em sentido horário: Inicialmente, demarca-se a linha de término cervical e com o pingótomo iniciamos a colocação da cera nas vertentes externas das cúspides; em seguida vê-se um desenho com um contorno correto e outro incorreto (indicado pela seta); em seguida exemplos de perfis de emergência em escultura de coroas totais: perfil normal, sobre e subcontorno; no último desenho, ao levantarmos o modelo à altura dos olhos e compararmos o enceramento com os vizinhos poderemos concluir se erramos ou acertamos. 
Para melhor confeccionar estas vertentes, podemos observar nos dentes opostos que não foram preparados, a inclinação das faces vestibulares e linguais, para podermos encerar o nosso trabalho de acordo com eles. Note que nos dentes inferiores, devido à sua posição na arcada, tanto as faces vestibulares como as linguais ficam inclinadas para lingual. 
NOTA: Não deve haver contanto nestas vertentes.
Vertentes lisas mesiais e distais
Estas vertentes são o complemento das faces vestibulares e linguais, 
Devem ter o mesmo perfil das vertentes externas lisas das cúspides e estas duas estruturas, juntas, formarão o contorno externo dos dentes. As mesmas considerações que foram feitas no item anterior podem ser refeitas aqui. 
Para conseguirmos a regularização, o contorno externo pode ser esculpido com o hollembach, assim como se fez com as vertentes externas lisas das cúspides.
Neste ponto, atentar para um detalhe importante do treinamento da destreza manual: O esculpidor de Hollembach deve ser manejado com leveza, já prevendo um treinamento para intervir na boca de pacientes, ao exercitar a leveza do toque do instrumental no modelo. Além disso, ao usar este instrumento de grande utilidade, que servirá tanto para esta disciplina como para outras, o aluno deverá treinar o seu uso de diversas maneiras, sendo uma delas, fazer o corte em várias direções, para que as nervuras que são criadas ao se cortar em uma direção, sejam retiradas e alisadas ao se cortar em outra direção.
NOTA: - Existem sulcos nas faces vestibulares e linguais dos molares que são o resultado do encontro entre duas cúspides e que devem ser esculpidos. 
Cristas triturantes e vertentes triturantes.
Cristas triturantes são elevações que se estendem das pontas das cúspides aos sulcos principais mésio-distais, possuindo forma de gota. A base, no seu encontro com o sulco, tem a forma triangular, o que faz com que o sulco principal mésio-distal tenha o zig-zag característico. Nos dentes onde houver só duas cúspides, o encontro das duas triturantesé reto. 
Tem o seu vértice localizado na ponta da cúspide e a base no sulco, tendo forma arredondada ou convexa em todos os sentidos. Nestas cristas triturantes, vamos encontrar pontos de contato oclusais.
Possuem a forma de uma gota com o vértice na ponta da cúspide e a base no futuro sulco, tendo forma arredondada ou convexa em todos os sentidos, assim como uma gota d’água mesmo. Ao lado de cada crista, que geometricamente falando, é o encontro de dois planos, ficam então, os dois planos, representados então pelas duas vertentes triturantes: sempre uma mesial e outra distal. 
Com o pgt. e usando cera vermelha, iniciamos a confecção destas estruturas. Pinga-se da mesma maneira que foi explicado antes, colocando a ponta do pgt na ponta de cúspide inicialmente, e vai-se descendo até o fundo da caixa, no meio da face oclusal, terminando onde será o futuro sulco mésio-distal. As bases dessas cristas triturantes, vão se encontrar no sulco principal mésio-distal. 
Atenção redobrada nesta fase do enceramento relembro ao aluno para fechar o articulador a cada nova porção adicionada, pois se não fizermos isso, pode acontecer de a escultura começar a “mancar” sem sabermos exatamente onde foi o primeiro erro. 
As vertentes triturantes são nada mais nada menos que a continuação das cristas triturantes separadas por um sulco raso que é o sulco secundário e são feitas com cera verde.
Achamos que iniciar esta fase do enceramento (cristas triturantes) com a localização das fossas, (que é de nossa autoria), vai nos permitir obter as seguintes informações, importantes e facilitadoras do trabalho:
Além de localizar a fossa, ficamos sabendo do local onde vai passar o sulco principal mésio-distal e o vestíbulo-lingual, informação que consideramos muito importante, pois também onde as cristas vestibulares irão se encontrar com as linguais.
Feita esta localização, temos condição de comparar a nossa face oclusal com a do dente homólogo no lado oposto a fim de verificar as relações que cada crista triturante mantém com cada fossa: se passa à mesial dela, à distal, ou se vai de encontro a ela. Observe que temos, para termos de comparação, dois pontos já demarcados: as pontas de cúspide que foram localizadas de encontro às fossas antagonistas e as fossas. A partir destes dois pontos, pode-se fazer uma comparação com os dentes homólogos ou com o modelo sem preparo que lhes foi fornecido. Uma observação neste momento é válida: esta comparação é estimulada porque os nossos modelos para o exercício de enceramento têm uma oclusão ótima e têm os dentes todos em posição ideal e anatomicamente iguais aos seus pares, mas, numa situação real, apesar de haver bastante semelhança entre os dentes homólogos, temos de levar em consideração também fatores como desgastes, restaurações, etc.
O tamanho das cristas triturantes da ponta do cone até o sulco, fica muito mais fácil de se definir. Temos observado em alguns trabalhos de alunos, que eles têm dificuldade de controlar o comprimento das cristas triturantes, ou seja, se não tivermos as fossas demarcadas no local de passagem do sulco principal, qual será o parâmetro? Onde que estas cristas irão acabar? 
Outra característica que deve ser observada nesta fase, é que as cristas triturantes, com a sua forma de gota, devem se encontrar no sulco de desenvolvimento mésio-distal, num imbricamento característico. Tomando como exemplo o primeiro molar inferior, observar as cristas triturantes linguais ultrapassando ligeiramente a linha mediana da face oclusal em direção vestibular, e as vestibulares também, em sentido lingual, o que resulta num sulco em zig-zag. Vide figura abaixo.
Outra característica das vertentes triturantes é que elas não são côncavas, e sim convexas nos dois sentidos: mésio-distal e vestíbulo-lingual.
Fig. 11.16 - Observe a convexidade no sentido mésio-distas e vestíbulo-lingual das vertentes triturantes e também como se imbricam umas com as outras.
Vertentes lisas mesiais e distais (vestibulares) e vertentes triturantes mesiais e distais (fig. colorida 4 e 5 ). 
Nesta fase já vamos encontrar muitos pontos de contato oclusais, posto que nesta técnica não temos o perímetro, e sim já passamos direto para as vertentes cuspídicas e nelas com certeza, encontraremos pontos de contato, tanto nas externas como nas internas ou triturantes. Estas vertentes lisas mesiais e distais irão completar o contorno externo do dente. E irão contactar na cristas triturantes dos antagonistas ou nas cristas marginais, conforme for a contenção da cúspide. Verifique no desenho na página a localização destes pontos.
Vertentes triturantes mesiais e distais
Após ter esculpido o contorno externo da face vestibular, passamos para a complementação das cúspides vestibulares esculpindo as vertentes triturantes, uma de cada lado das cristas triturantes. 
Após esta etapa, teremos as cúspides vestibulares completadas, e passaremos a levantar os cones linguais – que no caso dos dentes superiores serão os de contenção cêntrica.
 Pontos de contato oclusais:
Relaçionaremos a seguir pontos de contato nas vertentes triturantes mesiais e distais e também nas vertentes lisas mesiais e distais
1- Vertente lisa distal (bem próximo do ápice) da cúspide vestibular do 1º pré-molar inferior oclui com a crista marginal mesial do 1o PMS.
2 - Vertente lisa mesial da cúspide vestibular do 2º PMI oclui com a crista marginal distal do 1o PMS.
3 - Vertente lisa distal da cúspide vestibular do 2º PMI oclui com a crista marginal mesial do 2º PMS.
4 - Vertente lisa mesial da cúspide MV do 1o MI oclui com a crista marginal distal do 2º PMS.
5 - Vertente lisa distal da cúspide MV do 1o MI oclui com a crista marginal mesial do 1o MS.
6 - Vertente lisa mesial da cúspide vestíbulo-mediana do 1o MI oclui com a vertente triturante distal da cúspide MV do 1o MS.
7 - Vertente lisa distal da cúspide vestíbulo-mediana do 1o MI oclui com a vertente triturante mesial da cúspide DV do 1o MS.
8 – Vertente lisa mesial da cúspide disto vestibular do 1o MI oclui com a crista triturante ou vertente triturante distal da cúspide disto vestibular do 1o MS (esta cúspide muitas vezes não oclui por ser pequena)
9 - Vertente lisa mesial da cúspide MV do 2o MI oclui com a crista marginal distal do 1º MS.
10 - Vertente lisa distal da cúspide MV do 2o MI oclui com a crista marginal mesial do 2o MS.
11 - Vertente lisa mesial da cúspide disto-vestíbular* do 2o MI oclui com a vertente triturante distal da cúspide MV do 2o MS.
12 - Vertente lisa distal da cúspide disto-vestíbular* do 2o MI oclui com a vertente triturante mesial da cúspide DV do 2o MS
13 - Vertente triturante mesial da cúspide vestíbulo-mediana do 1º MI oclui com vertente triturante distal da crista transversal mesial da cúspide ML do 1º MS.
14 - Vertente triturante distal da cúspide vestíbulo-mediana do 1º molar inferior oclui com a vertente triturante mesial da crista triturante distal da cúspide mésio-lingual do 1º molar superior.
15- Apesar de ter dito anteriormente que a cúspide disto-vestibular do 1o MI não funciona habitualmente, a crista triturante desta cúspide pode ocluir com a crista triturante da cúspide disto-lingual do 1o molar superior, mas é outra que é pequena e não oclui na maioria das vezes.
16 - Vertente triturante mesial da cúspide disto-vestibular do 2º MI oclui com vertente triturante distal da crista transversal mesial da cúspide ML do 2º MS.
17 – Vertente triturante distal da cúspide disto-vestíbular do 2º molar inferior oclui com a vertente triturante mesial da crista triturante distal da cúspide mésio-lingual do 2º molar superior.
Confira neste desenho esquemático alguns dos pontos de contato possíveis de se conseguir, enfatizando a fase das vertentes lisas vestibulares dos dentes inferiores (já que nos superiores, as vertentes lisas vestibulares não têm contato)
Fig 7-6 Pontos decontato oclusais nas vertentes vestibulares esculpidas.
Nos superiores: 
As vertentes lisas mesiais e distais vestibulares dos dentes superiores não ocluem
Existem contatos semelhantes aos descritos pelos números 6, 7, 10 e 11, ou seja, estes contatos são comuns às esculturas de dentes inferiores ou superiores.
6- Vertente triturante distal da cúspide MV do 1o MS oclui com a vertente lisa mesial da cúspide vestíbulo-mediana do 1o MI.
7- Vertente triturante mesial da cúspide DV do 1o MS oclui com a vertente lisa distal da cúspide vestíbulo-mediana do 1o MI.
8 – Crista triturante ou vertente triturante distal da cúspide disto vestibular do 1o MS oclui com a vertente lisa mesial da cúspide disto vestibular do 1o MI (que é um dos contatos que raramente existem)
11 - Vertente triturante distal da cúspide MV do 2o MS oclui com a vertente lisa mesial da cúspide disto-vestíbular do 2o MI.
12 - Vertente triturante mesial da cúspide DV do 2o MS oclui com a vertente lisa distal da cúspide disto-vestíbular do 2o MI.
 Cones linguais
Levantamento dos cones linguais.
Os cones linguais são acrescentados neste momento, sendo que nos dentes inferiores, devemos tomar cuidados para que os mesmos fiquem um pouco afastados da face lingual dos dentes superiores, possibilitando que a face oclusão não fique “tímida”. Outro cuidado com estes cones que não são de contenção e por isso não têm regra fixa para o tamanho, é que não sejam maiores que os vestibulares e devemos também olhar o tamanho dos cones dos dentes vizinhos. Uma diferença de tamanho deverá existir entre os vestibulares e os linguais para que a curva de Wilson fique caracterizada. Anatomicamente isto não é uma verdade; as cúspides linguais são ligeiramente maiores que as vestibulares, mas a inclinação dos dentes em direção lingual faz com que as linguais apareçam na boca mais cervicalmente. Estes fatos fazem com que surja a curva de Wilson.
Os cones linguais inferiores deverão ser localizados à mesial das cúspides palatinas superiores correspondentes e afastados desta superfície lingual pelo menos de 1 a 1,5 mm. Atenção para isso: Os cones linguais não deverão tocar a face palatina dos antagonistas!
Fato decorrente da afirmativa acima é que se fizermos os cones linguais “nascendo” um pouco mais para dentro da face oclusal, esta, no final, ficará reduzida, com contornos aquém do esperado numa boa anatomia. Para isso, devemos sempre tentar colocar os cones linguais mais “tombadinhos” para lingual, nos lembrando que a anatomia da face lingual é menos convergente para oclusal que a vestibular, e ainda: que os dentes inferiores ficam numa posição na arcada, inclinados para lingual. O que vai implicar que os cones linguais fiquem mesmo voltados para esta direção, sem tocarem nos antagonistas.
Fig. 11.8 - Observe que os cones linguais dos dentes inferiores não devem ficar encostados na face lingual do antagonista, e sim, afastados; primeiro porque não são de contenção cêntrica, segundo para não reduzir com isso, o diâmetro da face oclusal no sentido vestíbulo-lingual.
Nos dentes superiores, os cones linguais serão os das cúspides de contenção cêntrica, e terão destino e tamanho definidos e serão confeccionados como os vestibulares inferiores, fazendo primeiro a demarcação de suas contenções no antagonista.
 
Perceba que os cones de contenção dos pré-molares, ao contrário dos inferiores que vão ocluir nas cristas marginais, estes vão ocluir nas fossas inferiores. Obs: os cones das cúspides disto-linguais, na maioria das vezes não ocluem por serem pequenos. 
1- Cúspide L do 1º PMS = fossa Dt do 1º PMI 3 contatos 
2- Cúspide L do 2º PMS = fossa Dt do 2º PMI 3 contatos
3- Cúspide ML do 1º MS = fossa central do 1º MI 3 contatos
4- Cúspide DL do 1º MS = Na crista marginal distal ou na fossa distal do 1o MI 1 ou 3 contatos
 5- Cúspide ML do 2º MS = fossa central do 2º MI 3 contatos
6- Cúspide DL do 2º MS = Na crista marginal distal ou na fossa distal do 2o MI 1 ou 3 contatos
Vertentes lisas externas e cristas triturantes das cúspides linguais
As mesmas considerações que foram feitas para os cones vestibulares cabem aqui: Projeta-se estes cones para lingual até que se alinhem à superfície externa não preparada, com cera vermelha. Estas vertentes devem conservar a convexidade da parede vestibular original do remanescente dentário.
Faz-se em seguida esta projeção, em direção oclusal, as cristas triturantes. Uma observação neste ponto é necessário, ao se tratar de molar superior, posto que as cúspides mésio-linguais têm uma característica peculiar, que é o de terem duas cristas triturantes, sendo que uma delas que vai de encontro à vestibulo-mesial e outra formará a ponte de esmalte, indo de encontro à vestíbulo-distal, unindo-se a esta com um sulco raso.
 Vertentes lisas mesiais e distais (linguais) e vertentes triturantes 
 mesiais e distais (oclusais) 
O mesmo procedimento realizado nas vestibulares se processa agora. Tanto para os dentes inferiores como para os superiores. Nos dois casos, poderemos observar pontos de contato. Após esculpido estas vertentes, o dente já estará praticamente concluído, bastando porém acrescentar as cristas marginais. Nas vertentes triturantes mesiais e distais, verifica-se o restante dos detalhes da face oclusal neste momento, como por exemplo, os sulcos secundários. 
 Pontos de contato oclusais:
Apesar de ser repetitivo, vamos listas os pontos de contato possíveis nestas estruturas: 
18- Vertente lisa mesial da cúspide L do 1º PMS (pré-molar superior) oclui com a vertente triturante distal da cúspide lingual do1º PMI ou na oclui, pois esta cúspide lingual é muito pequena às vezes.
19- Vertente lisa distal da cúspide L do 1º PMS (pré-molar superior) oclui com a crista marginal distal do1º PMI.
20- Crista triturante ou vertente triturante mesial da cúspide L do 1º PMS (pré-molar superior) oclui com a vertente triturante distal da cúspide vestibular do1º PMI.
21- Vertente lisa mesial da cúspide L do 2º PMS (pré-molar superior) oclui com a vertente triturante distal da cúspide lingual do2º PMI.
22- Vertente lisa distal da cúspide L do 2º PMS (pré-molar superior) oclui com a crista marginal distal do2º PMI.
23- Crista triturante ou vertente triturante da cúspide L do 2º PMS (pré-molar superior) oclui com a vertente triturante distal da cúspide vestibular do2º PMI.
24- Vertente lisa mesial da cúspide ML do 1º MS (molar superior) oclui com a crista triturante ou com a vertente triturante distal da cúspide ML (mésio-lingual) do 1º MI (molar inferior).
25- Vertente lisa distal da cúspide ML do 1º MS oclui com a crista triturante ou vertente triturante mesial da cúspide DL (disto-lingual) do 1o MI. 
26- Vertente lisa distal (bem próximo do ápice) da cúspide DL do 1o MS oclui com a crista marginal distal do 1o MI ( ou não oclui) 
27- Vertente lisa mesial da cúspide ML do 2º MS (molar superior) oclui com a crista triturante ou vertente triturante distal da cúspide ML (mésio-lingual) do 2º MI (molar inferior).
28- Vertente lisa distal da cúspide ML do 2º MS oclui com a crista triturante ou vertente triturante mesial da cúspide DL (disto-lingual) do 2o MI. 
29- Vertente lisa distal da cúspide DL do 2o MS oclui com a crista marginal distal do 2o MI (ou não oclui) 
 
Além destes, temos outros que já foram descritos, que são comuns para os superiores e inferiores e por isso vêm com a mesma numeração:
13- Vertente triturante distal da crista transversal mesial da cúspide ML do 1º MS ocluicom a vertente triturante mesial da cúspide vestíbulo-mediana do1º MI. 
14- Vertente triturante mesial da crista triturante distal da cúspide mésio-lingual do 1º molar superior oclui com a vertente triturante distal da cúspide vestíbulo-mediana do 1º molar inferior.
15- Crista triturante ou aresta longitudinal mesial da cúspide disto-lingual do 1o molar superior oclui com a aresta longitudinal distal ou crista triturante da cúspide disto-vestibular do 1º MI. 
16- Vertente triturante distal da crista transversal mesial da cúspide ML do 2º MS oclui com a vertente triturante mesial da cúspide disto-vestíbular do2º MI. 
17- Vertente triturante mesial da crista triturante distal da cúspide mésio-lingual do 2º molar superior oclui com a vertente triturante distal da cúspide disto-vestíbular do 2º molar inferior.
29 - Vertente lisa externa distal da cúspide disto-lingual do 2o molar superior oclui com a crista marginal distal do 2º MI. 
Fig 7-9 Pontos de contato obtidos nas vertentes linguais.
 Cristas marginais mesiais e distais.
As cristas marginais são finalmente acrescidas para conectar as duas cúspides e a anatomia adicional é refinada. Estas cristas nada mais são que roletes de cera adicionados nas bordas mesial e distal da face oclusal dos dentes, e que no caso deste esquema oclusal, vai suportar a oclusão e manter a dimensão vertical de oclusão. É um passo importantíssimo, visto o seu papel decisivo no bom funcionamento da oclusão neste esquema oclusal. Devo salientar que, as cristas marginais vizinhas devem ter um nível igual para que a cúspide que venha a se apoiar nelas tenha a pressão de mastigação distribuída pelos dois dentes por igual e que nos movimentos de protrusão não haja interferência.
Feitas as cristas marginais, vamos também esculpir as ameias, aprofundando as linguais no sentido vestíbulo-lingual tanto quanto for possível (para isso, o hollembach deve ter a lâmina adelgaçada e estar bem amolado). Devemos sempre nos lembrar que as ameias linguais devem ser mais profundas e estreitas que as vestibulares e estas mais largas e rasas.
Note também que o ponto de contato proximal não deve ser largo, e sim o mais estreito que pudermos fazer, pois este fato é um quesito importante na eficiência mastigatória por permitir escape de alimentos ao invés de impacção alimentar, pressionando e machucando a gengiva delicada que existe neste local.
O acabamento das ameias é notadamente um ponto de dificuldade para os iniciantes. Peço então redobrado cuidado ao se fazer a escultura destas ameias que são muito importantes, tanto para se fazer um contorno correto do dente, contribuindo para um anatomia correta e bonita, assim como para uma correta fisiologia. Para facilitar esta operação, devemos ter o hbh bem amolado e delgado – peça a um protético que o adelgace para você e tenha sempre em sua caixa do articulador uma lixa d’água número 180 ou 220, para afiá-lo e alisá-lo sempre que preciso. 
Lembrar também das convergências de faces, que devem ser feitas neste momento, as faces mesiais e distais convergindo para lingual, tornando as ameias linguais mais profundas. 
O ponto de contato proximal localiza-se mais vestibularmente no sentido vestíbulo-lingual, conseqüência também desta convergência de faces.
Os pontos de contato, pelos mesmos motivos descritos páginas atrás, vão ser repetidos na mesma ordem numérica com que foram descritos já em outra fase:
1- Crista marginal mesial do 1o PMS oclui com a vertente lisa distal (bem próximo do ápice) da cúspide vestibular do 1º pré-molar inferior.
2- Crista marginal distal do 1o PMS oclui com a vertente lisa mesial da cúspide vestibular do 2º PMI.
3- Crista marginal mesial do 2º PMS oclui com a vertente lisa distal da cúspide vestibular do 2º PMI.
4- Crista marginal distal do 2º PMS oclui com a vertente lisa mesial da cúspide MV do 1o MI.
5- Crista marginal mesial do 1o MS oclui com a vertente lisa distal da cúspide MV do 1o MI.
9- Crista marginal distal do 1º MS oclui com a vertente lisa mesial da cúspide MV do 2o MI.
10- Crista marginal mesial do 2o MS oclui com a vertente lisa distal da cúspide MV do 2o MI.
30- Crista marginal distal do 2º MS oclui com a vertente lisa mesial da cúspide MV do 3o MI.
Nos dentes inferiores:
Como as cúspides dos pré-molares superiores vão nas fossas distais dos inferiores, nas cristas marginais temos apenas dois pontos, e que já foram descritos. E as cúspides disto-linguais dos superiores também não são habitualmente funcionais, não temos contatos nas cristas marginais dos molares inferiores. 
19- Crista marginal distal do1º PMI oclui com a vertente lisa distal da cúspide L do 1º PMS (pré-molar superior).
22- Crista marginal distal do2º PMI oclui com a vertente lisa distal da cúspide L do 2º PMS (pré-molar superior).
26- Crista marginal distal do 1o MI oclui com a vertente lisa distal da cúspide DL do 1o MS. 
29- Crista marginal distal do 2o MI oclui com a vertente lisa distal da cúspide DL do 2o MS. 
Fig 7-10 Pontos de contato nas cristas marginais.
 Sulcos principais e secundários.
Nesta fase do trabalho, em que os espaços já foram todos preenchidos e todas as estruturas já esculpidas, os sulcos definidos, vamos então apenas enfatizar algumas coisas que devemos lembrar para terminar a escultura.
Delimite os sulcos principais mésio-distal e vestíbulo-lingual. Esta delimitação vai obedecer àquele “zig-zag” a que me referi na fase de cristas triturantes. É claro que nos pré-molares não vão haver sulcos vestíbulo-linguais, pois eles têm somente duas ou três cúspides e as mesmas vão se encontrar no centro da face oclusal..
Faz-se neste momento, a divisão da crista marginal em dois bolinhos, um para lingual e outro pra vestibular.
Delimitações dos sulcos secundários. Isto é feito reavivando o limite das “gotas” com as vertentes triturantes, deixando-as ainda mais convexas. 
A convexidade de todos os acidentes anatômicos da face oclusal é sempre recomendável para aumentar a eficiência no escape de alimentos. Todos os pontos de contato devem ser reduzidos no seu tamanho, também com o mesmo propósito (pontos de contato oclusais devem ser pontuais e não áreas de contato).
Espaços um pouco maiores poderão ocorrer em certas áreas e para que não fiquem monótonas, nem planas ou côncavas, temos recursos; e um deles é o de fazer cristas secundárias. Com o hollembach fazemos cristas secundárias nos espaços maiores, com o mesmo formato que demos às cristas triturantes, para que estes espaços grandes não fiquem, retos e nem côncavos.
Não se importe muito com os pontos de contato conseguidos neste momento (Rocha, R.L.) pois senão você não será capaz de arrematar a contento a face oclusal. A fase seguinte atentará somente para recuperar os contatos perdidos nesta fase. Preocupe-se em fazer com a face oclusal tenha um aspecto anatômico satisfatório, e para isso, vá olhando para o modelo sem preparo fornecido e vá copiando as características que você for percebendo. 
Neste momento é que vamos fazer a escultura propriamente dita. 
Após esculpir as estruturas anteriormente descritas, fica fácil dar o acabamento na face oclusal para que fique com a anatomia completada, bastando que aprofundemos ou salientemos os sulcos principais, façamos os sulcos secundários, um de cada lado das cristas triturantes, e que se faça cristas secundárias nos locais onde houver grandes espaços com tendência a ficarem planos ou côncavos. 
Fase de recuperação de contatos e Fase de esquecimento
Fase de recuperação de contatos
Esta fase não foi descrita por Everitt Payne e nem por Thomas, mas achamos necessário mencioná-la, pois do contrário, estaríamos ignorando o que realmente acontece na prática com alunos e também com protéticos experientes, posto que é praticamente impossível fazer uma escultura bonita, correta, executar os sulcos principais, secundários, dar um alisamento geral nas faces, sem que percamosalguns, senão muitos pontos de contato conseguidos ao longo de todo este processo. 
Por este motivo, incluímos esta fase com a finalidade de recuperar os contatos que foram perdidos, ou melhor, “aliviados”, em algum momento do enceramento e escultura. 
Faz-se então uma conferência, colocando pingos minúsculos de cera com a pontinha do pingótomo nos locais que deveriam haver contatos.
Estes pingos são da mesma cor da estrutura à qual estão incorporados e com a qual foram inicialmente conseguidos, ou que seja verde, azul ou vermelho.
 A cada pingo adicionado, fecha-se o articulador e vai-se conferindo ponto a ponto, de preferência com a ajuda do professor que tirará um dia só para isso e seguindo o processo na página composta justamente para esta finalidade.
Em seguida, há um desenho com todos os pontos de contato com setas indicativas, e com a numeração com a qual é descrita no texto. Desta maneira torna-se fácil ir localizando os pontos e aproveitando para ir memorizando novamente todos eles. 
Chamo a tenção neste momento para o fato de que esta pequena quantidade de cera adicionada deve estar bem fundida à escultura já existente. Para isso, deve-se aquecer um pouco mais o pingótomo e neste momento uma nova destreza o aluno deve ter: a de aquecer mais, mas não a ponto de destruir o que foi feito: grande concentração é preciso. Há o perigo de a cera ficar trincada ao se fechar o articulador se não estiver soldada a contento. 
Esta cera de recuperação na maioria das vezes, restará muito fina, necessitando portanto de muito cuidado também no seu arremate para não arrancá-la . 
Verifica-se após a conclusão desta fase, que muitos pontos foram reavivados, ou melhor, estavam perdidos, aliviados, e não seriam pontos de efetivo apoio oclusal depois que a restauração fosse fundida. 
Melhor dizendo: se negligenciarmos esta fase, teremos no final, após tantos cuidados, uma restauração aquém de nossas expectativas, com menor número de pontos de contato e pouco equilíbrio oclusal. 
Esta fase é particularmente simples de ser feita, porque a escultura já está completada e qualquer desvio ou borrão que houver, qualquer porção maior de cera que for adicionada, poderá ser imediatamente arrematada e passa-se para o próximo ponto da conferência. 
Porém, se o aluno não seguir esta recomendação, e ir recuperando a esmo todos os pontos para arrematá-los todos de uma vez, o trabalho virará uma balbúrdia e mais difícil de ser arrematado. 
Precisa-se ter em mente do maior objetivo da fase que é a memorização dos contatos oclusais e deve-se ter paciência para esta conferência.
Outro ponto positivo para fazermos a descrição desta fase, é que nela, têm-se a oportunidade única de conferir ponto a ponto de contato, sem se preocupar muito com a anatomia, que já está definida e assim, o aluno pode aproveitar melhor para memorizá-los ainda mais, compreendendo melhor a dinâmica da oclusão.
Verifique logo abaixo, depois da fase de esquecimento, um desenho com todos os pontos de contato possíveis de se conseguir neste enceramento, juntamente com sua numeração à qual foi referido no texto e aonde cada ponto vai se encontrar no antagonista, para lhe ajudar na sua recuperação de contatos.
Fase de esquecimento
Fase de espairecimento seria uma descrição mais correta, se pensarmos no aspecto semântico, mas conservo o termo esquecimento com o intuito para chamar a atenção para este importante aspecto.
Esta fase, a última da nossa descrição, tem uma função um tanto subjetiva, mas que demonstrou funcionar: ao ficarmos concentrados em uma tarefa, principalmente se a mesma for uma coisa nova que estamos realizando e não temos um costume maior com ela, passamos a achar que o nosso trabalho está perfeito, ou que pouco poderia ser feito para melhorar. 
Isso acontece porque a nossa consciência crítica ainda está sendo aprimorada em relação a esta nova atividade. 
Mas, acredite: ao nos afastarmos desta tarefa e espairecermos um pouco, ou melhor, deixarmos para voltar ao trabalho somente no dia seguinte ou alguns dias após, ao nos depararmos com ele novamente iremos perceber os defeitos que estavam disfarçados à nossa percepção da última vez em que estávamos concentrados realizando-o. 
Este efeito de disfarce se deve, é claro, a uma armadilha da nossa mente, que no intuito de ver a tarefa terminada, “disfarça” ao olhar cansado, defeitos que da próxima vez não passarão desapercebidos. 
Outra maneira de aprimorar nossa capacidade crítica é olhar os trabalhos dos colegas, pois com certeza vamos nos deparar com trabalhos melhores e piores que o nosso. Isso tem dupla função: além de percebermos os nossos erros vendo trabalhos que não têm os mesmos erros, poderemos ajudar o colega, sugerindo com corrigir algo naquilo em que fizemos melhor que ele.
Assim, após algum tempo, os defeitos se tornam evidentes, e o nosso senso crítico passa a acusar sempre mais e mais, o que sem dúvida, vai contribuir para nos aperfeiçoarmos aos poucos, para que nos próximos trabalhos, os erros percebidos não voltem a ocorrer e também para que vejamos outros cada vez mais sutis. 
É a sutileza que nos torna diferenciados, é um pequeno detalhe que nem achamos nos livros e que passamos a perceber, é que nos diferencia da maioria e nos faz crescer e tomar gosto pelo que fazemos. 
Portanto, havendo disponibilidade de tempo, é sempre bom passar pela fase de esquecimento, que seria de uma outra maneira de ver as coisas, uma fase de “conferência” de resultados. 
Este desenho facilitará a compreensão espacial dos pontos de contato apesar de não conter todos eles. Confira!
Fig 7 – 12 desenho espacial dos contatos oclusais no esquema dente a dois dentes.
A seguir, duas lâminas coloridas nas quais a seqüência que descrevemos de um enceramento feito pela técnica de Everitt Payne ficará caracterizado. Siga pelo texto a numeração das figuras passo a passo.
Enceramento progressivo – técnica de Everitt Payne – figuras para orientação
Fig 1 - Levantamento dos cones das cúspides de contenção cêntrica ou de suporte (orientação das cúspides)
Fig 2 - Confecção das vertentes vestibulares das cúspides vestibulares (sem contatos oclusais)
Fig 3 - Confecção das cristas triturantes das cúspides vestibulares (contatos oclusais)
Fig 4 - Confecção das vertentes mesiais e distais das cúspides vestibulares (contatos oclusais)
Fig 5 - Confecção as vertentes triturantes mesiais e distais das cúspides vestibulares (contatos oclusais)
Fig 6 - Confecção dos cones das cúspides linguais (orientação das cúspides de não-contenção ou de corte)
Fig 7 - Confecção das vertentes vestibulares e cristas triturantes das cúspides linguais (contatos oclusais nas triturantes)
Fig 8 - Confecção das vertentes lisas mesiais e distais e das vertentes trirurantes mesiais e distais 
( contatos oclusais nas vertentes triturantes)
Confecção das cristas marginais ( pontos de contato oclusais)
E a seguir, a sequência preconizada por Santos Jr, com desenhos dele próprio. Observe que nesta seqüência, as cristas triturantes são feitas todas de uma vez, logo após a localização dos cones que também são feitos todos de uma vez. Ao invés de terminar as cúspides vestibulares totalmente como nas pranchas anteriores, Santos Jr. Faz cada estrutura por vez, mas em toda a oclusal. Faz todos os cones, depois todas as triturantes e vertentes externas, depois as mesiais e distais e finalmente, as cristas marginais.

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