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Cu00E1rie Mariana - Isabela REVISADO (1)

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DISCUSSÃO SOBRE O TEMA “CÁRIE”
Pergunta: Conceitue cárie, citando seu processo de formação e variações, as suas causas e consequências, sintomas, prevenções e tratamentos.
Relatoras: Isabela Belchior e Mariana Botelho
Conceito: Uma doença infectocontagiosa de origem bacteriana, multifatorial, em que os microrganismos fermentam carboidratos da dieta, produzem ácidos que desmineralizam a porção mineral dos dentes e produzem enzimas proteolíticas que destroem a parte orgânica dos dentes. Este conceito está baseado na teoria acidogênica e na teoria proteolítica.
Formação: Para entender a formação da cárie é importante entender como ocorre a adesão de microrganismos aos dentes (placa bacteriana/biofilme). Existem polissacarídeos extracelulares que promovem a adesão dos microrganismos à superfície do dente, sendo eles mutano, levano, dextrano e glucano. Apenas os microrganismos que produzem polissacarídeos extracelulares é que são capazes de se aderir. A produção de levanose, dextranose e glucanose faz com que os microrganismos que se aderem através dos polissacarídeos levano, dextrano e glucano se desprendam e percam sua adesão ao dente. Não existe produção de mutanase para quebrar o polissacarídeo mutano, portanto, permanecem os S. mutans, que são os microrganismos mais patogênicos na formação da cárie. 
Classificação e estágios da cárie:
Cárie aguda: por exemplo, a cárie rampante (cárie de mamadeira).
Cárie crônica: normalmente tem evolução lenta e há tempo de se formar dentina terciária (reacional).
A cárie em superfícies lisas do dente surge a partir da placa bacteriana. Nas regiões de cicatrículas e fissuras surge principalmente por lactobacilos e independe da formação de placa. 
Estágios:
1) Presença da zona translucente (invisível a olho nú);
2) Aparecimento da zona escura (decorrente de uma “capa” de esmalte mineralizada com microrganismos por baixo); 
3) Aparecimento do corpo da lesão (camada de esmalte superficial e vários microrganismos e subprodutos por baixo, deixando uma sombra); 
4) Aparecimento da mancha branca (ainda com a fina camada de esmalte cobrindo, mas é o primeiro estágio em que a cárie fica visível ao exame clínico); 
5) A superfície do esmalte se torna esbranquiçada; 
6) Ocorrência de cavidade.
Causas e consequências: As causas são multifatoriais, depende do hospedeiro (dente), da disponibilidade de carboidratos, da presença dos microrganismos patogênicos e, concomitantemente, do tempo de permanência desses três fatores.
As consequências são a dor (quando acomete a dentina ou quando há pulpite), formação de abscesso (quando já acometeu a polpa) e, em casos mais extremos, pode-se desenvolver problemas sistêmicos como a endocardite ou a febre reumática. O desenvolvimento da endocardite ou da febre reumática é um processo autoimune em que os anticorpos produzidos contra o S. mutans são “homólogos” dos presentes no coração ou nas articulações.
Prevenções: Desorganizar a placa com o uso da escova dental, usar fio dental, ter uma dieta balanceada, ir ao dentista para desorganizar a placa mais efetivamente, evitar transmitir o microrganismo para bebês, fazer uso correto do flúor, evitar consumo de alimentos com sacarose em excesso, pois é o carboidrato mais cariogênico. Dentre todos os açúcares, os mais industrializados são os mais cariogênicos (açúcar de confeiteiro, açúcar refinado) e os menos processados (açúcar mascavo, açúcar amarelado) são os menos cariogênicos. Alimentos proteicos e gordurosos não provocam cárie. 
OBSERVAÇÃO sobre as recomendações de escovação: de 5 a 15 minutos é o tempo em que os ácidos ingeridos na alimentação estão agindo efetivamente na superfície. O ideal é escovar o dente sem pasta antes de comer e escovar com pasta 30 minutos após a refeição. A efetividade da escovação está em DESORGANIZAR A PLACA antes de comer, pois os microrganismos não conseguem se aderir facilmente durante a refeição. Não escovar imediatamente após evita com que se agrida o dente por atrito, pois ele já está atacado pela acidez dos alimentos. 
Tratamentos: promover a remineralização do dente, deslocando o processo remineralização/desmineralização para o lado da remineralização; restaurar esmalte e dentina com os materiais adequados para cada tecido, obturar os canais quando há envolvimento pulpar e em último caso, realizar a exodontia (remoção do dente).

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