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INOVAÇÃO TECNOLOGICA (CCT0209/1761371) Aula 1: Importância do Conhecimento e seus modos de Conversão Valor do conhecimento: Uma questão recorrente na sociedade contemporânea é o grande valor do conhecimento e como transformá-lo em ativo ou riqueza, considerado um desafio estratégico para países, corporações e empresas na economia global em que vivemos. Atualmente, o poder econômico e de produção de uma empresa estão mais diretamente relacionados à capacidade de criar e transferir conhecimento do que aos seus ativos tangíveis, como instalações, equipamentos etc. Os ativos intangíveis advindos desse processo, como criatividade e inovação, são a chave para o sucesso e a longevidade das empresas num cenário extremamente competitivo. Criação e conversão do conhecimento: Para compreender o processo de criação do conhecimento é importante a utilização de categorias para os diferentes tipos de conhecimento. Vamos trabalhar inicialmente com as categorias de conhecimento tácito e conhecimento explícito (Nonaka & Takeuchi. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997). O conhecimento tácito: é aquele disponível com pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos. O conhecimento explícito: é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias. Transferência de conhecimento: EXTERNALIZAÇÃO - transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito INTERNALIZAÇÃO - processo inverso ao da externalização, é a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito. COMBINAÇÃO - processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. SOCIALIZAÇÃO - processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Aula 2: Criação e Transferência de Conhecimento Nas organizações: O conhecimento é basicamente tácito e tem origem na cabeça das pessoas! A organização precisa transformar o conhecimento tácito em conhecimento explícito! Transferência do conhecimento é feito pelo Espiral do Conhecimento Dimensão ontológica: Está fundamentada no ser e na construção do conhecimento pelo indivíduo, independentemente do modo pelo qual se manifesta. Dimensão epistemológica: Está fundamentada no conhecimento, na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito. Essa teoria estudou a interação entre o conhecimento tácito e o explícito, identificando quatro modos de conversão. Dimensão temporal: Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo (terceira dimensão desta teoria), é formada a espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do conhecimento. Dimensões do conhecimento: No contexto organizacional, o relevante é que o conhecimento seja difundido, ultrapassando o nível individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o Inter organizacional. Quando esse evento é dinâmico e acontece permanentemente, cria-se um clima fértil para a cultura organizacional inovadora. Uma empresa ou organização, para desenvolvimento do processo de criação do conhecimento, precisa estabelecer condições básicas para desenvolvimento da espiral, oportunizando situações e ferramentas que facilitem as atividades cooperativas para criação e acúmulo de conhecimento em nível também individual. Essas condições são: Intenção, Autonomia, Flutuação, Caos criativo, Redundância, Variedade de requisites. A flutuação pode ser provocada por novas regulamentações no setor, concorrentes, mudanças no perfil do cliente, avanços tecnológicos, entre outros fatores externos à organização. Nesse caso da IBM, a empresa não estava em estado de flutuação e não percebeu a mudança nas necessidades dos clientes e a concorrência de empresas emergentes no mercado. A IBM entrou em crise, enfrentando uma situação de caos. Fases do processo de criação do conhecimento: Quando o conhecimento se torna tangível ou assume a forma de arquétipo (modelo ou protótipo), inicia- se um novo ciclo de criação do conhecimento que se expande horizontal e verticalmente na organização, num ciclo virtuoso de difusão do conhecimento, que pode estabelecer-se somente na organização ou ser difundido para outras empresas por meio da interação dinâmica, como empresas associadas ou afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e outras organizações externas. Então, pode ser iniciado um processo de transferência de conhecimento e busca da inovação. A transferência de conhecimento: Para que o conhecimento esteja em constante processo de difusão, é necessário que seja transferido do local onde foi criado para outras organizações. Aula 3: Inovação Tecnológica nas Organizações e o Conhecimento Inovação tecnológica não é apenas no caso da empresa Google que a inovação foi o grande diferencial. Atualmente, a inovação é considerada ferramenta básica em quase todos os setores e segmentos de mercado para a sustentabilidade das organizações em nossa sociedade globalizada, baseada na informação e no conhecimento. É importante esclarecermos que o termo Inovação Tecnológica é utilizado de maneira ampla, mas, para nossos estudos, vamos no ater ao conceito de inovação tecnológica: Desenvolvimento, produção ou aprimoramento de um produto, bem, processo, empresa ou mercado em que a tecnologia desenvolvida atenda às necessidades ou anseios humanos, incorporando-se às atividades humanas. A inovação pode ser Incremental: Quando se incorpora alguma característica nova. Ex: Os celulares com novas funções e design mais moderno. Radical: Quando se muda drasticamente o produto/serviço, provocando sua substituição. Ex: O DVD, que substituiu o videocassete. O processo de inovação é fundamental para a sobrevivência das organizações sendo responsável pela geração de novos bens, produtos, processos e até novas empresas. O Google é uma inovação tecnológica tão relevante para a sociedade que se tornou um fenômeno cultural, tendo seu nome incluído no dicionário da língua inglesa como um verbete sinônimo de buscas na internet. Atualmente, tornou-se um verbo frequentemente utilizado em vários países. E para manter-se no mercado a Google não parou por aí! Seu processo de inovação é contínuo, incorporando ou desenvolvendo constantemente novos recursos, como: busca avançada, busca por imagens, notícias atualizadas, busca de livros raros, visualização de mapas por satélite, site de relacionamento (rede social), entre outros. Personas que aprendem Movidas por ideias de que, por maior que seja o sucesso da empresa hoje, ninguém pode dar-se ao luxo de ser complacente. 1 - Antropólogo: traz novas ideias e perspectivas para a organização, observando o comportamento humano e compreensão das interações físicas e emocionais entre as pessoas e serviços. 2 - Experimentador: testa novas ideias continuamente, aprendendo mediante um processo esclarecido de tentativa e erro. O experimentador assume riscos calculados para alcançar o sucesso, mantendo-se em estado constante de “experimentação e implementação”. 3 - Polinizador: explora outros setores e culturas, para em seguida adaptar as descobertas e as revelações daí decorrentes às necessidades únicas do próprio empreendimento. Personas que organizam Sabem como impulsionar ideias, compreendem que as ideias competem por tempo, atenção e recursos. 4 - Saltador de obstáculos: sabe que o caminho para a inovação está repleto de dificuldades e desenvolve um jeito todo especial para transpor essas barreiras ou para atuar com mais inteligência que os adversários. 5 - Colaborador: ajuda a reunir grupos ecléticos e, em geral, atua como líder no meio do pacote, para criar novas combinações e soluções multidisciplinares.6 – Diretor: não só é capaz de compor grupos e equipes talentosas, mas também ajuda a produzir centelhas criativas. Personas de construção Aplicam os insights gerados pelos papéis de aprendizado e canalizam a capacitação produzida pelos papéis de organização para realizar a inovação. 7 - Arquiteto de experiências: Projeta experiências que vão além da mera funcionalidade e se conecta em um nível profundo com as necessidades expressas ou latentes dos clientes. 8 - Cenógrafo: Cria um palco no qual os membros da equipe possam trabalhar, transformando o ambiente físico em uma ferramenta poderosa para influenciar o comportamento e atitudes. 9 - Cuidador: Constrói uma metáfora de um profissional de saúde para cuidar do usuário que vai além de um simples serviço. Um bom cuidador se antecipa às necessidades dos clientes e está disposto a cuidar deles. 10 - Contador de Histórias: Constrói tanto a moral interna e externa através de histórias convincentes que transmite um valor humano fundamental ou reforçam traços culturais específicos A interação entre universidades e empresas é um fator importante no processo da inovação, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países, tendo a universidade como geradora do conhecimento e a empresa desempenhando o papel de tradutora das ideias geradas em algo novo e lançar no mercado esses novos produtos e processos. Do lado das universidades: 1- Possibilidade de captar recursos públicos e privados para a pesquisa universitária e para a capacitação dos laboratórios, além da expectativa de que os produtos e processos desenvolvidos sejam utilizados pelo setor privado, em função do maior potencial de aplicação de seus resultados na produção; 2- Interesse da comunidade acadêmica em legitimar seu trabalho junto à sociedade que é, em grande medida, a responsável pela manutenção das instituições universitárias; 3- Interesse de desenvolver pesquisas em novas áreas, que resultem em produtos e processos de alto valor tecnológico. Do lado das empresas: 1- Base de conhecimento e infraestrutura de laboratórios disponível nas universidades e institutos de pesquisa; 2- Custo crescente da pesquisa relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços necessários para assegurar posições vantajosas num mercado cada vez mais competitivo; 3- Necessidade de compartilhar o risco e o custo das pesquisas pré-competitivas com outras instituições que dispõem de suporte financeiro governamental; 4- Necessidade de acelerar o processo de pesquisa, em decorrência do elevado ritmo de introdução de inovações no setor produtivo e da redução do intervalo de tempo que decorre entre a obtenção dos resultados de pesquisa e sua aplicação. A inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo. Inovação Tecnológica é a introdução, no mercado, de um produto tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou, ainda, a introdução, na empresa, de um processo produtivo tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado. Uma condição imprescindível para que ocorra a inovação tecnológica é o CONHECIMENTO. Aula 4: O Processo de Inovação Tecnológica A inovação começa como uma invenção, e uma invenção tem início na criatividade que se originou de uma ideia, da imaginação. Uma das dificuldades neste processo está exatamente no processamento das ideias que, muitas vezes, são partes de outras ideias que precisam ser lapidadas, agrupadas e transformadas em resultado. Quando a inovação é fortemente expandida para uso comercial acontece o processo de difusão. Um exemplo do processo de difusão é o telefone celular, que é uma inovação do telefone fixo (invenção) e que foi fortemente difundido na sociedade, gerando um valor comercial muito grande e movimentando cifras muito elevadas nessa indústria. Mudança tecnológica é um processo complexo que diz respeito à inovação e difusão de novos produtos e processos nas organizações. Uma vez que a inovação é imprescindível para o crescimento das organizações e para seu diferencial competitivo, vários tem sido os modelos propostos para desenvolvê-la ou criar um ambiente organizacional inovador. Um destes modelos é o linear, que surgiu a partir do fim da 2.a guerra mundial e se manteve como paradigma sobre inovação em Ciência e Tecnologia (C&T) por cerca de três décadas. O modelo linear, como único caminho para a inovação, foi superado por ter como base muito forte a pesquisa científica para geração de novas tecnologias, partindo da descoberta científica para a invenção e, finalmente, para a industrialização e mercado. Pesquisa Básica - Pesquisa Aplicada - Desenvolvimento Experimental - Produção - Comercialização Modelos interativos As abordagens não-lineares ou interativas surgiram, então, trazendo novos modelos para o desenvolvimento da inovação, baseados na premissa de que a inovação se desenvolve a partir de um processo social, com a participação de diferentes atores, com várias retroações. Nos modelos interativos a identificação de necessidades de mercado ou de nichos específicos tem papel muito importante, além do papel do design (projetista) e de outros atores no processo de desenvolvimento da inovação. Este modelo combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. Então, o centro da inovação é a empresa, combinando interações internas e externas a ela, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo. Mercado Potencial - Invenção e/ou Concepção de Projeto Básico - Projeto Detalhado e Teste Reprojeto e Produção - Distribuição e Comercialização Estratégias de inovação tecnológica das empresas e as formas de acesso à tecnologia: Para que uma empresa seja efetivamente produtora de inovação tecnológica é necessário que sejam criados um ambiente e uma cultura de inovação tecnológica. Quanto mais uma organização tem domínio e experiência no processo de inovação tecnológica maior é sua capacidade tecnológica. Essa capacidade tecnológica é construída através de um processo que envolve obtenção de capacidades tecnológicas: materiais e imateriais. Podemos dizer que inovação é a implementação de ideias criativas dentro de uma organização. Assim, a criatividade de indivíduos e grupos é o ponto de partida para a inovação Materiais: Licenças de patentes, manuais de procedimentos, tecnologia e ferramentas de apoio ao desenvolvimento de novos produtos. Imateriais: Conhecimento dos funcionários sobre áreas tecnológicas, processos, procedimentos e produtos da organização, bem como sobre o mercado Para desenvolver as capacidades tecnológicas materiais e imateriais, a organização necessita definir estratégias tecnológicas apropriadas. As estratégias tecnológicas mais conhecidas são: Ofensiva, Defensiva, Imitadora, Dependente, Tradicional, Oportunista. As formas de acesso à tecnologia mais usuais são: Compra, Importação explícita, Vigilância tecnológica, Cópia, Ser uma empresa subcontratada, Pesquisa coorporativa, Formação de recursos humanos próprios, Licenciamento, Pesquisa por encomenda, Contratação de especialistas, Associações e alianças estratégicas, Pesquisa e desenvolvimento (P&D). Criatividade: Refere-se a habilidade de combinar ideias de uma forma única ou de fazer associação pouco usuais entre ideias. Inovação: É a criação, combinação ou síntese do conhecimento em novos produtos, processos ou serviços que proporcionam valor de forma original e relevante. (Katz). Para que a inovação aconteça, é necessário que as pessoas sejam criativas na abordagem dos problemas. Então, inovação e criatividade estão ligadas de maneira muito forte. Para a inovação acontecer, é necessário que existam pessoas criativas e um ambiente que estimule a criatividadeINVENÇÃO É: Gerar uma ideia, um conceito ou uma solução onde não existe nada. É descobrir algo novo. Ser 100% original. INOVAÇÃO É: Tornar novo. Mudar ou alterar as coisas, introduzindo novidades que gere diferencial. Pode ser no produto, no processo, nos serviços ou até mesmo no negócio. Difusão: Processo pelo qual uma inovação vai sendo adotada gradativamente por um setor da sociedade. Engloba desde a divulgação da existência da inovação até sua adoção por usuários e ocorre ao longo de um certo tempo Aula 5: O Empreendedor Empreender = Fazer acontecer. Empreender é a ação de praticar, de pôr em execução. É sinônimo de fazer as coisas acontecer. Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “empreender” significa a ação de praticar, de por em execução, e tem sua origem no latim “imprehendere”. A palavra empreendedor (entrepreneur) foi utilizada pela primeira vez no início do século XVI, na França, para designar homens envolvidos na coordenação de operações militares. Já o termo empreendedorismo (entrepreneurship) surgiu entre os séculos XVII e XVIII com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir. Podemos deduzir então, que empreender nos leva à expressão “fazer acontecer”: quem empreende utiliza suas capacidades para realizar alguma coisa que tenha valor para a sociedade. Estes estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um traço de personalidade. “Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos”. O funcionário de uma empresa que se antecipa aos problemas, que é proativo e demonstra os comportamentos empreendedores é um empreendedor corporativo, atuando para alavancar os negócios de sua empresa. Motivação para empreender: Oportunidades percebidas: Aqueles que abrem um negócio porque veem uma oportunidade de explorar uma atividade com sucesso são os chamados empreendedores por oportunidade. Necessidades produzidas pela falta de uma alternativa satisfatória de trabalho e renda: Pessoas que trabalham como autônomas no setor informal da economia Ex: camelôs, ambulantes e outros que cuidam do seu próprio negócio, mas o fazem por não conseguirem um emprego com carteira assinada. Para ser um empreendedor, não é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso. Para se tornar um empreendedor, é importante desenvolver os comportamentos necessários para atuar dessa forma em suas interações na sociedade e com o mundo Segundo Schumpeter, é possível identificar cinco tipos básicos de inovação que são propostos por mentes empreendedoras: Introdução de novos produtos; Introdução de novos métodos de produção; Abertura de novos mercados; Desenvolvimento de novas fontes provedoras de matérias-primas e outros insumos; Criação de novas estruturas de mercado em uma indústria. Comportamento empreendedor: Busca de oportunidades e iniciativa; Persistência; Aceitação de riscos; Exigência de eficiência e qualidade; Comprometimento com o trabalho; Estabelecimento de metas; Busca de informações; Planejamento e monitoramento sistemáticos; Persuasão e redes de contatos; Independência e autoconfiança. Revisão - Aula 1 a 5 Ondas de transformação da economia: Até 1750: Revolução Agrícola: poder = terra Até 1970: Revolução Industrial: poder = capital A partir de 2000: Revolução da Informação: poder = conhecimento Revolução Industrial - Diferenciação do papel do investidor e do empreendedor. Fordismo - Inovação e importância de quem a implementa no mercado. Dados consistem em fatos não trabalhados, em sua forma primária, como por exemplo um nome de um empregado, a quantidade de horas semanais trabalhadas, o número de peças em estoque ou de pedidos de vendas. Quando estes fatos estão organizados ou ordenados de uma maneira significativa, eles se tornam uma Informação. Informação é uma coleção de fatos organizados de modo que adquirem um valor adicional além do valor dos próprios fatos. Conhecimento: é um conjunto de argumentos e explicações que interpretam um conjunto de informações. O conhecimento pode ser entendido também como informação associada à experiência, intuição e valores. Tipos de conhecimento Conhecimento Explícito: aquele que pode ser, ou será, registrado, seja em computadores, manuais, normas, etc., e pode ser facilmente processado, transmitido ou armazenado. Conhecimento Tácito: aquele contido e decorrente das ações, experiências, emoções, valores ou ideais dos indivíduos. Aspiral do conhecimento Uma espiral cresce contínua e evolutivamente, assim também acontece com o conhecimento que vai se desenvolvendo em espiral quando se acrescenta mais um passo a cada ciclo. O processo de conversão do conhecimento é a base para criação e gestão do conhecimento e os Sistemas de Informação é que vão proporcionar meios adequados para suportar esses quatro modos SOCIALIZAÇÃO - processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Tácito para Tácito EXTERNALIZAÇÃO - transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito. Tácito para Explicito COMBINAÇÃO - processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. Explicito para Explicito INTERNALIZAÇÃO - processo inverso ao da externalização, é a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito. Explicito para Tácito Inovação e Conhecimento A inovação é um dos principais agentes de mudanças econômicas e sociais nos países desenvolvidos. A inovação, por sua vez, depende da eficiência e da eficácia com que o conhecimento técnico é produzido e, principalmente, transferido, difundido e incorporado aos processos e aos produtos. Inovação X Criatividade Ainda é importante ressaltar que há uma confusão entre os significados entre “criatividade” com “inovação”. São dois termos distintos, porém correlatos. Criatividade é pensar coisas novas.... Inovação é fazer coisas novas. Inovação: É a introdução, com êxito, no mercado, de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente, ou contendo alguma característica nova e diferente do padrão em vigor. Invenção: É uma concepção resultante do exercício da capacidade de criação do homem, que represente uma solução para um problema técnico específico, dentro de um determinado campo tecnológico e que possa ser fabricada ou utilizada industrialmente. Inovação Tecnológica: Compreende as implantações de produtos e processos tecnologicamente novos ou substanciais melhorias tecnológicas em produtos e processos. É considerada implantada se tiver sido introduzida no mercado (inovação de produto) ou usada no processo de produção (inovação de processo). Envolve uma série de atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais Modelos de Mudanças Tecnológicas Modelo science-push: Pesquisa básica orientada pela curiosidade - Pesquisa aplicada - Desenvolvimento experimental - Inovação Tecnológica. Modelo market-pull: Procura pelo mercado - Pesquisa aplicada - Desenvolvimento experimental - Inovação Tecnológica. No modelo linear o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias são vistos como uma sequência de tempo bem definida, que se origina nas atividades de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento do produto e leva à produção e, eventualmente, à comercialização. No modelo interativo, o centro da inovação é a empresa. Este modelo combina interaçõesno interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. A inovação é atividade da empresa. A existência de “feedback loops” entre as atividades de pesquisa e produtivas da empresa é a característica central do processo de inovação neste modelo Empreendedorismo Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor: Iniciativa para criar/inovar e paixão pelo o que faz. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive. Aceita assumir os riscos e a possibilidade de fracassar. A palavra empreendedor está relacionada com a ideia de caracterizar alguém que assume riscos e começa algo novo. Tipos de Empreendedorismo Empreendedorismo por oportunidade: Aqueles que abrem um negócio porque veem uma oportunidade de explorar uma atividade com sucesso são os chamados empreendedores por oportunidade. Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar o caminho do empreendedorismo, abrindo o seu próprio negócio, mesmo que informal. Empreendedorismo por necessidade: Empreendedorismo por não ter outra opção de trabalho. Pessoas que trabalham como autônomas no setor informal da economia: camelôs, ambulantes e outros que cuidam do seu próprio negócio, mas o fazem por não conseguirem um emprego com carteira assinada. Aula 6: Comportamentos do Empreendedor Sites: http://arquivopdf.sebrae.com.br/atendimento/teste-aqui-seu-perfil-empreendedor http://www.sebraemais.com.br/solucoes/empretec http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/solucoes_online/Biblioteca-Sebrae:- publica%C3%A7%C3%B5es,-cartilhas-e-guias O Empretec (EUA) Sebrae (Brasil) trabalha 10 características do comportamento empreendedor (CCE), que veremos a seguir: Busca de oportunidades e iniciativa. Persistência. Aceitação de riscos. Exigência de eficiência e qualidade. Comprometimento com o trabalho. Estabelecimento de metas. Busca de informações. Planejamento e monitoramento sistemáticos. Persuasão e redes de contatos. Independência e autoconfiança. Estas características podem ser desenvolvidas e, para isto, precisamos observar como nos comportamos em relação à situações que enfrentamos no dia a dia, se nosso comportamento ajuda ou atrapalha nossa trajetória empreendedora 1 - Busca de oportunidades e iniciativa: Identifica e explora oportunidades de negócio fora do comum. Capacidade de se antecipar aos fatos e criar novas oportunidades de negócios, desenvolver novos produtos e serviços, propor soluções inovadoras. 2 – Persistência: Enfrentar os obstáculos decididamente, buscando o sucesso a todo custo, mantendo ou mudando as estratégias, de acordo com as situações Considerada o ”combustível” dos empreendedores. 3 - Aceitação de riscos: Disposição de assumir desafios ou riscos moderados e responder pessoalmente por eles. Calcula, detalhada e conscientemente, os riscos. É a característica que faz com que os empreendedores avaliem as alternativas antes da ação. 4 - Exigência de eficiência e qualidade: Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rapidamente e a custos mais baixos. Decisão de fazer sempre e melhor, buscando satisfazer ou superar as expectativas de prazos e padrões de qualidade. 5 -Comprometimento com o trabalho: Assume plena responsabilidade por problemas que possam prejudicar a conclusão de um trabalho no prazo estipulado. Faz sacrifícios pessoais ou empreende esforços extraordinários para concluir uma tarefa. Comprometimento é a honra dos empreendedores. 6 - Estabelecimento de metas: Define com clareza e objetividade as metas de longo prazo. Estabelece metas de curto prazo mensuráveis. É o motor dos empreendedores e é a característica mais importante. 7 – Busca de informações: Busca obter informações sobre clientes, fornecedores e concorrentes. Investiga como fabricar um produto ou prestar um serviço. Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial. 8 - Planejamento e monitoramento sistemáticos: Planeja dividindo tarefas de grande porte em sub tarefas. Mantém registros financeiros e os consulta para tomar decisões. Desenvolve ou adota procedimentos para garantir que o trabalho seja concluído dentro do prazo e atenda aos padrões de qualidade previamente estipulados. O planejamento é o mapa dos empreendedores. 9 - Persuasão e redes de contatos: Capacidade de identificar em outras pessoas pontos para multiplicar sua base de ação e realização. Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir as pessoas. Utiliza pessoas chaves como agentes para atingir seus objetivos e atuar para desenvolver e manter relações comerciais. 10 - Independência e autoconfiança: Busca autonomia em relação a normas e mecanismos de controle de terceiros. Exprime confiança em sua capacidade de concluir uma tarefa difícil ou de enfrentar um desafio. Segue sempre em frente por acreditar na sua própria capacidade de realizar aquilo que se propôs a fazer. O empreendedor deve ter uma busca premente pela inovação de seu próprio produto ou serviço para evitar a obsolescência. Nesse caminho se depara com algumas barreiras e dificuldades: Encontrar a oportunidade de negócio; Carência de conhecimento da área de negócio escolhida; Falta de formação empreendedora e gerencial; Dificuldades de obter financiamento; Inexperiência em lidar com o risco. Aula 7: Perfis para Inovação Tecnológica Para que um profissional tenha um perfil inovador é fundamental que possua e desenvolva características específicas, como: Conhecimento sobre os produtos, serviços e processos que se deseja inovar; Capacidade de geração e detalhamento de ideias; Habilidade para solucionar problemas; Espírito de pesquisa e busca constante de informações e conhecimentos; Boa comunicação e atuação em rede para amadurecimento de ideias; Capacidade de transformação de novas ideias em produtos, serviços e processos (inovação); Persistência e determinação no processo de convencimento da relevância de uma inovação (persuasão); Habilidade de liderança; Capacidade para definir estratégias para implementação da inovação; Flexibilidade. Inovação e criatividade são processos que caminham sempre juntos. A criatividade, aliada ao conhecimento, é a base para o processo de inovação que, para ser desenvolvida, produz novas dificuldades que necessitam ser novamente resolvidas com criatividade. Não podemos conceber inovação sem que tenhamos como ponto de partida a geração de ideias criativas. Criatividade: processo de gerar ideias e pensar coisas novas. Inovação: processo de transformar ideias em produtos, processos ou serviços que tenham valor para a sociedade. A inovação é a consolidação de uma ideia. Qual a relação entre inovação e criatividade? Inovar é implementar algo novo ou melhorar algum produto, processo ou serviço, usando a criatividade e o conhecimento. Inovar é colocar a criatividade em ação, aplicá-la para gerar ou agregar valor a um produto, processo ou serviço, através da combinação de outros produtos, processos ou serviços já existentes. Então, para que a inovação aconteça é necessário que as pessoas sejam criativas na abordagem dos problemas. Sem geração de ideias não há como inovar. E para promover a inovação, é necessário desenvolver a capacidade criativa dos indivíduos e da organização. A personalidade criativa Se a criatividade é uma capacidade inerente a todo ser humano, o que diferencia os chamados criativos dos demais? As pesquisas indicam que a diferença está principalmente na atitude. Portanto, se desejarmos usar nosso potencial para criar, é necessário que cultivemos uma atitude criativa. A personalidade criativa é aquela que aplica sua inteligência para intervir no mundo. A Criatividade é um recurso precioso que dispomos e que necessitaser estimulado, desenvolvido e aprimorado. Empreendedor: inovação e criatividade As pessoas que empreendem são aquelas que fazem as coisas acontecerem, movidas pelos seus sonhos e pela sua visão de como as coisas podem ser. Um empreendedor é um indivíduo caracterizado pelo comportamento inovador. Muitos são os mitos e ideias errôneas a respeita dela. Vejamos alguns destes mitos de acordo com Roger Von Oech no livro: “Um Toque na Cuca” Mito: a criatividade depende apenas do talento do indivíduo. Fato: a criatividade depende também da educação, do ambiente, do estímulo e da capacidade de criar. Mito: a criatividade só existe nos gênios e nos artistas. Fato: a criatividade é uma característica do ser humano. Mito: Quem não nasce criativo nunca será criativo. Fato: todos nós nascemos criativos, mas nossa criatividade fica bloqueada à medida que nos tornamos adultos. Mito: Criar é fácil. Fato: para criar algo realmente inovador, precisamos praticar o pensamento criativo. Mito: uma pessoa criativa é capaz de criar em qualquer área. Fato: normalmente somos criativos em nossa área de atuação. Aula 8: Inovação de Produtos e Processos Inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo. Inovação Tecnológica é a introdução, no mercado, de um produto tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou, ainda, a introdução, na empresa, de um processo produtivo tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado. Inovar: A palavra inovar, do latim, significa tornar novo, renovar, enquanto inovação traduz-se pelo ato de inovar. Então, podemos definir “Inovação”, em seu sentido mais amplo, como a busca e descoberta, experimentação, desenvolvimento e adoção de novos produtos, novos processos de produção e novas formas organizacionais. Isto é, o termo inovação se refere ao “processo” através do qual uma nova ideia, um objeto ou uma prática são criados, desenvolvidos ou reinventados. No contexto apresentado, podemos analisar e classificar a inovação de acordo com suas características: Quanto ao objeto da inovação e Quanto ao impacto no mercado. OBJETO: Produto ou Processo IMPACTO NO MERCADO: Incremental/Sustentada ou Radical/Disruptiva Quanto ao objetivo da inovação Inovação de produtos/serviços: Diz respeito ao desenvolvimento, produção e comercialização de produtos ou serviços novos, utilizando-se de criatividade para introduzir os mesmos, muitas vezes vinculados a necessidades não satisfeitas dos clientes. Esses produtos ou serviços podem, inclusive, estar fundamentados em novas tecnologias. Ex: Automóvel com câmbio automático, em comparação ao “convencional”. Inovação de processos: Diz respeito ao desenvolvimento de outras formas e novos meios de fabricação, manufatura de produtos ou na distribuição ou prestação de serviços. Essas novas formas necessitam, contudo, obter vantagens nos custos ou maior presteza em sua elaboração. Ex: Automóvel produzido por robôs, em comparação ao produzido por operários humanos. Inovação de modelos de negócios: Diz respeito a novas formas de inserção e exploração do mercado, traduzidas no desenvolvimento de novos negócios e diferentes formas de conduzi-los, resultando em uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Não implica necessariamente em mudanças no produto ou mesmo no processo de produção, mas na forma como que ele é levado ao mercado. Quanto ao impacto no mercado Inovação Incremental: Representa pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modificam de forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio. Ex: Evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de faixas musicais. Maquinas de identificação código de barras. Inovação Radical: Representa uma mudança drástica na forma como um produto ou serviço é consumido, acompanhada por um novo modelo de consumo ou comportamento do mercado. Ex: Evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP3. Como podemos observar, as inovações permitem que as empresas acessem novos mercados, aumentem suas receitas, realizem novas parcerias, adquiram novos conhecimentos e aumentem o valor de suas marcas. Inovação de produto e de processo Podemos considerar algumas diretrizes diferenciadoras: Se a inovação envolve características novas ou substancialmente melhoradas do serviço oferecido aos consumidores, trata-se de uma inovação de produto. Se a inovação envolve métodos, equipamentos e/ou habilidades para o desempenho de serviços novos ou substancialmente melhorados, então é uma inovação de processo. Se a inovação envolve melhorias substanciais nas características do serviço oferecido e nos métodos, equipamentos e/ou habilidades usados para seu desempenho, ela é uma inovação tanto de produto como de processo. Tecnologia da informação e inovação O incentivo à Inovação na área de TI se torna uma necessidade para aquelas empresas que querem se destacar em seus mercados. A automação é uma realidade presente em lojas, supermercados, indústrias e outros estabelecimentos comerciais, com a finalidade de facilitar a gestão dos negócios da organização, aumentar a competitividade, solucionar diversos problemas bem como, otimizar tempo e dinheiro. A evolução da tecnologia da informação tem permitido a criação de novas soluções para as necessidades de processamento de informações nas organizações: novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; novos serviços que tornam produtos obsoletos; tecnologias que integram produtos e serviços, e assim por diante. Uma característica fundamental do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser aprendida e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado. Aula 9: Comportamento Inovador Perfil inovador - Solução de Problemas Uma das características fundamentais do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser aprendida e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado. A evolução da tecnologia da informação tem permitido a criação de novas soluções para as necessidades de processamento de informações nas organizações: novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; novos serviços que tornam produtos obsoletos; tecnologias que integram produtos e serviços, e assim por diante. O que é um problema? Algo que nos incomoda. Situação quando o estado atual das coisas é diferente do estado desejado. Um problema é uma dificuldade que impede que uma vontade seja concretizada. Solucionar problemas exige a capacidade de criar adequadas representações da realidade (modelos) e, com ajuda delas, encontrar um algoritmo de Solução que explique como remover ou superar tal dificuldade. Tipos de problema Os problemas podem ser do tipo: Anomalias - Pequenos problemas que passam despercebidos e são identificados como falhas, quem relata a anomalia geralmente é quem está envolvido na tarefa. Crônicos - Geralmente não são vistos como problemas porque fazem parte da cultura da organização e vistos como acontecimentos normais, mas que podem trazem danos aos processos, produtos ou serviços de uma empresa. Dependendo das pessoas envolvidas um problema pode ser: Controlável - Os envolvidos possuem responsabilidade pelo problema e autoridade para solucioná-lo. Incontrolável - Os envolvidos são afetados pelos efeitos do problema, que está inserido em outro contexto ou processo, pelo qual não tem autoridade nem responsabilidade. Classificação de Problemas Quantitativos: São aqueles que podem ser expressos em números símbolos (linguagem matemática). Qualitativos: São aqueles que podem ser resolvidos por julgamento, definidos como operações da mente e envolvem comparação e discriminação. É o meio pelo qual o conhecimento, os valores e os relacionamentos são formulados. Causas do problemaÉ fundamental que se identifique as causas do problema, pois todo problema possui uma ou mais causas. As causas são todos os motivos que levam a um problema específico. Uma das formas de se representar as causas de um problema é o chamado Diagrama de causa e efeito conhecido como diagrama de espinha de peixe: É uma técnica que permite visualizar melhor o universo em que o problema está inserido. Isto é feito através da construção de um diagrama no qual as causas vão sendo cada vez mais discriminadas até chegar a sua origem. Deve ser aplicada a um problema que apresenta causas decorrentes de causas anteriores, ou quando queremos esmiuçar as causas de um problema, ou visualizá-las mais claramente e agrupadas por fatores- chave. Essa técnica também é chamada de: diagrama de Ishikawa, diagrama de influência, diagrama de 4P ou diagrama de causa e efeito. Dica: Outra forma de se explorar um problema é perguntar os “cinco por ques”. Geralmente é utilizada nas anomalias e ao chegar ao quinto porque essa provavelmente será a sua causa principal. Inovação e Solução de Problemas A inovação ocorre durante o ciclo de criação do conhecimento, entre a definição do problema e a sua resolução, o que permite identificar as questões relevantes sobre o conhecimento existente acerca de um problema. A criatividade requer uma mente aberta e disposição para enfrentar as convenções, quebrar regras e assumir alguns riscos. Quando falamos de Tecnologia da Informação... Um problema é: Uma oportunidade. Uma necessidade de tomada de decisão. Plano de ação para solução do problema A causa fundamental é a origem de um problema. A solução para o problema serão as ações tomadas em relação as suas causas principais. Com as causas devidamente identificadas pelo método do “diagrama causa e efeito” ou dos “cinco por ques” é necessário fazer um plano de ação para solução do problema. A técnica de “brainstorming” é bastante apropriada e consiste em reunir o grupo que está trabalhando sobre o problema para que gere o maior número de ideias possíveis para sua solução, sem que se faça análise crítica de nenhuma delas nesse momento. Após ter pelo menos dez soluções possíveis deve-se fazer uma análise conjunta destas, descartando aquelas menos adequadas e trabalhando sobre as mais adequadas, verificando sua viabilidade e custos de implementação. É importante ressaltar que o trabalho cooperativo traz ganhos de produtividade altos na solução de um problema, pois possibilita diferentes visões sobre o mesmo e soluções provavelmente mais adequadas. Comportamento inovador Para que uma empresa desenvolva o valor da inovação é necessário que seja implantada a cultura organizacional do empreendedorismo e da inovação e que seus funcionários sejam instigados a pensar seus produtos, processos e serviços continuamente, em busca da melhoria constante. Existe um conjunto de características inerentes ao conceito de inovação e que definem sua eficácia: Gestão da oportunidade, risco e mudança: A inovação é imprevisível e tem elevado risco associado, pode também ter grandes custos associados. Portanto, há necessidade de acompanhamento da inovação, seja de produtos, serviços ou processos produtivos, de forma a evitar fracassos e riscos não calculados. Processo de gestão deve ser continuo e eficiente. Interação com consumidor: A procura de novos nichos de mercado faz com que seja necessário pesar bem custos, benefícios e timing para se envolver consumidores nos processos de inovação, levando-se em conta seus interesses. Resistência cultural à mudança: Existindo predisposição para a mudança, o sucesso da inovação será maior. Deve existir pressão na gestão da inovação para prevenir rigidez na forma de pensar e promover atitudes permeáveis à existência de ambientes propícios à inovação e mudança. Desenvolvimento de novos negócios: Inovação faz com que empresas se afastem da estabilidade e controle, da sua zona de conforto. Recursos usados na inovação são usados na possível criação de novos produtos e, provavelmente, novas áreas de negócio, mas que tem risco associado e podem não ter no futuro o retorno esperado. Logo... existe um custo de oportunidade associado. Inovação e TI Para a TI inovar significa, principalmente, buscar uma melhoria dos processos de negócio. Como? Primeiro automatizando atividades e tarefas e, depois, permitindo que melhorias sejam feitas já que mecanismos de medição e aferição de qualidade estarão presentes. Empreendedorismo e o profissional de TI O empreendedorismo deve ser uma prática no dia-a-dia do profissional de TI, pois o termo já define a sua natureza: o que empreende, o que implementa, o que cria, o que põe na prática aquilo que aprendeu, enfim, aquele que usa da técnica e da tecnologia para desenvolver seus projetos e atividades. O profissional da área de tecnologia deve ser antes de tudo um empreendedor e entender como seu trabalho se encaixa nos objetivos da organização. Ele precisa aprender a desenvolver a curiosidade, somada a uma boa capacidade de concentração e ter seu foco na resolução de problemas com espírito inventivo e humildade. Trabalho em equipe, Nunca Desista, Mais cedo ou mais tarde quem cativa a vitória é aquele que crê plenamente Eu conseguirei! OBS: Leia o estudo de caso “Nissan Motor Soluções de TI Ajudam a Nissan a Reduzir os Custos, Melhorar a Confiabilidade e a Produtividade”. Link http://www.microsoft.com/brasil/servidores/systemcenter/nissan.mspx Em 2012 a FastCompany divulgou sua lista anual com as 50 empresas mais inovadoras da atualidade. Os primeiros lugares foram dominados por empresas de tecnologia como Apple (1º lugar), Facebook (2º) e Google (3º). Destaque para a Apple que aparecia em 3º lugar na lista em 2010 e assumiu a primeira posição, que era ocupada pelo Facebook. A Google subiu uma posição indo de 4º lugar para o 3º. Essas empresas da lista da FastCompany tem a TI como ferramenta ou como atividade fim e também desenvolveram processos de negócios e ambientes organizacionais de inovação para galgarem e chegarem ao reconhecimento como empresas mais inovadoras do mundo. Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/as-empresas-brasileiras-mais-inovadoras-segundo- fast-company?page=3, acesso em 03/01/2013 Aula 10: Cultura Organizacional para Inovação Intraempreendedorismo intraempreendedorismo, ou empreendedorismo corporativo, é um conceito novo nas organizações. Significa que um funcionário pode agir de forma empreendedora em uma organização, agindo com inovação e pro atividade em busca dos objetivos desta organização. Intraempreendedorismo define aqueles que transformam ideias em realidade dentro de uma empresa. Quem é o Empreendedor Corporativo? Profissional com iniciativa, visionário, sem medo de tentar e que aprende com os erros, determinado, criativo, ousado e capaz de mobilizar recursos e implementar novos negócios dentro do ambiente corporativo. O empreendedor corporativo não é, necessariamente, aquele que apresenta a ideia criativa. Seu papel central é “arregaçar as mangas” e dar forma e materialidade à esta ideia. Principais características do empreendedor corporativo Capacidade de explorar novas oportunidades a partir de conceitos e ideias, que se traduzem em produtos ou serviços tangíveis, resultando em conquista, lucro e participação de mercado. Capacidade de se relacionar com outras pessoas. Possibilidade de trabalhar com uma ideia própria ou criar a partir da ideia de outra pessoa. Dificuldades e Barreiras que precisam ser superadas Postura conservadora e pouco competitiva da empresa; Intolerância quanto a riscos e fracassos; Falta de liberdade para funcionários desenvolverem projetos próprios; Falta de patrocinadores internos; Sistemas de controle rígido; Impossibilidade de usar os ganhos de um sucesso para financiar novosprojetos. Cultura X Cultura organizacional Cultura = o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização. Cultura organizacional = quando os padrões de crenças ou significados são compartilhados, fragmentados ou integrados, estando amparados em diversas normas operacionais e rituais, podendo exercer influência decisiva na habilidade total da organização em encarar desafios. Cultura Organizacional para Inovação Para ter e manter uma cultura inovadora é fundamental que essas pessoas compartilhem valores/crenças e pressupostos relacionados à inovação. Organização Inovadora A inovação pode ser percebida de várias formas nas organizações: novos produtos, remodelagem de produtos já existentes, novos processos internos, novas formas de atendimento a clientes, etc. Para desenvolver o ambiente de inovação os objetivos estratégicos da empresa devem estar diretamente relacionados ao empreendedorismo e seus valores, com ambiente propício ao empreendedorismo corporativo. Uma organização inovadora possui a habilidade de criar valor superior para o cliente, o que a difere das concorrentes no mercado. Favorecendo o ambiente para o empreendedor corporativo O processo de inovação e aplicação do intraempreendedorismo nas organizações deve ser organizado para que tenha apoio dos colaboradores e sua participação contínua, assim a cultura inovadora se propaga pela organização e os colaboradores vão criando um perfil empreendedor. Para isto, o processo como um todo deve ser tratado: do surgimento da ideia, avaliação de viabilidade, implementação das ideias e avaliação dos resultados, não esquecendo sempre do reconhecimento dos trabalhos. A organização precisa ser flexível o suficiente para garantir suas normas e comercializar seus produtos, mas não pode perder de vista a capacidade de propor novos produtos e rever os processos e normas estabelecidos. Para que isto aconteça, é necessário abrir espaço na organização para que as pessoas possam atuar de forma inovadora. Para serem competitivas, as organizações necessitam, criar, desenvolver e sustentar negócios inovadores. Regras para um ambiente intraempreendedor 1. Exercer sólida liderança sobre os rumos e as decisões de inovação. Uma orientação clara a partir do comando executivo deve fluir ao longo de todos os níveis da organização para motivar, sustentar e recompensar as atividades voltadas para a inovação, bem como a inovação em si. 2. Integrar a inovação à mentalidade do negócio. Inovação não é uma carta que se puxe da manga em ocasiões especiais; tem que ser parte integrante do processo operacional diário da empresa. 3. Alinhar a inovação com a estratégia de negócio da empresa. A inovação pode ou não ser a chave para o sucesso da estratégia do negócio; é preciso determinar os tipos e a quantidade de inovação necessários para dar suporte à estratégia do negócio, e nem sempre o maior é necessariamente o melhor. 4. Administrar a tensão natural entre criatividade e captação de valor. A empresa precisar ser forte em ambos os aspectos. Criatividade sem capacidade para transformá-la em lucros (por exemplo, execução e captação de valor) pode até ser divertido, mas não se sustenta; lucros sem criatividade são compensadores, mas também só funcionam durante pouco tempo. 5. Neutralizar os anticorpos organizacionais. Inovação exige mudança, e a mudança desperta rotinas e normas culturais explícitas e implícitas que agem para bloquear ou rejeitar a transformação. 6. Cultivar uma rede de inovação além dos limites da organização. Quando mais próxima a organização está dos seus fornecedores, clientes, parceiros, Universidades e Centros de Pesquisa, mais ampla é a sua rede de inovação. 7. Criar indicadores de desempenho e as recompensas adequadas à inovação. Como a gestão da inovação exige um processo gerencial, da mesma maneira que existem processos de gestão financeiro e gestão de marketing, por exemplo, é necessário que os resultados sejam acompanhados e recompensados. Vantagens do Empreendedor Corporativo A tradição, o nome e a marca da empresa como alavancas para novos negócios; Acesso a laboratórios, tecnologia e ao corpo técnico da empresa; Uso da estrutura de marketing e distribuição; Rede interna de profissionais para apoio. Fatores que devem ser considerados para a criação de um ambiente inovador e o desenvolvimento do intraempreendedorismo: A disciplina para tratar da inovação e dos seus processos, para que não se desvie dos objetivos de implantação de um sistema de Gestão de Inovação e intraempreendedorismo nas organizações; Criar uma cultura do aprendizado e da pesquisa na organização para a evolução constante e busca de novos conhecimentos e técnicas para as organizações; Flexibilidade para mudanças, provocadas pelas inovações e para a implantação do sistema de gestão da inovação; Tolerância aos riscos e erros que podem vir de inovações e ideias empreendedoras, o risco calculado deve ser estimulado e acompanhado para evitar problemas que desestimulem novas tentativas de inovação; Criação de ambiente diferenciado para equipes que trabalhem com a inovação e com pesquisa. Resumindo A empresa inovadora é uma criadora de conhecimentos, valoriza as ideias criadoras dos trabalhadores, bem como seus ideais, e é isso que alimenta a inovação. Numa empresa criadora de conhecimento, inventar novos conhecimentos não é uma atividade especializada, é uma forma de comportamento, um modo de vida. Cada funcionário é um empreendedor dentro da empresa. Acesse o site da Natura e veja como a empresa tem incentivado os seus empregados a serem inovadores http://www.natura.com.br/www/a-natura/inovacao/ Pesquise outros exemplos de empresas inovadoras Revisão - Aula 6 a 10 Características do Comportamento Empreendedor Busca de oportunidades e iniciativa; Persistência; Aceitação de riscos; Exigência de eficiência e qualidade; Comprometimento com o trabalho; Estabelecimento de metas; Busca de informações; Planejamento e monitoramento sistemáticos; Persuasão e redes de contatos; Independência e autoconfiança. As principais características do perfil do empreendedor 1- Autoconfiança: Ter consciência de seu valor, sentir-se seguro em relação a si mesmo e, com isso, poder agir com firmeza e tranquilidade. 2- Automotivação: Buscar a realização pessoal através do trabalho, com entusiasmo e independência. 3- Elevado poder de comunicação: Capacidade para transmitir e expressar ideias, pensamentos, emoções com clareza e objetividade. 4- Criatividade: Capacidade de buscar soluções viáveis e melhores para a resolução de problemas. 5- Flexibilidade: Capacidade para compreender situações novas, estar disponível para rever posições, aprender. 6- Energia: Força vital comanda as ações dos indivíduos – capacidade de trabalho – pique. 7- Iniciativa: Capacidade para agir de maneira oportuna e adequada sobre a realidade, apresentando soluções, influenciando acontecimentos e se antecipando às situações. 8- Integridade: Qualidade do caráter, ligada à retidão de princípios, imparcialidade, honestidade, coerência e comprometimento (com as pessoas, com o negócio e consigo mesmo). 9- Liderança: Capacidade para mobilizar as energias de um grupo de forma a atingir objetivos. 10- Negociação: Capacidade para fazer acordos cooperativos como meio de obter o ajustamento de interesses entre as pessoas envolvidas. 11- Perseverança: Capacidade de manter-se firme e constante em seus propósitos, porém, sem perder a objetividade e clareza frente as situações (saber perceber limites). 12- Persuasão: Habilidade para apresentar suas ideias com argumentos de maneira convincente. 13- Capacidade de Planejamento: Capacidade para mapearo meio ambiente, analisar recursos e condições existentes, buscando estruturar uma visão de longo prazo dos rumos a serem seguidos para se atingir os objetivos. 14- Relacionamento interpessoal: Habilidade de conviver e interagir adequadamente com as outras pessoas. 15- Resistencia à frustração: Capacidade de suportar situações de não satisfação de necessidades pessoais ou profissionais, sem se comportar de maneira derrotista, negativa ou confusa. 16- Sensibilidade administrativa: Capacidade para planejar, executar e gerir através de processos organizados, sistemáticos e eficazes. Comportamento empreendedor As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3 áreas: Técnicas, Gerenciais e Pessoais. Características Técnicas: Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser organizado, saber lidar e trabalhar em equipe. Características Gerenciais: Incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle). Características Pessoais: Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão pelo que faz. O que é uma ATITUDE EMPREENDEDORA? Atitude de empreender como trajetória escolhida para a vida. Ocorre por convicção racional e sentimento, vontade, mas não por algo imposto ou recomendável. Classificação da inovação quanto ao OBJETO: Inovação de produto: Consiste em modificações nos atributos do produto, com mudança na forma como ele é percebido pelos consumidores. Inovação de processo: Refere-se a mudanças no processo de produção do produto ou serviço. Classificação da inovação quanto ao IMPACTO NO MERCADO Inovação Incremental: Mudanças e melhorias contínuas do produto ou processo, percebidas pelo consumidor e que não modificam de forma drástica a forma como que o produto é consumido ou desenvolvido. Inovação Radical: Mudança drástica na forma como um produto ou serviço é consumido, acompanhada por um novo modelo de consumo ou comportamento do mercado. Inovação e Solução de Problemas A inovação ocorre durante o ciclo de criação do conhecimento, entre a definição do problema e a sua resolução, o que permite identificar as questões relevantes sobre o conhecimento existente a respeito de um problema. Empreendedorismo e o profissional de TI O empreendedorismo deve ser uma prática no dia-a-dia do profissional de TI, pois o termo já define a sua natureza: o que empreende, o que implementa, o que cria, o que põe na prática aquilo que aprendeu, enfim, aquele que usa da técnica e da tecnologia para desenvolver seus projetos e atividades. Inovação e TI Para TI inovar significa, principalmente, buscar uma melhoria dos processos de negócio. Como? Primeiro automatizando atividades e tarefas, e depois permitindo que melhorias sejam feitas já que mecanismos de medição e aferição de qualidade estarão presentes. Intraempreendedorismo O intra-empreendedorismo é o trabalho do empreendedor dentro das corporações, o que torna as pessoas intraempreendedoras agentes da inovação, motivando a inovação e a evolução constante das organizações. Também conhecido como empreendedorismo corporativo e empreendedorismo interno, define aqueles que transformam ideias em realidade dentro de uma empresa. Cultura Organizacional A organização é constituída por pessoas que têm maneiras diversas de agir, pensar e sentir. Cada qual tem um modo de atuar sobre o mundo e isto repercute no trabalho. Geralmente, indivíduos têm um padrão comportamental propício para o local de trabalho e a organização, como um grupo social, tem uma maneira própria de atuar na sociedade. A esta forma de atuação coletiva nas organizações chamamos de cultura organizacional. Cultura intraempreendedora Em uma empresa de cultura intraempreendedora os funcionários desenvolvem características interessantes e que ajudam a alavancar cada vez mais sua posição de mercado, exemplos: automotivação, estabelecimento de metas, autoconfiança e foco nos clientes. Para desenvolver o ambiente de inovação os objetivos estratégicos da empresa devem estar diretamente relacionados ao empreendedorismo e seus valores, com ambiente propício ao empreendedorismo corporativo. Possíveis barreiras à inovação em uma empresa: Sistemas de avaliação e recompensa mal formulados; Sistemas opressores e punitivos; Sistemas de planejamento inflexíveis; Estrutura organizacional com muitos níveis hierárquicos; comunicação deficiente; Falta de metas, de comprometimento e de visão; Excesso de burocracia; Resistência à mudança; Orientação ou foco no curto prazo. Empresa inovadora É uma “criadora de conhecimentos”, valoriza as ideias criativas dos colaboradores, bem como seus ideais, e é isso que alimenta a inovação. Nesta empresa, inventar novos conhecimentos não é uma atividade especializada, é uma forma de comportamento, um modo de vida. Cada funcionário é um empreendedor dentro da empresa. “Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento” (Érico Veríssimo).
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