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TEXTO E TEXTUALIDADE

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TEXTO E TEXTUALIDADE
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1.TEXTO
1.1. Conceito: “ ocorrência lingüística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal”. (p.03)
Silêncio!
“A mentira é uma verdade 
que se esqueceu de acontecer”.
Mário Quintana
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1.2. Aspectos para se avaliar um texto:
1.2.1.Pragmático: “ tem a ver com o seu funcionamento enquanto atuação informacional e comunicativa”. (p.05)
1.2.2. Semântico-conceitual: “de que depende sua coerência”. (p.05)
1.2.3. Formal: “ que diz respeito à sua coesão”. (p.05)
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2. Textualidade
2.1. Conceito : “características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma seqüência de frases”. (VAL, 1991; p. 5).
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 2.1.Fatores responsáveis pela textualidade
a)Coerência = responsável pelo sentido do texto;
b) Coesão = responsável pela unidade formal do texto;
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 Critérios para análise da coerência e da coesão
 Continuidade = retomada de elementos no decorrer do discurso;
 Progressão = apresentação de novas informações;
Não-contradição = interna e externa; 
 Articulação = encadeamento, relação entre as idéias; 
e) Suficiência de dados = grau de informatividade.
M@F - coerência = retomada de conceitos e idéias
coesão = repetição de palavras, uso de artigos definidos, pronomes demonstrativos, pronomes anafóricos, elipse etc.
M@F - coerência = soma de novas idéias; dado + comentário (novo); mudança de tópico.
coesão = expressões que indiquem mudança de tópico - a respeito de, no que se refere a, quanto a , até, mesmo etc.
M@F - emprego dos tempos e aspectos verbais; advérbios, verbos ilocutórios; adequação vocabular
Mario - utilização de expressões como: por exemplo, dessa forma, por outro lado, numerais ordinais, conjunções temporais, adjetivos como anterior, posterior.
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c) Intencionalidade = diz respeito ao valor ilocutório do discurso;
d) Aceitabilidade = concerne à expectativa do recebedor de que o conjunto de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, útil e relevante;
e) Situacionalidade = adequação do texto à situação de comunicação;
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f) Informatividade = diz respeito à medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas ou não, no plano conceitual e no formal;
g) Intertextualidade = concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente do conhecimento de outro(s) texto(s).
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Era meia-noite. O Sol brilhava. Pássaros cantavam pulando de galho em galho. O homem cego, sentado à mesa de roupão, esperava que lhe servissem o desjejum. Enquanto esperava, passava a mão na faca sobre a mesa como se a acariciasse tendo idéias, enquanto olhava fixamente a esposa sentada à sua frente. Esta, que lia o jornal, absorta em seus pensamentos, de repente começou a chorar, pois o telegrama lhe trazia a notícia do irmão que se enforcara num pé de alface. O cego, pelado com a mão no bolso, buscava consolá-la e calado dizia: a Terra é uma bola quadrada que gira parada em torno do Sol. Ela se queixa de que ele ficou impassível, porque não é o irmão dele que vai receber as honrarias. Ele se agasta, olha-a como desdém, agarra a faca, passa manteiga na torrada e lhe oferece, num gesto de amor. (in: KOCH e TRAVAGLIA, 2000)
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O Show
O cartaz
O desejo 
O pai
O dinheiro
O ingresso
O dia
A preparação
A ida
O estádio
A multidão
A expectativa
A música
A vibração
A participação
O fim
A volta
 O vazio
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 Quando viu que Adama e Evo tinham comido a expressamente proibida maçã da árvore da Ciência do Bem e do Mal, foi assim que o Senhor falou: “Pois de agora em diante ireis ganhar o pão com o suor do vosso rosto e tereis de sair aí da zona sul e ir morar a leste do Éden, sem parques floridos, nem reservas florestais, sem cascatas no pátio, nem borboletas no closet. E vossa habitação será limitada ao uso que fareis dela, praticamente senzala de vossos corpos. Mas esse não é o castigo. O castigo é que vossos corpos se reproduzirão automaticamente, ao menor contato, tereis filhos, esses filhos botarão os pés cheios de lama no sofá de vinil comprado em dez prestações, rasgarão as cortinas, riscarão as paredes como aprenderam a fazer na escola permissiva, quebrarão as vidraças ensaiando futuros protestos estudantis, entupirão os ralos das pias, berrarão dia e noite azucrinando a vossa paciência e nunca puxarão a descarga depois de fazerem cocô na privada”. ( Millôr Fernandes. Isto É/Senhor, 10/05/1989)

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