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Pluralismo jurídico

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AUTORES: 
Isis Laine 
Lisha 
Maristela 
Suzany 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2015 
 
CCJ0108 
SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA 
 Prof.ª. Yara Marques
ÍNDICE BIBLIOGRAFICO 
 
 
 
AUTOR OBRA REFERÊNCIA DE PÁGINA – OU LINK 
Cláudio 
Souto 
Tempo de 
Direito 
alternativo 
PÁG. 97 
Francisco 
Cavalcanti 
Pontes de 
Miranda 
Naturalidad
e do 
fenômeno 
jurídico 
155-7 
Cláudio e 
Joaquim 
Falcão 
Sociologia 
e Direito 
 
 
Horácio 
Wanderley 
Rodrigues 
Direito com 
que 
Direito? 
 
 http://odireitoachadonarua.blogspot.com.br/ 
 http://jus.com.br/artigos/2077/direito-alternativo-
realidade-ou-ficcao 
 http://pt.scribd.com/doc/24135779/Miguel-
Lanzellotti-Baldez-Sobre-o-papel-do-direito-na-
sociedade-capitalista-direito-insurgente#scribd 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pluralismo_jur%C3%A
Ddico 
Constituiçã
o Federal 
Preâmbulo 
Constituiçã
o Federal 
Art. 1º. inciso V; 
Constituiçã
o Federal 
Art. 5º. 
incisos: LXXIII; 
LXXVIII § 2º, 3º E 4º 
 
PLURALISMO JURÍDICO. 
CONCEITOS BÁSICOS E AS NOÇÕES GERAIS. 
 
Pluralismo Jurídico é a expressão que define a coexistência de vários 
sistemas jurídicos em uma mesma sociedade. É fruto do conjunto das formas 
de mobilização e organização das classes populares, que abrem espaços 
sociais até então inéditos e revelam novos atores na cena política, capazes de 
criar direito à medida que a sociedade exige a diversificação do papel social 
individual, advinda do surgimento da divisão de classes e associações 
profissionais para defesa dos interesses dessas, fato que se reflete na esfera 
política, através de composições legislativas por diversos partidos e 
movimentos políticos, organizações sociais e formações autônomas de poder, 
que na maioria das vezes defendem seus próprios princípios, com interesses e 
ideologias diferentes entre si. 
Uma de suas características mais relevante é abranger a complexidade 
das relações sociais e a diversidade dessas, respeitando, interligando e dando 
o devido espaço a valores, verdades, memórias e estruturas distintas e 
diversas, temporal e circunstancialmente. Não é uma alternativa ao Direito, 
mas sim à positividade sempre que esta se afasta do papel de ser instrumento 
instaurador da justiça – sua razão fundamental de existir. 
Essas situações de pluralismo jurídico aludem às contradições sociais 
em cada momento histórico, ou seja, a permanência constante da luta de 
classes ao longo do tempo, passando pelo forçado intercâmbio cultural 
decorrente das invasões bárbaras, pelo poderoso Império Romano, pelo 
feudalismo, pelas cruzadas, pelo capitalismo, pela revolução industrial,... 
. Os acirrados confrontos interclassistas sempre existiram, o que não 
significa a morte do Direito e da Justiça, mas sim o fim ou a limitação de um 
Direito opressor que se mostra avesso aos anseios dos hipossuficientes. 
Propõe uma ciência jurídica marcada pelo debate. A dinâmica das forças 
sociais e políticas em disputa não pode ser reduzida à monopolização do 
Direito pelo Estado e a mera legalidade concedida estratégica e 
vantajosamente por este. 
Ainda há muito a se conquistar, como uma maior participação da 
sociedade na elaboração das leis, a participação da população cobrando e 
fazendo cumprir seus direitos com equanimidade e união nessa luta por poder, 
pois o povo é detentor do poder originário constituinte, mas infelizmente, essa 
não é uma realidade em nosso país. 
 
 
 
 
 
ANALISANDO EXEMPLOS DE PLURALISMO JURÍDICO. 
 
Em situações de Revolução Social há a permanência do Direito 
Tradicional juntamente com o “Direito revolucionário” (o termo se encontra [“”] 
entre aspas por não se tratar de um direito revolucionário propriamente, mas 
sim de uma alusão ao espírito que anima uma sociedade na tentativa natural 
de burlar a dominação de um Direito estatal que lhe seja imposto, considerando 
as necessidades especificas negligenciadas pelo normatizador opressor). Vale 
ponderar que mesmo ocorrendo uma revolução social, como regra maioral, 
persistem resquícios do direito “obrigatório”. Temos como exemplo clássico, o 
que ocorre em populações nativas, que quando não dizimadas, sofrem a 
dominação do direito externo, mas sem se desvincularem totalmente do direito 
tradicional que lhes pertençam; lembremo-nos dos indígenas da América e dos 
africanos traficados, na relação com os europeus colonizadores. O choque 
cultural entre colonizados e colonizadores ocasionou uma situação em que 
diversas regras com diferentes origens evidenciavam-se. Com a 
descolonização, sistemas legais unificados foram criados, com suas 
especificidades próprias. A partir do final do século 20, surgiu uma “nova onda” 
de pluralismo jurídico, em especial devido à globalização. Além da maior 
proximidade entre países, há também o enfraquecimento dos estados e de 
suas tradicionais funções legais. 
Sob uma perspectiva ampliada do conceito de direito, transcendemos o 
emblema legal-estatal e reconhecemos o direito enquanto um conjunto de 
regras garantidoras, com sanções previstas às eventuais violações cometidas. 
Classificados pelo Prof. Miguel Baldez de “Direito insurgente”, exemplos não 
faltam ao redor de qualquer um de nós. Tal reflexão pode ser observada nas 
mais diversas esferas e organizações sociais, como em invasões de latifúndios, 
nas ocupações de prédios urbanos abandonados por movimentos sociais, as 
transações imobiliárias em favelas, nas prisões, em igrejas, nos sindicatos, nas 
associações de moradores, no grande número de tribunais e de órgãos que 
criam suas regras para os nichos nos quais operam, como a Organização 
Mundial do Comércio (OMC), no discurso dos direitos humanos e em sua 
influência sobre os países a pedido da sociedade civil organizada,... 
Aos olhos das determinações legais muitas destas são consideradas 
ilegítimas/ilegais, porém, na vida dos que não possuem condições para “se 
enquadrarem” nos ditames legais, tais ações nada mais são do que o justo 
possível e assim, se tornam legais aos olhos daqueles cidadãos. 
. 
 
 
Selecionando o universo de uma favela quanto nosso exemplo a ser 
explorado e resumido, de sua criação com a extinção das senzalas até a 
contemporaneidade, observamos que as diversas relações ali presentes entre 
associações de moradores, facções, movimentos populares, e o trato destes 
com a figura do Estado, estabeleceram-se paralelamente ao Direito estatal 
como representações locais e não oficiais do Direito. 
Evidentemente, sua validade é restrita a comunidade ensejante, mas na 
ausência de proximidade, proteção e compreensão da estrutura normativa 
vigente, torna-se absoluta no contexto inserido, respondendo aos anseios de 
justiça e tutela, transformando o ilegal em legal numa vivência cotidiana, 
comum e informal, transmitida de forma imediata, direta e coloquial, assim 
absorvível por seus indivíduos. Os conflitos passaram a ser resolvidos com 
base numa lógica interna a essa comunidade, em que a Associação dos 
Moradores assumiu especial importância mediadora. 
Tal estrutura apresenta baixíssimo nível de institucionalização e 
austeridade hierárquica, gozando de uma proximidade espantosamente maior 
dos habitantes alcançados por seu poder e priorizando a participação 
democrática e ativa de cada um. 
O poder coercitivo das determinações jurídicas em comunidades 
paralelas é menos rebuscado e complexo, objetivando o imperativo 
cumprimento das normas estabelecidas, ou em caso de desobediência, uma 
violenta e exemplar punição quase instantânea, numa cadência nítida entre 
ação e reação, sem margem às dúvidas,disciplinando e mantendo o controle 
social de forma bastante eficaz. 
 
 
O pluralismo jurídico se opõe ao monismo, teoria que determina o 
Estado como a maior expressão da normatividade jurídica. É inviável na 
estrutura social em que vivemos que o Estado monopolize o Direito, e embora 
as ideologias jurídicas monistas impeçam a plena manifestação de direitos não 
positivados, esses existem paralelamente, e por si só reforçam o 
desmantelamento do monopólio estatal do Direito. 
Não há mais como admitir a ingerência totalitária do Estado e sua 
presença autoritária na vida de todos, monopolizando durante praticamente 
toda a existência humana o poder de definir o que é certo e o que é errado 
para todos, sufocando os anseios das minorias e desrespeitando a diversidade, 
fruto inerente da evolução social. 
O Brasil é um país riquíssimo, que tem um dos sistemas judiciários mais 
bem estruturados do mundo e mesmo com todas essas prerrogativas não se 
faz competente o bastante para garantir o cumprimento das previsões 
constitucionais concernentes a dignidade humana.

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