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Aula 6.1 - Direito Romano - Lei das XII Tábuas

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DIREITO ROMANO
LEIS DAS XII TÁBUAS
ANÁLISE DA LEI DAS XII TÁBUAS
450 a. C. – período Arcaico
A Lei das Doze Tábuas, em latim Lex Duodecim Tabularum ou Duodecim Tabulae, é uma importante peça histórica do direito por ter sido o primeiro documento legal escrito do Direito Romano, base e origem de diversos sistemas jurídicos ocidentais.
 
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Lei das XII Tábuas influenciou o nosso direito
Entender a Lei das Doze Tábuas significa adentrarmos na origem do direito romano, monumento jurídico da antiguidade, do qual o Direito Brasileiro sofreu grandes influências. Portanto, é imperioso o estudo dessa importante codificação jurídica para a compreensão das origens de todo o sistema jurídico brasileiro.
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A Origem das Doze Tábuas
A origem das doze tábuas está ligada às revoltas dos plebeus frente ao domínio dos patrícios no início da República da Roma Antiga. 
Em 494 a.C, os plebeus, em sinal de revolta, instalaram-se no Monte Sagrado, exigindo reivindicações políticas. 
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TRIBUNOS DA PLEBE
Caio Gracco discursa para os plebeus
Tribunos da Plebe
O resultado disso foi a origem dos tribunos da plebe, representantes dos interesses dos plebeus perante as autoridades de Roma e do Senado.
Nesse período quem editava as leis romanas eram os Cônsules, dois patrícios eleitos pela Assembleia Centurial pelo período de um ano, para propor leis e presidir o Senado e as Assembleias.
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Tábua I – contém 11 itens
De in jus vocando (do chamamento a Juízo)
1 – Se alguém é chamado a Juízo, compareça.
A primeira Tábua estabelece regras de direito processual, descrevendo como deverá ser o procedimento de chamamento do réu a um processo e o inicio de um julgamento. 
Demonstra claramente que é dever do réu responder quando chamado em juízo, porém, se não o fazer cabe ao autor levá-lo, mesmo que seja usando suas próprias mãos ou a força.
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2 - Si in ius vocat, ito. Ni it, antestamino. Igitur em capito. 
“Se alguém for convocado para comparecer ao Juízo deverá ir. Caso não compareça o autor deverá apresentar testemunhas a essa recusa do réu e logo em seguida deverá prendê-lo”.
3 – Se se apresenta alguém para defender o citado, que este seja solto.
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4 – Se uma doença ou a velhice o impede de andar, o que citou lhe forneça um cavalo.
Se por velhice ou doença o réu estiver impossibilitado de andar, o autor deverá lhe fornecer a condução, na época um cavalo (iumentum). 
Se o réu recusar o cavalo o autor deverá providenciar um carro, mas sem a obrigação de ser coberto.
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...
10 – Depois do meio dia, se apenas uma parte comparece, o Pretor decida a favor da que está presente.
Depois do meio dia se apenas uma das partes estivesse presente o pretor deveria se pronunciar, geralmente em favor do presente (um instituto similar ao da Revelia). 
11- Se ambos estiverem presentes, por do sol seria o termo final da audiência e o inicio do julgamento.
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Arts. 319 do Código de Processo Civil e 
367 do Código de Processo Penal
Legislação brasileira
Art. 319 do CPC. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor.
Art. 367 do CPP. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
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Tábua II – contém 11 itens
De judiciis (do julgamento)
Essa tábua cuida de algumas regras sobre os julgamentos e outras sobre furtos.
A segunda tábua tem a pretensão de continuar os ditames da primeira, estipulando regras de direito processual. Contudo, não se encontra tão completa em decorrência das perdas ao longo dos séculos.
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1. Impedimentos para o julgamento e 
2. Ausência de testemunhas
1. ... cauções... subcauções ... a não ser que uma doença grave ... um voto ..., uma ausência a serviço da república, ou uma citação por parte de estrangeiro, deem margem ao impedimento; pois se o citado, o juiz ou o árbitro, sofre qualquer desses impedimentos, que seja adiado o julgamento. 
2. Aquele que não tiver testemunhas irá, por três dias de feira, para a porta da casa da parte contrária, anunciar a sua causa em altas vozes injuriosas, para que ela se defenda.
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Tábua II – Furtos
3. Se alguém comete furto à noite e é morto em flagrante, o que matou não será punido.
4. Se o furto ocorre durante o dia e o ladrão é flagrado, que seja fustigado e entregue como escravo à vítima. Se é escravo, que seja fustigado e precipitado do alto da rocha Tarpéia.
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No tocante ao item 4, observamos que o romano não distinguia exatamente, como é feito hoje em dia, o furto do roubo. 
O Código de Manu preocupou-se com a distinção. 
A rocha de Tarpéia era o monte de onde se atiravam os criminosos e traidores. Ficava próxima ao Capitólio, templo dedicado a JÚPITER. 
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Do usucapião da coisa furtada
...
Item 11 – A coisa furtada nunca poderá ser adquirida por usucapião.
O usucapião de coisa obtida por furto não era admitido na lex duodecim tabularum, numa demonstração de que, de longa data, não se pode barganhar com delinquentes. 
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Tábua terceira – Dos direitos de crédito
1. Se o depositário, de má fé, pratica alguma falta com relação ao depósito, que seja condenado em dobro. 
2. Se alguém coloca o seu dinheiro a juros superiores a um por cento ao ano, que seja condenado a devolver o quádruplo.
3. O estrangeiro jamais poderá adquirir bem algum por usucapião.
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Dos direitos de crédito
4. Aquele que confessa dívida perante o magistrado ou é condenado, terá 30 dias para pagar.
5. Esgotados os 30 dias e não tendo pago, que seja agarrado e levado à presença do magistrado.
6. Se não paga e ninguém se apresenta como fiador, que o devedor seja levado pelo seu credor e amarrado pelo pescoço e pés com cadeias com peso até o máximo de 15 libras, ou menos, se assim o quiser o credor.
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Dos direitos de crédito
7. O devedor preso viverá à sua custa, se quiser; se não quiser o credor que o mantém preso dar-lhe-á por dia uma libra de pão ou mais, a seu critério.
8. Se não há conciliação, que o devedor fique preso por 60 dias, durante os quais será conduzido em 3 dias de feira ao comitium, onde só proclamará em altas vozes, o valor da dívida.
9. Se são muitos os credores, é permitido, depois do terceiro dia de feira, dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quantos sejam os credores, não importando cortar mais ou menos; se os credores preferirem, poderão vender o devedor a um estrangeiro, além do Tibre.
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Dos direitos de crédito
Execução dos devedores
Essa tábua é considerada pelos historiadores uma das mais completas e reconstituída com maior fidelidade. Trata da execução dos devedores que confessaram a divida.
Aeris confessi rebusque iure iudicatis XXX dies iusti sunto. 
“Aquele que confessar divida perante o juiz, ou for condenado, terá trinta dias para pagar”. 
Esgotados os trinta dias e não tendo pago, deveria ser agarrado pelo autor e levado à presença do juiz.
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Se não pagasse e ninguém se apresentasse como fiador, o devedor era levado pelo seu credor
e amarrado pelo pescoço e pés com cadeias com peso máximo de 15 libras; ou menos, se assim o quisesse o credor. 
O devedor preso viveria as custas do credor.
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Tertiis nundinis partis secanto. Si plus minusve secuerunt, se fraude esto. 
Esta é uma das regras mais marcantes das tábuas, permitindo que se parta o corpo do devedor em tantos pedaços quantos forem os seus credores. “Depois do terceiro dia de feira, será permitido dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quanto forem os credores, não importando cortar mais ou menos; se os credores preferirem poderão vender o devedor a um estrangeiro”.
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Direito de propriedade
Adversus hostem aeterna auctoritas esto. 
Determina que contra um inimigo o direito de propriedade é válido para sempre. 
Tal norma é decorrência das guerras travadas contra outros povos. Se um inimigo tivesse o domínio de determinada terra essa ainda pertenceria a seu antigo dono, que poderia reavê-la por meio da força.
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Tábua quarta – Do pátrio poder e do casamento
1. É permitido ao pai matar o filho que nasce disforme, mediante o julgamento de cinco vizinhos.
2. O pai terá sobre os filhos nascidos de casamento legítimo o direito de vida e de morte e o poder de vendê-los.
3. Se o pai vendeu o filho 3 vezes, que esse filho não recaia mais sob o poder paterno.
4. Se um filho póstumo nasceu até o décimo mês após a dissolução do matrimônio, que esse filho seja reputado legítimo.
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Presunção de Paternidade
Código Civil de 2002
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
Pater – Poder de vida e morte em relação à prole;
Idade núbil para o casamento
Quanto ao primeiro item da Tabua IV, localiza-se a expressão máxima do sistema patriarcal romano. Direito de vida e morte sobre os filhos. 
Vale informar que, nessa fase da história romana, o casamento acontecia muito cedo, normalmente com a idade núbil de 12 anos para as mulheres e 14 para os homens.
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O casamento no Direito Romano
“Nihil in rebus mortalium perinde venerandum est atque matrimonium” – 
Nada é tão venerável nas instituições humanas como o matrimônio.
Os Romanos distinguiam dois tipos de casamento: 
A) O casamento cum manus; e
B) O casamento sine manus.
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Casamento cum manus
A mulher saía da dependência do seu próprio pater famílias para entrar na dependência do marido e do pater famílias do marido. 
Para que essa transferência ocorresse, era suposto um ato chamado conventio in manu ou aquisição da manus, do poder do marido sobre a mulher.
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3 Modalidades da manus a ser estabelecida:
Confarretio – formalidade de cunho religioso muito utilizada na antiguidade da história romana.
Coemptio – venda formal da noiva ao noivo pelo pater familias desta;
Usus – era baseado no princípio de poder absoluto por posse prolongada e se dava quando o casal convivia maritalmente por mais de um ano.
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Casamento sine manu
conservação dos direitos sucessórios
Prevaleceu em Roma após as conquistas territoriais. 
Ele não oferecia a possibilidade de sujeição da mulher ao marido e esta podia continuar sob o poder de seu próprio pater familias, conservando, portanto, os direitos sucessórios de sua família de origem, mas era mais condizente com o que se pensava acerca do que era o matrimônio. 
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Tábua quinta – Das heranças e tutelas
1. As disposições testamentárias de um pai de família sobre os seus bens ou a tutela dos filhos terão a força de lei. 
2. Se o pai de família morre ab intestado, não deixando herdeiro seu (necessário), que o agnado* mais próximo seja o herdeiro. 
*diz-se da relação que existe entre duas pessoas que têm um antepassado comum através da descendência na linha masculina direta. Pode ser um primo, parente de 4º grau na linha colateral por consanguinidade.
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5. Que as dividas ativas e passivas sejam divididas entre os herdeiros, segundo o quinhão de cada um.
A regra 5 é de larga utilização, encontrando-se na codificação atual, vejam o art. 1.997 do Código Civil.
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Art. 1997 do Código Civil Brasileiro 
“A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido, mas feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube”.
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Tábua VI – Do direito de propriedade e da posse
1. Se alguém empenha a sua coisa ou vende em presença de testemunhas, o que prometeu tem força de lei. 
2. Se não cumpre o que prometeu, que seja condenado em dobro.
...
4. A coisa vendida, embora entregue, só será adquirida pelo comprador depois de pago o preço.
5. As terras serão adquiridas por usucapião depois de dois anos de posse, as coisas móveis depois de um ano.
...
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Usucapião na nossa codificação civil
arts. 1.238 e seguintes
A usucapião (do latim usucapio: "adquirir pelo uso"; palavra do gênero feminino) é o direito de posse que um indivíduo adquire sobre um bem móvel ou imóvel em função de haver utilizado tal bem por determinado lapso temporal, contínua e incontestadamente, como se fosse o real proprietário desse bem.
Para que tal direito seja reconhecido, é necessário que sejam atendidos determinados pré-requisitos previstos em lei.
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Usus
6. A mulher que residiu durante um ano em casa de um homem, como se fora sua esposa, é adquirida por esse homem e cai sob o seu poder, salvo se se ausentar da casa por 3 noites, ela voltaria a condição de solteira.
...
9. Se alguém quer repudiar a sua mulher, que apresente as razões desse repúdio.
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O divórcio na Roma antiga
O casamento na História de Roma jamais foi indissolúvel. Somente na época dos Imperadores cristãos foram introduzidas limitações ao divórcio, mas sem nunca aboli-lo.
O direito romano arcaico previa o divórcio. Ele era praticado através de formas solenes: a diffarreatio e a remantipatio.
No casamento sine manu – divortium comuni consensu ou por repudium, no caso de vontade unilateral.
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No início da História Romana, o divórcio somente podia ocorrer por vontade do marido, mesmo assim se ele convocasse o Tribunal Familiar e, portanto, tivesse algo contra a esposa.
A mulher – somente se descasava no caso de perda da cidadania do esposo, aqui não havia divórcio, somente dissolução do casamento.
O casamento sine manu foi o que deu as mesmas possibilidades à mulher. Às vezes o divórcio era concedido até por interesse. 
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Tábua VII – Dos Delitos
1. Se um quadrúpede causa qualquer dano, que o seu proprietário indenize o valor desse dano ou abandone o animal ao prejudicado.
2. Se alguém causa um dano premeditadamente, que o repare.
11. Se alguém fere a ourem, que sofra a pena de Talião, salvo se houver acordo.
16. Se alguém profere um falso testemunho,
que seja precipitado da rocha Tarpéia.
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Observa-se nestes tópicos a influência da codificação hammurabiana, sendo aplicado em Roma, mais de 1000 anos depois. O talião sendo aplicado, a exceção se houvesse acordo. A lei funcionava como um estímulo aos acordos.
Lançar da Rocha Tarpéia - explicação
A testemunha, antes de depor, prestava um juramento sagrado, dedicando a determinado deus a verdade de suas palavras. Demonstrado que mentira, teria ofendido diretamente à divindade, não merecendo sorte diversa senão a própria morte.
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Tábua VIII – Dos direitos prediais
1. A distância entre as construções vizinhas deve ser de dois pés e meio.
10. Se caem frutos sobre o terreno vizinho, o proprietário da árvore tem o direito de colher esses frutos.
O direito de vizinhança preocupava os Romanos. Crescimento da cidade, possibilidade de abusos.
Criasse os Decênviros – regras da distância, por exemplo, entre as construções.
As regras acima encontram-se na nossa codificação civil, a saber:
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Arts. 1301 e 1284 CCB
Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular.
Os romanos entendiam que os frutos pertenciam ao proprietário da árvore, e, nós ao dono do solo onde caíram.
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Tábua IX – Do direito público
1. Que não se estabeleçam privilégios em lei. (Ou que não se façam leis contra indivíduos).
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3. Se um juiz ou um arbitro indicado pelo magistrado receber dinheiro para julgar a favor de uma das partes em prejuízo de outrem, que seja morto.
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6. Se alguém promover em Roma assembleias noturnas, que seja morto.
7. Se alguém insuflar o inimigo contra a sua Pátria ou entregar um concidadão ao inimigo, que seja morto.
Em Roma propunha-se a defesa intransigente do Império Romano, e a tentativa de derrubá-lo conduzia à imposição da pena máxima.
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Tábua X – Do direito sacro
1. ...
2. Não é permitido sepultar nem incinerar um homem morto na cidade.
3. Moderai as despesas com os funerais.
...
14. Não é permitido enterrar ouro com o cadáver; mas se seus dentes são presos com ouro, pode-se enterrar ou incinerar com esse ouro.
16. Que o vestíbulo de um túmulo jamais possa ser adquirido por usucapião, assim como o próprio túmulo.
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Tábua XI – sem título
1 . Que a última vontade do povo tenha força de lei.
2. Não é permitido o casamento entre patrícios e plebeus.
Essa proibição foi revogada pela Lei Canuléia, em cerca de 367 a.C., a qual, na prática, extinguiu as classificações sociais até então existentes.
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Tábua XII – Sem título
2. Se alguém fizer consagrar uma coisa litigiosa, que pague o dobro do valor da coisa consagrada.
3. Se alguém obtiver de má fé a posse provisória de uma coisa, que o pretor, para pôr fim ao litígio, nomeie três árbitros, que estes condenem o possuidor de má fé a restituir o dobro dos frutos.
4. Se um escravo cometer um furto, ou causar algum dano, sabendo-o patrono, que seja obrigado esse patrono a entregar o escravo, como indenização, ao prejudicado.
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Tábua XII
A tábua XII está em estado crítico, de difícil compreensão, entendem os historiadores que se trata de uma tábua que complementa as anteriores.
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