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aula 7 - A IDADE MÉDIA

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A EUROPA MEDIEVAL
IDADE MÉDIA
Onde estamos? Na Europa.
O chamado Direito Medieval corresponde ao período histórico denominado de Idade Média, o qual se estendeu, da queda do Império romano, no século V (476 depois do nascimento de Cristo) até mais ou menos o período de 1453 (Queda de Constantinopla/Império Bizantino ou Romano do Oriente).
Alta Idade Média entre 476 a 1453 d.C
A Alta Idade Média é um período de desconstrução e construção. Por isso mesmo ele é cheio de vieses e detalhes. Neste tempo da história europeia os homens tiveram que conviver com o fim do mundo que conheciam, o mundo romano e, ao mesmo tempo, com a construção de um novo mundo, agora tendo como elementos as culturas germânicas e a Igreja (Cristã).
Idade Média – sai o Império Romano e entra cultura germânica e Igreja Cristã
Sistema Feudal
Pirâmide social
Este sistema apoia-se no Direito e dele não pode afastar-se, mas envolve o meio de vida, força, fé, interesses, terra, divisão social e tudo quanto o ser humano é capaz de criar.
Dentre todas estas questões que envolvem este termo uma palavra é primordial para seu entendimento: sobrevivência. 
Semente do feudalismo= armas e alimentação
Quase tudo no Sistema Feudal tem algo a ver com a questão da sobrevivência. Seja a luta pela sobrevivência usando armas, seja a sobrevivência básica da alimentação, aí se encontra a semente do feudalismo.
SISTEMA FEUDAL = SOBREVIVÊNCIA (meio de vida, força, fé, interesses, terra, divisão social etc)
Armas para manutenção das terras e conquista de novas
A defesa somente poderia ocorrer através das armas, que era a linguagem do período. Como não se podia contratar “capangas”, pois não havia como pagar; a fim de sobreviver o indivíduo deveria oferecer “algo” a quem pudesse ajudá-lo a defender-se e a suas terras. Este “algo” era um meio de obtenção de sobrevivência básica, alimento que somente poderia ocorrer através da posse de terras.
Terras precisam ser protegidas porque elas significam sobrevivência.
Defesa das terras (pelas armas), protegendo a sobrevivência básica
Alimentos
Sobreviver não era somente defender-se, era também ter capacidade de atacar, conquistar mais terras para, num círculo vicioso, ter mais feudos a doar para vassalos e ter maior exército, para conquistar mais terras e assim por diante.
Terras + ataque para obter mais terras + vassalos + exército + mais conquistas.
Defesa e ataque = conquista de novas terras
O próprio feudalismo baseia-se em uma questão de direito, em um contrato, pois a concessão de um feudo era feito por intermédio de um pelo qual o senhor e o vassalo contraiam obrigações recíprocas. Para contratar eram necessários alguns ritos e formalidades que deveriam ser cumpridos por ambos os lados.
CONTRATO FEUDO-VASSÁLICO
Este é um contrato pessoal entre um homem que será o vassalo e outro homem que será o senhor (suserano), por isso através dos rituais, ambos, em público, fazem promessas recíprocas dentro de um cerimonial. 
Estas cerimônias tinham o nome de Investidura, Fé e Homenagem.
Cerimônias especiais = investidura, fé e homenagem
Fidelidade (juramento), Homenagem e Investidura
Primeiramente este contrato gerava o poder do senhor sobre o vassalo, bem como uma obrigação de fidelidade (entendida como o dever de nunca prejudicar o subordinado), obrigação de proteção e de sustento. 
Este sustento poderia ser feito diretamente, ou seja, o senhor poderia tomar o vassalo e sua família sob seu próprio teto ou poderia, como era mais comum, conceder ao vassalo um feudo.
Os efeitos do contrato 
feudo-vassálico 
(poder e obrigação de fidelidade)
Feudo
Vassalagem é um nome comum e econômico que foi usado principalmente na Idade Média onde um indivíduo, denominado vassalo, oferece ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. 
As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Quem eram os Vassalos?
Inicialmente o contrato não poderia ser rompido pois com o envolvimento de uma visão religiosa profunda na Idade Média, os contratos, vistos como resultado de um juramento eram sagrados e, portanto, existiam até que a morte de um dos contratantes impossibilitasse o contrato. 
 O fim do contrato feudo-vassálico
Entretanto, na prática, nem sempre isto ocorria, muitas vezes o contrato era quebrado pela força ou pelos interesses de uma das partes (com a retomada do feudo ou a posse definitiva do mesmo). Isto, entretanto, não era considerado “legal” (na acepção atual da palavra).
Contrato quebrado pela força ou por interesses de uma das partes
1. Direito Germânico
–Reino Vândalo 
–Reino Ostrogodo 
–Reino Visigodo 
–Reino dos Burgúndios 
–Reino dos Francos
2. Direito Canônico
3. Direito Romano
OS DIREITOS DA IDADE MÉDIA
Viviam de forma bastante simples, sem cidades ou aldeias. Extremamente ligados à terra e este estilo de vida dava o tom de todas suas realizações. 
Eram povos que, em sua absoluta maioria não utilizavam a escrita e seu direito era, consequentemente, oral e muito influenciado por esta oralidade. 
DIREITO GERMÂNICO
Direito não escrito e oral
“Para os Germanos não existem Estado nem cidades do tipo romano, mas comunidades: tribo, clã e família, que são as estruturas da sua vida política e social. A tribo, comunidade de família e da aldeia é dirigida por uma aristocracia de nascimento ou de valor [na guerra], que possui a maior parte da terra (...)”.
Na descrição de Pierre Richè:
O direito dos povos germânicos era basicamente consuetudinário (até por não serem escritos) e, como o termo germânico engloba uma série de povos com costumes semelhantes, porém não iguais, é forçoso falar em direitos germânicos, pois cada tribo tinha sua própria tradição. Em alguns casos eles eram minuciosos no que diz respeito às penas.
Povos germânicos – 
direito consuetudinário
A maior parte das tribos germânicas, mesmo escrevendo suas leis (após a invasão do Império Romano), não vai procurar impô-las aos romanos, o burgúndio será julgado segundo a tradição burgúndia, o visigodo segundo sua legislação, o romano pela Lex Romana e assim por diante. 
Isto é chamado “Personalidade das Leis” – cada qual leva consigo, para onde quer que vá ou qualquer que seja o soberano, o estatuto jurídico de sua tribo de origem.
Personalidade das Leis
O ESTUDO DOS REINOS QUE COMPUNHAM O DIREITO GERMÂNICO
Reino Vândalo (Germânicos e Romanos)
Conseguiram fazer coexistir, concomitantemente, as duas sociedades, dos germânicos e dos romanos.
Não se misturaram com os romanos, proibindo casamentos mistos e conversão ao catolicismo; assim conservando suas leis e costumes.
Reino Vândalo (germânicos e romanos)
Estabeleceram grandes domínios, mas mantiveram os que cultivavam no mesmo lugar. Deixaram para os romanos a administração (inclusive aumento) de impostos e o julgamento das causas. 
O rei é obrigatoriamente vândalo, entretanto ele utiliza na sua corte romanos que redigem leis em latim e o ajudam na administração.
Rei Vândalo
Romanos administravam e julgavam
Reino Ostrogodo divide-se em: Visigodos do Leste e Visigodos do Oeste
Mantiveram a administração romana e sua legislação (adotam a Personalidade das Leis)
Como os Ostrogodos(*) eram arianos e os romanos cristãos os casamentos entre eles eram proibidos.
(*) Esse povo originalmente era um povo unificado mas acabou por dividir-se em dois ramos: visigodos (que significa "godos do oeste") e ostrogodos (que significa "godos do leste"). 
Reino Ostrogodo* (povo germânico da região da Escandinávia)
Visigodos
Fundiram-se com a população local e por isso seu reino durou mais do que a maioria. Somente será abalado com a invasão árabe, no século VIII.
Até meados do século VII, Hispano-Romanos e Visigodos têm uma dupla legislação. Baseiam-se na Personalidade das leis e suas legislações, ainda que escritas, tomam o mesmo caminho. 
O Código de Eurico, promulgado pelo rei Eurico, por volta do ano 470, é a mais antiga
compilação visigótica.
Reino Visigodo
Em 506 o rei Alarico II mandou redigir a Lex Romana Visigothorum ou, como preferia o rei, Breviário de Alarico. 
Lex Romana Visigothorum (Breviário de Alarico) objetivava restaurar o direito romano imperial, mas manteve a Personalidade das Leis. 
Esta somente foi suprimida em 654, pelo Rei Recesvindo que, suprimindo a Personalidade, promulgou um código unificador, o Líber Judiciorum, em doze livros inspirados no Direito Romano.
Rei Alarico (Lex Romana Visigothorum) e Rei Recesvindo (Líber Judiciorum)
Breviário de Alarico
Burgúndios (Escandinavos)
Burgúndios eram uma tribo germânica. É o mais antigo povo germânico1 conhecido de áreas a leste do rio Oder. Os burgúndios tinham uma tradição de origem escandinava. O nome antigo nórdico de Bornholm era Burgundarholm. De acordo com Jordanes, os godos derrotaram os burgúndios até que se estabeleceram nos estuários do rio Vístula e as expulsaram dali. Burgúndios viveram lá até que eles deixaram a área de 200 dC.2
No baixo Império Romano, instalaram-se na Germânia e na Gália na qualidade de federados. Tendo procurado se estender na Bélgica, foram abatidos por Aécio em 436 d.C. e transferidos para Saboia. De lá, eles se espalharam nas bacias do Saône e do Ródano. Foram submetidos pelos francos em 532 d.C. e seu território foi reunido à Nêustria. Deram seu nome à Borgonha.3
Goldenbaldo (474-516), rei dos Burgúndios, dominou o centro da Europa, parte do que hoje é a França. 
Sua legislação, a Lex Romana Burgundiorum é considerada uma compilação de leis extremamente romanizada, principalmente no tocante às regras de direito civil e de processo.
Reinos dos Burgúndios (Lex Romana Burgundiorum)
Francos Bárbaros
REINOS DOS FRANCOS
Foi um dos reinos mais duradouros e poderosos da Alta Idade Média. 
O modelo administrativo que implantaram durante séculos, serviu de base para o próprio feudalismo. 
O período Carolíngio foi extremamente legiferante, entre 744 e 884, podem ser contados mais de duzentos textos legislativos. 
Estas leis eram chamadas Edicta e Decreta ou Constitutiones ou comumente de capitulares cujo termo vem de capitula que quer dizer artigo.
Reino dos Francos (criaram Leis: Edicta e Decreta ou Constituciones)
Catolicismo na Idade Média
Direito Canônico é o nome dado ao Direito da Igreja Católica e é chamado de canônico por causa da palavra “cânon”, que, em grego, significa regra. 
Ele existe até hoje (e é atualizado de tempos em tempos). Este direito foi importantíssimo durante a Idade Média, muito por causa da própria importância da Igreja, muito por ser escrito. 
O fato de ser escrito dava a este direito de primazia em muitos locais da Europa, visto que a oralidade imperava em um período de analfabetos.
2. DIREITO CANÔNICO 
(Cânon = regra)
As fontes do Direito Canônico são: 
o ius divinum (conjunto de regras que podem ser extraídas da Bíblia, dos escritos dos doutores da Igreja e da doutrina patrística); 
a própria legislação canônica (formada pelas decisões dos Concílios e dos escritos dos papas – chamados decretais); 
os costumes; e 
os princípios recebidos do direito romano.
As fontes do Direito Canônico
Ordálios = juízo de Deus
Para se obter justiça, na Idade Média, recorria-se aos ordálios (baseado em um tipo de prova chamada “irracional”, que não pode ser explicada pela razão. 
Neste tipo de provas irracionais se recorre a uma divindade), que poderiam ser unilaterais ou bilaterais, dependendo se uma parte ou as duas partes do processo tomavam parte da consulta. 
Alguns exemplos são as provas do ferro em brasa (o acusado deveria segurá-los) ou da água fervente (colocar os braços), que se cria que o inocente não se feriria. 
Justiça na Idade Média – Ordálios – prova irracional que não pode ser explicada pela razão
Reforma protestante
O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas: abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.
A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.
A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.
A Reforma Luterana
O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.
As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato. 
Martinho Lutero foi convocado as desmentir as suas 95 teses na Dieta de Worms, convocada pelo imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero não so defendeu suas teses como mostrou a necessidade da reforma da Igreja Católica.
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O Direito Romano, até por sua complexidade e força, não poderia deixar de ser utilizado durante a Idade Média e, levando-se em consideração a diferença profunda entre o direito romano e odos invasores, a superposição do direito destes últimos sobre a população romana e romanizada seria impossível.
3. DIREITO ROMANO 
(utilizado na Idade Média)
Direito Romano para os Romanos.
Direito Germânico para os invasores.
Neste sentido foi largamente aplicado o Princípio da Personalidade das Leis, através da qual o Direito Romano continuou a ser aplicado para os romanos e o Direito Germânico para os invasores. Entretanto ele foi descartado ou pouquíssimo utilizado, onde a romanização não foi profunda, dando lugar ao Direito Germânico.
Princípio da Personalidade 
das Leis
Nas áreas muito romanizadas, como as Penínsulas Ibérica e Itálica, o Direito Romano suplantou o Direito Germânico, este último aparecendo apenas como elemento de atualização de costumes.
Desta forma, em maior ou menor grau, a Europa Ocidental, principalmente, continuou a servir-se do Direito Romano diretamente ou como fonte de inspiração para novas legislações. Esta utilização de um direito como base para a feitura de outros é chamada de Fenômeno da Recepção.
Fenômeno da Recepção
Na Europa Oriental (Bizâncio) o Direito Romano continuou a ser utilizado durante toda a Idade Média, mas como do lado ocidental da Europa as invasões produziram fenômenos como os acima vistos, pode-se considerar que, a partir do século XII na Itália e nos séculos seguintes em toda a Europa, houve um “Renascimento” do Direito Romano, visto que, com a formação das Monarquias Nacionais, os recém centralizados países necessitavam de legislações escritas e organizadas e, desta forma, a possibilidade mais plausível era apoiar-se no Direito Romano (principalmente no Corpus Iuris Civillis).
Século XII – Renascimento do Direito Romano (Corpus Iuris Civillis)
INQUISIÇÃO NA IDADE
MÉDIA
Um dos temas mais populares do direito medieval é a Inquisição, muito embora esta não seja exclusivamente medieval já que não somente existiu até o século XIX como também foi mais forte durante o início da Idade Moderna.
Durante a Idade Média a Inquisição era o tribunal especial para julgar e condenar os hereges, pessoas ou grupos que acreditavam em um catolicismo considerado “desviado” ou praticavam atos que, naquele período em que a superstição reinava, eram indicados como bruxaria ou feitiçaria.
Caso de Joana D’Arc.
4 – A INQUISIÇÃO – 1231 d.C
O processo inquisitorial não era diferente em nada do processo comum da idade Média e idade Moderna. O Direito de acusar pertencia somente a parte lesada (o indivíduo ou no caso deste ter morrido, um membro de sua família) e sem que houvesse queixa era impossível instaurar o processo. 
O julgamento era tal e qual um duelo de fato, o acusador e o acusado batiam-se verbalmente, e reconhecia-se a razão daquele que vencesse o embate.
4.1 - O Tribunal do Santo Ofício e os Tribunais Seculares
Não havia qualquer intenção de considerar as pessoas iguais perante a lei, isto apesar deste conceito não poder ser desconhecido pelos homens medievais ou, pelo menos para os estudiosos da Idade Média, visto que, está na Bíblia, que todos devem ser tratados igualmente diante da justiça. E a Bíblia é, com certeza, o livro mais conhecido na Idade Média.
A tortura não era aplicada aos nobres e penas para plebeus e nobres eram diferenciadas.
Não havia tratamento igualitário,
nobres e plebeus eram tratados diferentemente
As penas eram extremamente variadas. Não se utilizava a prisão, já que não existiam prédios para tais fins. A primeira prisão é de 1595 em Amsterdã.
As penas de morte eram impostas, entre outras formas pelo esquartejamento, fogo, roda, forca e decapitação. 
Esta brutalidade do processo e das penas pode ser entendida através de vários fatores que são, para nós, hoje, ainda um tanto incomodamente próximos. As penas eram formas de vingança e não formas de inserir o indivíduo novamente na sociedade.
Torturas e Penas cruéis como forma de vingança
Instrumentos de tortura
A cadeira inquisitória era instrumento essencial em interrogatórios na Europa Central, especialmente em Nuremberg, até o ano 1846. O réu sentava-se nu, e, com o mínimo movimento, as agulhas penetravam-lhe o corpo, provocando efeitos terríveis. 
Em outras versões, a cadeira apresentava assento de ferro, que podia ser aquecido até ficar em brasa. 
A cadeira do retrato foi encontrada no castelo San Leo, na Itália. Nele morreu o célebre mago Cagliostro, que conquistou todas as cortes da Europa. A cadeira tem 1.606 pontas de madeira e 23 de ferro.
No século XV, as bruxas e a magia estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram tão enraizadas, que foi muito ativo o comércio do “óleo santo”, cinzas, sangue de morcego e similares. Então, as bruxas e os bruxos passaram a ser considerados “hereges”. O esmaga-seios, aquecido em brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto voluntário.

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