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Teoria Geral da CF

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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Teoria Geral da Constituição 
 
 
 
 
 
 
 
 
Advertência. 
 
O presente texto não tem a pretensão de esgotar a matéria. A idéia é fornecer ao 
aluno um roteiro compilado e simples relacionado aos temas discutidos em sala de aula. 
A finalidade, portanto, traçou o rumo deste sinótico. 
 
 
 
 
 
 
 __________________________________________________________________ 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Teoria Geral da Constituição 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Direito é um todo. Sua divisão ocorre somente para fins didáticos. O 
Direito Constitucional, de acordo com tal subdivisão, pertence ao ramo do Direito 
Público, uma vez que regula e interpreta normas fundamentais do Estado. 
O Direito Constitucional é um ramo particularmente marcado por sua 
historicidade, pois se desenvolve em paralelo à evolução do Estado de Direito, 
abrangendo desde o liberal, de cunho negativo, ao atual, necessariamente 
intervencionista. 
A palavra constituição apresenta sentido equívoco, isto é, uma variedade de 
significados. Sua origem remonta ao verbo constituir, que tem o significado de “ser 
a base de; a parte essencial de; formar, compor”. Logo, o intuitivo que a palavra 
constituição traz em si é uma idéia de estrutura, de como se organiza. 
 
 Nesse sentido geral, a Constituição é a organização de alguma coisa. Em 
tal acepção, o termo não pertence apenas ao vocabulário do Direito Público. Assim 
conceituado, o termo se aplica a todo grupo, a toda sociedade, a todo Estado. 
Designa a natureza peculiar de cada Estado, aquilo que faz este ser o que é. Evidente 
que, nesse sentido, jamais houve e nunca haverá Estado sem Constituição. 
 
José Afonso da Silva, define o Direito Constitucional como “o ramo do 
direito público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas 
fundamentais do Estado”. 
 
1.1. Constituição 
Constituição é a organização jurídica fundamental do Estado. 
 
 
 
As regras do texto constitucional, sem exceção, são revestidas de 
supralegalidade, ou seja, possuem eficácia superior às demais normas. Por isso se 
diz que a Constituição é norma positiva suprema (positiva, pois é escrita). 
A estrutura do ordenamento jurídico é escalonada. Essa idéia remonta a 
Kelsen, sendo que todas as normas situadas abaixo da Constituição devem ser com 
ela compatíveis. A isso se dá o nome de relação de compatibilidade vertical (RCV). 
 
 
 
 
 
No ápice da pirâmide estão as normas constitucionais; logo, todas as demais 
normas do ordenamento jurídico devem buscar seu fundamento de validade no texto 
constitucional, sob pena de inconstitucionalidade. 
Basta que a regra jurídica esteja na Constituição Federal para ela ser revestida 
de supralegalidade. 
Na Constituição Federal de 1988, existem regras formalmente constitucionais 
(RFC) e regras materialmente constitucionais (RMC). 
Atentem-se. Os tratados que versarem sobre direitos humanos, conforme 
decidido pelo STF, são consideradas normas supralegais, sem prejuízo do disposto 
no § 3º, do artigo 5º, cuja aprovação autoriza a equiparação à emenda constitucional. 
 
 
CF 
Demais normas 
 
 
 
1.2. Concepções do termo Constituição 
 
1.2.1. Sentido sociológico 
Para Ferdinand Lassalle, em seu livro “O que é uma Constituição?”, a 
Constituição é a “soma dos fatores reais do poder que regem nesse país”, ou seja, é o 
reflexo das forças sociais que estruturam o poder, sob pena de encontrar-se apenas 
uma “folha de papel”. Em síntese, se não existir coincidência entre o documento 
escrito e as forças determinantes do poder, não estaremos diante de uma 
Constituição. 
 
1.2.2. Sentido político 
Carl Schmitt concebe a Constituição no sentido político, pois para ele 
Constituição é fruto da “decisão política fundamental” tomada em certo momento, 
significa dizer, é fruto de um projeto cultural. Para Schmitt há diferença entre 
Constituição e lei constitucional; é conteúdo próprio da Constituição aquilo que diga 
respeito à forma de Estado, à forma de governo, aos órgãos do poder e à declaração 
dos direitos individuais. Outros assuntos, embora escritos na Constituição, tratam-se 
de lei constitucional. 
 
1.2.3. Sentido jurídico 
A Constituição também pode ser vista apenas no sentido jurídico. 
Nesse sentido, a constituição é o conjunto de normas que se situa num plano 
hierarquicamente superior a outras normas, de modo que pouco importa o conteúdo, 
mas sim a formalização desse conjunto de normas em posição hierarquicamente 
superior. 
 
 ATENÇÃO: 
 
Vários autores trazem diferentes classificações, tais como concepções 
jusnaturalistas, positivistas, historicistas, estruturalistas, culturalista, etc. 
 
 
 
Sugere-se o aprofundamento do tema para além daqueles estudados em sala 
de aula quando se aproximar a época de aprovação em concurso público ou em 
exames de proficiência (OAB, etc.). 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
 
2.1. Quanto ao Conteúdo 
• Constituição material ou substancial: é o conjunto de regras 
materialmente constitucionais, que regula a estrutura do Estado, a 
organização de seus órgãos e os direitos fundamentais. Assim, seriam 
materialmente constitucionais, dentre outros, os artigos 1º, 2º e 18. 
• Constituição formal: é o conjunto de regras jurídicas, inseridas no texto 
unitário da Constituição escrita, diga ou não respeito a estrutura mínima e 
essencial de qualquer Estado. Exemplo: art. 231 e 242, § 2º. 
 
2.2. Quanto à Forma 
• Constituição não-escrita, costumeira ou consuetudinária: é a Constituição 
em que as normas não constam de um documento único e solene. Suas 
fontes são: os usos e costumes, os precedentes jurisprudenciais e os textos 
escritos esparsos (atos do Parlamento). Na Constituição costumeira, os 
textos escritos não são as únicas fontes constitucionais, mas sim apenas 
uma parte delas. Existem textos escritos nessas constituições; no entanto, 
a maioria das fontes constitucionais é de usos e costumes. Ex.: 
Constituição Inglesa. 
• Constituição escrita: é composta por um conjunto de regras codificadas 
em um único documento. 
 
2.3. Quanto à Extensão ou ao Modelo 
• Constituição sintética: é a Constituição concisa. Veiculam apenas 
princípios fundamentais e as normas atinentes à organização e estrutura 
do Estado. (exemplo: a Constituição dos Estados Unidos da América, que 
tem 7 artigos e 26 emendas). 
 
 
 
• Constituição analítica: caracteriza-se por ser extensa, minuciosa. A 
Constituição brasileira é o melhor exemplo. 
 
2.4. Quanto ao Modo de Elaboração 
• Constituição dogmática: reflete a aceitação de certos dogmas, ideais 
vigentes no momento de sua elaboração, reputados verdadeiros pela 
ciência política. 
• Constituição histórica: é a Constituição não-escrita, resultante de lenta 
formação histórica. Não reflete um trabalho materializado em um único 
momento. 
 
2.5. Quanto à Ideologia 
• Eclética, pluralista, complexa ou compromissória: influenciadas por 
ideologias de tendências distintas. 
• Ortodoxa ou simples : influenciada por apenas uma ideologia. 
 
2.6. Quanto à Origem 
• Constituição promulgada, democrática ou popular (votada ou 
convencional): Tem por característica ser fruto do trabalho de uma 
Assembléia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, sendo 
um processo de convenção. Em outras palavras, é delineada por 
representantes eleitos pelo povo para exercer o Poder Constituinte 
(exemplo: a Constituição de 1988). 
• Constituição outorgada: é imposta por um grupo oupor uma pessoa, sem 
um processo regular de escolha dos constituintes, ou seja, sem a 
participação popular (exemplo: a Constituição brasileira de 1937). 
Observação: há uma tendência na doutrina de se restringir o uso da 
expressão Carta Constitucional somente para a Constituição outorgada 
(exemplo: a Carta de 1969) e Constituição apenas para os textos provenientes 
de convenção (exemplo: a Constituição de 1988). 
• Constituição Cesarista ou Bonapartista: assim chamada pela doutrina, 
nada mais é do que uma Constituição outorgada que passa por uma 
 
 
 
encenação de um processo de consulta ao eleitorado, para revesti-la de 
aparente legitimidade. 
 
2.7. Quanto à Estabilidade, à Mutabilidade ou à Alterabilidade 
• Constituição rígida: para ser modificada necessita de um processo 
especial, mais complexo do que o exigido para alteração da legislação 
infraconstitucional. A Constituição Federal do Brasil é um exemplo. 
• Constituição flexível ou não-rígida: pode ser modificada por 
procedimento comum, o mesmo utilizado para as leis ordinárias. 
• Constituição semi-rígida: contém uma parte rígida e outra flexível. 
Exemplo: a Constituição do Império de 1824, que previa, em seu artigo 
178, a modificação das regras materialmente constitucionais por 
procedimento especial e a modificação das regras formalmente 
constitucionais por procedimento comum. 
 
3. HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
 
• 1824: positivada por outorga. Constituição do Império do Brasil. Havia 
um quarto poder: o Poder Moderador. 
• 1891: positivada por promulgação. Primeira Constituição da República. 
• 1934: positivada por promulgação. 
• 1937: positivada por outorga (Getúlio Vargas). Apelidada de 
Constituição “Polaca”. 
• 1946: positivada por promulgação. Restabeleceu o Estado Democrático. 
• 1967: positivada por outorga. (há quem sustente ter sido positivada por 
convenção, pois o texto elaborado pelo Governo Militar foi submetido 
ao referendo do Congresso Nacional antes de entrar em vigor). 
• 1988: positivada por promulgação (Constituição Cidadã). 
 
 
 
 
4. CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
A Constituição Federal de 1988 possui a seguinte classificação: 
• quanto ao conteúdo: formal; 
• quanto à forma: escrita; 
• quanto à extensão: analítica; 
• quanto ao modo de elaboração: dogmática; 
• quanto à ideologia: eclética; 
• quanto à origem: promulgada; 
• quanto à estabilidade: rígida; 
 
Fontes de pesquisa: 
Curso de Direito Constitucional, Chimenti – Marisa – Capez. Saraiva; 
Curso de Direito Constitucional, Pinto Ferreira, Saraiva, São Paulo; 
Curso de Direito Constitucional, Luiz Alberto David Araújo & Vidal Serrano Nunes 
Júnior. Saraiva, São Paulo; 
Direito Constitucional Esquematizado, Pedro Lenza, Saraiva; 
Direito Constitucional, Kildare Gonçalves Carvalho, Del Rey, Belo Horizonte.