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Aula 31 - Direito Constitucional - Aula 07

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 07
Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e 
orçamentária 
I. A SEPARAÇÃO DOS PODERES --------------------------------------------------------------------------- 3 
II. DO PODER LEGISLATIVO ----------------------------------------------------------------------------------- 6 
III. ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS ------------------------------------------------------------- 18 
IV. DAS REUNIÕES --------------------------------------------------------------------------------------------------- 36 
V. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS ------------------------------------------------------------------ 42 
VI. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ----------- 94 
VII. QUESTÕES DA AULA ----------------------------------------------------------------------------------------- 123 
VIII. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 148 
IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------ 149 
Olá futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR!
Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96?
Estão estudando como eu ensinei na aula inaugural? E os resultados? Tenho 
certeza de que estão melhorando! E também estou certo de que eles serão 
cada vez melhores!
Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Poder Legislativo
Como sempre, faremos muitos exercícios da FCC para que você treine muito e 
tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 71 questões 
comentadas!
Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a 
matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, 
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.
Na aula de hoje, teremos APENAS 53 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS 
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o 
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e 
agradável!
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Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Vamos então à nossa aula!
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
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I. A SEPARAÇÃO DOS PODERES
Meu caro Técnico Judiciário do TRT/PR, antes de estudarmos o Poder 
Legislativo, devemos conhecer um assunto fundamental: a teoria da 
separação dos poderes, trazida pelo artigo 2º da Constituição. Observe: 
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Esse princípio, cuja origem remonta à Revolução Francesa e a Montesquieu, é
importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só 
pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos.
Observe que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si. 
Assim, não pode haver prevalência, subordinação ou hierarquia de um poder 
sobre os outros sendo que eles devem operar de forma conjunta.
No entanto, não existe uma separação rígida e absoluta entre os poderes, 
sendo que a própria Constituição prevê algumas interferências uns nos outros. 
Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexível e cada um exerce, além 
de suas funções típicas, funções atípicas:
x Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as 
leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando 
profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex: 
quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas).
x Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas 
exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando o Senado 
Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e 
II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto 
administração pública, realiza licitações etc.).
x Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o 
direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a 
legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e 
a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, 
realiza licitações etc.).
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Vale ressaltar que, em regra, as funções típicas de cada Poder não podem ser 
delegadas para os outros poderes (princípio da indelegabilidade). No 
entanto, excepcionalmente, existem casos onde a delegação pode ser feita, 
como na elaboração de Leis Delegadas, onde o Poder Legislativo delega ao 
Poder Executivo a elaboração de uma lei.
Do princípio da separação dos poderes, surge um sistema chamado de 
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, também conhecido como checks 
and balances. Segundo ele, os poderes, apesar de serem independentes 
entre si, devem se contrabalancear para evitar excessos. Assim, cada poder 
deve exercer suas funções e, ao mesmo tempo “fiscalizar e controlar” os 
outros poderes, justamente para evitar abusos e excessos. Assim, a 
Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram 
na atuação uns dos outros, para evitar os desvios de conduta.
ATENÇÃO: o sistema de freios e contrapesos não retira a 
independência (relativa) dos poderes.
x Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do 
Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário.
x Ex. 2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus 
atos pelo controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário.
x Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder 
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de 
delegação legislativa (art. 48, V). Quem elabora o decreto regulamentar 
ou a lei delegada é o poder Executivo. Mas o Legislativo pode sustar 
esses dois atos (se extrapolarem os limites).
x Ex. 4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de 
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 
Estão vendo? O STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem 
escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que aprovar).
Assim como essas, existem uma série de “interferências” de um poder nos 
outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo.
Esquematizando:
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SEPARAÇÃO DE PODERES
x Montesquieu + Revolução Francesax Evita arbitrariedades e excessosx Os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS
o Não pode haver subordinaçao/hierarquia de um poder sobre os outros
o Eles devem operar de forma conjunta
- Executivo - Função Típica: Administração
- Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)
- Julgar (decisões nos processos adm)x Poderes - Legislativo - Função Típica: Elaboração de leis e fiscalização
- Função Atípica - Atuar como Administração Pública
- Jurisdição (SF julga autoridades por crime de 
responsabilidade – 52, I e II)
- Judiciário - Função Típica: Jurisdição
- FunçãoAtípica - Atuar como Administração Pública
- Legislar (elaboração dos Regimentos Internos 
dos Tribunaisx Princípio da indelegabilidade: 
o Um poder não pode delegar suas atribuições a outro poder 
o Há exceções: Ex. Lei delegadax Sistema de freios e contrapesos (checks and balances): a separação de poderes não é 
rígida e há algumas interferências entre os poderes previstas pela própria CF (separação 
flexível de poderes)
o Não há independência absoluta
o Ex1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do Executivo e o 
controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário 
o Ex2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus atos pelo 
controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário 
o Ex3: o Congresso Nacional pode (art. 48, V) - sustar os atos normativos do Poder 
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação 
legislativa. Quem elabora o decreto regulamentar ou a lei delegada é o poder 
Executivo. Mas o Legislativo pode sustar esses dois atos (se extrapolarem os limites)
o Ex4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão 
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria 
absoluta do Senado Federal. 
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II. DO PODER LEGISLATIVO
1. OBSERVAÇÕES GERAIS
O Poder Legislativo possui duas funções típicas: legislar e fiscalizar. Apesar 
de haver casos, onde órgãos de outros poderes podem editar atos normativos 
com força de lei, em regra, é o Poder Legislativo quem edita tais atos.
Outra função não menos importante do que a legislação é a fiscalização 
exercida pelo Poder Legislativo. É ele quem realiza a fiscalização COFOP
(contábil, operacional, financeira, orçamentária e patrimonial) do Poder 
Executivo, conforme os artigos 70 e 49, X (e outros) da Constituição Federal.
Essa fiscalização pode ser realizada diretamente pelo Congresso Nacional ou 
por qualquer de suas Casas e inclui tanto a administração direta quanto a 
indireta. Outro exemplo do poder de fiscalização do Legislativo é o poder das 
Comissões Parlamentares de Inquérito de investigar fatos predeterminados,
estudado mais a frente.
2. COMPOSIÇÃO DO PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional, composto pela 
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Assim, a União adota o 
bicameralismo federativo: enquanto a Câmara dos Deputados 
representa o povo, o Senado Federal representa os estados.
Já o Poder Legislativo dos estados, DF e municípios é unicameral, ou seja, é 
composto de apenas uma câmara, denominada:
x Nos estados: Assembleia Legislativax Nos Municípios: Câmara dos Vereadores ou Câmara Municipalx No Distrito Federal: Câmara Legislativa
Esquematizando:
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1. Observações Gerais
x Função típica do Legislativo: LEGISLAR E FISCALIZAR 
o Fiscalização COFOP do Executivo (CF 70)
o Controle dos atos do Executivo (diretamente ou qualquer das casas) – 49, Xƒ Inclui administração direta e indireta
o CPI: Investigar fato predeterminado
2. Composição - Congresso Nacional 
- Senado Federal
- Câmara dos Deputados
x União: BICAMERAL
o CD: representantes do POVO
o SF: representantes dos ESTADOS
x Estados, DF e Municípios: UNICAMERAL
o DF: Câmara Legislativa
o Estados: Assembléia Legislativa
o Municípios: Câmara Municipal ou Câmara dos Vereadores
2.1. DO CONGRESSO NACIONAL (CN)
Observações gerais
O Congresso Nacional é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado 
Federal e cabe a ele dispor sobre todas as matérias de competência da União.
Ele possui competências exclusivas, que NÃO dependem de sanção do 
Presidente da República (art. 49) e também competências privativas, que 
dependem de sanção do Presidente (art. 48).
Meus queridos Técnicos Judiciários do TRT/PR, vocês devem saber que existem 
vários tipos de atos normativos (leis em sentido amplo). Exemplos dessas 
“leis” são as leis ordinárias, leis complementares, decretos legislativos, 
resoluções, medidas provisórias etc. Não se preocupe agora em saber o que é 
cada uma dessas espécies, elas são estudadas no processo legislativo. Por 
enquanto, você só precisa saber que as competências exclusivas do 
Congresso Nacional são externadas através de um ato chamado de Decreto 
Legislativo. As competências privativas, por outro lado, são externadas 
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através de leis ordinárias ou leis complementares, a depender do caso 
previsto na própria CF.
Ainda sobre esse tema, tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado 
Federal também possuem competências privativas, que também são 
externadas através de Resolução.
LEIS NACIONAIS E FEDERAIS
O Congresso Nacional pode fazer leis que regulam a vida de todas as unidades 
da federação, englobando a União, estados, DF e municípios. Essas leis são 
chamadas de leis nacionais.
Por outro lado, a União pode também produzir leis que vinculam apenas a 
União não afetando as demais unidades da federação. Essas leis são chamadas 
de leis federais.
MAIORIA SIMPLES E ABSOLUTA
A Constituição estabelece que, salvo disposição constitucional em contrário, as 
deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos 
votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Essa maioria referida 
pela Constituição é a maioria relativa, ou maioria simples.
Devemos então saber diferenciar três conceitos: maioria simples, maioria 
absoluta e quórum de instalação da sessão.
x Maioria absoluta: é o primeiro número inteiro superior à metade do 
total de membros. Este valor não depende da quantidade de presentes 
na sessão e é fixo. Olhando assim, parece complicado, mas não é.
Observe:
Número total
de membros
Maioria absoluta
50
50 ÷ 2 = 25. O primeiro número inteiro superior 
a 25 é = 26 
20
20 ÷ 2 = 10. O primeiro número inteiro superior 
a 10 é = 11
35
35 ÷ 2 = 17,5. O primeiro número inteiro 
superior a 17,5 é = 18
21
21 ÷ 2 = 10,5. O primeiro número inteiro 
superior a 10,5 é = 11
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x Maioria simples ou maioria relativa: é o primeiro número inteiro 
superior à metade dos presentes na sessão. Esse número não depende 
da quantidade total de membros e é variável.
Número total
de Presentes
Maioria relativa (ou maioria simples)
80
80 ÷ 2 = 40. O primeiro número inteiro superior 
a 40 é = 41
30
30 ÷ 2 = 15. O primeiro número inteiro superior 
a 15 é = 16
45
45 ÷ 2 = 22,5. O primeiro número inteiro 
superior a 22,5 é = 23
51
51 ÷ 2 = 25,5. O primeiro número inteiro 
superior a 25,5 é = 26
x Quórum de instalação de sessão: esse número não se refere ao 
número de votos, mas sim, ao número de pessoas que precisam estar 
presentes para que a votação comece. Em regra, sempre que um órgão 
colegiado (que possui mais de um membro) for iniciar alguma sessão, 
deve estar presente, pelo menos, a maioria absoluta dos seus 
membros. Lembrando que esse número não se refere a nenhuma 
votação. Ele simplesmente se refere ao número mínimo de pessoas que 
devem estar presentes para que a sessão se inicie.
Vamos treinar? (observe que os valores das colunas “nº total de membros” e
“nº total de presentes” foram arbitrados por mim, não decorrendo de nenhum 
cálculo). Os valores calculados estão em azul.
Nº totalde 
membros
Nº total de 
presentes
Quórum de 
instalação da 
sessão
Maioria 
absoluta
Maioria 
simples
20 16 11 11 9
60 40 31 31 21
51 35 26 26 18
135 70 68 68 36
Esquematizando:
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2.1. Do Congresso Nacionalx Observações gerais:
o Cabe ao CN dispor sobre todas as matérias de competência da União
o O CN pode ter atribuiçõesƒ EXCLUSIVAS: das quais não depende sanção do PRx Externadas por Decreto Legislativo x art. 49
ƒ PRIVATIVAS: atribuições que dependem de sanção do PRx Externadas por leis ordinárias e leis complementares x art. 48
o Competências Privativas - da CD - Resolução
- do SF - Resolução
o O CN pode fazer leis - Federais: vincula só a U
- Nacionais: vincula U, E, DF e Mun
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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO CONGRESSO NACIONAL (ART. 48)
Como dito, as competências privativas do Congresso Nacional são externadas 
através de leis ordinárias ou complementares e passam pelo crivo do 
Poder Executivo (sanção ou veto do Presidente da República).
Cabe ao Congresso Nacional dispor sobre (lembre-se que este rol é 
exemplificativo):
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II – PPA, LDO e LOA, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as 
respectivas Assembleias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União 
e dos Territórios e organização judiciária (administrativa não) e do Ministério Público do Distrito 
Federal; (A Defensoria Pública do DF não é mais organizada e mantida pela União! EC69/2012)
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que 
estabelece o art. 84, VI, b (quando vagos é pelo PR - Decreto Autônomo)
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária FEDERAL (dívida 
mobiliária dos Estados, DF e Municípios é competência do SF).
XV - fixação do subsídio dos Ministros do STF (iniciativa do PSTF e sanção do PR)
Caro aluno, o estudo das competências do Congresso Nacional, 
Senado Federal e da Câmara dos Deputados não é lá das tarefas mais 
simples. Assim, eu as trouxe com uma série de observações e em 
forma de esquemas para facilitar o seu estudo. 
Força e persistência porque vale a pena!
Pense agora no seu salário de R$ 4.052,96 e fique firme!!
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COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DO CONGRESSO NACIONAL (ART. 49)
As competências exclusivas do Congresso Nacional são disciplinadas por meio 
de Decreto Legislativo não passam pela sanção ou veto do Presidente da 
República. São elas:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos 
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
o Não só os que acarretem compromissos gravosos, mas todo e qualquer tratado 
internacional
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os 
casos previstos em lei complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a 
ausência exceder a quinze dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender 
qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa (Veto Legislativo);
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores
VIII fixar os subsídios do Presidente e Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado.
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos 
outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a 
pesquisa e lavra de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a 2500
hectares.
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2.2. DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (CD)
A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo: os 
deputados federais. O mandato desses parlamentares é de quatro anos,
permitidas sucessivas reeleições.
Além disso, os deputados são eleitos pelo princípio da proporcionalidade,
ou seja, quanto maior for a população, maior será o número de deputados 
federais. No entanto, a própria CF estabelece limites em relação à 
proporcionalidade, regrando que o número de parlamentares não pode ser 
inferior a 8 e nem superior a 70 por estado, sendo que o número exato de 
deputados depende de Lei Complementar federal e será proporcional à 
população (e não ao número de eleitores).
Os Territórios, caso sejam criados, também poderão eleger deputados federais, 
no número fixo de quatro por Território.
São requisitos para que alguém seja eleito parlamentar federal:
o Ser brasileiro (nato ou naturalizado)
o Pleno exercício dos direitos políticos
o Alistamento eleitoral
o Filiação partidária
o Ter domicílio eleitoral na circunscrição
o Idade mínima 21 – Deputado Federal
35 – Senador
Esquematizando:
2.2. Câmara dos Deputados x Composta por representantes do POVOx Deputados Federais
o Mandato: 4 anosƒ Com quantas reeleições quiser
o Eleitos pelo princípio da proporcionalidade (quanto maior a população, maior o 
número de deputados federais)ƒ Mín 8 Por Estadoƒ Máx 70
o Território: número fixo de 4 deputados federais
Número depende de LC Federal e
é proporcional à POPULAÇÃO
(e não ao número de eleitores)
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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (ART. 51)
As competências privativas da Câmara dos Deputados são disciplinadas por 
Resolução e não têm sanção ou veto do Presidente da República. São 
elas:
I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e oVice-
Presidente da República e os Ministros de Estado;
o No caso dos Ministros de Estado, a autorização da CD se restringe aos crimes 
comuns e de responsabilidade conexos com os da mesma natureza imputados ao 
Presidente da República (QCRQO 427/DF)
ƒ Se não houver conexão, os Ministros de Estado são processados e julgados 
pelo STF sem a necessidade de autorização da CD
o Crimes de Responsabilidade: se a CD autorizar, o SF é obrigado a julgar. Já o STF 
pode arquivar se entender que não há elementos suficientes para a instauração do 
processo
o As demais autoridades (PSTF, PGR, AGU, CNMP e CNJ), quando o SF julga, não 
precisa de autorização da CD (vide art. 52, I e II)
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao CN
dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos 
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República
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2.3. DO SENADO FEDERAL 
O Senado Federal é composto por representantes dos estados e do 
Distrito Federal. Observe que os senadores não representam o povo, por 
isso, os Territórios (que pertencem à União) e os municípios (entes 
federados anômalos) NÃO elegem senadores.
O número de senadores por estado é fixo: três. Assim, não importa o tamanho 
da população ou o número de eleitores que o estado possua: o número de 
senadores sempre será fixo. Como existem 26 estados e mais o DF, o número 
total de senadores é de 81 (27x3=81). Além disso, cada senador é eleito com 
dois suplentes.
O mandato dos senadores corresponde a um período de duas legislaturas, ou 
oito anos e a renovação da Casa é feita de quatro em quatro anos, 
alternadamente e na proporção de 1/3 e 2/3.
Exemplo: em uma legislatura é eleito um senador e os outros dois continuam 
com seus mandatos. Na próxima legislatura, são eleitos dois senadores e um 
continua com seu mandato.
Por fim, diferentemente dos deputados, que são eleitos pelo sistema 
proporcional, os senadores são eleitos pelo sistema majoritário e em um 
único turno. Assim, o candidato que obtiver mais votos, será o vencedor das 
eleições, independentemente da diferença do número de votos.
Esquematizando:
2.3. Senado Federalx Composto por representantes dos ESTADOS e DF
o Os senadores não são representantes do povo
o Território NÃO elege Senadorƒ Mas elege 4 Deputados Federais
o Municípios também não elegem Senadores: Ente federado Atípico / Anômalox Número de Senadores: 3 por estado
o Número fixo
o 81 senadores – total
o Suplentes: 2 suplentes por senadorx Mandato: 8 anos (2 legislaturas)x Renovação: de 4 em 4 anos, alternadamente, na proporção 1/3 e 2/3x Eleição pelo princípio Majoritário em 1 só turno
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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO SENADO FEDERAL (ART. 52)
As competências privativas do Senado Federal estão dispostas no artigo 52 da 
Constituição Federal, são externadas por meio de Resolução e não sofrem 
sanção ou veto do Presidente da República. São elas:
(Força! As competências já estão quase terminando! Pense no cargo 
que você vai conquistar e nos SEU salário de R$ 4.052,96!)
x Competências Privativas do Senado Federal (art. 52)
o Não precisa de Sanção do PR
o Disciplinadas por Resolução
I - processar e julgar nos crimes - Presidente da República
de responsabilidade - Vice-Presidente da República
- Ministro do STF
- Procurador-Geral da República
- Advogado-Geral da União
- Conselho Nacional de Justiça
- Conselho Nacional do Ministério Público
II – processar e julgar nos crimes de responsabilidade conexos com o Presidente da República e o 
Vice-Presidente da República - Ministros de Estado 
- Comandantes das Forças Armadas;
o OBS para I e II - Processo de impeachment
- O SF atua como tribunal político
- 1o a CD autoriza (somente para PR, VP e MinE) 
- O Presidente da sessão é o PSTF
- Condenação por 2/3 dos votos
- Pena: perda do cargo + inabilitação de 8 anos para exercício de 
função pública
- A renúncia ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, não 
paralisa o processo de impeachment 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
a) Magistrados,
b) Ministros do TCU indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Territórios;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes 
de missão diplomática de caráter PERMANENTE;
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V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida 
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades 
controladas pelo Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de 
crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e 
Municípios;
o A dívida mobiliária da União é competência do CN
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão 
definitiva do STF (em controle DIFUSO de constitucionalidade);
o No controle concentrado, o SF não suspende lei (o STF é quem retira a norma do 
ordenamento jurídico)
o Ato político / facultativo
o O SF não pode modificar, restringir ou ampliar a decisão do STF. Ele é livre para 
sustar ou não, mas se sustar, tem que ser idêntico à decisão do STF.
o Alcança leis federais, estaduais e municipais (porque é controle difuso)
o Efeitos ex NUNC
o Suspensão é irreversível
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral 
da República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos 
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva 
remuneração, observada a LDO;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e 
seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, Estados, DF e 
Municípios.
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III. ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS
As Casas legislativas (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado 
Federal) possuemórgãos internos. Estudaremos os três principais: Plenário, 
Mesas Diretoras e Comissões Parlamentares.
3.1 PLENÁRIO
O Plenário é o órgão máximo de deliberação de cada Casa Legislativa e é 
composto por todos os parlamentares que a integram. Assim, o Plenário da 
Câmara dos Deputados é composto por todos os seus 513 deputados e o 
Plenário do Senado Federal é composto por todos os seus 81 senadores.
3.2 MESA DIRETORA
A Mesa Diretora é o órgão responsável pela condução dos trabalhos legislativos 
e pelas funções administrativas de cada Casa. Dessa forma, existem a Mesa 
Diretora da Câmara dos Deputados, a Mesa Diretora do Senado Federal e a 
Mesa Diretora do Congresso Nacional.
A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do SENADO 
FEDERAL, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos 
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado 
Federal (art. 57, § 6º).
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal são eleitas, 
respectivamente, pelos Deputados e Senadores, devendo ser assegurada, 
tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou 
blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Observe que essa 
representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares é obrigatória 
na composição das Mesas e também das Comissões de cada Casa e só não 
será respeitada se for matematicamente impossível.
Essa representação proporcional ocorre para garantir os direitos das minorias. 
Imagine se a maioria fizesse uma “panelinha” e elegesse somente os seus 
representantes. Quem não fosse desse grupo, não teria voz no Congresso 
Nacional. Assim, a representação proporcional serve para proteger os direitos 
dessas minorias e garantir que todos sejam ouvidos.
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Os membros das Mesas Diretoras são eleitos para mandato de dois anos e
as eleições ocorrem no primeiro e no terceiro ano de cada legislatura. A
legislatura é o período de quatro anos após o qual a composição das Casas se 
renova. Ao fim de cada legislatura, ocorrem as eleições populares para a 
legislatura seguinte. 
Dessa forma, a primeira eleição da Mesa Diretora ocorre na sessão 
preparatória, que se inicia no dia primeiro de fevereiro do primeiro ano da 
legislatura (falaremos mais tarde sobre a sessão preparatória). Já a segunda 
eleição ocorre no início do terceiro ano, em sessão anterior ao início dos 
trabalhos.
Exemplo: legislatura de 2007 a 2010
2007 (1º ano) 2008 (2º ano) 2009 (3º ano) 2010 (4º ano)
É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente 
subsequente. Recondução é o mesmo que reeleição. Assim, nada impede que 
alguém seja eleito para a Mesa na eleição imediatamente subsequente, desde 
que seja para cargo diferente.
Outra observação importante é que o termo “eleição imediatamente 
subsequente” engloba apenas o período dentro de uma legislatura. Assim, 
nada impede que alguém seja eleito para o mesmo cargo em uma legislatura 
diferente.
Por fim, essas regras não são de reprodução obrigatória nas constituições 
estaduais, Lei Orgânica do Distrito Federal e Lei Orgânica dos municípios.
Esquematizando:
Eleição 1: a partir 
de 01/fev (sessão 
preparatória) 
Eleição 2: no início do terceiro 
ano, em sessão anterior ao 
início dos trabalhos. 
Legislatura 
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3. Órgãos das Casas legislativas - Plenário
- Mesas Diretoras
- Comissões Parlamentares
3.1. Plenário: é o órgão máximo de deliberação de cada Casa Legislativa e é composto por 
todos os parlamentares que a integram
3.2. Mesa Diretorax É o órgão responsável pela - Função administrativa
- Condução dos trabalhos legislativosx Mesas - CD
- SF
- CN - PMesaCN é o PSF
- Demais cargos ocupados alternadamente pelos ocupantes de 
cargos equivalentes no SF e CD
x As Mesas da CD e do SF são eleitas, respectivamente, pelos Deputados e Senadores,
devendo ser assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos 
ou blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
o Obrigatório – só não respeita se for matematicamente impossível
o OBS: Nas Comissões também.
x Eleições
o Mandato: 2 anos
o Eleições para a Mesa no 1o e 3o ano de cada legislaturaƒ 1a eleição: sessão preparatória (01/fev)ƒ 2a eleição - Início do 3o ano
- Em sessão anterior ao início dos trabalhos
o Vedado recondução - Para o mesmo cargo – outro cargo pode
- Na eleição imediatamente subsequente (na mesma 
legislatura) – em outra legislatura também podeƒ Regra NÃO é de reprodução obrigatória nas CE, LOM e LODF.
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3.3 COMISSÕES PARLAMENTARES
Caro aluno, como vimos, a Câmara dos Deputados possui 513 parlamentares, 
enquanto o Senado Federal possui 81. Imagine só se, sempre que as Casas do 
Congresso Nacional quisessem tomar uma decisão, houvesse a necessidade de
se reunir todos esses parlamentares. Seria um caos, além de altamente 
improdutivo!
Assim, para facilitar os trabalhos do Congresso Nacional, os parlamentares 
se reúnem em comissões, que são órgãos colegiados (formados por mais de 
um membro), compostos por um número restrito de membros, e que são 
especializadas em um determinado assunto.
Exemplo: existe uma comissão de agricultura, que trata dos temas específicos 
dessa área. Assim, qualquer projeto de lei que versar sobre algum tema afeto 
a agricultura tem que passar pela referida comissão. O mesmo ocorre com 
orçamento, direitos humanos etc. Para o estudo do Direito Constitucional, você 
não precisará saber quais são essas comissões. Saiba apenas que elas existem 
e suas características.
Quando as comissões são formadas, assim como nas Mesas Diretoras, é 
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos 
partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
A Constituição traz as atribuições das comissões parlamentares:
x Atribuições das Comissões Parlamentares (CF 58, § 2o)
I. Discutir e votar PL quando o Plenário for dispensado pelo Regimento Interno
- Salvo se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa
Esse inciso merece atenção: em regra, os Projetos de Lei (PLs) 
devem ser votados no Plenário de cada Casa. No entanto, a 
Constituição permite que o Regimento Interno de cada Casa 
delegue algumas atribuições do Plenário para se discutir e votar 
definitivamente os PLs no âmbito das comissões. Assim, um 
Projeto de Lei pode ser aprovado na Câmara dos Deputados e no 
Senado Federal sem nunca ter passado pelo Plenário de nenhuma 
dessas Casas (caso tenha havido a delegação de ambos os
regimentos internos). Essa delegação se chama delegação 
interna corporis.
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No entanto, a CF também regra que, caso haja recurso de 1/10 
dos membros da Casa, o PL (que seria votado somente nas 
comissões) deve ser levado a Plenário. Essa disposição também 
protege o direito das minorias parlamentares.
II. Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III. Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a 
suas atribuições;
IV. Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa 
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V. Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI. Apreciar e emitir parecer sobreprogramas de obras, planos nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento.
Existem comissões da Câmara, do Senado e do Congresso Nacional. No último 
caso, elas serão formadas por membros das duas Casas anteriores e serão 
chamadas de comissões mistas (porque são formadas de deputados e 
senadores ao mesmo tempo).
As comissões parlamentares ainda podem ser temporárias ou permanentes. As 
permanentes são órgãos técnicos de caráter legislativo e duram enquanto 
estiverem no Regimento Interno. Elas possuem funções legiferantes (discutir e
votar Projetos de Lei) e fiscalizatórias (acompanhar planos e programas do 
Executivo e fiscalização orçamentária). Exemplos: Comissão de Defesa do 
Consumidor (CDC), Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão de 
Direitos Humanos (CDH).
As comissões temporárias são formadas para tratar de matéria específica e
duram por prazo determinado: terminam com o fim da legislatura, quando 
cumprida a finalidade ou quando expirado seu prazo de duração. Exemplo:
Comissão Mista Representativa do CN e Comissão Parlamentar de Inquérito 
(CPI). Estudaremos essas duas últimas comissões daqui em diante.
Esquematizando:
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3.3. Comissões Parlamentaresx Para otimizar/facilitar o andamento dos trabalhos legislativosx São órgãos colegiados compostos por número restrito de membrosx São especializadas em temas específicosx Assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos 
blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.ƒ OBS: Nas Mesas Diretoras também.x Atribuições das Comissões Parlamentares (CF 58, § 2o)
I. Discutir e votar PL quando o Plenário for dispensado pelo Regimento Interno
- Salvo se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa
II. Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III. Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a 
suas atribuições;
IV. Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa 
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V. Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI. Apreciar e emitir parecer sobre programas de obras, planos nacionais, regionais e 
setoriais de desenvolvimento.
- da CD, do SF ou Mistas
- Permanentes - Órgãos técnicos de caráter legislativo
- Duram enquanto estiverem no Regimento Interno
- Funções - Legiferante: Discutir e votar PLs
- Fiscalizatória: acompanhar planos e programas
do Executivo e fiscalização orçamentária
- Ex: Comissão de Defesa do Consumidor, Comissão de 
Constituição e Justiça e Comissão de Direitos Humanos 
- Temporárias - Matéria específica
- Terminam com o fim da legislatura, quando cumprida a 
finalidade ou quando expirado seu prazo de duração 
- Ex: Comissão Mista Representativa do CN e CPI
Comissões
Parlamentares 
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3.3.1Comissões Mistas Representativas do Congresso Nacional
Durante o recesso parlamentar, fica funcionando uma comissão para 
representar o Congresso Nacional e preservar suas competências. Essa 
comissão não possui poder legislativo, ou seja, não pode fazer leis enquanto o 
Congresso está de recesso. Ela possui apenas as duas funções citadas e as 
demais definidas no Regimento Comum.
As Comissões Mistas Representativas do CN são eleitas por suas Casas na 
última sessão ordinária de cada período legislativo, sempre assegurada, tanto 
quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
Esquematizando:
3.3.1. Comissões - Durante o recesso parlamentar
Mistas Representativas - Não tem poder legislativo
do CN - Funções - preservar as competências do CN
- representar o CN
- demais funções: definidas no Regimento Comum
- Eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período 
legislativo
- Assegurada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária
- art. 58, § 4º
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3.3.2Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs)
As Comissões Parlamentares de Inquérito são comissões temporárias e
podem ser constituídas pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou 
pelo Congresso Nacional, neste caso, será uma comissão mista de deputados e 
senadores.
A finalidade das CPIs é uma só: investigar fato determinado de interesse 
público. Assim, a CPI desempenha uma das funções típicas do Poder 
Legislativo: a função fiscalizatória. Dessa forma, as CPIs não possuem 
função legislativa e são criadas para que o próprio Poder Legislativo 
investigue algum fato (que poderia ser, por exemplo, investigado pela polícia 
ou pelo Ministério Público).
São três os requisitos de criação das CPIs:
1. Requerimento de 1/3 dos membros da Casa
Justamente porque não se precisa da maioria de votos, esse instrumento 
também protege as minorias, que necessitam de apenas 1/3 dos votos 
para a criação da CPI.
2. O objeto deve ser a apuração de fato determinado. Dessa forma, não 
pode haver uma CPI para apurar fatos indeterminados, como a 
“corrupção no Brasil”. A CPI pode apurar vários fatos, desde que sejam 
determinados.
Outra observação: suponha que, durante as investigações, sejam 
descobertos fatos novos e conexos com o objeto da CPI. A comissão 
poderá sim investigar esses novos fatos, basta incluir (aditar) no pedido 
inicial da CPI.
3. Por fim, sendo ela um órgão temporário, a CPI deve possuir período 
determinado de duração. Esse prazo pode ser prorrogado sucessivas 
vezes, desde que dentro da mesma legislatura.
O Supremo Tribunal Federal entende que o modelo federal é norma de 
reprodução obrigatória e deve ser seguido pelas CPIs estaduais, que não 
podem criar outros requisitos que não estes (ADI 3.619/SP).
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Além disso, entende também o Tribunal Maior que as Casas podem fixar um 
número máximo de CPIs simultâneas. A Câmara dos Deputados, por 
exemplo, fixou em seu Regimento Interno que o número máximo de CPIs que 
podem ser criadas simultaneamente é cinco, salvo mediante projeto de 
Resolução. Perceba que as CPIs são comissões que demandam muito tempo e 
trabalho dos parlamentares, assim, caso fossem criadas muitas comissões ao 
mesmo tempo, os trabalhos legislativos poderiam ser comprometidos. Eis a 
razão da vedação, que ainda evita que os parlamentares abram CPIs para 
investigar fatos de menor importância.
As Comissões Parlamentares de Inquérito são órgãos independentes, podendo 
existir CPI apurando o mesmo fato em mais de uma Casa do Congresso 
Nacional ou apurando fato já investigado pela polícia ou pelo Ministério Público.
Poderes de investigação
A Constituição Federal estabelece que as Comissões Parlamentares de 
Inquérito possuem poderes investigativos próprios das autoridades 
JUDICIAIS. No entanto, os poderes das CPIs não são exatamente os mesmos 
poderes dos juízes: existem competências que somente os membros do 
Judiciário possuem (cláusula da reserva da jurisdição), como determinar 
medidas cautelares ou interceptação telefônica (escuta telefônica).
Adicionalmente, as Comissões Parlamentares de Inquérito não possuem 
função jurisdicional ou legiferante. Assim, elas não processam, não julgam 
e não aplicam penalidades a ninguém e, muito menos, podem fazer leis.
Observe esse vídeo que fala sobre os poderes da CPI. Ele possui menos de um 
minuto.http://youtu.be/iPHzoK_9J9I
Em respeito ao pacto federativo, as CPIs federais (da CD, SF ou CN) não 
podem apurar fatos ligados estritamente à competência dos estados, 
DF ou municípios. Sendo que, para isso, devem ser criadas CPIs estaduais, 
distritais ou municipais.
As referidas comissões possuem caráter inquisitório, ou seja, não existe 
contraditório e ampla defesa em procedimento feito por CPI. Explicando 
melhor: assim como os inquéritos policiais, as CPIs são procedimentos 
investigatórios que ainda não são uma acusação formal. Justamente por ser 
um procedimento anterior à acusação, ela não precisa oferecer o contraditório 
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e a ampla defesa, sendo denominado procedimento inquisitório.
Posteriormente, caso a acusação seja formalizada pelo Ministério Público ou 
órgão competente, aí sim serão oferecidos o contraditório e a ampla defesa 
aos (agora sim) “acusados”.
Como veremos à frente, as CPIs podem ter acesso a vários documentos e 
dados sigilosos, mas não podem dar publicidade indevida a eles sob pena de 
responsabilidade (MS 23.452/RJ).
Por fim, o Poder Judiciário pode controlar os atos da CPI quando esta cometer 
excessos ou abusos sendo que a competência originária para julgar Mandado 
de Segurança e Habeas Corpus contra ato de CPI federal é o STF.
Competência originária significa que o processo “nasce” no Supremo Tribunal 
Federal. 
Esquematizando:
x Poderes de investigação:
o Possuem poderes investigativos próprios das autoridades JUDICIAIS
o Não são exatamente os mesmos poderes dos juízes: existem poderes que 
somente os juízes possuem. ƒ Ex: determinar medidas cautelares ou interceptação telefônica.
o Não têm função jurisdicional ou legiferante
o As CPIs federais (da CD, SF ou CN) não podem apurar fatos ligados 
estritamente à competência dos estados, DF ou municípios (respeito ao pacto 
federativo)
o CPI tem caráter INQUISITÓRIO: não existe contraditório e ampla defesa em 
CPI
o As CPIs podem ter acesso a vários documentos e dados sigilosos, mas não 
podem dar publicidade indevida a eles sob pena de responsabilidade 
(MS 23.452/RJ)
o O Poder Judiciário pode controlar os atos da CPI quando esta cometer excessosƒ Competência originária para julgar MS e HC contra ato de CPI federal: STF
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Poderes da CPI 
Como a Constituição não delimitou os poderes das CPIs, coube ao Poder 
Judiciário abalizar o que ela pode ou não fazer, a partir de cada caso concreto. 
Assim, observe o que a CPI PODE FAZER:
x A CPI pode determinar exames, perícias e diligências.
x A CPI pode determinar a busca e apreensão de documentos, desde 
que não viole domicílio, uma vez que a busca e apreensão domiciliar é 
exclusiva do Poder Judiciário (CF art. 5º, XI).
x A CPI pode determinar a quebra de sigilo fiscal, bancário e 
telefônico (registros).
Atenção! Sigilo de “dados telefônicos” se refere aos registros (ex: conta 
de telefone), enquanto a “interceptação” é o grampo / escuta telefônica. 
Dessa forma, a CPI NÃO pode determinar INTERCEPTAÇÃO 
telefônica (escuta/grampo), mas pode determinar a quebra do sigilo 
dos dados telefônicos. 
Observe que as CPIs estaduais também podem quebrar o sigilo 
bancário (ACO 730/RJ).
x A CPI pode convocar e interrogar pessoas (públicas ou particulares) 
na condição de investigado ou de testemunha. Observe que as pessoas 
são ouvidas na condição de “investigados” e não de “acusados”. Assim, 
como não há acusação formal, não há o direito ao contraditório e ampla 
defesa nos procedimentos das CPIs.
Importante ressaltar que a convocação deve seguir as regras do 
processo penal: deve ser feita pessoalmente – não pode ser por correio 
ou telefone (HC 71.421).
x A CPI pode ouvir testemunhas sob juramento de dizer a verdade e 
sob pena de condução coercitiva. Em rapidíssimas palavras: a
condução coercitiva ocorre quando alguém deveria comparecer a um 
julgamento e, injustificadamente, não vai. Assim, o Juiz (ou, no caso, a 
CPI) emite ordem para que a pessoa seja levada para depor, mesmo 
contra sua vontade (condução coercitiva).
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Assim, a CPI pode usar, inclusive, a Polícia Judiciária para localizar e 
trazer testemunhas que estão em local incerto ou se recusam a 
comparecer.
Observe que o poder de condução coercitiva não alcança o 
convocado na condição de investigado, em respeito ao princípio da 
não autoincriminação (HC 83.703/SP).
x A CPI, em regra, somente investiga fatos de interesse público. No 
entanto, pode investigar fatos relacionados com negócios 
particulares caso haja interesse público.
x A CPI pode ouvir ÍNDIO, desde que seja dentro da aldeia e acompanhado 
de membro da Funai e Antropólogo (HC 80.240/RR).
IMPORTANTE: Todas as medidas que impliquem em restrição de direito 
(ex: quebra de sigilo) somente são válidas se forem (MS 25.966):
o Pertinentes;
o Indispensáveis à investigação;
o Fundamentadas / motivadas;
o Tiverem um lapso temporal definido;
o Forem aprovados pela maioria absoluta dos membros da CPI.
Esquematizando:
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ƒ Pode - Exames, perícias e diligências.
Determinar - Busca e apreensão de documentos (Desde que não viole 
domicílio)ƒ A busca e apreensão domiciliar é exclusiva do Poder 
Judiciário
- Quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico (registros)ƒ NÃO pode determinar INTERCEPTAÇÃO
telefônica (escuta/grampo)ƒ CPIs estaduais podem quebrar o sigilo bancário 
(ACO 730/RJ)
ƒ Pode convocar e interrogar pessoas (públicas ou particulares) na condição 
de investigado ou de testemunhax A convocação deve seguir as regras do processo penal: deve ser feita 
pessoalmente – não pode ser por correio ou telefone (HC 71.421)
ƒ Pode ouvir testemunhas sob juramento de dizer a verdade e sob pena de 
condução coercitivax Pode usar a Polícia Judiciária para localizar e trazer testemunhas que 
estão em local incerto ou se recusam a comparecerx O poder de condução coercitiva não alcança o convocado na condição 
de investigado, em respeito ao princípio da não autoincriminação (HC 
83.703/SP)
ƒ Pode investigar fatos relacionados com negócios particulares se houver 
interesse público
ƒ Pode ouvir ÍNDIO:x Desde que seja dentro da aldeiax Acompanhado de membro da Funai e Antropólogox HC 80.240/RR
ƒ Todas as medidas que impliquem em restrição de direito (ex: quebra de 
sigilo) somente são válidas se forem - Pertinentes 
- Indispensáveis à investigação 
- Fundamentadas / motivadas
- Lapso temporal definido
- Aprovado pela MA dos membros
- MS 25.966 
CPI PODE
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Vedações à CPI 
Como dito, apesar das CPIs possuírem poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, pela cláusula de reserva de jurisdição, ficam vedadas 
algumas atribuições às CPIs, sendo reservadas unicamente ao Poder Judiciário.
Dessa forma, UMA CPI NÃO PODE:
x Não pode processar, julgar ou aplicar penalidades a ninguém. 
Podem apenas investigar e chegar a conclusões, que são encaminhadas 
ao Ministério Público ou à autoridade competente para que este sim 
promova as medidas cabíveis. A referida autoridade tem 30 dias para 
tomar providências pertinentes e o procedimentoderivado da CPI tem 
prioridade sobre qualquer outro salvo Habeas Corpus, Habeas Data e
Mandado de Segurança.
x Não pode determinar anulação de atos do Poder Executivo.
x Não pode determinar busca e apreensão DOMICILIAR de 
documentos. Lembre-se de que as CPIs podem determinar a busca e 
apreensão de documentos, desde que não viole domicílio.
x Não pode expedir ordem de prisão, salvo em flagrante delito. As 
Comissões Parlamentares de Inquérito não possuem poder para emitir 
ordem de prisão. O que elas podem fazer é prender alguém em flagrante 
delito, mais comumente, por falso testemunho. No entanto, essa 
prerrogativa é dada a qualquer um do povo e não apenas às comissões.
x Não pode determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de 
justiça).
x Não pode determinar interceptação telefônica (escuta). Lembre-se 
de que a CPI pode sim determinar a quebra de sigilo fiscal, bancário e de 
dados telefônicos (ex: conta de telefone). O que ela não pode é
determinar a escuta/grampo.
x Não pode investigar fatos relacionados com negócios realizados 
entre particulares. Lembre-se de que a CPI somente pode investigar 
fatos de interesse público. Assim, em regra, não investiga fatos e 
negócios particulares. Como visto, excepcionalmente e se houver 
interesse público, isso pode sim ser feito pela CPI.
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x Não pode determinar medidas cautelares, como sequestro, arresto, 
decretação de indisponibilidade de bens, hipoteca, proibição de se 
ausentar do país ou comarca ou qualquer outra medida penal ou civil.
Essas atribuições são privativas do Poder Judiciário.
x Não pode chamar magistrado para falar sobre sua prestação 
jurisdicional. As Comissões Parlamentares de Inquérito não podem 
investigar atos de conteúdo jurisdicional, uma vez que o Supremo 
entende que isso fere a separação dos poderes. Assim, magistrados não 
podem ser convocados à CPI para prestar informações sobre sua 
atividade de jurisdição (enquanto julgador). No entanto, eles podem sim 
ser chamados para falar sobre sua atuação como administrador 
público.
x CPI federal não pode investigar fatos de competência dos Estados 
e Municípios. As matérias de interesse exclusivo dos estados e 
municípios devem ser investigadas por CPIs estaduais ou municipais, sob 
pena de se ferir a autonomia dos entes federativos.
Esquematizando:
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ƒ Não pode processar, julgar ou aplicar penalidades a ninguém. Apenas 
investigar e chegar a conclusões.x Conclusões são encaminhadas ao MP ou autoridade competente.x 30d para tomar providênciasx Procedimento tem prioridade sobre qualquer outro salvo HC, HD e MS.
ƒ Não pode determinar anulação de atos do Poder Executivo
ƒ Não pode determinar busca e apreensão DOMICILIAR de documentosx Pode determinar busca e apreensão de documentos, desde que não 
viole domicílio
ƒ Não pode expedir ordem de prisão, salvo em flagrante delito
ƒ Não pode determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de justiça)
ƒ Não pode determinar interceptação telefônica (escuta)x Obs: quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados telefônicos PODE
ƒ Não pode investigar fatos relacionados com negócios realizados entre 
particularesx Exceção: se houver interesse público - PODE
ƒ Não pode determinar medidas cautelares, como sequestro, arresto, 
decretação de indisponibilidade de bens, hipoteca, proibição de se ausentar 
do país ou comarca ou qualquer outra medida penal ou civil
ƒ Não pode chamar magistrado para falar sobre sua prestação jurisdicionalx Fere a separação dos poderesx Mas pode chamar para falar sobre sua atuação como administrador 
público
ƒ Não pode investigar fatos de competência dos Estados e Municípios x Tem que ser por CPI Estadual ou municipalx Senão fere a autonomia dos entes federativos
CPI
NÃO PODE 
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Testemunhas, investigados e direito ao silêncio em CPI
Como visto, as Comissões Parlamentares de Inquérito possuem o direito de 
ouvir cidadãos ou autoridades, sob a condição de testemunhas ou 
investigados. No entanto, os direitos dessas pessoas devem sempre ser 
observados. Assim, as perguntas feitas pela CPI devem ter pertinência com o
fato para o qual a mesma foi criada. Além disso, tanto testemunha quanto 
investigado têm direito de serem assistidos por um advogado em todas as 
fases do procedimento da CPI.
Existem também algumas pessoas que devem manter sigilo em razão da 
função, ministério ou profissão. Como exemplo: médicos, advogados, 
padres etc. Essas pessoas podem ficar silentes diante de algumas perguntas 
realizadas pela CPI, mas devem sempre comparecer à mesma.
Outra garantia constitucional relevante e que deve sempre ser respeitada é o 
direito ao silêncio: tanto investigado quanto testemunha podem ficar 
silentes, caso, a seu critério ou de seu advogado, as respostas lhe incriminem 
(direito a não autoincriminação).
Por fim, cabe indenização por danos morais ou materiais se o interrogado for 
injustamente atingido em sua honra ou imagem (HC 94.082).
Esquematizando:
o Testemunhas, investigados e direito ao silêncio em CPIƒ Perguntas têm que ter pertinência com o fato para o qual foi criada a CPIƒ Direito ao advogado: tanto testemunha quanto investigado têm direito de 
ser assistido por um advogadoƒ Sigilo em razão da função, ministério ou profissão: pode ficar silente, mas 
tem que comparecer à CPIƒ Direito ao silêncio: tanto investigado quanto testemunha podem ficar 
silentes, caso, a seu critério, as respostas lhe incriminem (direito a não 
autoincriminação)ƒ Honra / imagem: cabe indenização por danos morais ou materiais se o 
interrogado for injustamente atingido em sua honra ou imagem
(HC 94.082)
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3.4 Convocação e pedidos de informação a Ministros de Estado 
A Constituição prevê que a Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou 
qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou 
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência 
da República para prestarem informações:x Pessoalmentex Sobre assunto predeterminadox Ausência injustificada implica em crime de Responsabilidade
Além disso, os Ministros de Estado, por sua iniciativa própria, podem ir ao 
Senado Federal, Câmara dos Deputados ou Comissões para expor assunto de 
relevância para seu Ministério, devendo ser acordado com a respectiva Mesa.
Observe que, neste ponto, a Constituição fala apenas dos Ministros de Estado e 
não fala sobre os titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência 
da República. 
Por fim, as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão 
encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou 
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da 
República, que terão o prazo de 30 dias para responder. Além disso, será 
crime de responsabilidade caso as autoridades acima não respondam, 
respondam fora do prazo ou prestem informações falsas.
Esquematizando:
3.4. Convocação e pedidos de informação a Ministros de Estado 
I – CD, SF, ou qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem
informações - Pessoalmente
- Sobre assunto predeterminado
- Ausência injustificada: Crime de Responsabilidade
II – Os Ministros de Estado (titularesde órgãos não) podem ir ao SF, CD ou Comissões para expor 
assunto de relevância para seu Ministério - Por sua iniciativa
- Acordado com a respectiva Mesa
II – Mesas CD, SF poderão encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou 
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República
o Prazo para responder: 30d
o Crime de Responsabilidade - Não responder
- Responder fora do prazo
- Prestar informações falsas
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IV. DAS REUNIÕES
Meu caro aluno e futuro Técnico Judiciário do TRT/PR, neste ponto, 
aprenderemos alguns conceitos bastante importantes para a sua prova de 
Direito Constitucional. São eles: Sessão Legislativa Ordinária (SLO), Sessão 
Legislativa Extraordinária (SLE), Sessão Conjunta e Sessão Preparatória.
4.1 Sessão Legislativa Ordinária (SLO)
O artigo 57 da CF estabelece que o Congresso Nacional reunir-se-á, 
anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de 
agosto a 22 de dezembro. Assim, essa é a Sessão Legislativa Ordinária: o
período onde o Congresso Nacional se reúne normalmente para exercer suas 
atividades, que vai de 2 de fevereiro a 22 de dezembro.
Dessa forma, percebe-se que a SLO possui dois períodos:
x 1º período da SLO: de 2 de fevereiro a 17 de julhox 2º período da SLO: de 1º de agosto a 22 de dezembro
O recesso parlamentar será então de dezoito a trinta e um de julho e de vinte 
e três de dezembro a primeiro de fevereiro. Lembre-se que, durante o recesso 
parlamentar, haverá uma Comissão Mista Representativa do Congresso 
Nacional.
Lembre-se também do conceito de legislatura, estudado anteriormente: o
período de quatro anos após o qual a composição das Casas se renova. Ao 
fim de cada legislatura, ocorrem as eleições populares para a seguinte. Assim, 
cada legislatura possui quatro sessões legislativas ordinárias.
Podemos perceber então que, enquanto a legislatura está ligada à renovação 
da composição da Casa, ao fim da qual, são eleitos novos deputados e 
senadores (estes últimos renovados alternadamente entre 1/3 e 2/3), a 
Sessão Legislativa Ordinária está ligada ao período de trabalho das Casas 
Legislativas.
Uma observação bastante importante é que a Sessão Legislativa não será 
interrompida antes de aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO). Explicando melhor: a LDO é uma lei que orienta a elaboração e 
execução do orçamento anual e trata de vários outros temas, como alterações 
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tributárias, gastos com pessoal, política fiscal e transferências da União. A
Constituição estabelece que ela deve ser aprovada até o final do 1º período da 
sessão legislativa, ou seja, 17 de julho. Caso essa lei não seja aprovada até a
data mencionada, o Congresso Nacional não poderá entrar em recesso, 
devendo funcionar até a sua aprovação.
Esquematizando:
4. Das Reuniões - Sessão Legislativa Ordinária (SLO)
- Sessão Legislativa Extraordinária (SLE)
- Sessão Conjunta
- Sessão Preparatória 
4.1. Sessão Legislativa Ordinária (SLO) 2/fev a 17/jul Períodos
1/ago a 22/dez Legislativos
x Recesso parlamentar - 18 a 31/jul
- 23/dez a 01/fev
- Durante o recesso parlamentar, haverá uma Comissão
Representativa do CNx Legislatura - É composta de 4 sessões legislativas ordinárias
- Ligada à mudança de composição
x SLO - Composta de 2 períodos legislativos
- Ligada ao período de trabalho das Casas Legislativasx A Sessão Legislativa não será interrompida antes de aprovada a LDO
o Se entrar até dia 01/ago fica sem recesso
o Ou seja: LDO tem que ser aprovada até o fim do 1o Período da SLO
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4.2 Sessão Legislativa Extraordinária – SLE
A Sessão Legislativa Extraordinária ocorre quando o Congresso Nacional legisla 
em período diferente da SLO, ou seja, durante o recesso parlamentar.
A Constituição veda o pagamento de parcela indenizatória durante a 
convocação extraordinária, dessa forma, os parlamentares não podem mais 
receber nenhum pagamento por terem sido convocados extraordinariamente.
O Congresso Nacional pode ser convocado extraordinariamente por diferentes 
pessoas e diferentes motivos. São eles:
1. Em caso de urgência ou interesse público relevante, e dependendo da 
aprovação da maioria absoluta de ambas as Casas do Congresso 
Nacional:
o Presidente da Câmara
o Presidente do Senado
o Presidente da República
o Maioria (não é maioria absoluta) dos membros de ambas as Casas 
2. Já o Presidente do Senado Federal, além da hipótese anterior, poderá 
convocar extraordinariamente o Congresso Nacional, sem a 
necessidade da aprovação da maioria absoluta, nos seguintes 
casos:
o Decretação de Estado de Defesa ou Intervenção Federal;
o Pedido de autorização para decretação de Estado de Sítio;
o Compromisso e posse do Presidente da República e do Vice-
Presidente da República.
Por fim, durante a convocação extraordinária, o Congresso Nacional somente 
pode deliberar sobre dois temas: primeiro, obviamente, a matéria para o qual 
foi convocado. Segundo, sobre as medidas provisórias, que serão 
automaticamente incluídas na pauta da convocação extraordinária.
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4.3 Reuniões em Sessão Conjunta
Via de regra, as Casas do Congresso Nacional atuam separadamente e de 
forma independente. Existe também um tipo de sessão onde as duas Casas 
(Câmara e Senado) se reúnem ao mesmo tempo: a sessão conjunta. Note 
que a sessão conjunta é bicameral, ou seja, apesar de as duas Casas estarem
reunidas ao mesmo tempo, os votos de cada uma delas são contados 
separadamente. Assim, a Câmara dos Deputados atua enquanto Câmara e o 
Senado Federal atua enquanto Senado.
A Constituição Federal prevê que as sessões conjuntas ocorrerão para:
I - Inaugurar a sessão legislativa;
II - Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços 
comuns às duas Casas;
III - Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da 
República;
IV - Conhecer do veto e sobre ele deliberar.
V - Votação da Lei Orçamentária (art. 166)
VI – Outros casos previstos na CF
Sessão conjunta e sessão unicameral
Além da sessão conjunta, existiu outro tipo de sessão chamada sessão 
unicameral. Nós vimos que, na sessão conjunta, as Casas atuam ao mesmo 
tempo, mas as deliberações são em separado, ou seja, a Câmara atua 
enquanto Câmara e o Senado atua enquanto Senado.
Já na sessão unicameral, todos os votos são contados juntos como se fosse 
uma única Casa, sem distinção entre deputados e senadores.
Exemplificando: na sessão conjunta, as casas atuam ao mesmo tempo, mas os 
votos dos senadores contarão apenas para o Senado, enquanto os votos dos 
deputados contarão apenas para a Câmara dos Deputados. Na sessão 
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unicameral, é como se juntassem os 81 senadores com os 513 deputados e 
tivéssemos uma só Casa com 594 parlamentares. Perceberam a diferença? As 
duas sessões são completamente diferentes!
Finalmente, a única hipótese do Congresso Nacional se reunir em sessão 
unicameral está prevista no artigo 3º do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias (ADCT) e se refere a um procedimento de modificação especial da 
Constituição chamadorevisão constitucional. Importantíssimo saber que 
esse tipo de modificação da Constituição não pode mais ser feito, portanto, o 
Congresso Nacional não pode mais se reunir em sessão unicameral.
Mas Roberto, para que então eu estudo a sessão unicameral e a revisão 
constitucional, se elas não podem mais acontecer (já estão exauridas)? 
Resposta: porque pode cair na sua prova!
4.4 Sessões Preparatórias 
Por fim, a CF88 estabelece que no primeiro ano de cada legislatura, o 
Congresso Nacional reunir-se-á em sessões preparatórias a partir do dia 
1º de fevereiro, para a posse de seus membros e eleição das respectivas 
Mesas.
Esquematizando:
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4.2. Sessão Legislativa Extraordinária – SLE (convocação extraordinária)x Vedado pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação extraordinária 
x Pode ser • Presidente da Câmara
feita pelo • Presidente da República 
• Maioria (não é MA) dos 
membros de ambas as Casas
• Presidente do Senado
x Na SLE, o CN somente - Matéria para o qual foi convocado
delibera sobre - MPs – que serão automaticamente incluídas na pauta
4.3. Reuniões em Sessão Conjuntax Em regra, cada Casa atua separadamentex Sessão Conjunta - As Casas atuam ao mesmo tempo (CD + SF)
- É BICAMERAL: os votos de cada Casa são contados separadamentex Para I - Inaugurar a sessão legislativa;
II - Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às 
duas Casas;
III - Receber o compromisso do PR e do VP;
IV - Conhecer do veto e sobre ele deliberar;
V - Votação da Lei Orçamentária (art. 166)
VI - Outros
x Sessão conjunta e unicameral
o São coisas diferentes
o Sessão conjunta: as Casas atuam ao mesmo tempo, mas as deliberações são em separado
o Sessão unicameral - Todos os votos são contados juntos como se fosse uma 
única Casa, sem distinção entre deputados e senadores
- Ex: Revisão Constitucional
4.4. Sessões Preparatórias x No primeiro ano de cada legislaturax A partir de 01/Fevx Para posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas
- Em caso de urgência ou 
interesse público relevante
- Depende da aprovação da 
MA de ambas as Casas
- Decretação de Estado de Defesa
ou Intervenção Federal
- Pedido de decretação de Estado de Sítio
- Compromisso e posse do PR e VP
- Nesses casos, NÃO depende de 
aprovação da MA de ambas as Casas
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V. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS
Meus caros Técnicos Judiciários do TRT/PR, a Constituição Federal estabelece 
um regime diferenciado aos membros do Poder Legislativo. Trata-se de uma 
série de imunidades, incompatibilidades, impedimentos e outras garantias que 
são aplicadas aos parlamentares, não como benefícios desmedidos ou 
privilégios, mas sim como prerrogativas e vedações para que possam atuar 
com independência, liberdade e sem a interferência dos demais poderes.
Todas as imunidades parlamentares acabam ao final do mandato e são 
irrenunciáveis, pois decorrem da função parlamentar e não da vontade dos 
mesmos. Assim, mesmo que um deputado ou senador diga que renuncia às 
suas imunidades, isso não será possível.
Vale lembrar que as imunidades e vedações não se aplicam aos suplentes dos 
parlamentares, enquanto permanecerem na condição de suplentes 
(Inq. 2.639/SP). Obviamente, se ele estiver substituindo o titular, aplicar-se-
ão todas as prerrogativas e impedimentos ao mesmo.
Observe a estrutura da matéria que iremos estudar a seguir, para que você se 
guie durante o estudo. Sempre que quiser, volte para este esquema e visualize 
exatamente onde você está:
- Imunidades - Formais
- Materiais
- Foro privilegiado
5. Estatuto dos congressistas - Outras garantias - Sigilo de fonte
- Incorporação às Forças Armadas
- Imunidades durante Estado de Sítio
- Situações onde não há perda do mandato
- Incompatibilidades e impedimentos
- Hipóteses de perda de mandato
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5.1 IMUNIDADES PARLAMENTARES
Como dito anteriormente, a Constituição garante aos membros do Poder 
Legislativo uma série de imunidades, que podem ser de dois tipos: materiais 
ou formais.
a) Imunidades materiais, substantivas ou reais
As imunidades materiais garantem que os parlamentares são invioláveis por 
suas palavras, opiniões ou votos proferidos em razão da função 
parlamentar, no exercício e relacionados ao mandato.
A imunidade material é causa de excludente de crime e garante que o 
parlamentar seja totalmente inviolável por suas palavras, opiniões ou votos. 
Assim, os deputados e senadores podem, em razão da função parlamentar, 
dizer o que quiserem, atacar quem quiserem e até mesmo ofender quem 
quiserem, sem que isso seja considerado crime e sem que eles sofram 
qualquer tipo de punição. A irresponsabilidade é geral, mesmo depois de 
extinto o mandato, lembrando que elas não se estendem aos suplentes.
A liberdade de manifestação do pensamento e da opinião é um dos pilares para 
um Poder Legislativo independente. Entretanto, as imunidades materiais 
não alcançam manifestações de cunho político-eleitoral ou sem relação 
com o exercício do mandato.
O STF entende que, se o parlamentar estiver dentro do recinto do Congresso 
Nacional, suas manifestações sempre terão relação com o exercício do 
mandato, existindo uma presunção absoluta de pertinência à atividade 
parlamentar. Observe que isso não impede que o mesmo seja punido com 
base no Regimento Interno da Casa (Pet. 3.686/DF).
Por fim, o jornalista que divulgar o depoimento do parlamentar na íntegra ou 
em extrato fiel também não poderá ser responsabilizado por eventuais danos
causados pelas palavras do deputado ou senador.
Esquematizando:
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5.1. Imunidades Parlamentares - Material, Substantiva ou Real
- Formal, Processual ou Adjetiva
x Inviolabilidade - Civil, penal ou administrativa
- Por opiniões, palavras e votos proferidos em razão da função 
parlamentar
- No exercício e relacionado ao mandatox É causa de excludente de crimex Irresponsabilidade GERAL, mesmo depois de extinto o mandatox Não se estendem aos suplentes.x Não alcança manifestações - de cunho político-eleitoral
- sem relação com o exercício do mandatox Se estiver dentro do CN: sempre terá relação com o exercício do mandato
o Presunção absoluta de pertinência à atividade parlamentar
o Pode ser punido apenas em razão do Regimento Interno da Casa
o Pet 3.686/DFx Jornalista: Também não responde se divulgar na íntegra ou em extrato fiel
b) Imunidades formais, processuais ou adjetivas
As imunidades formais não afastam a ilicitude da conduta do parlamentar, 
como a imunidade material o faz. Elas apenas garantem regras especiais 
acerca da a) prisão dos membros do Congresso Nacional; e b) da possibilidade 
de suspensão dos processos criminais contra os mesmos.
a) Em relação à prisão
Existem apenas duas hipóteses em que os parlamentares podem ser 
presos:
1. Em caso de flagrante de crime inafiançável. Em rápidas 
palavras, a prisão em flagrante é aquela que ocorre logo após o 
crime acontecer. O crime ainda está “queimando” (flagrante). Já 
o crime inafiançável, também em rápidas palavras, é aquele 
onde não é cabível a fiança para que o acusado responda o 
processo em liberdade.
Im
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n
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M
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