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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 05 Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ------------------------------------------------------------------------------------ 2 II. SERVIDORES PÚBLICOS ---------------------------------------------------------------------------------------- 10 III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ----------- 29 IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS TERRITÓRIOS --------------------- 34 V. QUESTÕES DA AULA ----------------------------------------------------------------------------------------------- 71 VI. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 87 VII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------------ 88 Olá futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR! Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96? Na aula de hoje, estudaremos um tema que interessa bastante a vocês: a Administração Pública. Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na sequência. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. Na aula de hoje, teremos APENAS 22 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email robertoconstitucional@gmail.com. Vamos então à nossa aula! CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 2 I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Meus caros alunos e futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR, o tema a ser estudado na aula de hoje é, na grande maioria das vezes, visto com muito mais profundidade na disciplina Direito Administrativo. Apesar de a Constituição trazer uma série de disposições sobre a Administração Pública, os demais atos normativos que regulamentam o texto constitucional são estudados naquele ramo do direito. Assim, por mais difícil que possa ser, peço a todos que, nessa aula, se mantenham focados no texto constitucional e nas informações que eu repassar, senão, correremos o risco de ultrapassarmos os limites da nossa disciplina, combinado? 1. CONCEITO A Administração Pública pode ser entendida de duas formas: a) Sentido material ou objetivo: é o conjunto de atividades que costumam ser consideradas “próprias da função administrativa”, não importando quem as exerça. São exemplos dessas atividades: serviços públicos, polícia administrativa, intervenção e fomento econômicos, entre outros. b) Sentido formal ou subjetivo: para esse conceito, a Administração Pública é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso ordenamento jurídico identifica como sendo partes da Administração Pública. Esse é o conceito adotado pelo Brasil. Continuando: a Administração Pública pode ser divida em direta ou indireta. Ela será DIRETA quando as atividades forem exercidas diretamente pela pessoa estatal (União, Estados, DF e municípios) e será INDIRETA quando a atividade for exercida por uma pessoa diferente daquelas pessoas estatais. Explicando melhor: Quando José pega uma marreta com sua mão e bate na cabeça de alguém, o responsável foi “José” ou foi a “mão de José”? Resposta: José. gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 3 Continue no raciocínio: o coração de José não é José, mas sim um de seus órgãos; o pulmão de José não é José, mas sim um de seus órgãos... e José é o somatório de todos os seus órgãos. Devemos compreender da mesma forma quando pensamos em Administração DIRETA: (exemplo) a pessoa jurídica é a UNIÃO e esta possui vários órgãos como a Presidência da República, a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal etc. Assim, a pessoa que pratica o ato não é a Câmara dos Deputados (órgão), mas sim a União (pessoa jurídica). Já quando pensamos em Administração INDIRETA, devemos pensar em pessoas diferentes. O Estado cria uma nova pessoa para exercer uma determinada função que ele (o Estado) acha melhor não exercer diretamente. Nesse caso, não é a União em si quem pratica o ato, mas sim uma pessoa (entidade) criada por ela para exercer uma determinada atividade. São entidades da Administração INDIRETA: - Autarquias (Ex: Banco Central) - Fundações Públicas (Ex: Universidade de Brasília) - Empresas Públicas (EP) (Ex: Caixa Econômica Federal) - Sociedades de Economia Mista (SEM) (Ex: Banco do Brasil) ESQUEMATIZANDO: DICA: Quando se fala em Administração DIRETA, fala-se em órgãos. Quando se fala em Administração INDIRETA, fala-se em entidades. gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Nota Administração Indireta(entidades):-Autarquias;-Fundações Públicas;-Empresas Públicas;- Sociedades de Economia Mista. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 4 a) Sentido Material ou objetivo: - Conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da função administrativa - Não importa quem a exerce - Atividades próprias i. Serviço público 1. CONCEITO ii. Polícia administrativa iii. Fomento iv. Intervenção b) Sentido formal ou subjetivo: - Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso ordenamento jurídico identifica como Adm Pub - Adotado pelo Brasil - Integrado por i. Adm direta ii. Adm indireta I - Autarquias II - Fundações públicas III - EP IV - SEM 2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À ADM PÚBLICA A Constituição nos traz alguns princípios que devem ser aplicados à Administração Pública. Tais princípios podem ser implícitos ou expressos no texto constitucional. Vamos conferir os principais: a) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS - Supremacia do interesse público: a relação Administração-particular não é de igual para igual, sendo que o interesse público deve prevalecer sobre o interesse particular, em caso de conflito. - Indisponibilidade do interesse público: o interesse da Administração deve ser o que está disposto na lei e ele não pode ser negociado. Dessa forma, a Administração não pode abrir mão de seus direitos. - Razoabilidade / Proporcionalidade: qualquer ato tomado pela Administração Pública deve ser adequado ao resultado que se quer obter. Assim, quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, deve-se utilizar o que restringe menos os direitos do particular. Além disso, a sanção ou gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Nota Entidades - ADM INDIRETAÓRGÃOS - ADM DIRETAnull CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 5 prevenção de uma conduta deve ser proporcional ao dano/lesividade dessa conduta. b) PRINCÍPIOS EXPRESSOS Quem nunca ouviu falar no famoso LIMPE? Esses são os princípios que a Constituição diz, expressamente, que a Administração Pública deverá seguir: - Legalidade: para o particular, vale a autonomia da vontade, ou seja, ele pode fazer tudoaquilo que não for proibido pela lei. Por outro lado, a Administração Pública somente pode fazer aquilo que estiver disposto na lei. Assim, a vontade da Administração deve estar disposta na LEI. - Impessoalidade: segundo esse princípio, os atos não são do agente público, mas sim do órgão estatal. Além disso, a Administração Pública não pode diferenciar pessoas que estão na mesma situação fática e jurídica, privilegiando alguns e prejudicando outros. Por isso, a impessoalidade possui grande relação com a finalidade e a isonomia. - Moralidade: apesar do alto grau de indeterminação desse conceito, os atos administrativos devem seguir as regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração Pública. Assim, não vale a consciência do agente que praticou o ato (subjetiva), mas sim a moral jurídica (objetiva). - Publicidade: a regra é que os atos da Administração devem ser públicos, permitindo o conhecimento e fiscalização amplos. Excepcionalmente, admite- se o sigilo de determinados atos, desde que legalmente previsto e que atenda ao interesse público, como nos casos de segurança nacional e de investigações. - Eficiência: esse princípio visa à maximização dos resultados da Administração Pública, permitindo a maior economia de recursos e a maior efetividade dos atos administrativos. Esse conceito se vincula à noção de Administração gerencial e visa a evitar a burocracia ineficiente. ESQUEMATIZANDO: gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 6 - Implícitos - Supremacia do - Verticalidade na relação Adm-Particular interesse público - Interesse público prevalece sobre o particular - Indisponibilidade do - O interesse da Adm deve ser o interesse disposto em lei interesse público - A Adm não pode "negociar"/"abrir mão" de seus direitos - Razoabilidade / - O ato deve ser adequado à obtenção do resultado Proporcionalidade - Quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, deve-se utilizar o menos restritivo - A sanção ou prevenção de uma conduta deve ser proporcional ao dano/lesividade dessa conduta a) Legalidade - Particular: a autonomia da vontade (CF, art. 5º, II) - Adm Púb: Vontade legal (art. 37, caput) b) Impessoalidade - Grande relação com a finalidade e isonomia - Os atos são do órgão e não do agente público - O adm pub só pode praticar o ato para o seu fim legal - Objetiva sempre o interesse público - Adm Púb deve tratar igualmente a todos que estejam na mesma situação fática e jurídica c) Moralidade - Trata da moral jurídica (objetiva), e não da moral do indivíduo ou do agente que pratica o ato (subjetiva) - Explícitos - Conceito indeterminado: zona de incerteza - É o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Adm Pub d) Publicidade - Regra: Os atos da Adm Pub devem ser públicos - Exceção: Sigilo de determinados atos, desde que legalmente previsto e que atenda ao interesse público, como nos casos de segurança nacional e de investigações e) Eficiência - Vinculado a noção de adm gerencial - Maximização dos resultados da ação da Adm Pub 2. P R IN C ÍP IO S C O N S T IT U C IO N A IS CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 7 3. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 3.1. NORMAS GERAIS A Constituição prevê uma série de normas que a Administração Pública deve seguir e que também devem ser aplicadas aos estados, DF e municípios, no que couber. A criação transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicos é competência do Congresso Nacional e deve ser feita mediante LEI. Quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, a iniciativa dessa lei deverá ser do Presidente da República. Além disso, a criação e extinção de ministérios e órgãos da Administração Pública também é competência do Congresso Nacional e deve ser feita mediante LEI de iniciativa do Presidente da República. O Presidente pode ainda, mediante Decreto Autônomo, dispor sobre: x Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS. x Organização e funcionamento da Administração Pública quando não implicar I - Aumento de despesa II - Criação / extinção de órgãos públicos 3.2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Vamos agora detalhar um pouco mais a Administração Indireta, apresentada agora a pouco. Essa divisão da Administração Pública pode ser formada por pessoas jurídicas de direito público ou privado. As pessoas jurídicas de direito público que fazem parte da Administração Indireta são as autarquias e são criadas por LEI. Apesar de a CF não dizer nada sobre ela, as fundações públicas de direito público também são PJ de direito público. Por sua vez, as PJ de direito privado podem ser: empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas (de direito gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 8 privado). Essas entidades são autorizadas por lei e criadas com a inscrição do ato constitutivo no registro público competente. Além disso, para que sejam criadas subsidiárias ou para que haja participação em empresas privadas, deve haver LEI que autorize (não precisa de uma lei para cada subsidiária, mas deve haver, pelo menos, autorização genérica na lei). ESQUEMATIZANDO: - Normas extensíveis aos estados, DF e municípios i. Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas - Competência do CN, exercida mediante LEI - Iniciativa de lei do PR quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica a) Normas gerais - art. 48, X + art. 61, § 1º, II, "a" ii. Criação / extinção de ministérios e órgãos da Adm Púb - Competência do CN, exercida mediante LEI - Iniciativa de lei do Presidente da República - art. 84, XI + art. 61, § 1º, II, "e" - OBS: o PR pode, mediante decreto autônomo, dispor sobre (art. 84, VI) - Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS - Organização e funcionamento da Adm Púb quando não implicar I - Aumento de despesa II - Criação / extinção de órgãos públicos b) Adm i. PJ de direito - Tipos - Autarquia indireta público - Fundação pública de direito público (o TEXTO da CF não diz nada sobre esse tipo de PJ) - Forma de criação (autarquias): Lei específica cria ii. PJ de direito -Tipos - Empresa pública privado - Sociedade de economia mista (SEM) - Fundação pública de direito privado - Forma de criação - Lei específica autoriza criação - Art. 37, inc. XIX - Criação ocorre com a inscrição do ato constitutivo no registro público competente (CC, art. 45) - Depende de autorização - Criação de subsidiárias Legislativa - Pode haver autorização legislativa, em caráter genérico (art. 37, XX) - Participação em empresas privadas 3 . O R G A N IZ A Ç Ã O D A A D M IN IS T R A Ç Ã O P Ú B L IC A gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 9 4. LICITAÇÃO Com o objetivo de garantir a isonomia (igualdade de tratamento), selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública e ampliaro controle dos atos da Administração, a regra é que é obrigatória a realização de licitação. No entanto, excepcionalmente, em casos especificados na legislação, pode haver casos onde ela não é realizada. A Constituição diz que a licitação é obrigatória nos casos de delegação de serviços públicos mediante concessões e permissões, assim, não pode haver lei dispensando licitação para esses casos (art. 175). A CF diz também que a lei deve regulamentar normas próprias de licitação para as Empresas Públicas e para as Sociedades de Economia Mista. Entretanto, como essa lei ainda não foi criada, por enquanto, a regra a ser seguida é que essas entidades não fazem licitação quando o objeto estiver diretamente relacionado à atividade-fim da entidade, devendo realizá-la quando o objeto for relacionado a atividade-meio (imagine só se o Banco do Brasil tivesse que fazer licitação para vender um seguro de automóvel ou emprestar dinheiro para alguém!) gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 10 II. SERVIDORES PÚBLICOS Meu caro Técnico Judiciário do TRT/PR, vamos ver agora algumas regras sobre os servidores públicos (regrinha que muito nos interessa, não é mesmo?) 1. INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO A Constituição diz que os cargos públicos podem ser ocupados por brasileiros e também por estrangeiros. No entanto, existe uma diferença entre eles: x Brasileiro: deve preencher os requisitos estabelecidos na lei. Assim, é uma norma de eficácia contida (aquele direito que pode ser livremente exercido até que lei posterior o restrinja). Além disso, os Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos devem ser (art. 37, I): I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE estabelecer novos requisitos ou restrições ao acesso; II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar relacionados à natureza das atribuições do cargo ou emprego; III - Devem se pautar em critérios objetivos. x Estrangeiro: os estrangeiros podem preencher os cargos públicos na forma da lei. Assim, somente se a lei autorizar é que os cargos podem ser ocupados por eles. Por isso, essa é uma norma de eficácia limitada (aquela que, para ser plenamente exercida, depende de regulamentação por uma norma infraconstitucional). x Cargos privativos de brasileiro nato: a regra é que os cargos públicos podem ser exercidos tanto pelos brasileiros natos quanto pelos naturalizados. No entanto, a Constituição nos diz que alguns determinados cargos somente podem ser ocupados por brasileiros natos. São eles: I - Presidente e Vice-Presidente da República II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal gclasilva Realce gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 11 III - Ministro do Supremo Tribunal Federal IV - Ministro de Estado de Defesa V - Oficial das Forças Armadas VI - Carreira diplomática Vou trazer agora algumas jurisprudências importantes para a sua prova: x Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. (Súmula 686/STF). x É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de segurança, desde que prevista em LEI no sentido formal e material, bem como no edital que regule o concurso (ARE 640.284/SP). x O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (súmula 683/STF). x Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a participação de candidato exclusivamente pelo fato de ele estar respondendo à ação penal ainda não transitada em julgado. (RE 634.224/DF). ESQUEMATIZANDO: a) Cargo, emprego e função pública i. Brasileiro - Deve preencher os requisitos estabelecidos na lei - Norma de eficácia contida - Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos devem ser I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE estabelecer requisitos ou restrições ao acesso II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar relacionados à natureza das atribuições do cargo ou emprego III - Devem se pautar em critérios objetivos - art. 37, I ii. Estrangeiro: Na forma da lei - Somente se a lei autorizar - Norma constitucional de eficácia limitada gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 12 b) Cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 1º) I - Presidente e Vice-Presidente da República II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal III - Ministro do Supremo Tribunal Federal IV - Ministro de Estado de Defesa V - Oficial das Forças Armadas VI - Carreira diplomática c) Jurisprudências importantesx Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. (Súmula 686/STF)x É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de segurança, desde que prevista em LEI no sentido formal e material, bem como no edital que regule o concurso (ARE 640.284/SP)x O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (súmula 683/STF)x Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a participação de candidato exclusivamente pelo fato de ele estar respondendo à ação penal ainda não transitada em julgado. (RE 634.224/DF) Concurso Público Vamos falar agora um pouco sobre o processo que você enfrentará daqui a pouco. A Constituição nos diz que o concurso público pode ser de provas ou de provas e títulos e é obrigatório para ocupação de: - Cargos públicos efetivos ou permanentes; - Empregos públicos; - Na Administração direta e indireta, inclusive nas Empresas Públicas e nas Sociedades de Economia Mista. Dessa forma, não é necessária a realização de concurso público para: - Ocupação dos cargos em comissão (que são de livre nomeação e exoneração); gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 13 - Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de excepcional interesse público; - Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e agentes comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º). Esses não exercem cargo e nem emprego público, mas sim função pública remunerada temporária de natureza jurídico- administrativa. Você também deve saber que o prazo de validade dos concursos públicos é de ATÉ dois anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período. Esse prazo é contado a partir da homologação do concurso e, durante o prazo improrrogável, o aprovado será convocado com prioridade sobre novos concursados. Além disso, possuem direito subjetivo à nomeação: 1 - candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas, observado o prazo de validade do concurso (não precisa nomear todos os aprovados de uma só vez e nem imediatamente, basta respeitar o prazo de validade do concurso). 2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação (Súmula 15/STF) Por fim, como regra, os gabaritos e critérios de correção dos concursos públicos não podem ser impugnados judicialmente. No entanto, excepcionalmente, o Poder Judiciário tem prolatado algumas decisões em sentido diverso, mas devemos acompanhara jurisprudência para sabermos se esse posicionamento irá se solidificar. ESQUEMATIZANDO: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 14 - De provas ou de provas+títulos - Obrigatório para i. Cargo público Efetivo ou permanente ii. Emprego público - Adm direta e indireta: inclusive nas EP e SEM - Não precisa - Cargos em Comissão (Livre nomeação e exoneração) de concurso - Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de excepcional interesse público - Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e agentes comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º) - Exercem função pública remunerada temporária de natureza jurídico-administrativa - Não são servidores públicos (não ocupam cargo público) - Relação não é trabalhista (não é regida pela CLT / não têm emprego público) - Prazo de validade - Até 2 Anos - Prorrogável 1 vez, por igual período - Contado a partir da homologação do concurso - Durante o prazo improrrogável, o aprovado será convocado com prioridade sobre novos concursados - art. 37, III e IV - Possuem direito subjetivo à nomeação 1 - Candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas, observado o prazo de validade do concurso - Não precisa nomear de uma só vez e nem imediatamente, basta respeitar o prazo de validade do concurso - RE 598.099 2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação (Súm 15/STF) - Impugnação judicial de gabaritos e critérios de correção - Regra: não pode entrar no poder judiciário, pois é questão de mérito administrativo (AO 1.627/BA) d) C on cu rs o pú bl ic o gclasilva Realce CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 15 Vedação ao Nepotismo Nepotismo é a prática de dar importantes cargos políticos ou funções de relevo nos negócios aos membros da própria família. Para evitar esse tipo de prática, o Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante nº 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Apesar de a regra ser de que a súmula vinculante citada não alcança cargos políticos, a depender da análise do caso concreto, o nepotismo pode ser caracterizado também para esses cargos (Rcl 12.478 + Rcl 6.650/PR). Pessoas com deficiência: Buscando a igualdade material, e apesar de não estabelecer o quantitativo, a Constituição diz que a lei deve reservar vagas nos concursos públicos para os portadores de deficiência. Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento: - Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo); e - Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei). Dessa forma, os cargos em comissão e funções de confiança não podem ser destinados a cargos de natureza eminentemente técnica. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 16 ESQUEMATIZANDO: e) Vedação ao nepotismox A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. (súmula vinculante no. 13)x NÃO alcança cargos políticos (Rcl 6.650/PR) o a depender do caso concreto, pode caracterizar nepotismo (Rcl 12.478) f) Pessoas com deficiência - A LEI deve reservar vagas - A CF não estabelece quantitativo i) Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento: - Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo) - Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei) 2. ESTABILIDADE Vamos estudar agora uma das grandes vantagens do serviço público: a estabilidade. A primeira coisa que você deve saber é que ela somente é conferida aos ocupantes de cargo público EFETIVO. Dessa forma, ela não é aplicada aos cargos em comissão e nem aos empregos públicos. Os requisitos para aquisição da estabilidade no serviço público, segundo a Constituição Federal, são: i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento efetivo; ii. 3 anos de efetivo exercício; iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 17 Cumpridos esses requisitos e adquirida a estabilidade, o servidor somente poderá perder o cargo por: i. Sentença judicial transitada em julgado ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e inativo (art. 169, §§ 3º a 5º). Além disso, se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, ele será reintegrado e o eventual ocupante da vaga, se for estável, entrará em uma das três hipóteses: I - reconduzido ao cargo de origem (SEM direito a indenização); II - será aproveitado em outro cargo; III - posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. Por fim, se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Viram só como é difícil um servidor público estável ir para a rua? Bom para nós, não é mesmo? ESQUEMATIZANDO: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 18 - Conferida a ocupantes de cargo público EFETIVO - Não alcança - Cargos em comissão - Empregos públicos - Requisitos i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento efetivo ii. 3 anos de efetivo exercício iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade - Hipóteses de perda do cargo após a estabilidade i. Sentença judicial transitada em julgado ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal (art. 169, §§ 3º a 5º) - Se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, ele será reintegradox O eventual ocupante da - reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização vaga, se for estável, será - aproveitado em outro cargo - posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. - Se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o servidor estável ficará em disponibilidade,com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 3. ACUMULAÇÃO Via de regra, a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas é VEDADA. Atenção! Essa proibição é bastante ampla e compreende também empregos e funções públicas e abrange não só a Administração direta, mas também a indireta: autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Como quase toda boa regra, essa vedação admite exceções, trazidas pelo texto constitucional. São hipóteses onde é permitida a acumulação e desde que haja compatibilidade de horários: x 2 cargos de professorx 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científicox 2 cargos privativos área de saúdex Mandato de vereador (art. 38, III)x Juízes e membros do MP podem exercer o magistério 2. E S T A B IL ID A D E CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 19 Além da acumulação de cargos, empregos ou funções, é vedada a acumulação de aposentadorias, salvo nos casos onde é permitida a acumulação de cargos. Por fim, também é vedada a acumulação da remuneração (pessoal ativo) com proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos servidores (RPPS), salvo: x Cargos acumuláveis na forma da Constituiçãox Cargos eletivosx Cargos em comissão ESQUEMATIZANDO: - Acumulação remunerada de cargos, empregos ou funçõesx Regra: Vedada - Estende-se a empregos e funções (art. 37, XVI e XVII) - Abrange - Autarquias - Fundações - Empresas públicas - Sociedades de economia mista - Suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder públicox Exceção: Havendo compatibilidade de horários (PODE ACUMULAR) 2 cargos de professor 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico 2 cargos privativos área de saúde Mandato de vereador (art. 38, III) Juízes e membros do MP podem exercer o magistério - Remuneração + proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos servidores (RPPS)x Regra: vedada (art. 37, § 10°)x Exceção - Cargos acumuláveis na forma da Constituição - Cargos eletivos - Cargos em comissão - Acumulação de aposentadorias: vedado, salvo nos casos onde é permitida a acumulação de cargos 3. A C U M U L A Ç Ã O CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 20 4. SERVIDOR EM MANDATO ELETIVO O servidor público pode se candidatar a mandatos eletivos. Mas, caso seja eleito, como deverá ficar a sua situação, enquanto durar o mandato? Observe: - Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado - Prefeito: afastado + opta pela remuneração - Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula - Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração Em qualquer caso: o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. 5. DIREITO DE GREVE Além de todos esses direitos vistos até agora, meus caros Técnicos Judiciários do TRT/PR, vocês terão também direito de greve. A Constituição diz que esse direito deve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. Assim, essa é uma norma constitucional de eficácia limitada, devendo haver regulamentação infraconstitucional para seu pleno exercício. Como essa lei ainda não foi editada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal entende que, por enquanto, deve ser aplicada, no que couber, a lei de greve vigente no setor privado (670 + MI 708 + MI 712). Além disso, não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao servidor em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter aderido à greve (ADI 3.235), ou seja, você poderá aderir ao movimento grevista logo após ter passado no seu concurso! Mas calma lá porque nem tudo são flores! A Administração pode descontar os dias não trabalhados (AI 799.041) e não possuem o direito de greve os militares (art. 142, §3º) e os policiais civis (Rcl 6.568/SP). CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 21 6. DIREITO A ASSOCIAÇÃO SINDICAL A Constituição Federal também assegura aos servidores públicos CIVIS o direito a associação sindical, sendo essa uma norma constitucional de eficácia plena, ou seja, não precisa de lei regulamentadora para ser plenamente exercida. Além disso, diferentemente do setor privado, a fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva (Súmula STF 679). Atenção! Qualquer alteração na remuneração dos servidores deve ser feita por meio de LEI! Por fim, lembre-se de que os servidores públicos militares não podem se sindicalizar e nem fazer greve! ESQUEMATIZANDO: - Exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica - Norma constitucional de eficácia limitada 5. DIREITO DE GREVE - Lei ainda não foi editada - CF, art. 37, VII - STF - Aplicação, enquanto não editada a lei que regulamenta o art. 37, VII da CF, no que couber, da lei de greve vigente no setor privado (MI 670 + MI 708 + MI 712) - Adm pode descontar os dias não trabalhados (AI 799.041) - Não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao servidor em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter aderido à greve (ADI 3.235) - Direito de greve é vedado aos - Militares (art. 142, §3º) - Polícias civis (Rcl 6.568/SP) 6. DIREITO A - Servidor público CIVIL pode ASSOCIAÇÃO - Norma constitucional de eficácia plena SINDICAL - Fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva (Súmula STF 679) - Militares: não podem se sindicalizar e nem fazer greve CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 22 7. DIREITOS TRABALHISTAS DOS SERVIDORES PÚBLICOS Meu caro aluno, você se lembra dos direitos do trabalhador, previstos no art. 7º da CF? O próprio texto magno assegura que alguns daqueles direitos também devem ser aplicados aos servidores públicos. São eles: (nessa parte, não temos muito para onde correr, é meio decorebinha mesmo...) - Salário Mínimox Súmula vinculante 16/STF: refere-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público e não ao vencimento básico - Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável - 13º salário - Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno - Salário-família - Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, - Repouso semanal remunerado - Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal - Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal - Licença à gestante - Licença paternidade - Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei - Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança - Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil OBS: servidor público NÃO tem - FGTS - Seguro-desemprego - Aviso prévio - Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa Quanto a esse último ponto, pode até parecer que você, meu caro Técnico Judiciário do TRT/PR, foi injustiçado... “mas por que eu não tenho direito ao FGTS?”.... vamos pensar: como o servidor possui estabilidade, ele não pode ser mandado para a rua a qualquer momento, ao bel prazer do empregador.Por isso, ele não precisa do FGTS, do seguro desemprego, do aviso prévio e da relação protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa! Ficou mais tranquilo agora? CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 23 8. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Como diria o ditado: "Grandes poderes geram grandes responsabilidades". Caso um servidor público cometa algum ato de improbidade administrativa (é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta), poderá ocorrer, sem prejuízo da ação penal cabível: x SUSPENSÃO dos direitos políticos; (lembre-se de que a Constituição veda a cassação dos direitos políticos!)x Perda da função pública;x Indisponibilidade dos bens;x Ressarcimento ao erário. Além disso, os ilícitos que causam dano ao erário são prescritíveis (a lei estabelecerá os prazos de prescrição), mas as ações de ressarcimento ao erário são imprescritíveis (art. 37, § 5º). 9. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Quanto a esse tema, apenas duas informações são importantes para fins de prova: x A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.x As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 24 10. SISTEMA REMUNERATÓRIO Meus queridos Técnicos Judiciários do TRT/PR, além de todos esses direitos e vantagens estudados até aqui, vamos ver mais uma coisinha BASTANTE INTERESSANTE: o seu futuro sistema remuneratório (hehehehe). Primeiramente, você deve saber que a remuneração e o subsídio dos servidores públicos devem ser SEMPRE fixados ou alterados por LEI específica. Assim, não pode haver aumento baseado exclusivamente em decisão interna do órgão público. Além disso, é garantida aos servidores públicos a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. Mais duas observações: x Os vencimentos dos cargos do Legislativo e do Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. x É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias. Subsídio O subsídio é uma modalidade de remuneração fixada em parcela única e conferida a certos cargos. Por ser uma parcela única, é vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. O subsídio é facultativo para servidores públicos organizados em carreira e obrigatório para: x Chefes do Poder Executivo;x Ministros de Estado;x Secretários Estaduais e Municipais;x Membros do - Poder Legislativo - Poder Judiciário - Ministério Público - Tribunais de Contas CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 25 Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito) O vencimento (ou remuneração em sentido estrito) é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público. Ele é aplicado aos servidores estatutários e é irredutível. O vencimento é composto da seguinte forma: Salário O salário contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos. Empregado público é aquele que trabalha sob o regime celetista (CLT). Irredutibilidade dos subsídios e vencimentos Tanto os vencimentos quanto os subsídios dos servidores públicos são irredutíveis. No entanto, a irredutibilidade é sobre o valor nominal e não sobre o valor real. Dessa forma, os valores não estão protegidos contra a inflação, por exemplo. Já para os salários dos empregados públicos regidos pela CLT a regra aplicada é o art. 7º, VI: irredutibilidade, salvo acordo ou negociação coletiva. 11. LIMITES PARA A REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS Agora a parte ruim da aula de hoje (rsrsrsrsrs)... vamos estudar os limites da remuneração dos servidores públicos. Na União, o limite é o subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele é fixado lei de iniciativa do STF e é o teto geral, para todos os Poderes, em todas as esferas da Federação. Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo + Vantagens pecuniárias permanentes CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 26 Nos municípios, o limite é o subsídio do prefeito. Nos estados e no Distrito Federal, o limite é diferente para cada poder. x Poder Executivo: Subsídio do Governador x Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais x Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio do Ministro do STF o Este limite também é aplicável aos membros do Ministério Público, Procuradores e Defensores Públicos. o Além disso, não pode haver diferenciação de limites de remuneração de magistrados estaduais e federais, devido ao caráter unitário do poder judiciário. Já para o salário dos empregados públicos, o teto somente é aplicado às estatais que receberem recursos do ente político para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º). Por fim, o teto somente é válido para as parcelas de caráter remuneratório. Assim, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei (como as diárias e vale transporte) não são computadas na aplicação do teto (art. 37, § 11). ESQUEMATIZANDO CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 27 SISTEMA REMUNERATÓRIO - Remuneração e o subsídio - Fixados ou alterados por lei específica - Revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices - Os vencimentos dos cargos do LEG e do JUD não poderão ser superiores aos pagos pelo PEX - Vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias: vedada - Modalidade de remuneração conferida a certos cargos - Fixada em parcela única - Vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória a) Subsídio - Obrigatório para - Chefes do Poder Executivo - Ministros de Estado - Secretários Estaduais e Municipais - Membros do - Poder Legislativo - Poder Judiciário - Ministério Público - Tribunais de Contas - Facultativo para: servidores públicos organizados em carreira b) Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito) - Retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público - Aplicado aos servidores estatutários - O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens permanentes, é irredutível - Composição: Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo + Vantagens pecuniárias permanentes c) Salário: Contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos d) Irredutibilidade dos - Aplica-se aos subsídios e vencimentos subsídios e vencimentos - Salário (emprego público/CLT): irredutibilidade, salvo acordo ou negociação coletiva (art. 7º, VI) - Refere-se ao valor nominal e não ao valor real CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 28 i. União - Subsídio do Ministro do STF - Fixado por lei deiniciativa do STF - É o teto geral, para todos os Poderes, em todas as esferas da Federação - Poder Executivo: Subsídio do Governador - Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais - Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio do Ministro do STF - Limite aplicável também aos I - MP ii. Estados/DF II - Procuradores III - Defensores Públicos - Não pode haver diferenciação de limites de remuneração de magistrados estaduais e federais (caráter unitário do poder judiciário) e) Limites - OBS - Facultado aos Estados/DF fixar, como limite único, o subsídio dos Desembargadores do TJ - Mediante emenda à Constituição Estadual de iniciativa privativa do governador (ADI 4.154) - Não se aplica o limite ao subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais, nem dos Vereadores iii. Municípios: Subsídio do Prefeito iv. Salário dos empregados públicos: Aplicabilidade do teto somente às estatais que receberem recursos do ente político para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º) v. Parcelas de caráter indenizatório previstas em lei: Não são computadas na aplicação do teto (art. 37, § 11) CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 29 III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS Meus caros Técnicos Judiciários do TRT/PR, vamos agora estudar uma coisa que muito nos interessa: nossa aposentadoria. No Brasil existem dois regimes de aposentadoria. O primeiro deles é o regime de previdência próprio dos servidores públicos (RPPS). Ele somente é aplicável aos servidores efetivos e não pode haver criação de mais de um RPPS, ou seja, ele deve ser único de cada ente federativo. O segundo é o regime geral de previdência social (RGPS), aplicável aos demais trabalhadores, incluindo: celetistas, ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, cargos temporários e empregos públicos. Características O RPPS é um regime contributivo e solidário. Contributivo porque o que importa é o tempo que o servidor contribuiu para o sistema, não interessando o tempo de serviço. Além disso, é vedada a criação de tempo de serviço fictício. O RPPS é solidário porque várias pessoas contribuem para sua manutenção: governo, servidores ativos, inativos e pensionistas. É isso mesmo! Até quem já está aposentado continua contribuindo para o regime (art. 40, § 18). Proventos de aposentadoria A partir da EC 41/2003, os proventos de aposentadoria devem ser calculados a partir das remunerações utilizadas como base para contribuição do servidor, na forma da lei. Dessa forma, não há mais aposentadorias com proventos integrais para os servidores que ingressaram no serviço público depois da EC 41/03. Além disso, não há mais paridade entre ativos e inativos. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 30 Hipóteses de aposentadoria Vamos estudar agora as hipóteses de aposentadoria: x Invalidez permanente: nesse caso, os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição, exceto para os seguintes casos: o i. Acidente em serviço; o ii. Moléstia profissional; o iii. Doença grave, contagiosa ou incurável; o iv. Servidores aposentados por invalidez que tenham ingressado no serviço público até 31/12/03 (EC 70/12). x Compulsória: nesse caso, os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição e ocorre quando o servidor completar 70 anos. x Voluntária: em ambos os casos a seguir, o servidor deve ter, pelo menos, 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. o Com proventos proporcionais ao tempo de contribuição: Homem: Idade mínima 65 anos Mulher: Idade mínima 60 anos o Com Proventos calculados, na forma da lei, a partir das remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor ao RPPS e RGPS, devidamente atualizadas: Homem - Idade mínima: 60 anos - Tempo de contribuição: 35 anos Mulher - Idade mínima: 55 anos - Tempo de contribuição: 30 anos o Professores: o professor exclusivo da educação infantil e do ensino fundamental e médio (não vale para professores universitários!) recebe um pequeno incentivo da Constituição: os tempos de contribuição e idade são reduzidos em 5 anos. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 31 Abono de permanência O abono permanência é um benefício concedido ao servidor que permanece trabalhando após ter cumprido todos os requisitos para a aposentadoria voluntária. Nessa situação, o servidor fica dispensado do pagamento da contribuição previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria compulsória ou se aposentar voluntariamente. Critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria É vedada a adoção de critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, com as seguintes exceções: o Portadores de deficiência; o Atividades de risco; o Atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Todas nos termos definidos em leis complementares ESQUEMATIZANDO: - No Brasil existem 2 regimes - RPPS - Aplicável aos servidores efetivos - Não pode haver criação de mais de um RPPS - deve ser único de cada ente federativo - RGPS - aplicável aos demais trabalhadores a) Abrangência - Servidores públicos titulares de cargo efetivo - Não se aplica ao ocupante de - Cargo em comissão - Emprego público - Cargo temporário b) Características i. Regime contributivo -Para concessão de aposentadoria o que importa é o tempo de contribuição e não o tempo de serviço - Vedado criação de tempo de serviço fictício ii. Regime solidário - Devem contribuir - Governo - Servidor ativo - Servidor inativo (aposentado) - Pensionistas - Legitimou a exigência de contribuição dos aposentados e pensionistas (art. 40, § 18) CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 32 c) Proventos de aposentadoria - Calculados a partir das remunerações utilizadas como base para contribuição do servidor, na forma da lei - Fim das aposentadorias com proventos integrais para os servidores que ingressaram no serviço público depois da EC 41/03 - Não há mais paridade entre ativos e inativos e) Hipóteses de i. Invalidez permanente - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição aposentadoria - Exceto i. Acidente em serviço ii. Moléstia profissional iii. Doença grave, contagiosa ou incurável iv. Servidores aposentados por invalidez que tenham ingressado no serviço público até a EC 41/2003 (EC 70/12) ii. Compulsória - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição - 70 anos iii. Voluntária - Requisito de tempo mínimo para os dois casosx 10 anos de efetivo exercício no serviço públicox 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria - Casos: I - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição o Homem: Idade mínima 65 anos o Mulher: Idade mínima 60 anos II - Proventos calculados, na forma da lei, a partir das remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor ao RPPS e RGPS, devidamente atualizadas o Homem -Idade mínima: 60 anos - Tempo de contribuição: 35 anos o Mulher - Idade mínima: 55 anos - Tempo de contribuição: 30 anos Obs.: Professor exclusivo da educação infantil e do ensino fundamental e médio - Tempo de contribuição e idade reduzidos em 5 anos - Não vale para professores universitários! CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIOPROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 33 f) Abono de permanência - Benefício concedido ao servidor que permanece trabalhando após ter cumprido todos os requisitos para a aposentadoria voluntária do caso II - Servidor fica dispensado do pagamento da contribuição previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria compulsória ou se aposentar voluntariamente g) Adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoriax Regra: Vedadox Exceção I portadores de deficiência; II atividades de risco; III atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. - Nos termos definidos em leis complementares CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 34 IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS TERRITÓRIOS Essa parte será bem rápida, pois é bem curtinha! A Constituição nos diz que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são militares dos Estados, DF e Territórios são organizados com base na hierarquia e disciplina. Vamos ver, por meio de esquema, algumas regras aplicadas a eles: - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições I - se contar menos de 10 anos de serviço: será afastado da atividade; II - se contar mais de 10 anos de serviço: será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. - As patentes dos oficiais são conferidas pelos respectivos governadores. - Além do que vier a ser fixado em lei - Cabe à lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, - Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 35 Meus caros Técnicos Judiciários do TRT/PR, chegamos ao final de nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci). Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante! Abraços a todos e até a próxima aula. Roberto Troncoso “Se você acha que pode ou se você acha que não pode, de qualquer maneira, você tem razão.” (Henry Ford) CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 36 Exercícios 1. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) A Constituição Federal estabelece regras para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos, dentre as quais está aquela segundo a qual a) a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria é vedada, inclusive aos servidores que exerçam atividade de risco. b) os proventos de aposentadoria não se sujeitam ao limite máximo remuneratório estabelecido pela Constituição Federal. c) os proventos de aposentadoria serão sempre proporcionais ao tempo de contribuição do servidor. d) a aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade não se aplica aos servidores que exerçam o magistério no ensino superior. e) a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência dos servidores públicos é vedada, ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis. Item A – ERRADO. De fato, a regra é que a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria é vedada. Entretanto, existem algumas exceções ao critério geral de concessão de aposentadoria. Leis complementares podem estabelecer critérios diferenciados em alguns casos, trazidos no art. 40, §4º. Vamos esquematizar? Adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoriax Regra: Vedadox Exceção I portadores de deficiência; II atividades de risco; III atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. - Nos termos definidos em leis complementares Item B – ERRADO. É claro que se limitam! É o que diz o art. 40, §2º: “Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 37 servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão” Item C – ERRADO. Essa é a regra. No entanto, existem algumas exceções, trazidas no art. 40, §1º, I. No caso de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, os proventos serão integrais. Item D – ERRADO. Não existe essa exceção. Até os professores serão aposentados de maneira compulsória aos setenta anos. Item E – CERTO. É isso mesmo. O raciocínio é o seguinte: Se ele podia acumular os cargos na ativa, poderá acumular os proventos de aposentadoria. Relembrando a acumulação de cargos (horários compatíveis): x 2 cargos de professorx 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científicox 2 cargos privativos área de saúdex Mandato de vereador (art. 38, III)x Juízes e membros do MP podem exercer o magistério Gabarito: E. 2. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Segundo a Constituição Federal, as empresas e sociedades de economia mista, que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, a) não se sujeitam ao regime jurídico próprio das empresas privadas no que toca aos direitos e obrigações civis. b) não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos aos do setor privado. c) não se sujeitam ao regime próprio das empresas privadas no que toca aos direitos e obrigações trabalhistas. d) não podem exercer atividades econômicas livres à iniciativa privada. e) sujeitam-se às regras do direito privado no que toca à contratação de obras, serviços, compras e alienações. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 38 Importante lembrarmos de que as empresas públicas e sociedades de economia mista, prestando atividade econômica ou comercialização de bens e serviços, possuem personalidade jurídica de direito privado. Isso faz com que elas se assemelhem muito mais às entidades privadas, em quase todos os aspectos. Vamos aos itens: Item A e C – ERRADOS. O item contraria diretamente o comando do art. 173, §1º, II. As referidas entidades se sujeitam ao regime privado, com sujeição aos mesmos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários das empresas privadas. Item B – CERTO. É isso mesmo. As EPs e SEMs estão em um ambiente competitivo, sujeito a regras de mercado. Não seria justo que o Estado favorecesse suas entidades, prejudicando o particular que exerce a mesma atividade. Veja no art. 173, §2º. Item D – ERRADO. Lógico que podem! O Banco do Brasil, por exemplo, é uma sociedade de economia mista que presta serviços bancários, amplamente explorados também pela iniciativa privada. Item E – ERRADO. Essa é uma das “amarras” das entidades da administração indireta. Elas estão sujeitas às regras de licitações impostas às pessoas jurídicas de direito público. Veja o art. 173, §1º, III. Gabarito: B. 3. (FCC – 2012 – TST – Analista) No tocante aos direitos sociais, estabelecidos na Constituição Federal de1988, aplica-se, dentre outros, aos servidores ocupantes de cargo público, o direito a) à remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. b) à assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas. c) ao fundo de garantia do tempo de serviço. d) à jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. e) ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 39 Nem todos os direitos conferidos aos trabalhadores em geral se estendem aos ocupantes de cargos públicos efetivos (servidores públicos). A resposta dessa questão está no art. 39, § 3º: “Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.” De todos os incisos citados, apenas o IX responde a questão - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. Gabarito: A. 4. (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário) Dentre as regras da Constituição Federal a respeito da investidura em cargos públicos está aquela segundo a qual a) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros natos, não podendo ser exercidos por brasileiros naturalizados, nem por estrangeiros. b) a investidura em cargo, mas não a investidura em emprego, depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos. c) o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, pela metade do período, caso expressamente autorizado no edital de abertura do concurso. d) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. e) os cargos em comissão, exercidos exclusivamente por servidores de carreira, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Item A – ERRADO. Essa afirmação beira o absurdo! Para 99% dos efeitos, o brasileiro naturalizado é tão brasileiro quanto o nato. Apenas nos poucos casos estabelecidos na Constituição Federal (art. 12, §3º e outros), haverá restrição ao acesso a determinados cargos públicos para brasileiros naturalizados. Até o estrangeiro pode, na forma da lei, CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 40 ocupar cargo público no país (professores e pesquisadores, por exemplo). Veja o art. 37, I. Item B – ERRADO. O “emprego” citado na questão é o emprego público. Este pouco se diferencia do emprego na iniciativa privada, exceto pela obrigatoriedade de prévio concurso público para a contratação de pessoal. Basta se lembrar dos concursos para o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras e outras entidades públicas regidas pelo direito privado. Cargo e emprego público são coisas muito diferentes, mas este é um ponto de convergência. Veja o art. 37, II. Item C – ERRADO. Item moleza. A prorrogação do prazo de validade de concursos públicos, como todos vocês devem saber, é por igual período (art. 37, III). Se ele valer inicialmente, por um ano, poderá ser prorrogado por mais um ano. Lembre-se de que o prazo máximo de validade inicial é de dois anos, ou seja, nenhum concurso público pode durar mais de quatro anos (já inclusa a prorrogação)! Item D – CERTO. É o que dispõe o art. 37, IV. Ninguém pode “furar” a fila de um concurso vigente! Item E – ERRADO. Não confunda “cargo em comissão” com “função de confiança”. As funções de confiança são reservadas a servidores de cargo efetivo, enquanto, para os cargos em comissão, existe apenas um percentual mínimo a ser ocupado por servidores da carreira. O restante pode ser ocupado por não-servidores, nomeados e exonerados livremente pela autoridade competente. Gabarito: D. 5. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) No tocante aos direitos sociais, estabelecidos na Constituição Federal de 1988, NÃO se aplica, dentre outros, aos servidores ocupantes de cargo público, o direito a) à participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração. b) ao salário-mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado. c) à remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 41 d) ao salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei. e) à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. Para matarmos essa questão, nem precisávamos da memorização de quais normas trabalhistas se aplicam aos servidores públicos. Bastava um pouco de raciocínio: participação nos lucros ou resultados parece um pouco fora da realidade do serviço público, não acham? De qualquer maneira, é muito importante sabermos que nem todos os direitos trabalhistas se aplicam aos ocupantes de cargos públicos (veja o art. 39, §3º) e quais se aplicam aos trabalhadores domésticos (veja o art. 7º, parágrafo. único). A FCC gosta demais de cobrar isso! Gabarito: A. 6. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Servidor público ocupante de cargo em órgão da Administração direta estadual pretende candidatar-se a Prefeito do Município em que reside, nas eleições deste ano. Nessa hipótese, a) deverá pedir exoneração do cargo até seis meses antes do pleito, para poder concorrer. b) perderá o cargo, se investido no mandato. c) será afastado do cargo, se investido no mandato, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. d) manterá o cargo e seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento. e) perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, desde que haja compatibilidade de horários. O servidor público pode perfeitamente concorrer a cargos eletivos (existe até licença para isto nas leis que tratam de pessoal de serviço público!). A regra é que, eleito, o servidor se afasta do cargo e será remunerado conforme o seu cargo eletivo. As exceções aparecem na esfera municipal: o prefeito se afasta, mas pode escolher qual remuneração receberá; o vereador pode acumular as funções e a CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 42 remuneração, se houver compatibilidade de horário. Isso está no art. 38 da Constituição Federal. Gabarito: C. 7. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Ana, regularmente aprovada em concurso público, foi nomeada para cargo efetivo. Neste caso, de acordo com a Constituição Federal brasileira, Ana adquirirá a estabilidade, dentre outros requisitos, somente após o efetivo exercício por a) dois anos. b) um ano. c) seis meses. d) três anos. e) dezoito meses. No que tange a administração pública, não há muito o que precise ser decorado. Este caso é uma exceção. Decorem comigo: para se alcançar a estabilidade, são necessários 3 (três) anos de efetivo exercício! Gabarito: D. 8. (FCC - 2012 - TJ-GO – Juiz) Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplica-se a seguinte disposição: a) tratando-se de mandatoeletivo federal ou estadual (mas não distrital) ficará afastado de seu cargo, emprego ou função. b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. c) investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, mais a diferença pecuniária havida entre essas e a remuneração do cargo eletivo. d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por antiguidade. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 43 e) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados na forma da lei, vedada a equiparação à situação de como se no exercício estivesse. Item A – ERRADO. O item equivocadamente excluiu o mandato distrital dos casos onde há o afastamento incondicional do cargo, emprego ou função. Veja que os mandatos distritais se incluem na regra (art. 38, I). Item B – CERTO. Eleito no âmbito municipal, o servidor público começa a ter mais opções: em caso de eleição para prefeito, ele fica afastado do cargo, mas pode optar pela sua remuneração. O vereador pode acumular as atividades e as remunerações, caso haja compatibilidade de horário. Item C – ERRADO. Não é a diferença, mas sim a acumulação dos dois cargos (o efetivo e o eletivo de vereador). Item D – ERRADO. Pegadinha! O correto seria: em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por MERECIMENTO. Item E – ERRADO. Mais uma pegadinha da FCC! O correto é: para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Gabarito: B. 9. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Considere os servidores públicos abaixo, todos nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, exercendo efetivamente os cargos conforme tabela abaixo: Servidor Tempo de exercício desde a nomeação Jonas 3 anos e meio Bruno 1 ano e meio Pedro 4 anos Sanção 3 anos e um mês Hércules 2 anos Tito 2 anos e meio Juliana 5 anos CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 44 Tatiana 5 anos e meio Eustáquio 4 anos e meio Gilson 1 ano Alexandre 6 meses Amélia 2 anos e 10 meses Segundo a Constituição Federal brasileira, são estáveis apenas a) Amélia, Gilson, Sanção, Eustáquio, Tito e Pedro. b) Hercules, Bruno, Tito, Gilson, Alexandre e Amélia. c) Pedro, Hercules, Juliana, Gilson, Eustáquio e Alexandre. d) Sanção, Bruno, Amélia, Jonas, Tatiana e Pedro. e) Jonas, Pedro, Sanção, Juliana, Tatiana e Eustáquio. Questão das mais tranquilas! Basta saber quem tem mais de três anos de efetivo exercício! Como a questão não trouxe nenhum outro requisito para dificultar, só levaremos em consideração o tempo de exercício. Gabarito: E. 10. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judiciário) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a respeito dos princípios constitucionais que regem a Administração Pública, analise: I. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente da autoridade nomeante, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança na administração pública, somente pode ser coibida por lei específica de cada ente federativo, não se podendo extrair essa proibição da própria Constituição da República. II. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. III. Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público. Está correto o que consta em CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 45 a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II, apenas. e) II e III, apenas. Item I – ERRADO. O Supremo Tribunal Federal editou, inclusive, uma súmula vinculante específica vedando o nepotismo (SV N° 13). O parâmetro constitucional predominante para a edição desta jurisprudência foi o princípio da moralidade administrativa, consagrado no art. 37. Item II – CERTO. Este item está mais relacionado ao direito administrativo, mas está corretíssimo. A anulação se relaciona à ilegalidade do ato, enquanto a revogação, ao mérito administrativo. O item trouxe o texto da súmula 473 do STF. Item III – CERTO. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (súmula 683/STF). Além disso, não basta que o limite esteja no edital, devendo estar fixado também em lei. Gabarito: E. 11. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) José, funcionário público do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, é eleito Deputado Estadual pelo Estado do Rio de Janeiro e, nos termos da Constituição Federal de 1988, a) não ficará afastado de seu cargo, havendo compatibilidade de horários, e perceberá necessariamente as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. b) deverá ficar afastado de seu cargo, e o tempo de serviço, durante o período de afastamento, será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 46 c) deverá ficar afastado de seu cargo, sendo-lhe facultado optar pela remuneração e, para efeito de benefício previdenciário, os valores não serão determinados como se no exercício estivesse. d) não ficará afastado de seu cargo, havendo compatibilidade de horários, e deverá optar pela remuneração do cargo eletivo ou do cargo efetivo junto ao TRF da 2ª Região. e) deverá ficar afastado de seu cargo, e o tempo de serviço, durante o período de afastamento, será contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento. No caso de mandato eletivo estadual (ou federal), o que vale é a regra: o nosso amigo José ficará afastado das suas funções no serviço público, exercendo seu mandato com exclusividade e sendo por ele remunerado. Esse tempo de afastamento contará para todos os efeitos, exceto promoção por merecimento. Vamos ver um esquema com todas as situações? - Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado - Prefeito: afastado + opta pela remuneração - Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula - Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração Em qualquer caso: o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. Gabarito: B. 12. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A empresa KYJP, ente da administração pública indireta da União, no âmbito do território nacional, responsável pelo recadastramento de famílias carentes, NÃO está sujeita ao princípio da a) impessoalidade. b) não-intervenção. c) moralidade. d) publicidade. e) eficiência. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 47 A administração pública, seja
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