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Aula 17 - Direito Constitucional - Aula 04

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 04
Da organização político-administrativa: das competências da 
União, Estados e Municípios 
I. FORMAS DE ESTADO, FORMAS, SISTEMAS E REGIMES DE GOVERNO ---- 2 
II. ENTES FEDERADOS -------------------------------------------------------------------------------------------- 17 
III. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ------------------------------------------------------------------ 44 
IV. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 83 
V. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 104 
VI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------ 105 
Olá futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR!
Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96?
Na aula de hoje, estudaremos a organização do Estado brasileiro. “Mas 
Roberto, para que estudamos isso?” Ora, conhecendo a estrutura e o 
funcionamento do Estado brasileiro, temos condições de saber como se divide 
e se comporta a máquina estatal, mas também, e principalmente, como 
funciona o Brasil.
Como sempre, faremos muitos exercícios das mais variadas bancas para que 
você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 
89 exercícios comentados! Isso para que possamos fechar a prova de 
Direito Constitucional!
Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias 
observações além da mera resolução da questão, ok?
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.
Na aula de hoje, teremos APENAS 35 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS 
esquemas e a lista das questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de 
páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável!
Simbora!
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I. FORMAS DE ESTADO, FORMAS, SISTEMAS E 
REGIMES DE GOVERNO
1. FORMAS DE ESTADO
Os Estados, quanto à sua forma, podem ser divididos em federados, 
confederados e unitários.
A. Estado Unitário
Os Estados unitários são aqueles que não possuem descentralização político-
administrativa, ou seja, o governo é exercido somente pelo governo central.
Eles possuem governo único, conduzido por uma única entidade política, que 
exerce, de forma centralizada, o poder político.
O Estado unitário pode ser centralizado, ou seja, todos os atos de governo 
estão a cabo do governo central, ou descentralizado, ou seja, apesar de 
haver divisões administrativas, as decisões políticas são efetivamente tomadas 
pelo governo central. Assim, em um Estado unitário descentralizado, existe um 
governo local, mas ele é dependente do governo central, não havendo 
descentralização política.
Exemplos de Estados unitários são o Uruguai e a China.
B. Estado Federado (Federação)
Os Estados federados tiveram sua origem em 1787 com a Constituição dos 
Estados Unidos. Sua principal característica é que o Estado Federal possui 
SOBERANIA, enquanto os entes federados possuem AUTONOMIA. Este é 
o caso do Brasil: a República Federativa do Brasil possui soberania, enquanto 
os entes federados (como os estados e municípios) possuem autonomia.
A soberania refere-se ao fato de não existir nenhuma outra entidade superior 
na ordem externa nem igual na ordem interna, já a autonomia é a 
capacidade de os estados-membros de se autoadministrarem, se auto-
organizarem e se autogovernarem. Falaremos sobre elas mais a frente.
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As principais características do federalismo são:
i. Repartição de poderes: deve haver uma divisão do poder para que ele 
não se concentre nas mãos de uma só pessoa. No Brasil, a Constituição
traz, logo no art. 2º: “São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” 
ii. Repartição de competências: as competências de cada ente federativo 
(União, estados, DF e municípios) devem ser estabelecidas previamente. 
Dessa forma, cada ente terá suas atribuições e, normalmente, um ente 
federado não pode adentrar nas atribuições dos outros. 
A repartição de competências serve tanto para que um ente não interfira 
indevidamente na atuação de outro, quanto para garantir que não sejam 
suprimidas as atribuições de um ou de outro ente. Estudaremos as 
competências mais a frente.
iii. Descentralização política: a administração e o governo de cada ente 
federado não se submetem à vontade dos demais. Assim, cada unidade 
tem a capacidade de se autogovernar, de eleger os seus representantes 
e de se autoadministrar, sem a interferência dos outros entes da 
federação.
Não confunda a descentralização política com a administrativa, que é 
aquela que cria as fundações, autarquias, empresas públicas, etc.
iv. Auto-organização dos Estados-Membros: os Estados-Membros 
possuem o poder-dever de se auto-organizarem e elaborarem sua 
própria Constituição Estadual. Observe que os municípios não possuem 
Constituição. Eles possuem uma lei orgânica, que não tem status
constitucional.
v. Entidades autônomas: a autonomia é o poder que os entes possuem 
de agir de forma livre (dentro dos limites constitucionais), ou seja, não 
há hierarquia entre os entes federados. Isso quer dizer que a União 
não “manda” nos estados, DF ou municípios, não havendo 
subordinação entre eles.
O que existe é uma divisão de competências. Dessa forma, no 
federalismo brasileiro, as competências mais importantes foram deixadas 
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a cargo da União, por isso, tem-se a impressão de que a União “manda” 
nos demais entes.
vi. Não cabe direito de secessão: secessão é o mesmo que separação. 
Assim, caso um ente federado queira se separar do Brasil para formar 
um Estado independente, isso não poderá ocorrer. Dessa forma, existem 
mecanismos na CF que impedem e repelem um comportamento 
separatista de um ente federado (como a intervenção).
vii. Constituição rígida: a Constituição rígida é aquela que admite 
modificação, mas essa mudança deve seguir um procedimento mais 
difícil do que a elaboração das leis comuns. Assim, a Constituição rígida 
garante uma maior estabilidade na federação, sem engessar a 
Constituição.
viii. Órgão guardião da Constituição: caro Técnico Judiciário do TRT/PR,
quase tudo o que está escrito, em grande parte das vezes, admite 
interpretações diferentes. Tomemos como exemplo a Bíblia: o conteúdo 
de todas as bíblias é igual (com algumas exceções), no entanto, as 
interpretações possíveis para ela são quase infinitas. Da mesma forma é 
a Constituição. Existem inúmeras interpretações para cada parte do 
texto constitucional e, para se evitar o caos jurídico, cabe a última 
palavra ao órgão guardião da Constituição. No caso brasileiro: o 
Supremo Tribunal Federal – STF.
ix. Intervenção: para garantir que a CF seja cumprida e que cada ente aja 
somente dentro de suas atribuições, existe a intervenção. Se um ente 
federado (o estado de Alagoas, por exemplo) está atuando fora de sua 
competência e prejudicando o pacto federativo, caberá intervenção para 
que a normalidade seja restabelecida e o pacto federativo seja cumprido.
Em outraspalavras: se um ente (estados, DF ou municípios) está 
atuando fora de suas competências e desrespeitando a Constituição,
poderá ocorrer a intervenção para que a CF volte a ser cumprida. Assim, 
a intervenção é uma forma de controle de constitucionalidade. 
x. Órgão representativo dos Estados-Membros na vontade nacional: 
para garantir que a vontade dos estados seja ouvida quando da atuação 
do governo nacional, existe um órgão representante desses estados. No 
caso do Brasil, o Senado Federal. Atenção: não existe um órgão 
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representativo dos municípios na participação da vontade 
nacional (a Câmara dos Deputados é representante do POVO e não dos 
municípios).
xi. Repartição de receitas: de nada adiantaria se um ente federado 
tivesse autonomia, autogoverno e capacidade de se autoadministrar se 
ele não tiver uma coisa: o dinheiro para bancar suas decisões e suas 
ações. É como um filho que sai de casa e continua vivendo com o 
dinheiro do pai: em última instância, ele se submete à vontade de seu 
genitor. Assim, para garantir que os entes federados tenham a 
capacidade de fazer valer suas decisões, eles precisam de receita própria
(dinheiro), que é garantida com a repartição de receitas.
Características do federalismo no Brasil
Além das já citadas anteriormente, o federalismo brasileiro ainda possui as 
seguintes características:
i. Existem entes federados típicos (os estados) e os atípicos ou 
anômalos (o Distrito Federal e os municípios).
ii. Devido à existência dos municípios, o federalismo brasileiro é chamado 
de federalismo de segundo grau. Como vimos, não existe hierarquia 
entre União, estados, DF e municípios, mas os municípios devem 
obedecer à Constituição do seu Estado (CE), bem como a Constituição 
Federal (CF).
iii. Os municípios não participam da vontade nacional, somente os 
Estados o DF. Enquanto a Câmara dos Deputados é formada por 
representantes do povo, o Senado Federal é formado por representantes 
dos Estados e do DF.
iv. O federalismo é cláusula pétrea, de acordo com o art. 60, §4o. Observe 
o texto da Constituição:
Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
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II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais
v. Os territórios não são entes federados. Eles são uma mera 
descentralização da União e possuem natureza de autarquia territorial.
vi. Formação por desagregação. O federalismo brasileiro se deu do 
centro para fora, ou seja, o poder político era concentrado nas mãos de 
um só ente e foi distribuído para os demais.
O contrário desse tipo de formação é a formação por agregação. Nela, 
o poder era distribuído entre os entes e estes decidem concentrar uma 
parcela desse poder nas mãos do ente central. Dessa forma, esse tipo de 
formação ocorre de fora para o centro. Esse foi o processo de formação 
da federação dos Estados Unidos, por exemplo.
C. Estado Confederado (Confederação)
Os Estados confederados são, na verdade, uma união dissolúvel de Estados 
independentes. Assim, na confederação, os Estados mantêm sua soberania e
podem se retirar quando bem quiserem (existe o direito de secessão).
Nesse tipo de organização, os Estados não são regidos por uma Constituição
(como no federalismo) e sim por um tratado internacional.
Esquematizando:
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- Unitário - Centralizado
- Descentralizado - Predominam modernamente
Ex: Uruguai - Apesar da descentralização, não há 
e China autonomia política
- Origem: EUA – 1787
- Soberania do Estado Federal e autonomia dos entes federados
- Repartição de poderes
- Repartição de competências
- Descentralização política
- Federação - Auto-organização dos Estados membros (CEs)
- Entidades autônomas – não há hierarquia entre elas
- Não cabe direito de secessão 
- Regidos por uma Constituição RÍGIDA
- Guardião da Constituição
- Intervenção
- Órgão representativo dos Estados Membros
- Repartição de receitas
- Confederação - União dissolúvel de Estados
- Regidos por um Tratado Internacional
- Os Estados são soberanos
- Cabe direito de secessão
Formação do Estado Federado - Por agregação - Movimento centrípeto
- EUA
- Por desagregação - Movimento centrífugo
- Brasil
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• Além das já citadas anteriormente
• Entes federados • Típicos: União e estados
• Anômalos: DF e municípios
• Federalismo de 2º grau: municípios
• Territórios NÃO são entes federativos (natureza jurídica de autarquia territorial)
• Os municípios não participam da vontade nacional – somente os Estados e o DF
- Câmara dos Deputados (povo) e Senado Federal (estados)
- Município não participa da PEC
• É clausula pétrea • Forma Federativa de Estado
• Voto direto, secreto, universal e periódico
• Separação de poderes
• Direitos e garantias INDIVIDUAIS 
• Inexistência do direito de secessão
• Descentralização política
• Formação por desagregação
• Soberania do Estado Federal
• Autonomia dos entes federados
• Repartição de competências 
• Constituição rígida
• Fiscalização da autonomia pelo controle de constitucionalidade
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2. FORMAS DE GOVERNO
Primeiramente, a forma, o regime e o sistema de governo adotados pela 
Constituição Federal são normas de reprodução obrigatória e não podem 
ser modificados pelos entes federados.
Existem duas formas de governo: monarquia e república. Na república, os 
governantes são eleitos pelo povo, direta ou indiretamente. Além disso, eles 
permanecem no poder por um tempo determinado e são representantes 
do povo. Justamente por precisarem da legitimidade popular e
representarem o povo, os governantes precisam prestar contas.
Já a monarquia é caracterizada pela hereditariedade, ou seja, “o rei só é rei 
porque era filho de um rei. E o pai dele só foi rei porque também era filho de 
um rei. E assim sucessivamente”. Além disso, não existe a rotatividade do 
poder, mas sim a vitaliciedade. Dessa forma, os governantes permanecerão 
no poder até o fim de suas vidas. Outra característica da monarquia é que seus 
governantes não representam o povo, mas sim a linhagem real, dessa 
forma, não existe o dever do governante de prestar contas perante o povo.
3. SISTEMAS DE GOVERNO
Quanto ao sistema de governo, os governos podem ser presidencialistas ou 
parlamentaristas. O presidencialismo tem como característica marcante a 
independência entre os poderes e a rígida relação entre eles. Outra 
característica do presidencialismo é que sua chefia é monocrática e os 
mandatos são exercidos por prazo determinado. Assim, o Presidente da 
República governa “sozinho” e possui responsabilidade perante o povo.
Já no parlamentarismo, existe uma cooperação muito maior entre os 
poderes Legislativo e Executivo. Assim, a chefia do governo é dual. É 
como se o Executivo governasse “em conjunto” com o Legislativo. Dessaforma, o mandato do chefe de governo possui tempo indeterminado e a
responsabilidade do governo é perante o Parlamento, e não perante o 
povo.
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4. REGIMES DE GOVERNO
Quanto ao seu regime, um governo pode ser classificado em democrático ou 
autocrático. O governo autocrático é aquele onde o destinatário das políticas 
públicas (povo) não participa de sua elaboração.
Já o governo democrático é aquele em que o destinatário das políticas públicas 
(o povo) participa de sua elaboração. A democracia se divide ainda em: 
a) Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o próprio povo 
elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é típica da Grécia 
antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 180 milhões de 
brasileiros mandando emails para se discutir como será a atuação do 
governo na saúde!).
b) Indireta: onde o povo elege os representantes e estes elaboram as 
políticas públicas.
c) Semidireta ou participativa: é um misto da democracia direta e da 
indireta. Nela, o povo elege os representantes e estes elaboram as 
políticas públicas. Complementarmente, existem mecanismos para que o 
povo também participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação 
indireta, combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse 
é o modelo adotado pelo Brasil.
Confira o art. 1º parágrafo único da CF: “Todo o poder emana do povo, 
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição”.
No art. 14, a CF diz como é que o povo exercerá diretamente o poder: 
Esquematizando:
• Sufrágio universal
• Voto direto, secreto e igualitário
• Plebiscito 
• Referendo 
• Iniciativa popular de lei
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- República - Eletividade - Direta
- Indireta
- Temporalidade no exercício do poder
Formas de Governo - Necessidade de legitimidade popular 
- Representatividade popular
- Dever do governante de prestar contas
- Monarquia - Hereditariedade
- Vitaliciedade
- Não representatividade popular
- Representa uma linhagem
- Ausência de prestação de contas pelo governante
- Presidencialismo - Independência entre os poderes / relações rígidas
- Chefia monocrática
Sistemas de - Mandato por prazo certo
Governo - Responsabilidade do governo perante o povo
- Parlamentarismo - Cooperação entre os poderes (Legislativo e Executivo)
- Chefia dual
- Mandato por prazo indeterminado 
- Responsabilidade do governo perante o Parlamento
Regimes de Autocracia - o destinatário da política governamental não participa de sua 
Governo elaboração 
Democracia - O destinatário da política governamental participa de sua elaboração
• Direta
• Indireta ou representativa
• Semidireta ou participativa (BRASIL- art. 10, par único)
Lembre-se:x Forma de Estado: FEDERAÇÃOx Forma de Governo: Repúblicax Sistema de Governo: Presidencialismox Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.
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5. MECANISMOS DE PROTEÇÃO DA FEDERAÇÃO NA CF88
Como vimos, a federação foi elevada à cláusula pétrea pela Constituição
pátria. Muito já se discutiu sobre a possibilidade de mudança, ampliação ou 
redução das cláusulas pétreas. Hoje, o entendimento dominante é que as 
cláusulas pétreas podem ser modificadas. Isso significa que elas podem 
ser ampliadas e até mesmo reduzidas, desde que devidamente. Um 
exemplo de redução devida é o caso de um confronto entre um direito 
individual com outro. Deve-se buscar a interpretação mais equilibrada e que 
preserve os dois direitos 
Exemplificando: caso haja o confronto entre o direito de liberdade de 
expressão de uma pessoa com o direito de intimidade de outra pessoa, deve-
se buscar a interpretação que preserve os dois direitos. Assim, um deles pode 
ser reduzido e o outro ampliado, desde que se busque o equilíbrio entre eles.
ATENÇÃO: as cláusulas pétreas NÃO PODEM SER ABOLIDAS, 
SUPRIMIDAS OU INDEVIDAMENTE REDUZIDAS.
Além da elevação do federalismo à cláusula pétrea, a CF88 ainda prevê alguns 
mecanismos de proteção ao pacto federativo:
i. Repartição de competências: quando se tem as atribuições de cada 
ente federado explícitas na CF, fica mais fácil evitar que um ente invada 
a competência de outro. Da mesma forma, evita-se que haja 
modificações das competências a ponto de se descaracterizar o pacto 
federativo.
ii. Rigidez da CF: apesar de a CF poder ser modificada, a rigidez 
constitucional garante maior estabilidade de seu texto, evitando assim, 
mudanças oportunistas e abusivas. Lembre-se que a Constituição rígida 
é aquela que pode sim ser modificada, mas deve ser usado um 
procedimento mais difícil do que o procedimento de modificação das leis
comuns.
iii. Intervenção: a intervenção funciona como controle de 
constitucionalidade, na medida em que se obriga um ente a “voltar a 
andar na linha”. Assim, em determinadas hipóteses onde um ente está 
atuando fora de suas atribuições, a intervenção é utilizada para
restabelecer a normalidade e para que a CF seja cumprida.
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iv. Controle de constitucionalidade: o Poder Judiciário fiscaliza a invasão 
das competências de um ente por outro (fiscalização da autonomia)
através do controle de constitucionalidade.
v. Repartição de receitas tributárias (arts. 157 a 159): como vimos, 
para se garantir a autonomia de um ente, é preciso que ele tenha 
condições financeiras de se governar. Assim, a CF garante a divisão das 
receitas tributárias entre os entes. Isso significa, grosso modo, que o 
dinheiro arrecadado com impostos, em parte, é dividido entre os entes.
vi. Imunidade recíproca de impostos (150, VI, a): via de regra, um 
ente não pode cobrar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns 
dos outros.
Esquematizando:
• Repartição de competências
• Rigidez da CF – dificulta a invasão e o esvaziamento de competências de um ente
• Controle de constitucionalidade – o Judiciário fiscaliza a invasão das competências de 
um ente por outro (fiscalização da autonomia)
• Intervenção (34 a 36)
• Repartição das receitas tributárias (157 a 159)
• Imunidade recíproca de impostos (150, VI, a)
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EXERCÍCIOS
1. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) São características do Estado 
federal, entre outras, a autonomia de seus entes, a existência de uma 
Constituição como fundamento jurídico, a existência de direito de secessão de 
seus entes, a repartição de competências e a repartição de rendas.
Direito de secessão? Impossível! A união dos entes federativos é
indissolúvel. O resto está correto.
Gabarito: Errado.
2. (FCC/AJAJ-TRF4°/2010) A organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, os Municípios e o Distrito 
Federal, sendo que somente o último não possui autonomia.
O Distrito Federal possui autonomia, sendo a ele asseguradas as 
competências dos estados e municípios.
Gabarito: Errado. 
3. (FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista) Considere:
I. O Brasil é uma República, adotada desde 15 de novembro de 1889, 
consagrada na Constituição de 1891, e em todasas constituições 
subsequentes. 
II. O Brasil é uma federação composta pela União, Estados-membros, Distrito 
Federal e Municípios. 
Essas afirmações dizem respeito, técnica e respectivamente, às formas de
a) regime político e governo.
b) estado e de governo.
c) governo e de estado.
d) separação de poderes e de governo.
e) estado e de regime político.
Lembre-se:
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x Forma de Estado: FEDERAÇÃO
x Forma de Governo: República
x Sistema de Governo: Presidencialismo
x Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.
Gabarito: C.
4. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, embora criado por lei 
estadual, não pode ter a sua autonomia política restringida pelo Estado 
respectivo.
Os municípios realmente são criados por lei estadual, no entanto, 
possuem autonomia prevista na Constituição Federal, não podendo a 
Constituição Estadual restringi-la.
Gabarito: Certo. 
5. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) São unidades federadas autônomas, conforme a 
organização político-administrativa do Brasil,
a) Estados-Membros e Regiões Metropolitanas.
b) União e Territórios.
c) Estados-Membros e Municípios.
d) União e Regiões Metropolitanas.
e) Territórios e Distrito Federal.
Segundo o pacto federativo brasileiro, os entes federados são a União, 
os estados, o DF e os municípios e somente estes possuem autonomia. 
Os Territórios integram a União e as Regiões Metropolitanas integram 
os estados, conforme art. 25, § 3º.
Gabarito: C.
6. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, é dotado de 
personalidade jurídica de direito público, consubstanciando modalidade de 
descentralização administrativa.
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O município é uma pessoa jurídica de direito público interno, mas é 
criado por descentralização política. A descentralização administrativa 
é aquela que cria fundações, autarquias, empresas públicas, etc.
Gabarito: Errado. 
7. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) A União, por ser soberana em todos os aspectos, 
pode ser considerada entidade federativa em relação aos Estados membros e 
Municípios.
A união é entidade federativa que possui autonomia e não soberania.
Quem possui soberania é a República Federativa do Brasil.
Gabarito: Errado.
8. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, tem a sua autonomia 
política configurada pela Constituição Federal, bem como pela Constituição
Estadual pertinente, que pode reduzi-la ou ampliá-la.
As Constituições Estaduais não podem limitar a autonomia dos 
municípios, uma vez que a mesma está definida na CF.
Gabarito: Errado.
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II. ENTES FEDERADOS
O art. 1º da CF prevê que: “A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, (...)”.
Assim, o Estado brasileiro se chama República Federativa do Brasil (RFB) e
é somente ele que possui a soberania. A RFB é a única pessoa jurídica de 
direito público externo e é a única capaz de manter relações com outros 
Estados estrangeiros (relações internacionais).
A RFB é formada pelos seguintes entes: União, estados, Distrito Federal e 
municípios. Vamos estudar cada um deles:
1. UNIÃO
É uma pessoa jurídica de direito público interno e REPRESENTA a República 
Federativa do Brasil nas relações internacionais. Assim, quando a União está 
atuando externamente, ela não atua como União e sim como RFB.
Já os demais entes não possuem soberania. Eles têm autonomia, isso é, a 
capacidade de auto-organização e legislação própria, autogoverno e 
autoadministração.
Esquematizando:
x República Federativa do Brasil (RFB) - Tem soberania
- Pessoa jurídica de direito público externo
x União - Pessoa jurídica de direito público interno
- Representa a RFB nas relações internacionais
x Demais entes • Auto-organização e legislação própria
(Estados +DF+Municípios) • Autogoverno
possuem autonomia • Autoadministração
- Estados - art.18 e 25 a 28
- Municípios - art. 18, 29 e 30
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2. ESTADOS
Os estados possuem autonomia, que é a capacidade de se auto-organizar e
ter sua legislação própria, se autogovernar e se autoadministrar.
A auto-organização é a capacidade dos estados de elaborar suas respectivas 
Constituições Estaduais (CEs), que são fruto do Poder Constituinte Derivado 
Decorrente. Pelo princípio da simetria, as CEs devem ser aprovadas em 2
turnos de votação por pelo menos 3/5 da Assembleia Legislativa do 
respectivo estado.
O autogoverno e autoadministração são a capacidade dos estados em se 
governar e administrar sem a interferência dos outros entes. Por exemplo, o
poder de eleger seus governantes e o poder-dever de organizar os poderes 
executivo, legislativo e judiciário de cada estado (lembre-se de que os 
municípios não possuem Poder Judiciário e nem Ministério Público).
Por fim, os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Esquematizando:
• Auto-organização • Elaboração de - Poder constituinte derivado decorrente
e legislação própria Constituições - Princípio da simetria
Estaduais - 2 Turnos e 3/5 dos votos
- Autolegislação: leis estaduais
• Autogoverno - ex: organizar poderes Executivo, Legislativo e 
(arts. 27, 28 e 125) Judiciário do Estado
- OBS: Município não tem Judiciário nem Ministério Público
• Autoadministração
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3. MUNICÍPIOS
Os municípios também possuem autonomia (conferida pela auto-organização 
e legislação própria, autoadministração e autogoverno). Além disso, a 
autonomia municipal é princípio constitucional sensível (art. 34, VII).
Duas observações quanto à auto-organização e legislação própria dos 
municípios:
i. Os municípios não possuem poder constituinte derivado 
decorrente, ou seja, não podem elaborar suas constituições. Na 
verdade eles são regidos por uma Lei Orgânica Municipal (LOM), que 
é o equivalente a uma “Constituição Municipal”.
Mas ATENÇÃO: A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL NÃO TEM STATUS DE 
CONSTITUIÇÃO.
ii. Diferentemente das Constituições Estaduais, que são votadas em 2
turnos e aprovadas por 3/5 dos votos, as leis orgânicas são votadas em 
2 turnos, com interstício (intervalo) mínimo de 10 dias e aprovadas 
por 2/3 dos votos.
Quanto ao autogoverno, deve-se frisar que os municípios elegem seus 
prefeitos e vereadores para mandato de 4 anos e devem organizar os poderes 
executivo e legislativo locais, mas eles não possuem Judiciário e nem 
Ministério Público.
Esquematizando:
- Autonomia MUNICIPAL é princípio constitucional sensível (34, VII, c)
NÃO é estadual
• Auto-organização - Elaboração de LOM - 2 turnos
e legislação própria - interstício mín 10d
- 2/3 dos votos
- Princípio da simetria
- Município NÃO tem Poder constituinte decorrente
- Autolegislação: leis municipais
• Autogoverno - Organizar poderes Executivo e Legislativo locais
- Município não tem Judiciário nem Ministério Público
- Eleição diretado Prefeito
• Autoadministração
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4. DISTRITO FEDERAL
Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios (art. 32, §1º).
Um fato interessante quanto à nomenclatura dos órgãos e institutos do DF é 
que, como ele possui competências dos estados e dos municípios, misturou-se 
o nome de uma série de órgãos e diplomas, fazendo referência aos respectivos 
institutos estaduais e municipais.
Bagunçou? Vou explicar melhor.
Lembre-se que os estados regem-se por suas respectivas Constituições 
Estaduais e que essas são votadas em 2 turnos, aprovadas por 3/5 dos
votos e são fruto do poder constituinte derivado decorrente.
Já os municípios são regidos por Lei Orgânica, que são votadas em 2 turnos,
com interstício mínimo de 10 dias e aprovadas por 2/3 dos votos e não 
possuem status constitucional porque os municípios NÃO possuem poder 
constituinte derivado decorrente.
Até aqui nenhuma novidade. E o DF? Como é regido? Por Constituição ou por 
Lei Orgânica?
Misturou-se as constituições estaduais com as leis orgânicas municipais: O DF 
é regido por uma Lei Orgânica e, como tal, é votada em 2 turnos, com 
interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos votos. No entanto, 
a LODF possui status de Constituição estadual e emana do poder 
constituinte derivado decorrente.
Ficou mais claro agora? A LODF é uma “Constituição Estadual” (e que tem 
status de CE), mas que tem o nome de Lei Orgânica e é votada como Lei 
Orgânica.
Outra curiosidade: o nome do órgão do Poder Legislativo dos estados é 
Assembleia LEGISLATIVA. Já o nome do órgão do Poder Legislativo dos 
municípios é CÂMARA Municipal ou Câmara dos Vereadoes. Como dito, para o 
Distrito Federal, misturou-se os nomes dos órgãos legislativos estaduais e 
municipais: CÂMARA LEGISLATIVA.
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Uma observação importante acerca do DF é que ele não tem competência para 
organizar seu Judiciário, Ministério Público, corpo de bombeiros, polícias civil e 
militar. A competência para tal pertence à UNIÃO.
Assim, segundo a Súmula 647 do STF: “Compete privativamente à União 
legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do DF.”
No entanto, não confunda organização com subordinação. Segundo o 
artigo 144, § 6°: “As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias 
civis, aos governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.”
Dessa forma, Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito 
Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.
IMPORTANTE! A Emenda Constitucional 69/2012 transferiu a 
competência de organizar e manter a Defensoria Pública do DF da 
União para o DF! Dessa forma, aplicam-se à Defensoria Pública do 
Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da 
Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados. Já a 
DP dos Territórios continua a cargo da União. (confira aqui a EC 69/2012)
Por fim, Brasília (e não o Distrito Federal) é a capital federal e é vedada a 
divisão do DF em municípios (observe que os Territórios podem ser 
divididos em municípios).
Esquematizando:
- Tem competências de Estados e Municípios (32§ 1º + 147)
- Possui Lei Orgânica: LODF - 2 turnos
- interstício mín 10d
- 2/3 dos votos
- Não tem competência para organizar e manter seu - Judiciário
- MP
- Polícias civil e militar
- Bombeiros
- Organiza e mantém sua Defensoria Pública! EC 69/2012
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É da 
União 
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5. TERRITÓRIOS
Os territórios não são entes federados. Eles não integram o Estado Federal 
e são meras descentralizações administrativas pertencentes à União,
possuindo natureza jurídica de autarquia territorial. Além disso, os 
territórios não possuem autonomia política. Como exemplo, os 
governadores de Territórios não são eleitos pelo povo, mas sim escolhidos pelo 
Presidente da República, com aprovação do Senado Federal por voto secreto e 
arguição pública.
Atualmente, o Brasil não possui territórios e sua criação e transformação só 
pode ser feita mediante Lei Complementar federal (art. 18, §2º).
Caso sejam criados, sua organização administrativa, judiciária, orçamentária,
tributária, serviços públicos e pessoal será regulada por Lei Ordinária da 
União e de iniciativa privativa do Presidente da República.
Os territórios podem ou não ser divididos em municípios e suas contas 
são julgadas pelo Congresso Nacional, após parecer prévio do TCU. Eles 
ainda elegem 4 Deputados Federais e não elegem Senadores.
Por fim, cabe à União organizar e manter o Judiciário, o Ministério Público e a
Defensoria Pública dos Territórios.
Esquematizando:
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• Integram a União
• Criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão 
reguladas em Lei Complementar federal (18, §2º)
• Caso sejam criados, - Administrativa
sua organização - Judiciária
- Tributária
- Orçamentária
- Serviços públicos
- Pessoal
• Não são entes - Não integram o Estado Federal
federados - São meras descentralizações pertencentes à União
- Natureza Jurídica de Autarquia
- Não possuem autonomia política
Ex: o GovTerrit é - escolhido pelo PR
- aprovado pelo SF - Voto secreto 
- Arguição púb
• Podem ou não ser divididos em municípios
• Suas contas são - Julgadas pelo Congresso Nacional
- Após parecer prévio do TCU
• Compete à União - Judiciário
organizar e manter - Ministério Público dos Territórios
- Defensoria Pública
• Elege 4 Deputados Federais
• Não elege Senadores
6. VEDAÇÕES AOS ENTES FEDERATIVOS
A Constituição, em seu artigo 19, estabelece expressamente algumas vedações 
aos entes federados (união, estados, DF e municípios). São elas:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
será regulada por 
Lei Ordinária da 
União de iniciativa 
do Presidente
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EXERCÍCIOS
9. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Os Municípios estão 
sujeitos às normas da Constituição Federal, mas não às da Constituição do seu 
respectivo Estado. 
Os municípios devem obediência tanto às normas das constituições 
estaduais quanto às da Constituição Federal, conforme o art. 29, caput.
Gabarito: Errado. 
10. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Não poderão ser criados 
novos Estados-membros além dos já previstos na Constituição Federal. 
É claro que novos estados-membros podem ser criados. A Constituição 
Federal até estabelece as regras para que isso aconteça (art. 18, §3º). 
Gabarito: Errado. 
11. (FCC - 2012 - TCE-AM- Analista de Controle Externo) A criação de territórios 
federais é vedada.
Territórios também podem ser criados mediante procedimento 
estabelecido em lei complementar. Veja o art. 18, §2º.
Gabarito: Errado. 
12. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Os territórios federais 
não são dotados de autonomia política. 
Os territórios federais são meras descentralizações administrativo-
territoriais da União. Eles não possuem autonomia política, não 
podendo ser considerados entes participantes do pacto federativo. 
Isso é muito importante! 
Gabarito: Certo. 
13. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Na repartição promovida pela 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, após análise dos 
conteúdos das competências atribuídas aos entes federativos, pode-se 
observar uma acentuada concentração de poderes entre as atribuições da 
União.
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Percebe-se uma grande prevalência da União na distribuição de 
competências entre os Entes Federados. Basta observarmos a grande 
extensão dos arts. 21 e 22, que elencam as competências materiais e 
legislativas da União, frente às competências de Estados e Municípios.
Gabarito: Certo.
14. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) O Governador do Estado do Pará 
teve a ideia de subdividir esse Estado em mais dois Estados, cuja subdivisão só 
poderá ocorrer mediante aprovação 
a) do Presidente da República, ouvidos os Ministros da Justiça, da Casa Civil e 
do Planejamento
b) da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do 
Congresso Nacional, por lei complementar.
c) da maioria absoluta dos Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa do 
Estado do Pará, após referendo popular.
d) em dois turnos de votações na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, 
com aprovação de no mínimo dois terços dos Deputados Estaduais em ambos 
os turnos de votação.
e) das Câmaras Municipais por maioria absoluta, cujos Municípios sejam 
afetados pela subdivisão do Estado.
O procedimento de criação de novos Estados-membros é estabelecido 
na própria Constituição Federal (art. 18, §3º). Primeiro, acontece um 
plebiscito com as populações diretamente interessadas. Se houver 
aprovação, o Congresso Nacional elabora uma lei complementar
formalizando a criação.
Gabarito: B.
15. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário) Ataulfo e Valmir, Prefeitos de dois 
Municípios vizinhos, visando ao desenvolvimento econômico da região, tiveram 
a ideia de fundi-los num único Município. Porém, segundo a Constituição 
Federal, para que tal fusão ocorra é necessário, dentre outros requisitos, 
a) parecer prévio da Assembleia Legislativa do Estado e aprovação do 
Governador do Estado.
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b) parecer prévio de ambas as Procuradorias dos Municípios envolvidos e 
aprovações das Câmaras Municipais.
c) consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal.
d) opinião prévia dos sindicatos sediados em ambos os Municípios envolvidos 
com o fim de resguardar os interesses dos trabalhadores.
e) reunião no prazo de sessenta dias, com as entidades religiosas e públicas de 
ambos os Municípios para definir o nome do único Município, após a fusão ter 
sido aprovada pelas Câmaras Municipais.
O §4º do art. 18 traz o procedimento de criação, incorporação, fusão e 
desmembramento de Municípios. Primeiro, uma lei complementar 
federal “abre a porta” para as mudanças acontecerem, dentro de um 
prazo. Após isso, devem ser divulgados Estudos de Viabilidade 
Municipal, na forma da lei. Depois, ocorrerá um plebiscito envolvendo 
as populações dos Municípios envolvidos. Se aprovada, a mudança 
será objeto de lei estadual, editada pela Assembleia Legislativa. 
Gabarito: C.
16. (FCC - 2012 - MPE-PE - Técnico Ministerial) Segundo o artigo 25, § 3o da 
Constituição Federal, os Estados poderão instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de 
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a 
execução de funções públicas de interesse comum, mediante: 
a) consulta popular e prévia autorização do Supremo Tribunal Federal.
b) decreto.
c) permissão da União.
d) permissão do Supremo Tribunal Federal.
e) lei complementar.
As regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, que 
integram a organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum, serão materializadas mediante a edição 
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de uma lei complementar editada pelo Estado-membro. Veja o art. 
25, §3º.
Gabarito: E.
17. (FCC - 2012 - MPE-PE - Analista Ministerial) Compete à União, aos Estados e 
ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre 
a) organização do sistema nacional de emprego.
b) proteção à infância e à juventude.
c) navegação lacustre.
d) navegação fluvial.
e) sistemas de sorteios.
Das cinco alternativas, somente o nosso gabarito não corresponde a 
uma competência privativa da União. Legislar sobre proteção à 
infância e à juventude é uma competência concorrente entre a União, 
os Estados e o Distrito Federal.
Gabarito: B.
18. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os Estados-Membros da 
Federação podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para 
se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais. A 
afirmação apresentada, segundo a disciplina constitucional relacionada à 
organização político-administrativa, é 
a) correta, exigindo-se para tanto a aprovação da população diretamente 
interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei 
complementar.
b) incorreta, na medida em que fere o direito de secessão, o qual é um 
princípio da manutenção do vínculo federativo.
c) parcialmente correta, já que os Estados-Membros da Federação não podem 
incorporar-se entre si, pois esta situação fere o equilíbrio da representação dos 
Estados no Senado Federal.
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d) correta, desde que as alterações na estrutura político-administrativa 
brasileira respeitem um intervalo quinquenal.
e) parcialmente correta, pois os Estados-Membros da Federação não podem 
formar Territórios Federais, já que estes não são dotados de autonomia, e, por 
isso, não se compatibilizam com a estrutura administrativa dos Estados-
Membros.
Item A – CERTO. O item trouxe corretamente as condições exigidas 
pelo art. 18, §3º.
Item B – ERRADO. Direito de secessão? Sério mesmo? A federação é 
indissolúvel!
Item C – ERRADO. Os Estados podem, sim, incorporar-se entre si.
Item D – ERRADO. Não existe tal exigência na Constituição Federal. 
Criatividade da banca!
Item E – ERRADO. A leitura do art. 18, §3º (fortemente recomendada) 
nos mostra que os Territórios Federais podem ser formados a partir 
dos Estados.
Gabarito: A.
19. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) Os Estados-Membros da 
Federação Brasileira 
a) possuem competência remanescente.
b) regem-se por lei orgânica.
c) podem emitir moeda no caso de guerra declarada.
d) não podem instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 
microrregiões.
e) possuem como bens as terras devolutas indispensáveis à defesa das 
fronteiras.
Item A – CERTO.Percebam que a Constituição elencou expressamente 
algumas poucas competências aos estados e atribuiu a eles a 
competência residual (art. 25, §1º).
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Item B – ERRADO. Os Estados-Membros regem-se pelas Constituições 
Estaduais. As Leis Orgânicas, por sua vez, organizam os Municípios e o 
DF.
Item C – ERRADO. Que viagem! A emissão de moeda é competência 
exclusiva da União, e o fato de estarmos em guerra não muda isso!
Item D – ERRADO. Essa é uma das duas competências expressamente 
conferidas aos Estados. Confira no art. 25, §3º.
Item E – ERRADO. As terras devolutas indispensáveis à defesa das 
fronteiras pertencem à União (art. 20, II). Se não se enquadrasse nas 
condições do inciso citado, pertenceriam aos Estados (art. 26, IV).
Gabarito: A.
20. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) O Distrito Federal, 
conforme a Constituição Federal,
a) elege Deputados Distritais para a Assembleia Legislativa e possui uma 
Constituição Distrital.
b) elege dois Senadores e não pode dividir-se em Municípios.
c) rege-se por uma lei orgânica e elege Governador e Vice-Governador.
d) exerce competências legislativas reservadas à União, aos Estados e aos 
Municípios e elege Deputados Federais.
e) possui uma Constituição Distrital e não pode dividir- se em Municípios.
Item A e E – ERRADOS. O Legislativo do Distrito Federal é composto 
por deputados distritais, que se reúnem na Câmara Legislativa. Além 
disso, o DF é organizado por uma Lei Orgânica e não por uma 
Constituição Distrital.
Item B – ERRADO. Assim como os Estados, o DF elege três senadores. 
Está correta a vedação à divisão do DF em municípios.
Item C – CERTO. Corretas ambas as informações, segundo o art. 32.
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Item D – ERRADO. O DF não exerce competências reservadas à União,
e sim as reservadas aos Estados e Municípios. Em relação aos 
Deputados Federais, a afirmação é correta.
Gabarito: C.
21. (FCC - 2012 - MPE-PE - Analista Ministerial) De acordo com o artigo 20, inciso 
V, da Constituição Federal, os recursos naturais da zona econômica exclusiva 
são bens 
a) do Município de Salvador - BA.
b) do Estado de Pernambuco.
c) do Estado de Roraima.
d) da União.
e) do Município de Recife - PE.
Decoreba puro! O art. 20 estabelece quais bens pertencem à União. 
Entre eles, no inciso V, “os recursos naturais da plataforma continental 
e da zona econômica exclusiva”. Zona econômica exclusiva é uma faixa 
do mar cuja gestão e exploração pertence ao seu país de origem.
Gabarito: D.
22. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em 9 de 
janeiro de 2012, foi promulgada, no Estado de São Paulo, a Lei complementar 
no 1.166, criando a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, 
integrada por 39 Municípios paulistas. Dentre outras previsões, estabelece a 
referida lei complementar que a instituição da Região Metropolitana em 
questão tem por objetivo promover a integração do planejamento e da 
execução das funções públicas de interesse comum aos entes públicos 
atuantes na região. Considerada a disciplina da matéria na Constituição da 
República, é correto afirmar que 
a) o Estado não poderia ter criado uma Região Metropolitana, pois a 
Constituição somente o autoriza a instituir aglomerações urbanas e 
microrregiões.
b) a Região Metropolitana poderia ter sido criada por lei ordinária, não sendo 
necessária lei complementar para esse fim.
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c) a criação da Região Metropolitana por lei estadual somente será válida se 
houver sido realizada consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos.
d) a instituição da Região Metropolitana não autoriza a execução de funções 
públicas de interesse comum aos Municípios envolvidos, mas tão somente sua 
organização e planejamento.
e) a forma de instituição da Região Metropolitana e o objetivo mencionado são 
compatíveis com as disposições constitucionais a esse respeito.
Pessoal, estão perfeitos os pressupostos constitucionais para a criação 
desta Região Metropolitana no Estado de São Paulo. A competência 
para criá-las é dos Estados, mediante complementar. Vejam o art. 
25, §3º.
Gabarito: E.
23. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) No tocante à Organização Político-
Administrativa, a União repassou para determinada Igreja verba pública para o 
auxilio de trezentas crianças carentes e desabrigadas, sendo que com tal 
repasse as crianças foram todas tiradas da rua e abrigadas numa instituição 
controlada pela Igreja. Esse repasse de verba é 
a) ilícito porque não há previsão na Constituição Federal que autorize.
b) ilícito porque a Constituição Federal proíbe expressamente a União de 
manter relação com Igreja para tal finalidade.
c) permitido pela Constituição Federal porque visa o interesse público.
d) vedado pela ausência de interesse público.
e) ilícito porque o Poder Público é quem deve, com exclusividade, auxiliar 
diretamente as crianças, não podendo delegar essa função para uma Igreja.
A Constituição, em seu artigo 19, estabelece expressamente algumas 
vedações aos entes federados (união, estados, DF e municípios). Entre 
elas, temos: ”estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na 
forma da lei, a colaboração de interesse público”. Diante da situação 
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em tela, podemos interpretar que tal repasse tem embasamento 
constitucional.
Gabarito: C.
24. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área Judiciária) Sobre a 
Organização Político-Administrativa, os Princípios Federais Extensíveis são 
normas centrais 
a) aos Estados, apenas.
b) comuns à União e aos Estados, apenas.
c) aos Municípios, apenas.
d) comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
e) ao Distrito Federal, apenas.
Segundo a doutrina, os princípios extensíveis são as normas centrais 
comuns em sua organização político-administrativa a todos os entes e, 
portanto, normas de observância obrigatória.
Gabarito: D.
25. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário) A incorporação de 
Municípios far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, 
às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação 
a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado.
b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa.
c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado.
d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento.
e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma 
da lei.
A questão cobrou conhecimento do art. 18, §4º, que foi modificado 
pela Emenda Constitucional 15, de 1996. A partir da promulgação 
dessa emenda, faz-se necessária a publicação prévia de Estudos de 
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Viabilidade Municipal para a criação de novos municípios. Confira o 
texto da CF:
Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do períododeterminado por Lei 
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Gabarito: E.
26. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Conforme a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil, 
a) o Distrito Federal, por sua condição peculiar de capital federal, não possui 
autonomia e não pode ser dividido em Municípios. 
b) os Territórios Federais integram os Estados-Membros aos quais pertencem e 
suas competências são reguladas por lei complementar. 
c) a República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados-Membros, 
o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios, todos dotados de autonomia. 
d) os Estados-Membros podem se subdividir, mas não podem se desmembrar 
para se anexarem a outros Estados-Membros, pois, neste caso, ofenderão o 
princípio constitucional que proíbe a secessão.
e) o Distrito Federal rege-se por lei orgânica e possui competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios.
Item A – ERRADO. O DF realmente não pode ser dividido em 
municípios, mas possui autonomia, conforme o art. 18 da Constituição: 
“A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.”
Item B – ERRADO. Os Territórios Federais integram a União, conforme 
o art. 18, §2º.
Item C – ERRADO. As explicações acima se complementam para 
acharmos o erro desta assertiva. Os Territórios Federais não são entes 
federados e não possuem autonomia!
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Item D – ERRADO. A assertiva contraria o disposto no §3º do art. 18: 
“Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais...”.
Item E – CERTO. O Distrito Federal realmente possui competências de 
estados e municípios. Além disso, ele é regido por uma Lei Orgânica, 
que possui “status de Constituição Estadual”.
Gabarito: E
27. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios 
integram a organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil, juntamente com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos nos termos da Constituição.
Os entes federados são a União, os estados, o DF e os municípios. Os 
territórios integram a União e possuem natureza de autarquias 
federais.
Gabarito: Errado. 
28. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) Nos termos da 
Constituição Federal,
a) os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar.
b) os Estados não podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros.
c) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, em 
outros Municípios ou Estado far-se-ão por lei federal, dentro do período 
determinado pelo Chefe do Executivo Estadual.
d) à União não é vedado, recusar fé a documentos públicos, bem como 
estabelecer diferença entre brasileiros.
e) compete aos Municípios, dentre outras, organizar, manter e executar a 
inspeção do trabalho.
Item A – CERTO. Literalidade do art. 18, §2º da Constituição Federal.
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Item B – ERRADO. O §3º do artigo 18 expressamente prevê as formas 
e requisitos para a incorporação, desmembramento e subdivisão de 
Estados.
Item C – ERRADO. Aqui temos dois erros. A Lei que cria, incorpora ou 
desmembra Municípios é uma Lei Estadual. Além disso, o período no 
qual os Estados podem fazer essas modificações será definido em Lei 
Complementar Federal. Não se esqueçam que também é necessário 
realizar e divulgar um estudo de viabilidade para essas modificações 
nos municípios, além de realizar um plebiscito com as populações 
envolvidas.
Item D – ERRADO. A Constituição veda expressamente, no artigo 19, a 
recusa de fé a documentos públicos e a distinção entre brasileiros. Isto 
se aplica a todos os entes federados, inclusive à União.
Item E – ERRADO. Organizar e manter a inspeção do trabalho é uma 
competência exclusiva da União, conforme art. 21, XXIV. 
Gabarito: A
29. (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) A Constituição Federal 
estabelece a organização do Estado, de forma que os Estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, através de
a) referendo, e da Câmara dos Deputados, por lei delegada.
b) plebiscito, e da Câmara dos Deputados, por emenda constitucional.
c) referendo, e do Congresso Nacional, por resolução do Senado Federal.
d) plebiscito, e do Senado Federal, por lei ordinária.
e) plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
O procedimento trazido pela CF88 (art. 18, §3º) define que a 
incorporação, subdivisão e desmembramento de Estados devem ser 
aprovados pela população interessada, por meio de plebiscito (lembre-
se do plebiscito de 2011, quando houve uma consulta prévia sobre a 
subdivisão do Pará em 2 outros Estados) e após, pelo Congresso 
Nacional, via Lei Complementar, que formalizará as modificações.
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Gabarito: E.
30. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, reger-se-á por lei orgânica.
O DF é regido por uma lei orgânica que possui status de Constituição
Estadual. A LODF é votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 
dias, e deve ser aprovada por 2/3 da Câmara Legislativa.
Gabarito: Certo. 
31. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios 
podem integrar a União ou os Estados, conforme dispuser a lei complementar 
que os criar.
A Constituição prevê expressamente que os territórios integram a 
UNIÃO.
Gabarito: Errado. 
32. (FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências) Nos termos da Constituição 
Federal, dentre outras hipóteses, é
a) vedado aos Municípios e Distrito Federal, nos termos da lei, a colaboração 
de interesse, ainda que alegado interesse público, com igrejas ou cultos ou 
seus representantes, salvo à União e aos Estados.
b) vedado ao Distrito Federal e à União manter com representantes de igrejas 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração 
de interesse público.
c) permitido à União recusar fé aos documentos públicos, vedada a recusa 
pelos Estados e Municípios.
d) garantido aos Estados, nos termos da lei, criar distinções entre brasileiros 
natos ou naturalizados ou preferências entre si, salvo pela União.
e) permitido aos Municípios, nos termos de lei estadual, subvencionar ou 
estabelecer cultos religiosos ou igrejas ou embaraçar-lhes o funcionamento.
A questão cobra o conhecimento das vedações que a CF88 impõe aos 
entes federados – União, Estados e Municípios. Vamos a elas?
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I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança,ressalvada, na 
forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
Gabarito: B.
33. (FCC - 2010 - TCE-AP - Procurador) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo 
Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de 
plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria 
formado por 38 Municípios do sul e sudeste do atual Estado do Pará, com 
extensão total de 285.000 km2 e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria 
realizado nesses Municípios, seis meses após a publicação do Decreto 
Legislativo. 
A referida proposta de criação do Estado de Carajás
a) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados 
na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, dentro do período 
determinado por lei complementar federal.
b) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da 
Federação é indissolúvel.
c) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional 
Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins.
d) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente 
após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em Estado.
e) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à 
população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso 
Nacional, por lei complementar.
O procedimento trazido pela CF88 (art. 18, §3º) define que a 
incorporação, subdivisão e desmembramento de Estados devem ser 
aprovados pela população interessada, por meio de plebiscito e após, 
pelo Congresso Nacional, via Lei Complementar, que formalizará as 
modificações.
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O “futuro” plebiscito trazido pela questão já ocorreu em 2011 e a 
população do estado do Pará rejeitou aquela proposta.
Gabarito: E.
34. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios 
gozam de autonomia organizacional, uma vez que lhes cabe instituir sua 
própria lei orgânica.
Os territórios não possuem autonomia, não possuindo auto-
organização, sendo organizados por Lei federal.
Gabarito: Errado. 
35. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios
gozam de autonomia política, uma vez que elegem seu próprio governador.
Os territórios não possuem autonomia política e são governados por 
um governador escolhido pelo Presidente da República e aprovado 
pela maioria absoluta do Senado Federal.
Gabarito: Errado. 
36. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, é permitida sua divisão em Municípios.
A Constituição veda expressamente a divisão o DF em municípios (art. 
32, caput).
Gabarito: Errado. 
37. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, lei estadual disporá sobre a utilização por seu 
Governo das polícias civil e militar.
Conforme art. 32, § 4º “Lei FEDERAL disporá sobre a utilização, pelo 
Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de 
bombeiros militar.”
Gabarito: Errado. 
38. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios
podem ser subdivididos em Municípios.
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Os territórios podem ou não ser divididos em municípios. O Distrito 
Federal é que jamais poderá sê-lo.
Gabarito: Certo. 
39. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, é governado por Deputado Federal escolhido pela 
Câmara dos Deputados.
O DF é governado por um governador eleito diretamente pelo povo.
Lembre-se de que o DF é um ente autônomo e possui auto-
organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação.
Gabarito: Errado. 
40. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, não possui competências legislativas reservadas 
aos Estados e Municípios.
A Constituição dá ao DF as competências legislativas reservadas aos 
Estados e Municípios, conforme art. 32, §1º.
Gabarito: Errado. 
41. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário) Com relação a 
Organização Político Administrativa,
a) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro do 
período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, sem 
necessidade de divulgação prévia dos Estudos de Viabilidade Municipal na 
imprensa oficial.
b) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período 
determinado por Lei Ordinária Federal, e dependerá de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação 
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da 
lei.
c) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros Estados, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
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d) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, 
mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da 
aprovação do Senado Federal.
e) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, 
mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da 
aprovação da Câmara dos Deputados.
Item A – ERRADO. É necessária a divulgação prévia dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, conforme o art. 18, §4º da CF88.
Item B – ERRADO. A lei que realiza a criação, a incorporação, a fusão e 
o desmembramento de municípios é uma Lei Estadual, conforme o art. 
18, §4º da Constituição Federal.
Item C – CERTO. Está de acordo com o §3º do art. 18: “Os Estados 
podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”
Itens D e E – ERRADOS. A aprovação é do Congresso Nacional e a 
aprovação não é de todo o país e sim da população diretamente 
interessada.
Gabarito: C 
42. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal 
possui Poder Legislativo próprio denominado Assembleia Legislativa Distrital.
O nome do órgão do Poder Legislativo dos estados é Assembleia 
LEGISLATIVA. Já o nome do órgão do Poder Legislativo dos municípios 
é CÂMARA Municipal ou Câmara dos Vereadoes. Para o Distrito Federal, 
misturou-se os nomes dos órgãos legislativos estaduais e municipais: 
CÂMARA LEGISLATIVA.
Gabarito: Errado. 
43. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal é
regido por uma Constituição Distrital.
O DF é regido por uma lei orgânica que possui status de Constituição
Estadual.
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Gabarito: Errado. 
44. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, dispõe de ampla 
autonomia política, sendo-lhe facultado regular a duração do mandato dos 
respectivos Prefeitos e Vereadores.
Realmente, os municípios possuem autonomia. Contudo, a duração dos 
mandatos eletivos foi prevista expressamente pela Constituição no art.29, I: “eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para 
mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado 
em todo o País.”
Gabarito: Errado.
45. (FCC/AJAJ-TJ-SE/2009) O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em 
dois turnos, com o interstício mínimo de sessenta dias, e aprovada por um 
terço dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará.
O correto é dois terços dos membros e interstício de dez dias (art. 29).
Gabarito: Errado.
46. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) Os entes integrantes da Federação, em 
determinadas situações, à exceção dos Territórios, têm competência para 
representar o Estado federal frente a outros Estados soberanos.
A República Federativa do Brasil (única pessoa jurídica de direito 
público externo) é representada pela União nas relações 
internacionais. Dessa forma, os demais entes não podem representá-la 
frente a outros Estados soberanos.
Gabarito: Errado. 
47. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) À União cabe exercer as prerrogativas de soberania 
do Estado brasileiro, quando representa a República Federativa do Brasil nas 
relações internacionais.
A República Federativa do Brasil (única pessoa jurídica de direito 
público externo) é representada pela União nas relações 
internacionais.
Gabarito: Certo.
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48. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal
possui competências legislativas reservadas à União e aos Estados- Membros.
O DF possui competências reservadas aos estados e municípios.
Gabarito: Errado. 
49. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) A República Federativa do Brasil representa o 
Estado Federal nos atos de Direito Internacional, porque quem pratica os atos 
desse Direito é a União Federal e os Estados federados.
A única pessoa jurídica de direito público externo é a República 
Federativa do Brasil, que é REPRESENTADA pela União. Dessa forma, a 
União é pessoa jurídica de direito público interno e os estados 
federados não podem representar a RFB nas relações internacionais.
Gabarito: Errado.
50. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal não 
pode ser dividido em Municípios.
A Constituição veda expressamente a divisão o DF em municípios (art. 
32, caput).
Gabarito: Certo. 
51. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) A União é pessoa jurídica de direito público interno 
e externo sendo o único ente formador do Estado Federal, uma vez que os 
demais entes são divisões administrativo-territoriais.
A única pessoa jurídica de direito público externo é a República 
Federativa do Brasil, que é REPRESENTADA pela União. Dessa forma, a 
União é pessoa jurídica de direito público interno.
Gabarito: Errado.
52. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal é
governado por um interventor, nomeado pelo Presidente da República, pelo 
fato de ser a sede da capital federal.
O DF é governado por um governador eleito diretamente pelo povo.
Além disso, Brasília é a capital federal (e não o DF).
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Gabarito: Errado. 
53. (FCC/Analista - TRT 15a/2009 - Adaptada) Aos Estados é permitida, na forma 
da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas
A Constituição, em seu artigo 19, estabelece expressamente algumas 
vedações aos entes federados (união, estados, DF e munuicípios). São 
elas:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Gabarito: Errado.
54. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, pode se projetar,
territorialmente, em relação a mais de um Estado, desde que lei complementar
federal assim o permita.
Os limites territoriais de um município devem estar dentro de apenas 
um Estado da federação.
Gabarito: Errado.
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III.REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competências é a divisão, pela Constituição, das atribuições de 
cada ente federado. Ela é um dos núcleos do federalismo brasileiro.
Para se fortalecer a autonomia dos entes federados, deve haver repartição de 
competências administrativas (ex: arts. 21 e 23), tributárias (ex: art. 145 em 
diante) e Legislativas (ex: art. 22 e 24).
Uma observação importante acerca das competências estabelecidas pela CF é 
que elas podem ser alteradas por Emenda Constitucional. No entanto, 
não se pode mudá-las a ponto de se comprometer a forma federativa 
de Estado.
1. MODELOS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Quando se reparte as competências dentro do estado federado, existem duas 
formas de se fazer isso: a primeira é fazendo com que os diferentes entes 
possam atuar nas mesmas matérias. Mas para não “virar bagunça”, deve-
se estabelecer uma relação de subordinação, onde um ente deve obedecer 
ao outro. Esse tipo de repartição provoca uma maior cooperação entre os 
diferentes entes, uma vez que eles atuam nas mesmas matérias. Esse modelo 
de repartição de competências é chamado de MODELO VERTICAL.
A segunda forma de se repartir as competências dentro do estado federado é 
criando uma forma mais rígida, onde os entes, geralmente, atuam em 
diferentes matérias e onde um ente não pode intervir nas competências 
dos outros. Esse modelo é chamado de MODELO HORIZONTAL.
A Constituição Federal adota os dois modelos, com predominância do MODELO 
HORIZONTAL.
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2. PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE
Para estabelecer a repartição das competências entre os entes, a Constituição
usou o princípio da predominância do interesse:
x Os interesses nacionais e de relações internacionais foram 
expressamente definidos na CF e ficaram a cargo da União.
x Os interesses locais ficaram a cargo dos municípios e também foram 
enumerados expressamente pela Constituição.
x Os interesses regionais, por sua vez, ficaram sob a responsabilidade 
dos estados, e são residuais, ou seja, não foram expressamente 
enumerados pela CF88.
Duas observações são pertinentes nesse momento: a primeira é que, como 
vimos, o Distrito Federal possui competências dos estados e dos municípios.
A segunda é que existe uma exceção em relação às competências residuais: a
competência residual em matéria TRIBUTÁRIA é da UNIÃO e não dos 
Estados.
Estudaremos as seguintes competências:
1. Exclusivas da União
2. Privativas da União
3. Concorrentes
4. Comuns
5. Dos estados
6. Dos municípios
Esquematizando:
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Repartição de Competênciasx Núcleo do federalismox Autonomia pressupõe repartição de competências - Administrativas – ex: art. 21
- Legislativas – ex: art. 22
- Tributárias – ex: art. 145 em diantex Competências podem ser alteradas por EC
o Não pode mudar a ponto de comprometer a forma federativa de Estado
- Horizontal - Não há subordinação entre os entesx Modelo - Provoca maior rigidez do federalismo
- Vertical - Os entes atuam nas mesmas matérias, mas há subordinação entre eles
- Provoca maior cooperação entre os entes
o CF88 adota os dois modelos,

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