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RESUMO GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 2015

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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
RESUMO DAS AULAS 
 
AULA 1 A logística passou por diversas evoluções e passou a englobar não só a atividade de transporte e distribuição, mas também suprimentos, construção e assistência a feridos. A logística foi então dividida em dois segmentos: distribuição física e suprimentos. A logística se desenvolveu muito depois da II guerra mundial. 
Fase 1 – Integração interna Assume uma abordagem sistêmica, iniciando-se internamente. Diversos fatores evidenciaram o imperativo de que as atividades funcionais deveriam ser executadas de forma integrada e harmoniosa para obter-se uma boa performance da organização. 
Fase 2 – Logística integrada Nesta fase tem inicio um alcance que vai além das fronteiras organizacionais, ultrapassando os limites das operações internas, abrangendo também clientes e fornecedores. A sociedade exigia uma maior variedade de opções. 
Fase 3 – Integração Flexível É caracterizada pela mudança de natureza do planejamento, que passou a assumir um caráter mais flexível, respondendo melhor às necessidades instantâneas do processo. 
Fase 4 – Integração estratégica (Supply Chain) Influenciadas pelos efeitos da globalização, esta era se estende até os dias de hoje e consiste numa visão mais estratégica no meio intra e inter empresarial. Preocupação com impactos ambientais Abertura das fronteiras organizacionais Surgimento da prática do Postponement ou Postergação Preocupação com a satisfação plena do consumidor Desenvolvimento contínuo da cadeia de suprimentos Triplo A: Agilidade, Adaptabilidade e Alinhamento estratégico Logística é a junção de quatro atividades básicas: as de aquisição, movimentação, 
armazenagem e entrega de produtos. 
Gerenciamento da cadeia de suprimento (Supply Chain Management): Busca a coordenação e o alinhamento dos esforços de diversas organizações na busca por reduzir 
custos e agregar o máximo de valor ao cliente final. 
Fase que contempla uma visão sistêmica da empresa, incluindo desde fornecedores 
até os canais de distribuição. 
 
AULA 2 A logística tem dois fundamentos mais importantes: custo total e livre de serviços. 
Nível de serviços possui três características fundamentais: 
1. Disponibilidade do produto 
2. Desempenho operacional 3. Confiabilidade, ou seja, marcou data, quantidade e hora, os produtos são entregues e é exatamente isso que o cliente quer. As atividades logísticas que influenciam o nível de serviço, basicamente são: 
• Transportes que é quem entrega o produto no momento que há necessidade. 
• Estoques objetiva obter uma rotatividade máxima (mantendo o mínimo em estoque), ao mesmo tempo satisfazendo os compromissos com o cliente. 
• Armazenagens 
• Embalagem e manuseio 
• Canais de distribuição consiste em empresas empenhadas na compra e venda de transações de produtos. A competência logística é alcançada através da coordenação das atividades logísticas: 
tecnologia da informação, transportes, estoques, armazenagem, embalagem e 
manuseio e canais de distribuição. O desafio está em gerenciar as atividades relacionadas a essas áreas funcionais, de forma orquestrada com o objetivo de oferecer o nível de atendimento das exigências logísticas. A tecnologia da informação é decisiva para uma comunicação rápida e precisa nos processos logísticos. A tecnologia atual é capaz de manipular os mais exigentes requisitos de informações As empresas estão aprendendo a utilizar essa tecnologia da informação para elaborar soluções logísticas inovadoras e únicas. 
A principal unidade de análise da Logística integrada é o ciclo de atividades. A análise da integração logística em termos de ciclos de atividades fornece uma perspectiva da dinâmica, das interfaces e das decisões que devem ser vinculadas para a criação de um sistema operacional. Os fornecedores, a empresa e seus clientes são vinculados através dos meios de comunicação e do transporte. Os ciclos de distribuição física envolvem o processamento e a entrega de pedidos do cliente. A distribuição física está relacionada com as atividades de vendas e marketing, pois proporciona a disponibilidade de produtos, de maneira econômica e a tempo. O ciclo de atividades típico da distribuição física envolve quatro atividades relacionadas: 
transmissão de pedidos, seleção de pedidos, transporte do pedido e entrega ao 
cliente. Os ciclos de atividades de apoio à produção consistem na Logística da produção. A 
produção pode ser vista como estando posicionada entre a distribuição física e as 
operações de suprimentos de uma empresa. O apoio logístico à produção tem como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo econômico de materiais e estoque em processo para dar apoio às programações de produção. A movimentação e a armazenagem de produtos, materiais, componentes e peças semiacabadas entre instalações da empresa representam a responsabilidade operacional da Logística de 
apoio à manufatura. Numa típica organização de manufatura, suprimentos fornecem materiais e componentes fabricados externamente quando e onde necessários. Iniciada a operação de produção de uma empresa, exigências subsequentes de movimentação entre fábricas de materiais ou produtos semiacabados são classificadas como apoio à produção. Várias atividades ou tarefas são necessárias para facilitar um fluxo ordenado de materiais, peças ou estoque de produtos acabados para um complexo de produção ou distribuição: a procura, colocação do pedido e expedição, transporte e recebimento. Essas atividades são essenciais para completar o processo de suprimentos. O objetivo básico de suprimentos é executar a Logistica de Entrada pelo menor custo total. Uma característica particular de suprimentos é que o numero de fornecedores utilizados por uma empresa é normalmente menor que a base de clientes atendidos. O ciclo de suprimentos normalmente é mais direto. 
AULA 3 
Identificação e Visão Integrada dos Fatores Chaves 
Previsão da demanda A previsão da demanda consiste na fixação da qualidade de produtos e serviços correspondentes de que os clientes necessitarão em determinada situação. 
 
Ciclos de Atividades Logísticas – Suprimentos Ocorre na interface entre o fabricante e o fornecedor e inclui todos os processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorre sem atrasos. O fabricante faz pedidos de componentes aos fornecedores que possam 
reabastecer seus estoques. A relação é muito parecida com aquela entre distribuidores e fabricantes, com uma diferença significativa: enquanto os pedidos entre varejistas e distribuidores são acionados com incerteza em relação à demanda do cliente, os pedidos 
dos componentes podem ser determinados com precisão, uma vez que o fabricante já decidiu qual será sua programação de produção. Assim é importante que os fornecedores estejam em contato com a programação de produção do fabricante. Os processos desse ciclo de acordo com o autor Meindl (2006) são: 
• Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de estoque 
• Programação da produção do fornecedor 
• Fabricação e transporte dos componentes 
• Recebimento pelo fabricante 
Ciclos de Atividades Logísticas – Produção Ocorre na interface entre o distribuidor e o fabricante (ou varejista e fabricante) e inclui todos os processos envolvidos no reabastecimento dos estoques do distribuidor (ou varejista). Esse ciclo é acionado pelos pedidos dos clientes, pelos pedidos de reabastecimento de um varejista ou pela previsão de demanda dos clientes e pela disponibilidade atual de produtos nos depósitos de produtos acabados do fabricante. Os processos envolvidos nesse ciclo são os seguintes, segundo o autor Meindl (2006): 
• Chegada do pedido 
• Programação para produção 
• Fabricação e transporte 
• Recebimento 
Ciclos de Atividades Logísticas – Distribuição Acontece na interface entre o varejista e o distribuidor ou fabricante e engloba todos os processos ligados ao reabastecimento dos estoquesdo varejista. Inicia-se quando um varejista faz um pedido para reabastecer estoques que deverão atender a uma futura 
demanda. Em alguns casos, o reabastecimento é feito por um distribuidor que possui um estoque de produtos acabados. Em outros casos, o reabastecimento é feito diretamente pela linha de produção do fabricante. O objetivo do ciclo de reabastecimento é restaurar os estoques dos varejistas a um custo mínimo e oferecer simultaneamente a disponibilidade de produtos necessários ao cliente. Os processos envolvidos no ciclo de reabastecimento são os seguintes, de acordo com o autor Meindl (2006): 
• Acionamento do pedido do varejista 
• Emissão do pedido do varejista 
• Atendimento ao pedido do varejista 
• Recebimento do pedido pelo varejista 
Atividades Logísticas Lambert et al. (1998) considera, na Administração da Logística, um conjunto de algumas atividades que compõe o fluxo de um produto desde o ponto de origem até o ponto de consumo, explicando sua importância: 
• Processamento de Pedidos 
• Comunicações de Distribuição 
• Controle de Inventário 
• Tráfego e Transporte 
• Armazenagem e Estocagem 
AULA 4 
Nível de serviço ao cliente – Marketing e Logística O nível de serviço ao cliente é toda e qualquer ação que uma empresa possa fazer para 
beneficiar o cliente. É preciso entretanto que o cliente perceba o valor do serviço oferecido. É tudo que a empresa faz para agregar valor ao cliente. O Marketing é o setor responsável por entender, captar o que os clientes desejam e de 
transformar esses desejos em produtos e ou serviços. Portanto o marketing deve estar orientado para o cliente.. A Logística por sua vez , encarrega-se de viabilizar operacionalmente o que o marketing projetou. Para que atenda os 4P`s do marketing é preciso que haja uma estrutura logística onde se verificam os menores custos (armazenagem, estoque, transporte, compra e processamento de pedidos). Ter um menor custo no melhor nível de serviço. 
Marketing x Logística 
• Marketing gera ideias abstratas (fatores subjetivos); 
• Logística trata de problemas concretos (estoques, frota, prazos de entrega, etc); Deve-se buscar soluções de consenso, através da análise benefícios x custos. 
Objetivos da logística 
• Reduzir o custo global de produtos e serviços; 
• Gerar integração interna na empresa; 
• Oferecer preços transparentes ao cliente; 
• Obter altos giros de estoque; 
• Estabelecer integração com fornecedores; 
• Alcançar a qualidade desejada pelo cliente; 
• Definir e cumprir prazos; 
• Receber, monitorar e transmitir dados instantâneos e confiáveis 
Atual cenário 
• Globalização da economia; 
• Produção em massa, fragmentação e especialização; 
• Acirramento competitivo: Qualquer redução de custo gera vantagem competitiva; 
• Just-in-Time praticado no Ocidente; 
• O Cliente: Exige tarifas baixas, rapidez e zero avarias; 
• Transnacionais: relocam plantas industriais, em busca de imóveis / mão-de-obra barata e incentivos fiscais. 
Objetivos da logística 
• Resposta rápida 
• Redução da variância 
• Postergação 
• Consolidação 
• Apoio no ciclo de vida 
Fatores do nível de serviço 
• Disponibilidade 
• Desempenho Operacional 
• Agilidade 
• Consistência 
• Flexibilidade 
• Confiabilidade 
Fatores do Serviço ao Cliente Os estudos e pesquisas identificam três fatores fundamentais de serviço ao cliente: disponibilidade, desempenho e confiabilidade. A conclusão geral é de que todos esses três aspectos do serviço são importantes. No entanto, determinado atributo pode ser mais ou menos importante, dependendo da situação de mercado. 
Disponibilidade É a capacidade de ter o produto em estoque no momento que ele é desejado pelo cliente. Uma das práticas mais comuns em obtê-la é armazenar em antecipação aos pedidos dos clientes. O planejamento de estoque é baseado, normalmente, em 
previsões das necessidades e pode incluir estratégias diferenciadas para itens específicos podendo-se classificar como estoque básico e estoque de segurança. Um aspecto importante da disponibilidade é a política de estoques da empresa. 
Desempenho Operacional No projeto de sistema logístico, a unidade de análise é o ciclo de atividades (ex: ciclo de suprimento, ciclo de apoio à manufatura e ciclo de distribuição) e a estrutura dos ciclos de atividades fornece a lógica de combinação de nó, níveis, vínculos e atividades essências de apoio às operações. Medidas operacionais determinam o desempenho do ciclo de atividades quanto a: (1) velocidade; (2) consistência; (3) flexibilidade. O desempenho operacional envolve comprometimento logístico com o prazo de execução esperado e sua variação aceitável. 
Velocidade A velocidade do ciclo de atividade é medida pelo tempo decorrido desde o momento que um pedido é colocado até a chegada de remessa ao cliente. Há aqui há uma estreita relação entre a política de estoques e a velocidade de execução. Essa relação entre prazo de execução do fornecimento e investimento do cliente em estoque é fundamental em operações logísticas baseadas no tempo. 
Consistência Embora a velocidade do serviço seja essencial, a maioria dos executivos da mais importância a consistência. Consistência é a capacidade da empresa executar seus serviços dentro do prazo de entrega esperado de maneira constante. 
Flexibilidade É a capacidade da empresa de lidar com solicitações extraordinárias dentro de serviço do cliente. A competência da empresa esta diretamente relacionada a maneira como são tratadas as situações inesperadas,de ser “maleável”. 
Confiabilidade Em logística, a qualidade é sinônimo de confiabilidade. Um fator fundamental da qualidade em logística é a capacidade de manter níveis de disponibilidade em estoque e de desempenho operacional planejado. A capacidade de informações rápidas e precisas ao cliente sobre operações logísticas e status de pedidos, são partes da qualidade. Os clientes consideram cada vez mais o fato de que informações antecipadas sobre o conteúdo e a posição de um pedido são mais fundamentais do que o próprio cumprimento do pedido completo. Clientes detestam surpresas. Quase sempre se conformam com situações de faltas ou atrasos quando são avisados antecipadamente. 
AULA 5 Atualmente existe uma verdadeira agitação no que diz respeito à implementação de sistemas de gestão empresarial, conhecidos como ERP. Não são apenas as grandes empresas que têm oportunidade para implementação desta solução; há pacotes de todos 
os tamanhos e para vários orçamentos. 
 Estes sistemas visam basicamente permitir a empresa "falar a mesma língua", possibilitando uma gestão integrada. Com isso, relatórios gerenciais com informações diferentes estão com seus dias contados. Com a meta de redução do estoque total na cadeia de suprimento, os executivos percebem que a informação pode reduzir de forma eficaz as necessidades de estoque e recursos humanos. Em especial, o planejamento de necessidades que utiliza as informações mais recentes pode reduzir o estoque, minimizando as incertezas em torno da demanda. A informação aumenta a flexibilidade permitindo identificar (qual, quanto, como, quando e onde) os recursos que podem ser utilizados para que se obtenha vantagem 
estratégica. Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades 
logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir, 
controlar e gerenciar as operações logísticas. Estas operações tanto ocorrem dentro de uma empresa específica, bem como ao longo de toda a cadeia de suprimentos. Um programa que integra todos os processos da empresa , chamamos de ERP. Alguns programas mais específicos para as operações logísticas na Cadeia de Suprimentos sâo : 
WMS – que dá apoio , principalmente as atividades de armazenagem e gestão de 
estoques 
TMS – apoia especificamente as atividades de transporte 
MRPII – ferramenta fundamental para decisões de produção e compras. 
CONSISTÊNCIA: Refere-se à capacidade daempresa de executar dentro do prazo de entrega esperado durante vários ciclos de atividades 
AULA 6 
Impacto da TI nas variáveis estratégicas organizacionais Feldens (2005) apresenta uma revisão da literatura sobre o assunto, além de propor um modelo de pesquisa para mensuração dos impactos da TI na gestão das cadeias. Como resultado de sua pesquisa, o autor destaca a identificação de seis variáveis impactadas pelo uso da TI na SCM, sendo elas: Integração, Processos de Armazenagem, Transportes 
e Movimentação, Velocidade, Competitividade e Coordenação Interorganizacional. 
Através da gestão do fluxo de informações , que só é possível com o apoio 
incondicional da TI , os diversos processos e operações e controles poderão ser efetivados. Desde a parceria com os fornecedores , passando pelo controle dos diversos estoques da empresa , otimizando os transportes e a interface com o cliente. 
Integração A integração é a organização que acontece entre os diversos departamentos da empresa e seus parceiros externos que são partes integrantes da Cadeia de Suprimentos. A TI permite a simplificação , rapidez e segurança no intercâmbio de informações , auxiliando nos processos decisórios. 
Armazenagem e Transportes Como já visto anteriormente, os requisitos de armazenagem , incluindo os estoques e os transportes podem corresponder a até 60% do custo logístico na Cadeia de Suprimentos , portanto o uso da TI tende a efetivar os controles que irão diminuir os custos , com os aspectos de armazenagem , perfeita gestão dos transportes e redução dos estoques. 
Competitividade O uso da TI possibilita ganhos de competitividade na Cadeia de Suprimentos como : 
• Agilidade 
• Velocidade de resposta as novas demandas 
• Flexibilidade 
• Atendimento personalizado 
• Aumento do nível de serviço ao cliente 
Velocidade A Ti possibilita a identificação para a posterior eliminação de processos redundantes e que não estejam agregando valor a Cadeia de Suprimentos, aumentando assim a 
velocidade dos processos e operações ao longo da cadeia. 
Coordenação Inter Organizacional É o planejamento das ações integradas entre as empresas que fazem parte da Cadeia de Suprimentos. Através da TI consegue-se atingir um nível mais elevado da coordenação entre os membros da cadeia , fazendo-se uma perfeita gestão das informações. Os sistemas de informação devem abranger alguns princípios básicos como : 
• Disponibilidade 
• Precisão 
• Atualização rápida 
• Flexibilidade 
AULA 7 - Estratégia de Estoques - Características, tipos, funções e custo de 
manutenção A gestão de estoques é uma atividade integrada com o gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
Tipos de Estoques Os estoques se dividem em categorias, sendo estas vinculadas ao fluxo de material e à forma em que será encontrado. Os estoques, para Bertaglia (2003), se dividem em matéria- prima; produto em processo; produto semi-acabado; produto acabado; estoque de distribuição; estoque em consignação; provisão de materiais para manutenção, reparos e operações produtivas MRO, sendo definidos da seguinte maneira: 
- Estoque Puxado ( pull system ) 
- Estoque Empurrado ( push system ) 
- Estado da Produção : - Matérias Primas - Em processo - Semi-acabados - Acabados Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais exemplificados a seguir: 
• Inventário físico – consiste na contagem física dos itens em estoque periodicamente. O inventário não deve ser efetuado em excesso, qualquer custo pode ser reduzido se bem gerenciado. 
• CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + custos independentes. 
• Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento, ou seja, quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos clientes: 
• Giro de estoques – mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se 
renovou ou girou: 
• Cobertura de estoques – indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média: 
Análise de estoques pelo método ABC A análise ABC classifica as mercadorias através de alguma medida de desempenho para determinar quais itens não devem faltar no estoque, quais itens podem ficar em falta no estoque, ocasionalmente, e quais devem ser excluídos da seleção de estoque. A análise ABC utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor dos 
estoques ou vendas são provenientes de 20% dos itens em estoque ou vendidos. 
AULA 8 
Centro de Distribuição De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o Centro de Distribuição (CD) 
é um armazém que tem por objetivo realizar a gestão dos estoques de mercadorias 
na distribuição física. Em geral, este armazém recebe cargas consolidadas de diversos fornecedores. Estas cargas são então fracionadas com intuito de consolidar os produtos em quantidade e variedade corretas, para depois serem encaminhadas aos pontos-de-venda, ou em alguns casos aos clientes finais. 
 
 
 
 
MERGE IN TRANSIT: As necessidades de coordenação são muito mais rigorosas que nos sistemas tradicionais, e por isso utilizam o estado da arte em termos de sistemas de informação para rastreamento e controle dos fluxos de componentes. 
Atualmente, com o aumento da competitividade, diversas empresas em segmentos bastante diferentes vêm fazendo uso dos CDs. Os CDs passaram a ser considerados 
estratégicos para as empresas. Primeiro, porque através da utilização de CDs, é possível 
atender mais rápido o cliente, aumentando-se, com isso, o nível de serviço garantindo assim a fidelidade do mesmo. Segundo, porque empresas que desejam ter cobertura nacional num país como o Brasil precisam de pontos de apoio em locais 
estrategicamente posicionados para assegurar a entrega dos produtos. Outro fato importante com relação aos CDs é que nos últimos anos, com a consolidação dos operadores logísticos no cenário nacional, os CDs saíram do papel secundário que tinham até então e passaram a fazer parte da estratégia logística das empresas nacionais (Almeida, 2004), visto os inúmeros benefícios de se ter CDs compartilhados. Segundo Lima (2002), os armazéns de produtos acabados, antes gerenciados pelas próprias indústrias, deram lugar aos CDs, visto que os CDs têm como principal desafio 
atender corretamente a crescente demanda de pedidos. Esta demanda vem aumentando por dois motivos: primeiro, devido à maior variedade de produtos e, segundo, pela necessidade de melhor atendimento ao cliente. As principais atividades em um CD, segundo a Aslog, englobam: recebimento, movimentação, armazenagem, seleção de pedidos, 
expedição e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco, como a colocação de embalagens e de rótulos e a preparação de kits comerciais. O recebimento dos produtos significa o início das atividades do CD. O recebimento inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar os materiais. Durante o recebimento devem ser conferidas as quantidades e a qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores e a nota fiscal, entre outros itens. Qualquer diferença entre o solicitado e o entregue deve ser sinalizada neste momento, antes de os produtos entrarem propriamente no CD. Avarias nas embalagens também devem ser detectadas e relatadas durante a operação de recebimento. (Moura, 1997). Um processo de recebimento de produtos inicia-se quando um veículo entra no CD, aproxima-se e estaciona na doca. Após estacionar o veículo, retiram-se os produtos para iniciar a contagem e conferência física do material. Em alguns CDs, poderá haver equipamentos para nivelar o caminhão com a plataforma, com isso evitam-se eventuais acidentes durante a movimentação de mercadorias. (Moura, 1997). 
Tecnologia Código de barras, coletores de dados e RFID – Agilizam o processo de conferencia e evitam erros humanos. 
Movimentação É realizada após o recebimento dos produtos, sendosua primeira atividade a descarga dos veículos. Existem dois tipos de movimentação: 
• Transferência: consiste em mudar o material da área de recebimento para o local onde ficará estocado. 
• Separação: retirar o material da área onde foi estocado e levá-lo para a área de consolidação dos pedidos. Segundo Ballou (1993), a embalagem contribui para uma melhor movimentação, desde que exista uma padronização e que ela seja suficientemente forte para agüentar mais de uma movimentação. Como citado anteriormente, uma das formas de padronizar a embalagem é a paletização, já que possibilita movimentar maiores quantidades de produtos. Entretanto, deve-se observar a correta distribuição do peso e o correto posicionamento do centro de gravidade, para evitar possíveis acidentes com a empilhadeira em virtude do transporte, principalmente quanto à movimentação. Outra maneira de se padronizar e de se usar as embalagens é através da utilização de 
contêineres, que são equipamentos nos quais são colocadas as embalagens secundárias ou produtos soltos durante a armazenagem e o transporte. Suas principais vantagens são: aumento geral da eficiência de movimentação de materiais, redução de avarias durante o transporte, redução de furtos e maior proteção contra fatores ambientais. Porém, como principal desvantagem existe a necessidade de equipamentos específicos de movimentação, pois sem estes fica impossível movimentar um contêiner. (Bowersox & Closs 2001) 
Aula 9: Embalagem e manuseio As embalagens primárias e secundárias são aquelas que vemos nas prateleiras, na 
apresentação dos produtos. Já as terciárias e quaternárias têm a função de embalar as demais. Não importa apenas a beleza da embalagem: ela deve ser adequada aos processos de armazenagem e aos equipamentos que vão transportá-las. Esta é sua real função. Para se ter uma idéia da representatividade da embalagem na economia, segundo Moura e Banzato (2000), os gastos com embalagem representam aproximadamente 2% do PNB. E o Brasil perde entre 10% e 15% da sua receita de exportação por causa de embalagens deficientes. Concepção da embalagem: arte, técnicas e ciências, bem como suas funções: a de 
proteção da mercadoria, durante as atividades de Logística, e a de exposição ao consumidor, como meio de aumentar as vendas. Sem deixar de considerar os custos 
envolvidos na produção e no transporte de mercadorias. Na movimentação de materiais, dentro dos armazéns, e na troca de modal de transporte, é 
onde a embalagem sofre os maiores impactos, os quais podem causar danos à 
embalagem primária e ao produto, e onde os impactos da falta de planejamento podem ser percebidos, seja pelo alto número de perdas e/ou adaptação dos equipamentos de transporte, seja pelo aumento do custo decorrente destas perdas e impossibilidade de padronização dos métodos e equipamentos de movimentação, que acabam por aumentar a necessidade de mão-de-obra e reduzir a eficiência. 
 
Classificação das embalagens Quanto à classificação, a mais referenciada é a que classifica de acordo com as funções em primária, secundária, terciária, quaternária e de quinto nível. 
• Embalagem Primária : É aquela que está em contato direto com o produto que a contém. Exemplos : Caixa de sabão em pós , leite , iogurtes, etc ... 
• Embalagem Secundária : É a embalagem que visa dar proteção a embalagem 
primária. Exemplos : Um engradado de bebidas que visa dar proteção aos vasilhames que contém o produto. 
• Embalagem Terciária : São caixas de madeira , de papelão ou de plástico que 
embalam uma certa quantidade de unidades que já estão em suas embalagens primárias e secundárias. 
• Embalagens Quaternárias : São dispositivos que visam facilitar a movimentação na armazenagem . Exemplos são os paletes, contenedores. 
• Embalagens de Quinto nível : São as embalagens que são conteinerizadas e que atendem as necessidades de entregas a grandes distâncias , no Brasil , principalmente no modal marítimo , no caso de exportações e importações. 
Funções das embalagens As principais funções da embalagem são: contenção, proteção e comunicação. A contenção refere-se à função de conter o produto, de servir como receptáculo, por exemplo, quando ocorre de o produto vazar da embalagem, esta função não foi cumprida. O grau de eficiência da embalagem nesta função depende das características do produto. Uma mercadoria perigosa, inflamável, deve sempre ter 100% de eficiência, realizando o investimento necessário para tal. Enquanto um fabricante de um material de menor valor, como sal, por exemplo, pode utilizar uma embalagem com menor grau de eficiência nesta função, o mesmo ocorre com relação à função de proteção. A função de proteção possibilita o manuseio do produto até o consumo final, sem que ocorram danos na embalagem e/ou produto. Também, com relação a esta função, deve-se estabelecer o grau desejado de proteção ao produto. Alguns dos principais riscos aos quais a embalagem está submetida são: choques, aceleração, temperatura, vibração, compressão, oxidação, perfuração, 
esmagamento, entre outros. E a função de comunicação é a que permite levar a informação, utilizando diversas ferramentas, como símbolos, impressões, cores, RFID1. Nas embalagens primárias, esta função ocorre diretamente com os consumidores finais, trazendo informações sobre a marca e o produto. E nas embalagens ditas industriais, relacionadas à Logística, a comunicação ocorre na medida em que impressões de códigos de barra nas embalagens, marcações, cores ou símbolos permitam a localização e identificação de forma facilitada nos processos logísticos de armazenagem, estoque, separação de pedidos e transporte. 
 
 
Planejamento da embalagem Há um conflito no planejamento da embalagem, por interferir em diversas áreas da empresa e ter grande representatividade nos custos. Neste sentido, Moura e Banzato (2000) estabelecem cinco critérios básicos para desenvolver uma embalagem: função, 
proteção, aparência, custo e disponibilidade. Têm-se prioridades diferentes de acordo com o tipo de produto que será acondicionado e o tipo de embalagem, se para consumo ou industrial (transporte). Entretanto, para ambas é essencial que se verifiquem, nesta etapa do planejamento, quais serão as condições de manuseio, armazenagem e 
de transporte a que serão submetidas. A falta de planejamento ou um planejamento deficiente podem levar à ocorrência de graves problemas, desde o aumento do custo por um superdimensionamento da embalagem, que torna o transporte e a armazenagem mais caros, até a deterioração da embalagem e/ou produto.

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