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6 A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM A C ER V O D E ED W A LL A C E A M O R IM Filme: Meu Nome Não é Johnny Direção: Mauro Lima Lançamento: 2008 Gênero: Drama Resenha do Filme Esse longa metragem é baseado em fatos reais e teve como inspiração no livro escrito pelo jornalista Guilherme Fiúza sobre a vida de João Guilerme Estrella (Selton Mello), playboyzinho de classe media alta que mergulhou em um universo envolvente das drogas, do consumo desencadeado, do tráfico e das farras regadas à cocaína, maconha e bebidas. O filme retrata a história de maneira simples, o polêmico jovem usuário de drogas que se tornou um dos maiores traficantes de cocaína da Zona Sul do Rio de janeiro nos anos 80. No início do filme, o espectador tem a sensação de que vai se deparar com uma história em que o protagonista é elevado a condição de herói. Mas, o que há de mais comovente é a maneira simples e natural, dando, muitas vezes, um ar de ingenuidade, em que o autor aborda as atitudes, os fatos e a história de vida de João. Sua história comove até mesmo a Juíza Marilena Soares que está à frente do seu caso e que, com isso, adquire um olhar diferenciado para o intrigante, carismático e intenso João Estrella. À medida que vai crescendo e se tornando adulto, seu vício também cresceu e ele passou a vender cocaína e ganhar dinheiro fácil. João se vê vislumbrado e tentado a cair de vez no mundo do crime. Preso, sua foto passou a estampar as capas de jornais, em vez de festas, passou para o banco dos réus, onde teve o primeiro contato com uma nova realidade, a vida no sistema carcerário brasileiro. De lá foi transferido para o manicômio judiciário. Seu desafio era provar para a Juíza Marilena Soares, que não era um chefe de quadrilha, mas um jovem que não conhecera limites e merecia uma segunda chance. De certa maneira, João foi naturalmente e sem perceber um revolucionário do mundo do crime, inovando a maneira de vender drogas e alcançando cada vez mais um novo público. Ele não precisou estar ou ir numa favela para vender as drogas, seu público estava ali na classe média e alta. A ida de João ao manicômio o fez refletir sobre a vida, levando-o a conhecer até mesmo o seu lado humorístico, deparando-se com as consequências e percebendo as dimensões do estrago que fez com sua vida. Ele obteve a oportunidade de uma segunda chance para mudar o rumo de sua v ida e conseguiu. Tinha todos os motivos para, após ser preso, se bandear para o lado dos socialmente excluídos e se tornar uma pessoa pior e sem escrúpulos. Provou que a superação é possível para os que querem, tornou-se um cidadão de bem levando uma vida normal longe das drogas. Elaborado por Edwallace Amorim
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