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Direito Penal I

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Direito Penal I
Crime
Fato Típico – Ilicitude – Culpabilidade
Conduta	 Conduta Imputabilidade
Nexo Causal	 Ação/Omissão Potencial Conhecimento da Ilicitude	
Resultado Voluntariedade Exigibilidade da Conduta Diversa
Tipicidade Dolo/Culpa
*Qual é o conceito formal de crime? Há divergência doutrinária?
Considera-se crime a infração penal a que a lei estabelece pena de reclusão ou detenção. O crime consiste em fato típico + ilicitude + culpabilidade. Existem divergências em relação a análise da culpabilidade fora do fato típico, alguns doutrinadores consideram crime apenas como fato típico + ilicitude. Para que seja considerado crime, é necessário que esses três elementos estejam presentes.
*Qual é o conceito material de crime?
Violação de um bem jurídico penalmente protegido.
*O que é a tentativa? Existe divergência doutrinária?
(Art. 14 II CP) Segundo José Frederico Marques, tentativa é a execução iniciada de um crime que não se consuma por motivos alheios a vontade do agente. A natureza jurídica da tentativa é causa de diminuição de pena.
Caminho do crime: Cogitação – não é punida.
Atos preparatórios – não é punido a titulo de tentativa, mas pode ser punido se constituir crime autônomo.
Atos executórios – punidos a título de tentativa.
Resultado – punido por consumação.
A única divergência é em relação ao que é ato preparatório e ato executório. 
1ª corrente: quando o ator da conduta começa a praticar o verbo descrito no tipo, inicia-se a execução.
2ª corrente: quando o autor da conduta começa a praticar a ação criminosa (atos necessários à prática criminosa), inicia-se a execução.
Arrependimento eficaz: Art 15 CP, quando o agente cogita, prepara e executa o crime, mas se arrepende e impede que o resultado final aconteça.
Desistência voluntária: quando o agente cogita, prepara, começa a executar o crime e desiste. Poderia prosseguir mas não prosseguiu.
Arrependimento posterior: Art 16 CP, trata-se da hipótese de reparação do dano ou restituição do dano ou restituição da coisa até o recebimento da queixa.
Crime impossível: Art 17 CP, decorre ou da ineficácia absoluta do meio ou impropriedade do objeto.
*Em que consiste o princípio da culpabilidade?
Culpabilidade é a reprovabilidade ou censurabilidade social e refere-se ao autor. A pergunta é se o autor poderia ter deixado de agir da forma como agiu. Os elementos da culpabilidade, segundo a teoria Normativa, são a imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e exigibilidade da conduta diversa.
Imputabilidade – Capacidade de entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse entendimento. Exceções: doença mental, menoridade, embriaguez.
Potencial Conhecimento da Ilicitude – Erro de proibição inevitável. Exceção: quando um sujeito, embora conheça a lei, erra na interpretação (art. 21 CP).
Exigibilidade da Conduta Diversa – É a possibilidade de o Estado exigir do indivíduo que tenha uma conduta diversa daquela que configura crime. Hipóteses legais em que não é exigível a conduta diversa: Coação Moral Irresistível e Obediência Hierárquica.
*Quais são os elementos do fato típico?
Conduta – É toda ação ou omissão humana voluntária, consciente e dirigida a uma determinada finalidade.
Resultado – Segundo a teoria naturalista, resultado é a modificação no mundo exterior, desse modo, nem todo crime gera resultado, uma vez que existem crimes que se consumam independentemente de modificação no mundo exterior.
Nexo Causal – Art. 13 CP. Considera-se causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido como ocorreu. Para determinarmos o nexo de causalidade, precisamos nos perguntar se “se não fosse tal fato, o resultado teria ocorrido da maneira como ocorreu?”
Tipicidade – 	Quando um fato se adéqua perfeitamente àquilo que está previsto num tipo penal, dizemos que há tipicidade.
*O que é o concurso de causas?
Quando existem várias causas para um mesmo resultado.
Causas preexistentes (acontecem antes):
Absolutamente independentes_ quando a causa é totalmente divorciada dos acontecimentos, o agente responderá por tentativa.
Relativamente independentes_ há uma certa ligação entre os fatos, o agente responderá pelo resultado.
Causas concomitantes (acontecem ao mesmo tempo):
Absolutamente independentes_ também há exclusão da imputação pelo resultado, agente responderá por tentativa.
Relativamente independentes_ não há exclusão pelo resultado, agente responderá pelo resultado.
Causas supervenientes (acontecem depois):
Absolutamente independentes_ exclusão de imputação pelo resultado, o agente responderá por tentativa.
Relativamente independente_ nesta hipótese também há exclusão do resultado, como ocorre nas causas absolutamente independentes, se por si só a causa relativamente independente causaria o resultado.
*O que é a ilicitude?
Art. 23 CP. É o segundo elemento do conceito de crime e vem a ser a relação de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico como um todo.
*O que são o estado de necessidade e a legítima defesa?
Estado de necessidade (art. 24 CP) é um estado de perigo para certo bem jurídico, que só pode ser resguardado através do sacrifício de outro bem jurídico.
Requisitos: perigo atual; perigo que ameace direito próprio ou alheio; situação de perigo não causada voluntariamente; inevitabilidade do comportamento lesivo; inexigibilidade do sacrifício ou interesse ameaçado; inexistência do dever legal de enfrentar o perigo e ciência da situação de perigo.
Legítima defesa (art. 25 CP) é o direito do agente de se defender quando for injustamente agredido.
Requisitos: agressão humana injusta atual ou iminente; defesa de um direito próprio ou alheio; meio necessário;uso moderado dos meios necessários; ciência da agressão e defesa.
*O que é a legítima defesa putativa?
Quando a pessoa acha que vai ser agredida quando na verdade não vai. Não exclui a ilicitude, pois nesta há necessidade de agressão real. Pode excluir a culpabilidade. (Art. 20 CP).
*O que são os conflitos de normas ou tipos?
Quando um fato aparentemente se adéqua a mais de um tipo penal.
Princípio da especialidade: conflito entre um tipo especial (crime especial) com um tipo geral (crime genérico) – é aplicado o tipo especial.
Princípio da subsidariedade: conflito entre um tipo menos grave com um mais grave – o de menor gravidade é absorvido pelo de maior gravidade (só se aplica o tipo menos grave se o fato não constituir crime mais grave).
Princípio da consunção: conflito entre dois tipos penais DIFERENTES, no qual uma norma incriminadora é meio necessário ou normal da fase de preparação ou execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente àquele crime – um crime absorve o outro.
*O que é o dolo e como pode ser classificado?
(Art. 18 §1) Dolo é a vontade de praticar um fato descrito no tipo penal conhecendo os elementos integrantes do tipo.
Classificação: direito_ o agente prevê e quer que o resultado aconteça.
eventual_ o agente mesmo prevendo e não querendo, assume o risco pelo resultado. Risco concreto, específico.
dano_ o agente quer causar dano ao bem jurídico protegido.
perigo_ o agente quer apenas expor ao perigo o bem jurídico.
*O que é o dolo geral?
São duas condutas, sendo a primeira dolosa e a segunda não. A doutrina considera como se fosse uma única conduta dolosa. O dolo da 1ª conduta se comunica com o da 2ª conduta, ou seja, não importa o meio utilizado, leva-se em consideração a intenção do agente.
*O que é a culpa e como pode ser classificado?
(Art. 18 §2) É a inobservância de um dever de cuidado por parte de quem não prevê o previsível, que se manifesta pela imprudência, negligência ou imperícia. Para haver punição deve ocorrer um resultado naturalista.
Requisitos para punição de um crime culposo: 
- Agente não prevê o previsível.
- Inobservância de um dever de cuidado.
- Haver um resultado.
Classificação:inconsciente_ imprevisibilidade do previsível.
consciente_ existe previsão mas o agente não quer e acredita que o resultado não vai ocorrer.
própria_ inobservância de um dever de cuidado.
imprópria_ comportamento doloso que o legislador resolveu punir a título de culpa própria, porque o agente incidiu em erro de tipo vencível (art. 19).
preterdolo_ o resultado do crime foi além do que normalmente iria.
*O que é erro de tipo?
Erro de tipo é a falsa noção da realidade, o sujeito “pensa” que sabe o que está acontecendo mas na verdade desconhece a realidade. Pode ser elemento do tipo, agravante, causa aumento de pena, ou uma qualificadora. O erro de tipo SEMPRE afasta o dolo, mas haverá possibilidade de punição a título de culpa se houver previsão desta modalidade para o crime e se o erro for evitável.
O erro pode ser: essencial_ a falsa noção da realidade recai sobre um elemento fundamental da figura típica, agravante e qualificadora. É o erro de tipo que afasta o dolo e permite punição por culpa.
irrelevante ou acidental_ o erro incide sobre dados acidentais do delito ou sobre a conduta de sua execução. Não afastará o crime, já que o agente tem conhecimento de todos os elementos que o compõem.
Pode ser de quatro modalidades:
quanto ao objeto_ quer furtar um lápis e furta uma caneta, é irrelevante para a tipificação já que a pessoa tem vontade e conhecimento de que está furtando alguma coisa.
quanto à pessoa_ quer matar Ticio e acaba matando Caio, que é seu pai. Há erro quanto a identidade do sujeito passivo, mas o agente responde como se tivesse matado Ticio, é irrelevante já que a pessoa tem vontade e conhecimento de que está matando alguém.
quanto à execução_ (art. 73 e 74 CP) o primeiro se dá de pessoa para pessoa, e o resultado pode ser único ou duplo. Se for único, aplica-se a regra do art. 20 §3 do CP, se for duplo em relação ao resultado querido, responde a título de dolo, em relação ao segundo resultado pode responder a título de dolo e culpa.
*Qual é o conceito de concurso de pessoas?
O concurso de pessoas pode ser definido como a ciente e voluntária participação de duas ou mais pessoas na mesma infração penal. É um concurso eventual, e assim pode ocorrer em qualquer delito passível de ser praticado por uma só pessoa.
Teoria monista: o crime ainda quando tenha sido praticado em concurso de várias pessoas, permanece único e indivisível. Adotado pela nossa legislação. Art 29 caput CP.
Teoria dualista: no concurso de pessoas há um crime para os autores e outro para os partícipes. Art. 29 §1º CP.
Teoria pluralista: à multiplicidade de agentes corresponde um real concurso de ações distintas e, em consequência, uma pluralidade de delitos, praticando cada uma das pessoas um crime próprio autônomo. 
*Quais são os requisitos para que ocorra o concurso de agentes?
1- Pluralidade de condutas
2 – Relevância causal de cada uma das ações
3 – Liame subjetivo entre os agentes
4 – Identidade de fato. Colaboração (material ou formal) anterior à consumação do fato.
*Quais são as teorias do autor do crime?
Conceito restrito de autor: autor é aquele que pratica a conduta típica inscrita na lei, ou seja, o que realiza a ação principal.
Conceito extensivo do autor: autor não é só o que realiza a conduta típica, como também o que concorre para o resultado. Não faz distinção entre autor e partícipe.
Teoria do domínio do fato*: autor é aquele que tem o domínio final do fato, aquele que na concreta realização do fato típico, o domina mediante o poder de determinar o seu modo e, inclusive, quando possível de interrompê-lo. É quem tem o poder de realização do fato.
São co-autores os que conjuntamente realizam a conduta típica, quem executa juntamente com outras pessoas ação ou omissão. Os que colaboram na prática do delito sem realizarem a conduta típica são partícipes, ações que não são penalmente relevantes.
- Não há co-autoria em crimes omissivos próprios.
- Diante do art. 29 CP, todos os autores, co-autores e partícipes incidem nas penas cominadas ao crime praticado, exceto nos casos de estes últimos terem querido participar do crime menos grave.
Art. 30 “não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”. (Cada sujeito responderá de acordo com suas condições e circunstância)
Art. 31 “o ajuste, a determinação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis se o crime não chega a ser pelo menos tentado.”

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